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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;

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sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Contorcionismos diplomaticos, inclusive verbais...


Diplomacia de Dilma errou
Sérgio Malbergier
Folha de S.Paulo, 21/10/2011 -

As cenas de júbilo popular na Líbia e no planeta com a morte brutal de Muammar Gaddafi deixam claro o erro do governo brasileiro ao se opor à coalizão de EUA, França, Otan e países árabes contra o sanguinário ditador.
A base da oposição brasileira à bem-sucedida ação internacional foi uma suposta defesa da população civil da Líbia. É verdade que nunca se sabe como uma guerra termina. Mas, objetivamente, vendo como esta acabou, a ação da coalizão internacional pode até virar benchmark de intervenção multilateral com apoio da população local.
Enquanto o presidente dos EUA, Barack Obama, e líderes europeus celebram e colhem frutos da intervenção que derrubou um dos ditadores mais sanguinários e ensandecidos do mundo, a presidente Dilma, que lutou contra a ditadura brasileira, faz malabarismos retóricos para tentar sustentar a insustentável posição de não apoiar a justa causa da queda do ditador.
"O fato de ela (a Líbia) estar em um processo democrático é algo que todo mundo deve --eu não acho que comemorar é a palavra-- apoiar e incentivar. De fato o que nós queremos é que os países tenham essa capacidade de viver em paz e democracia", disse a presidenta em Angola.
Os líbios discordam, e saíram às ruas ontem felizes para comemorar a liberdade.
Os novos dirigentes líbios serão certamente muito mais simpáticos aos governos e empresas dos EUA, da França, do Reino Unido e de outros países aliados do que do Brasil. E a Líbia é um país não só rico em petróleo, mas estratégico como ponte entre a África subsaariana e o mundo árabe.
O Brasil nesta semana mesmo elaborou mais sua posição na Líbia e, pior, projetou-a como bandeira de nossa diplomacia. "Muito se fala sobre a responsabilidade de proteger; pouco se fala sobre a responsabilidade ao proteger", disse Dilma num exercício de retórica incompreensível, durante encontro de cúpula do Ibas (Brasil, Índia e África do Sul) em Pretória.
O Brasil segue insistindo que está do lado das revoltas árabes por liberdade e democracia, que a defesa da democracia e os direitos humanos norteiam a diplomacia nacional. Mas ninguém na Líbia ou na Síria, na frente dessas lutas, acredita nisso, muito menos organizações de defesa dos direitos humanos globais.
O que parece cada vez mais claro é que sob Dilma temos o prosseguimento do mofado e extemporâneo terceiro-mundismo antiamericano, herdado inercialmente do governo Lula, já que o governo da presidenta ainda não formulou políticas próprias consistentes na área externa.
A suposta bandeira dilmista da defesa dos direitos humanos e da democracia no mundo não fica em pé diante dos fatos, da posição omissa do Brasil nas revoltas árabes.
E enquanto afaga ditadores, nossa política externa está sempre pronta a alfinetar as potências ocidentais, com as quais dividimos valores democráticos, culturais e econômicos.
O chanceler Antonio Patriota, por exemplo, ao escrever artigo nesta Folha para explicar a "nova" política externa brasileira de suposta defesa dos direitos humanos aproveitou para dar uma pancada em Washington, acusando os EUA de terem minimizado a defesa dos direitos individuais na Carta da ONU por temer "questionamentos à segregação racial ainda vigente no país". Verdade ou não, um chanceler criticar um país aliado assim gratuitamente referindo-se a fatos enterrados há meio século não é nada diplomático.
Faz sentido o Brasil colocar-se como potência do Sul e aliar-se a países como Índia, África do Sul e outros emergentes emergidos para reivindicar uma nova ordem mundial, com um novo Conselho de Segurança, um novo FMI e um novo Banco Mundial menos dominados pelas antigas potências.
Mas faria mais sentido ainda se o Brasil chacoalhasse esse complexo de vira-lata e se visse também como membro do clube das democracias liberais ocidentais, com quem dividimos tanta coisa.
Nossas queixas contra a política cambial chinesa, por exemplo, que dizima indústrias brasileiras e americanas, são exatamente as mesmas queixas feitas pelos EUA, e uma aliança Brasília-Washington nesse contencioso poderia pressionar muito mais os chineses.
Enquanto isso, começa a funcionar o acordo de livre comércio Colômbia-EUA, que pode prejudicar ainda mais nossas exportações ao maior mercado do mundo já que os produtos e empresas colombianas terão vantagem diante dos brasileiros no acesso aos EUA.
Mas nossos dirigentes preferem sempre distância dos americanos, como adolescentes que buscam afirmação.
O Brasil tem tudo para ser a melhor ponte entre o hemisfério Norte e o Sul. Será um papel específico, digno de nossa excepcionalidade, já que dividimos valores e anseios com as duas metades do globo. Mas para isso será preciso abandonar posturas (e assessores) fossilizados. O que no nosso caso pode ser mais difícil que um camelo passar pelo buraco da agulha.

Sérgio Malbergier é jornalista. Foi editor dos cadernos Dinheiro (2004-2010) e Mundo (2000-2004), correspondente em Londres (1994) e enviado especial da Folha a países como Iraque, Israel e Venezuela, entre outros. Dirigiu dois curta-metragens, "A Árvore" (1986) e "Carô no Inferno" (1987). Escreve para a Folha.com às quintas.

Novo livro PRA na praça: Relações Internacionais e Política Externa do Brasil


Prezado Sr. Paulo Roberto de Almeida,

A LTC - LIVROS TECNICOS E CIENTIFICOS EDITORA LTDA tem o prazer de confirmar a publicação da obra:

ALMEIDA, PAULO ROBERTO DE / RELACOES INTERNACIONAIS E POLITICA EXTERNA DO BRASIL: A DIPLOMACIA BRASILEIRA NO CONTEXTO DA (...) /
ALMEIDA, PAULO ROBERTO DE / Relações Internacionais e Política Externa do Brasil - A Diplomacia Brasileira no Contexto da Globalização / 1|2012
Cód Obra: 211271 / ISBN: 978-85-216-2001-3
Preço de Capa: R$ 59,00
Nº Pag: 330
Data da Publicação: 20/10/2011
Tiragem: 1.500 exemplares

Esta é a minha ficha do livro: 

2280. Relações internacionais e política externa do Brasil: a diplomacia brasileira no contexto da globalização, Brasília, 2 junho 2011, 440 p. Livro completo, remetido ao Grupo Editorial Nacional (GEN). Publicado em 20/10/2011: Rio de Janeiro: LTC, 2012, 330 p.; ISBN 978-85-216-2001-3; código da obra: 211271; tiragem: 1.500 ex.; Preço de Capa: R$ 59,00; link: http://www.pralmeida.org/01Livros/2FramesBooks/RelaIntPExt2011.html. Relação de Publicados n. 1059. 

Sumário:

Apresentação
Na diplomacia, entre a história e as ciências humanas
Avanços metodológicos, diversidade analítica, produção em alta
Consolidação da produção, redes em crescimento, profissionalização

Parte I: Metodologia das relações internacionais

1. Introdução ao estudo das relações internacionais do Brasil
1.1. O tema
1.2. Os conceitos
1.3. Os métodos
1.4. As fontes
1.5. Periodização temática

2. Historiografia brasileira de relações internacionais
2.1. Relações internacionais do Brasil: da diplomacia à academia
2.2. Pandiá Calógeras: o Clausewitz da política externa
2.3. Hélio Vianna: as elites bem comportadas
2.4. Delgado de Carvalho: o fatual de qualidade
2.5. A reorientação dos estudos de relações internacionais
2.6. Cervo e Bueno: o ideal desenvolvimentista
2.7. José Honório Rodrigues: a recuperação da história diplomática
2.8. Novas etapas: da academia de volta à diplomacia?
2.9. Produção recente: acadêmicos e diplomatas em constante diálogo

Parte II: O Brasil no contexto da economia global

3. Diplomacia comercial: de Bretton Woods e Havana aos impasses da OMC
31. A reconstrução econômica do pós-guerra: entre protecionismo e liberalismo
3.2. De Bretton Woods a Havana
3.3. OIC: a primeira organização para o comércio mundial
3.4. O GATT e as rodadas de negociações tarifárias
3.5. Comércio desigual: os países em desenvolvimento
3.6. A Rodada Uruguai: os novos temas e a agricultura
3.7. O surgimento de uma nova organização para o comércio: a OMC
3.8. Uma nova configuração para o comércio internacional
3.9. A Organização Mundial do Comércio: a última das três irmãs
3.10. A OMC: mais democrática que as instituições de Bretton Woods?
3.11. A longa agonia da Rodada Doha: a OMC em crise institucional?
3.12. O fim de Bretton Woods?: um sistema aparentemente mais justo

4. Os acordos regionais e o sistema multilateral de comércio
4.1. História: blocos políticos, regionalismo, integração econômica
4.2. Evolução da integração econômica: um itinerário com altos e baixos
4.3. O regionalismo: fenômeno político, processo econômico
4.4. Tendências da integração regional: suposições em tons de cinza
4.5. Perigos do regionalismo comercial: o minilateralismo como ameaça
4.6. Protecionismo na prática: industrialização à la List
4.7. O minilateralismo entra em cena: regionalização e globalização
4.8. Minilateralismo regional: estratégias de liberalização comercial
4.9. O futuro do minilateralismo: uma agenda em aberto

5. Diplomacia financeira: o Brasil e o FMI, de 1944 a 2011
5.1. Os dois conceitos de Bretton Woods: instituições e políticas
5.2. O sistema monetário internacional desde a conferência de Bretton Woods
5.3. A crise do sistema monetário internacional e o “não-sistema” pós-1973
5.4. Condicionalidades econômicas e soberania: o modelo de Bretton Woods
5.5. O “modelo de Bretton Woods” e a arquitetura financeira internacional
5.6. O Brasil em Bretton Woods: sem a dimensão do desenvolvimento
5.7. O FMI em sua primeira fase: inconsistências sistêmicas
5.8. Juscelino Kubitschek dá inicio à demonização do FMI
5.9. O regime militar e o FMI: boas relações, sem dependência
5.10. O Brasil redemocratizado e o FMI: más relações, com dependência
5.11. Encontros e desencontros dos anos 1990: o FMI e as crises financeiras
5.12. Outubro-dezembro de 1998: o Brasil volta ao FMI
5.13. Crise argentina e efeito Lula: o Brasil torna-se o maior cliente do FMI
5.14. O Brasil enfrenta as crises financeiras do novo milênio
Anexos: Acordos e relações do Brasil com o FMI, 1944-2011
Quadro 1: Brasil: histórico do relacionamento com o FMI, 1944-2011
Quadro 2: Brasil: acordos formais estabelecidos com o FMI, 1958-2010

6. As crises financeiras internacionais e o Brasil, desde 1928
6.1. Questões sistêmicas relativas às crises financeiras
6.2. A “mãe” de todas crises financeiras: 1928-1939
6.3. A crise de Bretton Woods e seus efeitos sistêmicos: 1965-19754
6.4. O centro adoece, a periferia entra em colapso: 1979-1989
6.5. Globalização financeira, desequilíbrios cambiais: 1994-2002
6.6. O centro tropeça, os emergentes deslancham: 2005-2011
6.7. Elementos comuns às crises financeiras nas economias de mercado
6.8. O debate político sobre os requerimentos da estabilidade financeira
6.9. O Brasil e a globalização financeira
Apêndice: Esquema estilizado das crises financeiras internacionais, 1928-2011


Parte III: A ordem global e a política externa do Brasil

7. A ordem política e econômica mundial do início do século 21
7.1. A ordem política mundial: novos problemas, velhas soluções?
7.1.1. Segurança estratégica
7.1.2. Relações entre as grandes potências
7.1.3. Conflitos regionais
7.1.4. Cooperação política e militar nos hot-spots
7.2. A ordem econômica mundial: velhos problemas, novas soluções?
7.2.1. Regulação cooperativa das relações econômicas internacionais
7.2.2. Assimetrias de desenvolvimento
7.2.3. Cooperação multilateral e Objetivos do Milênio
7.3. A ordem política e econômica mundial e a diplomacia brasileira
7.3.1. Crescimento econômico
7.3.2. Investimentos
7.3.3. Acesso a mercados
7.3.4. Integração regional
7.3.5. Recursos energéticos
7.3.6. Segurança e estabilidade

8. A diplomacia brasileira no contexto da governança global
8.1. A governança global em transição
8.2. O Brasil no contexto da governança formal
8.2.1. Segurança e estabilidade
8.2.2. Funcionamento da economia mundial
8.2.3. Cooperação política em favor do desenvolvimento
8.2.4. Instrumentos regionais de cooperação e de integração
8.3. A construção de uma governança alternativa
8.4. Possibilidades de reorganização institucional

9. A sociologia institucional do multilateralismo brasileiro (1815-2011)
9.1. A diplomacia econômica do Brasil no contexto mundial
9.2. As relações internacionais do ponto de vista da diplomacia econômica
9.3. Relações econômicas internacionais do Brasil em perspectiva histórica
9.4. As novas bases da diplomacia econômica multilateral
9.5. O Brasil no sistema econômico internacional; rupturas e continuidades
9.6. Acordos multilaterais e instituições internacionais de 1815 a 2011
9.7. Perfil institucional do multilateralismo econômico do Brasil, 1856-2011
9.8. As relações econômicas internacionais do Brasil na era da globalização

Bibliografia de relações internacionais e de política externa do Brasil
Biobibliografia do Autor  

Editora LTC - Grupo GEN

Web page: www.grupogen.com.br 



Paradoxos da corrupcao no Brasil: um dos chefes da gang sai, mas a quadrilha fica...

Em matéria de organização administrativa, ou até de medidas de segurança, se trata provavelmente da providência mais inacreditável que se poderia esperar de qualquer governo dotado de um mínimo -- digamos um mínimo minimorum, chegando a quase nada -- de racionalidade, ou até de simples cuidado com os recursos públicos, que são finalmente aqueles que esse governo conivente retira dos nossos bolsos.
O responsável em questão está saindo por causa de corrupção das grossas, ou seja, uma organização criminosa que toma de assalto não só um ministério mas toda uma agência de Estado das mais ricas, já que tratando do produto mais estratégico da modernização industrial. E, no entanto, a quadrilha fica no lugar, e pode designar algum quadrilheiro mais competente, para que eles possam continuar desviando recursos públicos com outros métodos e procedimentos, de maneira a não comprometer os cofres do partido e os bolsos dos dirigentes com expedientes amadores que não são capazes de resistir a uma investigação superficial, dessas feitas por qualquer repórter aprendiz.
Enfim, essa é a comprovação de que governo e dirigentes são não apenas coniventes com a corrupção, mas que eles não se preocupam minimamente em interromper práticas criminosas que se disseminam por todos os poros do Estado.
Como sempre, não apenas defendo o que digo, como assino embaixo (e não adianta algum Adesista Anônimo vir defender coniventes e quadrilheiros).
Por fim, reafirmo: os ministros são demitidos pela imprensa, não porque são considerados bandidos pelo governo, que merece não nota zero, mas menos dez...
Paulo Roberto de Almeida


Faxinas à parte, a farra das ONGs/PCdoB mostra que as condições para a proliferação da corrupção perpetuam-se sob os tapetes da capital federal. Por Hugo Souza (leia mais)

Dilma considera que o desgaste político do ministro é irreversível, diz jornal (leia mais)

Revista Brasileira (ABL): numero sobre Joaquim Nabuco

Quase todos os artigos são sobre Joaquim Nabuco.
Vale a pena conferir:

Revista Brasileira

O nascimento da lampada eletrica: 21/10/1879

Thomas Alva Edison apresenta seu invento ao repórter do New York Times, que desconfiado colocou um subtítulo assim redigido: Conflicting Statements As To Its Utility
 Parece que a lâmpada elétrica já deu o que tinha de dar. Vamos para o seu final...
 Paulo Roberto de Almeida

This Day in History
The New York Times, October 21, 1879

Edison's Electric Light



Conflicting Statements As To Its Utility

OTHER HEADLINESThe Democratic Infamy
Popular Indignation in Maine Increasing
Considering the End
Gov. Garcelon Feels Proud
Conscious of Duty Done and Not Afraid to Die if Necessary
Approving the Outrage
Either Black-Mail or Crime
Appointments at Albany
Valuable Christmas Presents
Thirty Years a Manager:Italian Opera From Sontac to Marimon and Gerster: What an Inquisitive Visitor Learned While Talking to Col. Mapleson Is the Academy of Music - Eighteen Years of Her Majesty's Opera in London - A Manager's Tribulations - Reminiscences of Singers, Composers, Dancers, Conductors, and Managers
There was no lack of enthusiasm or of confidence about Mr. Edison as he greeted the Times reporter who entered his laboratory at Menlo Park, N. J., yesterday. The inventor, a short, thick-set man, with grimy hands, led the way through his workshop, and willingly explained the distinctive features of what he and many others look upon as an apparatus which will soon cause gas-light to be a thing of the past. The lamp which Mr. Edison regards as a crowning triumph is a model of simplicity and economy. In the lamp the light is emitted by a horseshoe of carbonized paper about two and a half inches long and the width of a thread. This horseshoe is in a glass globe, from which the air has been as thoroughly exhausted as science is able to do. So good a vacuum is produced that it is estimated that at the utmost no more than a one-millionth part of the air remains. The operation of pumping lasts one hour and a quarter. At the ends of the carbon horseshoe are two platinum clamps, from which platinum wires run outwardly through a small glass tube contained within a larger one leading out of the glass globe. The small tube contains air. Within it the platinum wires are met by two copper wires connecting with the conductors of the electricity. The air is left in the small tube, because otherwise the copper wires would be fused by the electric current. The carbonized paper is capable of being made incandescent by a current of electricity, and while it allows the current to pass over it, its resistance to the heat is strong enough to prevent it from fusing.
The first place visited was the room in which the furnace for carbonizing the paper is situated. The furnace is of the ordinary pattern, and on the coals rested a horseshoe mold, in which the bristol board to be charred was placed. Over each horseshoe a piece of tissue paper was placed and the whole was washed until all the material of the card-board, except the carbon, was taken away. When the filaments were taken from the mold they resembled pieces of black thread. The particles hung tenaciously together, however, and the black horse-shoe was easily placed in the platinum clamps of the globe of the lamp. The exhausting of the air takes place after the carbon is put in position, and when this is done the lamp is complete. "As there is no oxygen to burn," said Mr. Edison, "you can readily see that this piece of carbon will last an ordinary life-time. It has the property of resisting the heat of the current of electricity, while at the same time it becomes incandescent, and gives out one of the most brilliant lights which the world has ever seen. The cost of preparing one of these little horse-shoes of carbon is about 1 cent, and the entire lamp will cost not more than 25 cents." Here the inventor gave a practical illustration of his invention. He was standing just under an ordinary gas chandelier in which two of his lamps were burning. He took one of the lamps out, and it appeared simply as a glass globe. He placed it back in the burner, and immediately a brilliant horse-shoe of golden light illuminated the globe. Mr. Edison then, by turning a screw in the lamp, brought the light down to a spark, turned it off completely, as gas can be turned off, and turned it on again to a brilliant incandescence by a twist of his fingers. He certainly demonstrated that in his own laboratory at Menlo Park, the electric light is as obedient to his will as the gas light is to the general public. The light from each lamp is of about the power of an ordinary gas-jet, but Mr. Edison claims that by increasing the electricity, he can raise the power to 15 gas-jets.
Eighty-four lights are burning night and day in the laboratory, and they are all supplied with electricity by an 80-horse-power engine, which is stationed in the basement of one of the buildings. This engine, in addition to feeding these lamps, furnishes the motive power for all the machines in the laboratory, and at night feeds the electric lights which have already been erected in Menlo Park, in anticipation of the proposed grand illumination. The wires which are to convey the electricity to the lamps for the grand display are to be above ground, so that all spectators can see and investigate them. They will lead directly from the lamps to the generator in the laboratory, and any person can trace them from point to point.
From the furnace-room Mr. Edison conducted the reporter to the room in which his lamps are made, and where the air is exhausted from them. In this room, also, is Mr. Edison's machine for regulating the pressure of the electricity as it passes to the different lamps throughout his laboratory. This machine consists of a series of coils of copper, over which the electric current is continually passing, and each coil is connected with a series of lamps. If the pressure is too great on any series of lamps it is at once shown by the coil representing that series, and can be regulated in an instant. In this room, also, the carbonized paper is placed in the globes, and the lamp is completed. It is Edison's pet room, and here he spends most of his time when not engaged in studying out new inventions.
It has been asserted by some persons who are supposed to be conversant with the subject of electricity that in order to furnish lights for houses in this City a copper coil as large as an ordinary barrel would be required as a conductor from the central station to the different houses in two or three blocks. Regarding this, Mr. Edison said: "The size and amount of conductors for carrying electricity for lighting purposes depends, of course, upon the distance to which the electricity is to be carried. If I have to carry it 10 miles my conductor must be larger than it must be if I have to carry it 10 feet. My idea is to have central stations to cover, say a square of three or four blocks. The pipes containing the wires on a street, if this idea is carried out, will not exceed in size the circumference of your arm. They will be laid under the flag-stones just at the edge of the sidewalk, as gas-pipes are now laid."
"What will be the cost of these conductors," asked the reporter.
"The cost, compared to gas-pipes, will be very small, and there is very little chance of their getting out of order. The wire itself, which will convey the electricity, will be an ordinary No. 9 telegraph wire, the same wire that you see in use every day by the Western Union Company. That is as near the size of a barrel as I intend to get."
"How will the light be distributed?"
"Precisely as gas is now distributed. You see that I can turn that burner off entirely if I wish to; I can lower it or I can raise it, just as you can lower or raise a gas jet. Our electricity will go from our central stations just as gas flows from the meter. Whether the company will charge for the light according to the amount of electricity which each consumer uses, or whether so much a month will be charged to each consumer I cannot say. That is a question which the company will determine when the electric light is introduced."
"Do you intend to illuminate Menlo Park on New Year's Eve?"
"Not for the public as soon as that. Menlo Park is now illuminated every night to a certain extent. All the lamps that we have on hand are lighted nightly, but we cannot give the grand display that I intend to give until we have more lamps. You can say this, however, that the electric light is perfected, and that all the problems which have been puzzling me for the last 18 months have been solved. I expect to have every house here lighted, and a number of street-lamps going within 10 days. When I once get the light started, I shall keep them burning night and day for at least two weeks, in order to make a time test of my carbon. I believe that it is practically infusible, and I have confirmed my belief by experiments here in my laboratory for several weeks, but I want the public to believe it from their own knowledge, and the only way to make the public believe it is to show it to them. I think that my carbonized paper is the only substance which is capable of becoming thoroughly incandescent, and at the same time of offering to the current of electricity sufficient resistance to prevent it from melting away. The vacuum in the globe, of course, offers no oxygen of any consequence to burn; but the intense heat generated by the electricity would destroy any other substance than this carbonized paper. There is absolutely nothing there to fuse. It is carbon, pure and simple, and no machine known to this age can generate enough electricity to destroy it."
"Have any electricians responded to your invitation to see you and investigate your method of lighting by electricity?"
"No electricians have been here yet, nor are there likely to be any here. Electricians are a very scarce article in this country, although there are many persons here who call themselves electricians. They don't come here, because they know that if they do they will be convinced that my light is at last a perfect one. I am glad they don't come. Practical men, with experience, and what I call 'horse sense,' are the best judges of this light, and they are the men whom I like to welcome to my laboratory."

Europalia: le Bresil a Bruxelles


Newsletter 4
21.10.2011
www.europalia.eu

 
04.10.2011>15.01.2012
  Coup d'envoi du festival europalia.brasil
Le festival a été inauguré le 4 octobre par la Présidente du Brésil, Dilma Rousseff, et la Famille Royale belge, suivi le lendemain d’une grande fête brésilienne pour l’ouverture de l’exposition Brazil.Brasil : arts visuels, percussions, forró et capoeira ont donné un excellent avant-goût des 3 mois de festivités à venir !


  
Expo: au coeur de l'AmazoniePour tout savoir sur l’Amazonie et les fascinantes coutumes des peuples autochtones, visitez pendant les vacances de Toussaint l’exposition Índios no Brasil: parures de plumes multicolores, masques et vidéos vous emmènent en voyage à travers une des régions les plus mystérieuses du Brésil.
Gratuit pour les moins de 13ans et audioguide spécial Kids!

Expo: de la rue à la plageMais le Brésil, c’est aussi des villes en pleine mutation. A Rua au M KHA se focalise sur le rôle de la rue dans les créations des artistes contemporains de la ville de Rio, tandis que Paulo Mendes da Rocha(Palais des Beaux-Arts), Lina Bo Bardi (C-Mine) ou Brasília (BIP) montrent le travail de certains des plus grands architectes brésiliens. Et pour voir un autre visage de la ville de Rio, rien de tel qu’une visite de l’exposition Copacabana à deux pas de la plage d’Ostende…

Expo: un triptyque afro-brésilienTrois expositions explorent la dimension afro-brésilienne de la diversité du Brésil : à travers photos, vidéos et installations, Incorporations offre une vision des artistes contemporains sur le rôle de la culture afro-brésilienne dans la société brésilienne. D’un autre côté, Perles de Liberté se focalise sur les bijoux d’esclaves au Grand Hornu Images, tandis que Bispo de Rosario (Art et Marges) montre le travail d’un des plus poétiques artistes afro-brésiliens.

Musique: au cœur des nuits brésiliennesFin octobre sera chaud, chaud, chaud, avec l’arrivée de plusieurs stars de la musique électronique brésilienne : ne ratez pas les concerts de Chico Correa & Pocket Band, DJ Dolores, Pedro Osmar & Loop B, BoTECOelectrico, DJ Tudo... > plus d’infos. Sans parler de la visite tant attendue de l’incomparable Tom Zé, un des fondateurs du mouvement Tropicália. Et si vous ne savez lequel choisir, le Vooruit (Gand) et deSingel (Anvers) vous ont concocté deux week-ends intensifs – Brasil Underground et Vamos Brasil – pour vous offrir un aperçu détonnant de la scène underground brésilienne > plus d’infos.

Cirque: focus sur le cirque brésilien à Bruxelles!Fin octobre, le festival accueillera deux des plus grandes compagnies de cirque du Brésil, Nau de Ícaros et Intrépida Trupe. Théâtre, danse, acrobaties et effets spéciaux se combinent dans ces deux spectacles magistraux et débordants de poésie. A voir absolument!

Théâtre: des classiques revisités à la sauce brésilienneNe ratez pas la Mouette d’Enrique Diaz, metteur en scène de  génie de la scène contemporaine brésilienne. Une bande de jeunes comédiens brésiliens se réapproprient le chef d’œuvre de Tchekhov, y intégrant accessoires surprenants et confessions intimes, pour lui donner cette petite touche de folie et de chaleur dont seul le Brésil a le secret.

Littérature: du cordel aux nouvelles amazonesLa littérature de cordel, forme populaire de tradition orale du Nordeste brésilien, sera mise à l’honneur lors d’une table ronde avec les auteurs Aderaldo Luciano, Paulo Teixeira Iumatti et Annick Moreau > plus d’infos. Fin octobre, le magazine littéraire Marginales organisera également une soirée littéraire passionnante sur le thème des nouvelles amazones, en présence de João Almino, Silviano Santiago et Beatriz Bracher > plus d’infos. Enfin, ne ratez pas la rencontre avec João Ubaldo Ribeiro, écrivain brésilien dont la réputation n’est plus à faire > plus d’info


Cinéma : focus sur le cinéma brésilien
Novembre commencera avec la venue de deux grands réalisateurs brésiliens: Walter Salles sera à Flagey pour présenter son film Central do Brasil, ainsi que plusieurs documentaires inédits, tandis que Suzana Amaral présentera A Hora da Estrela (nominé aux oscars) et Hotel Atlântico. Novembre marquera également le début du focus sur le cinéma brésilien à la CINEMATEK, ainsi qu’une journée brésilienne lors du Festival de films pour enfants de Bruxelles Filem’on.


Club.brasil: goûtez aux saveurs du BrésilA la recherche d’un endroit où manger un morceau avant ou après la visite de l’exposition pour rester dans l’ambiance brésilienne? Rendez-vous au club.brasil, en bas du Mont des Arts. Vous y trouverez de nombreuses spécialités brésiliennes, accompagnés de cocktails de fruits frais brésiliens. Vous pourrez également y acheter expo.pass, catalogues d’exposition et objets d’artisanat brésilien ou assister à de nombreux concerts, cours de danse et ateliers gratuits. > Voir la vidéo  

Richelieu: construindo o Estado pela espada e veneno


For King And Country

Henrik Bering
The Wall Street Journal, October 21, 2011
 April 25, 1617, a Parisian mob was busy mutilating a corpse on Pont Neuf, roasting the victim's heart over charcoal. The unfortunate individual was Concino Concini, the widely despised principal adviser to the queen mother, Marie de' Medici. The day before, her 16-year-old son, Louis XIII, had ended Marie's regency and ordered Concini's arrest. Showing signs of resistance, Concini was shot on the spot. His friends buried him after dark, but the mob unearthed the body and began parading him through the streets of Paris, snacking on bits of him along the way.
One of the carriages held up at the bridge that day contained the bishop of Lucon, Armand-Jean du Plessis—the title "de Richelieu" was not yet his—who was a minister in the regency and a subordinate of Concini's. One wrong move in that ugly swarm and Concini's fate could be his. Always resourceful, du Plessis ordered his men to shout "Vive le roi! Vive le roi!" and the carriage was let through.
The incident opens Jean-Vincent Blanchard's vivid "Eminence: Cardinal Richelieu and the Rise of France." Traditionally, the man who was named a cardinal in 1622 and soon after became Louis XIII's chief minister has been portrayed in French schools as being "to statesmanship what Machiavelli was to political theory, Galileo to science and Descartes to philosophy." His master plan was to unite a fragmented country under an omnipotent king and to make France the leading power in Europe by challenging the Habsburgs of Spain and Austria. Success at home was a prerequisite for success elsewhere.
To Richelieu's enemies, he was known as "the Red Tyrant," but readers conditioned by Alexander Dumas's "The Three Musketeers" to see Richelieu as an arch villain will be prompted to a rethinking by "Eminence." Consider the poisonous lot that Richelieu had to deal with. Marie de' Medici became apoplectic at the very mention of his name after he thwarted her desire to become the power behind the throne. Louis XIII's brother Gaston d'Orleans wanted to be king himself and sought help abroad. And the queen, like the others, cultivated foreign contacts, constantly plotting to remove him.

Eminence

By Jean-Vincent Blanchard
(Walker, 309 pages, $30)
Louis XIII himself was a moody introvert, clever enough to realize that he needed Richelieu but also resentful. Mr. Blanchard quotes a historian from that period on the tricky position the cardinal occupied: "The six square feet of the King's private study gave him more worries than all of Europe."
Richelieu's right-hand man was a barefooted Capuchin friar called Father Joseph, described by Aldous Huxley in the biography "Grey Eminence" as an odd combination of Savonarola and Metternich in his role as chief diplomat; and as chief of intelligence, Joseph had no limits when it came to destroying his master's enemies. As his boss put it: "In matters of state, doors must shut pity out."
For Richelieu to achieve his goal of consolidating the French state, he first needed to tame feudal noblemen, who had their own private armies, and militant Protestants. Mr. Blanchard expertly details the siege of La Rochelle, a Protestant stronghold that was starved into submission. We see Richelieu and his engineers planning the dam that was built across the outer harbor to prevent the city from receiving supplies, and we find him on his flagship watching a futile English relief attempt. Inside the city, residents dragged themselves to the cemetery before expiring.
Though certainly ruthless, Richelieu was no fanatic. He demanded that Protestants acknowledge the king's sovereignty, but he did not revoke the Edict of Nantes, which guaranteed their freedom of conscience. (It was later revoked by Louis XIV.) Abroad, Richelieu's pragmatism allowed him to enter into alliances with the Swedish King Gustav Adolphus and the German Protestant princes. He had a larger aim: encouraging them to bleed the Habsburgs until France could gain the upper hand.
Throughout, Richelieu foiled countless conspiracies against him. The final one was that of the king's favorite, the Marquis de Cinq-Mars, a vain and effeminate youth who had been installed by Richelieu himself for Louis's amusement. The marquis turned on Richelieu and plotted with the king's brother Gaston d'Orleans to kill him. But Richelieu's spy service discovered the plan and Cinq-Mars was arrested. The book describes in gruesome detail the botched executions in 1642 of Cinq-Mars and an accomplice by a substitute executioner: When Cinq-Mars's head failed to separate from the body, the executioner "grabbed it by the hair and sawed off." Dumas's expert Headsman of Lille would not have approved.
Possessing evidence that the king himself knew of Cinq-Mars's intentions, Richelieu demanded that Louis promise to embrace no more favorites and dismiss de Treville, the captain of the king's musketeers, a Cinq-Mars loyalist. But Richelieu's triumph mattered little: A few days after wringing the concessions from Louis, Richelieu fell ill with pleurisy and died within weeks. The king did not look overly stricken.
Mr. Blanchard chooses to see Richelieu's achievements as a 17th-century "work in progress." After all, his successor, Cardinal Mazarin, needed six more years to ratify the Treaties of Westphalia in 1648, ending the Thirty Years War, and France would soon go through another round of aristocratic revolt. But Richelieu provided the beginnings of a national administration, and in foreign policy he made the national interest trump everything else, including religion. The author quotes Henry Kissinger's estimation that Richelieu was "the father of the modern state system." And as the founder of l'Académie Française, Richelieu contributed greatly to French culture.
On Richelieu's death, Pope Urban III famously said: "If there is a God, Cardinal Richelieu will have much to answer for. If not, he has done very well." Mr. Blanchard, choosing the book's epigraph, preferred the playwright Corneille's verdict: "He has done me too much good to speak ill of him. He has done me too much bad to speak well of him."
Mr. Bering, a writer and critic, last wrote for the Journal about auction catalogs.

Republica Federativa dos Larapios (nao-governamentais, mas com dinheiro governamental, ou seja, seu, meu, nosso...)


Reinaldo Azevedo, 20/10/2011

Já escrevi aqui uma vez: o Brasil inventou a ONGG: Organização Não-Governamental Governamental. É uma vergonha. Uma piada. A razão de ser de uma ONG é tentar despertar a consciência da sociedade para um determinado problema e convidá-la a agir  - em nome da cidadania ou de um princípio qualquer. Na raiz, tem até um quê de interessante: trata-se de uma espécie de revolta pacífica contra o poder e contra o estado.
Sabem quem criou as primeiras ONGs na história da humanidade? Os cristãos, ainda antes de Constantino, quando estavam sob severa perseguição, como demonstra Rodney Stark no livro The Rise of Christianity: a Sociologist Reconsiders History. A sua rede de assistência aos miseráveis, aos desvalidos, explica por que as epidemias, por exemplo, matavam menos os cristãos.
Entre nós, aconteceu um fenômeno perverso. Em vez de as ONGs darem de ombros para o estado pesado, lento, perdulário, gastão, ineficiente, elas estabeleceram com ele uma sociedade: arrancam dinheiro público e o usam com a mesma ineficiência do ente que, por contraste, justifica a sua existência. E, como não poderia deixar de ser, os larápios também se aproveitaram.
Ongueiro se tornou uma profissão. Pior. Misturou-se com proselitismo político. Aqui e no mundo, essas organizações se tornaram extensões da militância de esquerda - no Brasil, com raras exceções, são tentáculos do PT. Voltaremos, certamente, a este assunto. Mas uma coisa é certa: a vida de muita gente melhorou com a pletora de ONGs que anda por aí: a dos ongueiros. Sei de um famoso da área, homem que gosta de se casar muitas vezes. Ao fim de cada matrimônio, a ex-esposa da vez “herda” uma ONG. Melhor pra ele, que não precisa pagar pensão.
O Brasil é assim: safado e banal.
*
Sabem quando publiquei este texto no blog? Em 8 de julho de 2007. Combato esse método de assalto ao e do estado há pelo menos uns 15 anos. Há só uma lei razoável a ser aplicada nesse caso: ONG não pode receber dinheiro público. E pronto! Ou se abre o caminho da ladroagem.

Brasil, primeiro em Banda Larga: campeão...

...ops, enganei-me no título: ele é, na verdade, campeão em custos, em preços escorchantes, em roubalheira oficializada, em carteis organizados, em extorsão dos consumidores indefesos, em conivência de um governo inepto com a não competitividade das empresas brasileiras, enfim (enfins, como diria uma professorinha freireana da UnB), totalmente devotado apenas a esfolar os contribuintes...
Paulo Roberto de Almeida 
Custo da banda larga barra inovação no País
Valor Econômico, 20/10/2011

Divulgada pela Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad), a nova edição do Relatório da Economia da Informação aponta que o Brasil tem a oferta de banda larga móvel mais cara do mundo.
A adoção de tecnologias da informação e comunicação (TIC) é uma realidade para grande parte das companhias brasileiras. A aplicação desses recursos no desenvolvimento de inovações para os negócios, no entanto, ainda é modesta, especialmente entre as pequenas e médias empresas (PMEs). Os fatores que explicam esse contexto são claros: o custo e a qualidade da infraestrutura tecnológica no País.

Divulgada ontem (19) pela Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad), a nova edição do Relatório da Economia da Informação aponta que o Brasil tem a oferta de banda larga móvel mais cara do mundo. Abrangendo mais de 60 países, o estudo avalia o uso das TICs no setor privado em mercados desenvolvidos e economias emergentes.

De acordo com a pesquisa, o pacote de banda larga móvel no Brasil tem um custo de US$ 51,27. A tarifa é bem superior mesmo quando comparada com países menos desenvolvidos. No Sri Lanka e no Vietnã, por exemplo, as cifras são de US$ 4,34 e US$ 6,34, respectivamente.

"Desde 2009, houve uma redução de 17% nos preços de pacotes de dados de telefonia celular no Brasil. Ainda assim, estamos longe de um valor acessível, especialmente para os pequenos empresários", diz Carlos Afonso, membro do Comitê Gestor da Internet do Brasil (CGI), entidade responsável pela elaboração e divulgação do estudo no País.

Ao mesmo tempo, o custo elevado não se traduz na oferta de serviços mais qualificados. Enquanto no Brasil a média de velocidade disponível é de 1 Mbps, esse índice é de 7,2 Mbps em países como Quênia, Sri Lanka e Turquia. "As operadoras vivem batendo na tecla de que é preciso cortar impostos relativos ao setor no Brasil, mas mesmo sem essas taxas, o preço continuaria absurdo", diz Afonso. "Hoje, só 5% dos usuários adotam planos de internet móvel. O serviço é só para os ricos", completa Juliano Cappi, também do CGI.

Como reflexo, Alexandre Barbosa, membro do CGI, destaca que o uso da TIC pelas empresas brasileiras ainda se restringe em grande parte a aplicações básicas, como enviar e receber e-mails. "Por conta dessa infraestrutura precária e cara, fica muito claro que as companhias brecam investimentos em aplicações mais inovadoras na internet, como a realização de transações eletrônicas e a oferta de serviços on-line aos seus consumidores", explica.

O relatório da Unctad ressaltou os efeitos do uso da TIC no desempenho das empresas de países em desenvolvimento. Os ganhos em termos de vendas foram 3,4% maiores entre as companhias que investem em tecnologia. Em outra frente, essas empresas registraram uma rentabilidade 5,1% superior à de companhias que não apostam nessa direção.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

A maravilhosa Cuba da USP, e o que deixaram de dizer...

Cuba, pelo que se vê, pelo que se ouve, pelo que se lê em certos setores do Brasil, é uma extraordinária potência desenvolvida, extremamente inovadora, com um povo feliz, sorridente, bem alimentado, sobretudo viajado e lido, com total liberdade de exercer seus direitos e privilégios, desde que dentro da revolução, claro, e com a devida autorização do lider supremo.
Uma maravilha, pelo menos para a revista de Estudos Idiotas, da USP...
Paulo Roberto de Almeida 



Revista de Estudos Atrasados
Leandro Narloch e Duda Teixeira 
Folha de São Paulo, 20/10/2011

A expressão "estudos avançados" deveria designar discussões científicas de ponta, novas interpretações históricas e atualizações a teorias consagradas. A revista "Estudos Avançados", da USP, costuma publicar artigos com esse perfil desde que foi criada, em 1987. Não é o caso do número 72, nas bancas neste mês. O "Dossiê Cuba", que compõe a maior parte da edição, apresenta estudos que são tudo, menos avançados: artigos sem nenhuma intenção científica e peças de propaganda escritas por pessoas ligadas ao governo cubano.

São ao todo 15 artigos de pesquisadores e jornalistas cubanos, e mais dois de brasileiros. Nenhum dos autores é crítico de um regime que, todos hão de concordar, desperta opiniões divergentes.

O texto mais emblemático é "A democracia em Cuba", do ensaísta Julio César Guanche.
O autor afirma que a revolução de 1959 consagrou um "novo conceito de democracia, com o intuito de garantir o acesso à vida política ativa de grandes setores da população" e defende a manutenção do que chama de "unidade revolucionária" - a proibição imposta aos cubanos de fazer reuniões e formar partidos, jornais ou sindicatos.

Um trecho de "Ciência em Cuba: uma aposta pela soberania" lembra um vídeo institucional: "Inaugurada em Havana pelo próprio presidente Fidel Castro, a entidade conhecida pela sigla CIGB [Centro de engenharia genética e biotécnica] contribuiu de maneira excepcional para colocar Cuba entre os líderes mundiais de tão importante setor". Diversos textos seguem o padrão de citar Fidel no início, mencionar a situação de Cuba antes de 1959 e descrever conquistas da revolução.

O artigo "A educação em Cuba entre 1959 e 2010" não traz discussões sobre métodos de ensino ou experiências mais ou menos eficientes. Em vez disso, o autor reproduz diversas falas de Fidel Castro, incluindo até mesmo a tautologia "é necessário mudar tudo o que deva ser mudado". Do mesmo modo, "Um olhar para a saúde pública cubana" não tem problematização ou comparação de dados, como é praxe nos artigos da revista da USP. O autor se destina apenas a destacar supostas conquistas médicas obtidas em Cuba por causa da "vontade política do governo revolucionário". Não há menção à falta de remédios ou aos subornos exigidos por médicos, queixas tão frequentes entre cubanos menos comprometidos.

Quem assina o texto sobre a saúde de Cuba é o jornalista José A. de la Osa, que ensinava censura, ou melhor, ministrava a disciplina de "política informativa" da Universidade de Havana. De acordo com ex-alunos da universidade, Osa ensinava quais eram os temas que não poderiam figurar nos jornais oficiais, como fracassos econômicos, opiniões de dissidentes e crimes chocantes.

A edição é ilustrada com fotos fornecidas pelo governo cubano. As imagens das páginas 47 e 76 são relíquias da propaganda comunista. Trata-se de reconstituições, à la Stálin, de episódios do movimento revolucionário.

Deve ser direito de qualquer pessoa manifestar a opinião que desejar, inclusive as mais ultrapassadas. Mas se essa manifestação envolve dinheiro público, então é preciso acatar opiniões divergentes e realizar apenas as tarefas para as quais os recursos se destinam. A revista "Estudos Avançados" funciona com fundos do governo federal e da USP, que por sua vez ganha 5% de todo o ICMS de São Paulo. São cerca de R$ 3 bilhões por ano pagos por empresas capitalistas e por cidadãos de todas as classes sociais, que vivem numa democracia com liberdade de pensamento. Não é justo que parte desse dinheiro ajude a mascarar a mais longa ditadura do mundo atual.

Leonardo Narloch e Duda Teixeira são jornalistas e autores do "Guia Politicamente Incorreto da América Latina" (editora LeYa).

An Idiot's Guide to Corruption in Brazil, or...

Corruption for Dummies (in Brazil)...
ou Manual de Instruções para a Corrupção Perfeita no Brasil.

Vocês querem saber como o dinheiro escorre pelo ralo das instituições públicas no Brasil?
Vocês têm ideia de como é fácil constituir uma ONG qualquer para desviar dinheiro público?
Quem sabe até essas coisas não são montadas expressamente para isso mesmo?
Pode ser que eu tenha uma mente perturbada pelo excesso de corrupção bo Brasil; pode ser que eu esteja deformado pela pletora de casos de corrupção no Brasil; pode ser que eu não aguente mais ler, ouvir, contemplar tanta corrupção.
Pode ser, principalmente, que eu não suporte mais ver dirigentes que afirmam e reafirmam que não têm nada a ver com o caso, que os papéis estavam em ordem, que "não me cabe fiscalizar"; que eu não admita mais ver dirigentes no mais alto escalão repetir que "têm inteira confiança"no ministro Fulano de Tal, mesmo quando o ministro Fulano de Tal é um patife consumado, que o seu partido é uma associação mafiosa e que os dirigentes são os chefes da quadrilha.
Pode ser que eu esteja imaginando tudo isto.
Mas, pode ser também que eu esteja simplesmente cansado de ver o meu dinheiro desaparecer em benefício desses políticos honestos...
Paulo Roberto de Almeida


CHAMADA PÚBLICA Nº 1/2011-MINISTÉRIO DAS COMUNICAÇÕES

O Decanato de Extensão (DEX) informa que o Ministério das Comunicações (MC), por meio da Secretaria de Inclusão Digital (SID)  lançou a Chamada Pública nº 01/2011 - APOIO À CAPACITAÇÃO NO USO DAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO (TIC) PARA A JUVENTUDE RURAL. A Chamada, com as normas e o Plano de Trabalho podem ser obtidas no endereço eletrônico: http://www.mc.gov.br/chamada-publica .

Nos termos da Chamada serão distribuídos às Universidades Federais e Institutos Federais de Educação R$10.000.000,00 (dez milhões de reais), provenientes do Ministério das Comunicações. As propostas devem conter solicitação de apoio financeiro de no mínimo R$100.000,00 (cem mil reais) e no máximo R$200.000,00 (duzentos mil reais), incluindo o valor das bolsas solicitadas.

Poderão ser selecionados pelas universidades um projeto por cada uma das três linhas temáticas: TIC direcionadas à Educação do Campo,TIC direcionadas à Gestão e Comercialização da Produção na Agricultura Familiar e TIC direcionadas à Comunicação Digital nas áreas rurais.

O  Ministério das Comunicações receberá as  propostas por meio das pró-reitorias de extensão, até às 23 horas e 59 minutos do  dia 8 de novembro de 2011.

Em atendimento ao item 6.2 dessa Chamada, as  propostas serão selecionadas pelo DEX, por meio de comissão ad hoc indicada pelo Decanato.  Na   urgência exigida,  em face do prazo estreito, o DEX irá receber as propostas impressas   para  seleção e  envio ao Ministério das Comunicações até às 18h da terça-feira,   dia  1º  de novembro de 2011,  em tempo hábil para seleção e envio ao MC.   

O DEX recomenda  a observação cuidadosa dos requisitos da Chamada e   o cumprimento do prazo  estabelecido para permitir a avaliação e envio em tempo hábil. 

Informações: UnB-DEX?Diretoria Técnica de Extensão (DTE)  Telefones 3107-0327 e 0328  

Coordenadoria de Comunicação e Publicação
Decanato de Extensão ? 3107-0326/0330

Kadafi e outros animais politicos (inclusive o Estado brasileiro): textos PRA no Observador Politico

Tenho colaborado, desde poucas semanas, com o Observador Político, um site de exposição, análise e debate de temas políticos, no sentido amplo.
Abaixo uma listagem dos textos publicados até aqui: