Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, em viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas.
O que é este blog?
Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;
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sexta-feira, 18 de julho de 2014
Republica Federativa de Guantanamera?: ditador cubano em residenciaoficial do governo federal
Banco dos Brics: duas opinioes negativas - Roberto Ellery e Adolfo Sachsida
Uma Ideia Ruim Sempre Pode ser Piorada: O Banco dos BRICS
https://www.youtube.com/watch?v=xXwo5_-KDH8&list=UUdivG5uywW1-UHNG5NGpExQAgora leiam o artigo do Roberto Ellery em seu blog, sobre o qual o Sachsida justamente me chamou a atenção.
Paulo Roberto de Almeida
Banco dos BRICS: Desnecessário e Perigoso
The Woman: do que o Brasil escapou: a primeira embaixadora americana, que quase chegou...
Curioso, fui ler agora, o que só vai ser publicado no NYTimes de domingo, uma longa resenha dessa extraordinária mulher, famosa por suas frases cortantes, a primeira embaixadora dos EUA, primeiro na Itália, e quase no Brasil, e que deixou um legado inesquecível, para o bem ou para o mal, para todos os que com ela conviveram.
Em todo caso, a resenha está muito bem feita, mas não pretendo comprar o livro, sequer folhear em livraria. A única coisa sobre o Brasil é a perspectiva de ter quase ido. Não sei do que escapamos, mas teria sido uma sensação.
O Brasil dos anos 1950 já tinha tantos problemas de instabilidade política e militar, que ela certamente seria mais uma fonte de instabilidade diplomática...
Enfim, leiam pelo menos a resenha que está muito boa. Vou tentar achar a resenha do primeiro volume. Essa mulher realmente fez história, mas apenas petite histoire...
Paulo Roberto de Almeida
Redistribuicao de renda, estilo companheiro: quem ajuda aos seus...
Normalmente eu NUNCA postaria uma coisa destas num blog que é essencialmente destinado a discutir políticas econômicas, política internacional, relações exteriores, livros, enfim, coisas inteligentes para pessoas inteligentes, como está escrito aí em cima.
Mas como eu leio muita coisa, sempre aparece algum material mais heterodoxo, que cabe registrar para a posteridade.
Esse justamente, NÃO É um deles, mas tem certas coisas que não nos deixam indiferentes.
Pessoas animadas de um resto que seja de espírito cívico não conseguem ficar indifentes ao amontoado de patifarias que surgem todos os dias, todas as horas, emanadas do esterco imundo em que essa gente tenta mergulhar o Brasil.
Considero ser do dever de cada um de nós afastar a máfia que tomou de assalto o Brasil.
Sinto muito mas não consigo ficar indiferente, e acho ser do meu dever contribuir de alguma maneira para fazer cessar esse tipo de vergonha que me constrange profundamente.
Assim, com mil desculpas por postar sujeitas desse quilate, aqui vai, como informação apenas.
E como alerta, claro.
Se não quisermos afundar ainda mais, se não quisermos nos arrepender amanha, no ano que vem, nos próximos anos, temos de fazer alguma coisa.
Este blog é a única arma de que disponho para expressar minha mais profunda ojeriza a este tipo de situação.
Paulo Roberto de Almeida
Mulher de Franklin Martins recebeu R$ 6 milhões do governo
Políbio Braga, 17/07/2014
. A seguir, artigo de Rodrigo Constantino, www.veja.com.br, contando como é um bom negócio ser petista de carteirinha como Franklin Martins. Leia:
Só um milhão? Muito pouco…
Emprego em queda: deve ser alguma maldicao companheira, deu tudo errado no mes da Copa
Mas justamente logo quando o governo esperava um emprego explodindo no mês da Copa, as vendas caem, o emprego some, a seleção deu chabu, a satisfação com a soberana volta a descer a rampa do Planalto.
Não é possível. Deve ser algum vodoo da oposição, esse pessoalzinho malvado, que aproveitou a presença de um bocado de haitianos (também importados por obra e graça dos companheiros), para fazer feitiçaria contra um governo tão bonzinho, tão preocupado com a questão social, tão sem outros recursos...
Paulo Roberto de Almeida
Criação de emprego no mês da Copa cai 79,5%, mostra Caged. Número de vagas é o pior desde 1992.
Políbio Braga, 17 Jul 2014 01:11 PM PDT
Foram criadas 25.363 vagas em junho — o pior resultado para o mês dos últimos 16 anos O país registrou abertura de apenas 25.363 vagas formais em junho, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado pelo Ministério do Trabalho nesta quinta-feira. O número é 79,5% inferior ao registrado no mesmo mês de 2013 . Em maio, foram criados 58.836 postos com carteira...
Addendum:
Aliás, esses efeitos negativos da Copa já tinham sido antecipados ANTES da Copa, por Roberto Ellery, como ele revela em seu blog, em post de 19 de junho.
Participação no Globonews Alexandre Garcia
O presidente do COFECON acredita que o setor de turismo pode ser beneficiado no longo prazo. Eu não compartilho desta idéia, várias pesquisas relativas a mudanças setoriais em países que foram sede da Copa do Mundo mostram que o efeito sobre a composição setorial do emprego é pequena ou nula, ou seja, não há um crescimento significativo do setor de turismo em relação a outros setores. No caso do Brasil as inúmeras dificuldades que temos para o turismo continuarão fazendo com que o país inteiro receba mais ou menos a mesma quantidade de turista recebidos pela Torre Eiffel a cada ano. Para os que se interessarem o link para o vídeo está aqui.
Prata da Casa: os livros dos diplomatas: nova versão (Julho 2014) - Paulo Roberto de Almeida
Resenhas de livros acadêmicos existem em quase todas as revistas da área, geralmente limitadas a duas páginas e na estrita observância dos padrões desse gênero de avaliação crítica: informação objetiva sobre o livro, contextualização no seu ambiente próprio e no estado da arte dos estudos especializados daquele campo, e síntese final. Os grandes jornais também costumam trazer, pelo menos uma vez por semana, notas sobre livros, mas eles se referem apenas às publicações recentes, geralmente os livros da moda, ou aqueles que são “sugeridos” por editores ativistas. Algumas publicações especializadas oferecem, igualmente, uma informação sintética sobre o que vai pelo mundo editorial, como notas mais curtas ou mais longas sobre as novidades mais atraentes, ou até números temáticos.
https://www.academia.edu/5763121/Prata_da_Casa_os_livros_dos_diplomatas_Edicao_de_Autor_2014_
Addendum:
Recebido um minuto atrás:
Hi Paulo Roberto,
Congratulations! You uploaded your paper 2 days ago and it is already gaining traction.
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Contra a hegemonia do dolar: uso de moedas nacionais - o que pensar dessa coisa? Paulo Roberto de Almeida
Ah, parece que foi num recente encontro em algum lugar deste nosso planetinha redondo...
Quando eu ouço certas coisas, vocês me desculpem, mas me dá um comichão, desses que ficam coçando no cérebro, eu eu me pergunto onde foi mesmo que eu ouvi a mesma coisa antes?
Ah, me lembrei: foi aqui mesmo, neste cantinho irrelevante de inteligência, neste quilombo de resistência intelectual contra certas ideias, as ruins e as más, as desajeitas e as feias...
Em 2009, vejam vocês, algum desses gênios da Unicamp deve ter falado novamente em comércio em moedas locais.
Eu logo saquei do meu coldre o meu Moleskine e uma caneta e anotei a sugestão; chegando em casa perpetrei essa peça de desatino que segue abaixo, e que por acaso encontrei hoje, no pré-cambriano deste blog (OK, foi um pouco mais tarde, foi no Ordoviciano, não importa).
Transcrevo novamente agora, sem sequer ler o que escrevi antes. Não devo ter mudado muito de ideias. Os outros é que continuam repetindo bobagens...
Paulo Roberto de Almeida
O grande retrocesso Monetário e cambial:
comércio em moedas locais
Paulo Roberto de Almeida
18.06.2009
Existem coisas que escapam à compreensão de economistas, ou até de pessoas normais.
Refiro-me, por exemplo, à febre ou frenesi em torno do comércio internacional feito em moedas locais, ou seja, dispensando o dólar, que desde a Segunda Guerra Mundial converteu-se no padrão de referência e veículo efetivo da maior parte das transações monetárias, financeiras, cambiais e, sobretudo, comerciais no mundo.
Isso não impede, obviamente, que outras moedas sejam usadas, como é o caso do euro nos países membros da UE e entre esta e uma multiplicidade de parceiros. O iene, a libra e algumas outras moedas também são utilizadas para determinadas transações ou entre número seleto de países.
O dólar não foi imposto a todos os demais países do mundo por alguma medida de força, ou de direito, dos EUA. Trata-se apenas do simples reconhecimento da importância econômica dos EUA, da confiança que os agentes econômicos e os próprios países têm na sua manutenção como instrumento confiável, que responde aos três critérios básicos de uma moeda.
Não custa nada lembrar quais são:
1) unidade de conta
2) instrumento de troca
3) reserva de valor
Ponto. Apenas isso. Claro, toda moeda é antes de mais nada uma questão de confiança: se você acredita que aquele papel pintado possui efetivamente poder de compra, que você poderá utilizá-lo de diferentes formas, para as mais variadas transações, ao longo do tempo, isto é, preservando o seu poder de compra, então você decide, em total liberdade, utilizar aquele papel pintado. Se você não confia, faz qualquer outra coisa, mas se desfaz desse papel pintado que não merece a sua confiança.
Pois bem: o mundo demorou anos, décadas, para construir um sistema multilateral de pagamentos e um regime de trocas que facilite as transações entre os países, com o mínimo de restrições possível. O multilateralismo monetário, por imperfeito que seja -- posto que as autoridades monetárias americanas podem decidir dar um calote no mundo, deixando de honrar seus compromissos externos, com os compradores de títulos do Tesouro, por exemplo -- é o melhor sistema possível, pois permite que a mesma moeda seja usada com os mais diferentes parceiros em todas as transações que eles desejem, sem se amarrar em um instrumento único, como ocorria ainda com o bilateralismo estrito dos anos 1930, baseado em compensações diretas entre os países.
À luz destas reflexões, eu não consigo compreender como se deseja recuar do multilateralismo -- ou seja, da liberdade cambial e monetária -- para o bilateralismo, no qual só poderemos utilizar a moeda de um parceiro com esse mesmo parceiro.
Me desculpem os mais bem informados, mas não consigo encontrar nenhuma explicação racional para esse tremendo equívoco conceitual, para esse imenso retrocesso econômico, para essa servidão voluntária, como já disse um filósofo.
Será que a inteligência econômica está recuando no mundo, ou em determinados países?
Paulo Roberto de Almeida
Bretton Woods transcripts - Kurt Schuler (NYT)
Transcript of 1944 Bretton Woods Conference Found at Treasury
By ANNIE LOWREY
Th New York Times: October 25, 2012
International Monetary Fund, via Agence France-Presse — Getty Images
A version of this article appeared in print on October 26, 2012, on page B1 of the New York edition with the headline: Transcript of ’44 Bretton Woods Conference Found at Treasury.
quinta-feira, 17 de julho de 2014
A Grande Guerra e o Brasil: dois depoimentos de menos de 2 mns cada... - Paulo Roberto de Almeida
Eu já tinha feito um texto guia, algum tempo atrás, que reproduzo novamente in fine, para quem ainda não leu.
Como não estou acostumado com essas gravações, tive de testar o tempo em diversas tentativas, e cheguei a duas gravações, cujos links posto aqui, e que talvez sejam acessíveis aos curiosos em geral.
Mas não considero isso uma aula, pois não é possível ser minimamente didático em menos de 2 mns.
Paulo Roberto de Almeida
Gravação de número 1:
https://www.dropbox.com/s/6c2wficdyddv28w/PRAlmeidaPrimeiraGuerra1.mov
Gravação de número 2:
https://www.dropbox.com/s/xvu7rv6aurce2e4/PRAlmeidaPrimeiraGuerra2.mov
Uma lagrima para... Oscar Soto Lorenzo Fernandez: um grande intelectual
Nota de falecimento
O Embaixador Lorenzo Fernandez foi uma das pessoas mais encantadoras que conheci, não na carreira, pois quando o conheci ele já estava aposentado, mas na vida intelectual.
Como intelectual, ele tinha uma enorme biblioteca, e também escreveu e publicou muito. Encontrei artigos dele desde o final dos anos 1950, e durante as duas décadas seguintes, ademais de livros sobre o desenvolvimento brasileiro.
Tive o prazer de fazer, para a seção Prata da Casa do Boletim ADB, uma mini-resenha de um dos seus livros, Três Séculos e uma Geração que segue aqui: