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terça-feira, 6 de outubro de 2015

Vargas Llosa: Corrupcao de Lula provoca vertigem...

Corrupção de Lula dá até vertigem, afirmou Mário Vargas Llosa, Prêmio Nobel de Literatura, 

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O  Prêmio Nobel de Literatura 2010, Mário Vargas Llosa, afirmou  que a corrupção bilionária de ...

 Sérgio Moro confirma que o PT usou dinheiro roubado da Petrobras em campanhas
 O PT é essencialmente vermelho. Não tem nada de verde e amarelo.
 A cada novo dia com Dilma e o PT no poder, aumenta a vergonha dos brasileiros 

O Prêmio Nobel de Literatura 2010, Mário Vargas Llosa, afirmou  que a corrupção bilionária de Lula causa até vertigens e denunciou o aumento da corrupção na América Latina.  Vargas Llosa participou da Assembléia Geral da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP), realizada em Charleston, EUA, neste sábado, 3 de outubro.

As declarações do renomado Prêmio Nobel durante a conferência de imprensa internacional são devastadoras e sepultam definitivamente o pouco que restou da reputação de Lula no mundo.

"A corrupção é um problema grave, a maior ameaça para a democracia, especialmente com as novas e recentes democracias latino-americanas. O Brasil parecia ter decolado, mas o que freou de repente e e está provocando o retrocesso? A corrupção, que está de volta mais forte que nunca, acima do pico de todos os níveis já alcançados, vinda de um governo que todos no mundo acreditavam que era exemplar: Lula implantou um governo profundamente corrupto. Dá até vertigem os montantes bilionários roubados pelos grandes ladrões do governo Lula. A história da Petrobras é incrível. É uma indicação do que pode acontecer se combater a corrupção, que se manifesta na América Latina maneira muito perturbador. Já não são os guerrilheiros, utopias socialistas, os golpes. São todos ladrões, como os narcotraficantes. Seria terrível que a democracia continue a ser esmagada e sufocada pela corrupção", afirmou.


O palestrante condenou ainda a "falta de coragem" dos governos latino-americanos para denunciar ditaduras e a violação dos direitos humanos na Venezuela, que se encontra em estado de "putrefação total" e advertiu que corrupção é a maior ameaça à democracia na América Latina.


Num recado direto aos governos de Dilma Rousseff e Cristina Kirshner, coniventes com o massacre de civis na Venezuela, Vargas Llosa apelou aos líderes da região para expressar defesa inequívoca da democracia, durante a Assembléia. 

O escritor peruano desaprovou expressamente a "falta de coragem" e a "neutralidade" dos governos latino-americanos para denunciar "o aumento da ditadura", na Venezuela e promover a luta inequívoca contra a corrupção em seus países.

Vargas Llosa, de 79 anos, foi inflexível no sentido de garantir que a Venezuela é uma "putrefação total", como consequência do chamado socialismo do século XXI e é dirigido para as eleições fraudulentas dos parlamentares em dezembro. 

"Maduro só pode ganhar esta eleição por uma fraude monstruosa, dada a sua impopularidade, a corrupção massiva, a inflação galopante, a pobreza e a alta criminalidade que mergulhou o país", alertou o autor de "A Festa do Bode". 

"Os líderes do governo venezuelanos são os chefes das gangues. Os soldados estão todos comprados através de negócios da máfia", disse ele sobre o tema da corrupção na Venezuela. 

Vargas Llosa observou que, examinando a história dos fracassos da democracia no continente, só se pode concluir que "a perseverança na o erro é uma característica da América Latina ", declaração que foi recebida com risos pela platéia. ele ainda afirmou que o populismo só funciona quando há dinheiro. Quando acaba, se torna uma ameaça real contra a democracia.

Llosa também se concentrou em criticar asperamente o presidente equatoriano, Rafael Correa, a quem ele chamou de "um grande demagogo" que dirigiu "leis repressivas", que sufocam a liberdade de expressão e de imprensa. 

O Prêmio Nobel de Literatura 2010 classificou a corrupção como o primeiro mal que acomete muitos países e governos da América Latina, citando, entre outros, o caso do Brasil, um país que "parecia ter decolado e agora retrocede" com "a disposição dos investidores em não investir mais um tostão no país." 

O ganhador do Prêmio Cervantes 1994 também culpou o retrocesso brasileiro à "corrupção de vertigem" que devora o país que atingiu "níveis máximos" com o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010).

The 8 Books Neil deGrasse Tyson Thinks Every Person Should Read

The 8 Books Neil deGrasse Tyson Thinks Every Person Should Read

March 5, 2015 | by Kristy Hamilton

photo credit: cosma / Shutterstock 

In honor of World Book Day, we've gathered reading recommendations from scientists whose specialties range from astrophysics to neuroscience to primatology.

First up is a list of eight books that Neil deGrasse Tyson thinks everyone should read and his reasons why. The recommendations are from a 2011 Reddit Ask-Me-Anything.

"The Bible": “To learn that it's easier to be told by others what to think and believe than it is to think for yourself."

"The System of the World" by Isaac Newton: “To learn that the universe is a knowable place.”

"On the Origins of Species" by Charles Darwin: “To learn of our kinship with all other life on Earth.”

"Gulliver's Travels" by Jonathan Swift: “To learn, among other satirical lessons, that most of the time humans are Yahoos.”

"The Age of Reason" by Thomas Paine: “To learn how the power of rational thought is the primary source of freedom in the world.”

"The Wealth of Nations" by Adam Smith: “To learn that capitalism is an economy of greed, a force of nature unto itself.”

"The Art of War" by Sun Tzu: “To learn that the act of killing fellow humans can be raised to an art.”

"The Prince" by Niccolo Machiavelli: “To learn that people not in power will do all they can to acquire it, and people in power will do all they can to keep it.”

 

Check out an assortment of books that other notable scientists recommend:

Jane Goodall: “Animal Liberation” by Peter Singer

Michio Kaku: "The Foundation Trilogy" by Isaac Asimov

Oliver Sacks: “The Mind of a Mnemonist” by Aleksandr R. Luria

Steven Pinker: "1984" by George Orwell , "The Selfish Gene" by Richard Dawkins

Sean Carroll: "One, Two, Three...Infinity" by George Gamow

Steve Jones: "Farthest North" by Fridjtof Nansen

Jared Diamond: "Child of the Jungle" by Sabine Kuegler

Max Tegmark: "Permutation City" by Greg Egan

Adam Riess: "Contact" by Carl Sagan ,  "The Fountains of Paradise" by Arthur C. Clarke

Steven Strogatz: "The Andromeda Strain" by Michael Crichton

Ainissa Ramirez: "Parable of the Sower" by Octavia E. Butler

Sarah Blaffer Hrdy: "The Beak of the Finch" by Jonathan Weiner , "Genome: The Autobiography of a Species in 23 Chapters" by Matt Ridley

Melvin Konner: "Why Zebras Don't Get Ulcers" by Robert M. Sapolsky  ,  "Descartes' Error: Emotion, Reason, and the Human Brain" by Anthony Damasio

Keith Thomson: "The Fly in the Cathedral" by Brian Cathcart

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

TCU cruel se posiciona contra a familia, contra uma familia, de dois pombinhos...

TCU apura nomeação de marido de ex-ministra para posto nos EUA
Fábio Fabrini
Lígia Formenti / BRASÍLIA
O Estado de S. Paulo, 5/10/2015

O Tribunal de Contas da União (TCU) investiga a nomeação do marido da ex-ministra Ideli Salvatti para o cargo de ajudante da Subsecretaria de Serviços Administrativos e de Conferências na Junta Interamericana de Defesa. O segundo-tenente músico do Exército Jeferson da Silva Figueiredo teve sua transferência assinada em 5 de agosto pelo ministro da Defesa, Jaques Wagner, a pedido de Ideli, conforme revelou o Estado.
“O fato causa preocupação, especialmente porque se sabe que as nomeações de militares para o exercício de missões no exterior passam por rigoroso processo de seleção”, afirma o ministro substituto André Luís de Carvalho, autor do pedido de investigação, aprovado em plenário. Figueiredo deveria assumir o novo posto ontem, em Washington (EUA).
Na última quarta-feira, o TCU aprovou em sessão secreta o envio de ofícios para que Ministério da Defesa e Exército esclareçam os critérios da transferência e solicita a cópia de todo processo de indicação, escolha e nomeação do militar. O TCU também pede informações sobre o custo da mudança.
A transferência correu após a nomeação da ex-ministra Ideli para ser assessora de Acesso a Direitos e Equidade da Organização dos Estados Americanos (OEA). Para não viver separada do marido, a ex-ministra inicialmente procurou o Exército para pedir a transferência. Sem sucesso, Ideli recorreu então a Wagner e foi atendida.
Na nova função, Figueiredo deverá receber US$ 7,4 mil, o equivalente a cerca de R$ 30 mil mensais, por uma jornada de trabalho de 32 horas semanais. Ele tem direito a uma ajuda de custo para sua transferência de US$ 10 mil, cerca de R$ 40 mil.
O TCU pediu ainda à Defesa e ao Exército informações sobre viagem oficial feita por Figueiredo à Rússia, em 2014. Ministros querem saber as razões que levaram à escolha do oficial para a missão, o total gasto e a comprovação de que ele possuía habilitação para participar da viagem.
Figueiredo era um dos dez integrantes de uma missão à Russia para avaliar o sistema antiaéreo Pantsir-S, que o Exército brasileiro estava interessado em comprar. Sua habilitação para a função foi questionada, mas ele explicou que fora escolhido porque fala russo.

Onde estamos?!?! Ate os keynesianos ensaiam uma retirada, ou afastamento dos colegas do poder...

Quem diria? Keynesianos de carteirinha -- mas não de botequim, como os do poder, que meteram os pés pelas mãos -- repudiam a tal de "nova matriz econômica", que agora eles dizem que nunca foi keynesiana...
Mas, por que não disseram isso logo, e deixaram que ela produzisse seus efeitos nefastos?
Na verdade, outros economistas, provavelmente não keynesianos, já avisavam, antes mesmo do desastroso governo do poste começar, que aquela gastança toda iria nos levar para o brejo.
Lembro-me perfeitamente do especialista em contas públicas Raul Velloso, desde meados dos anos 2000, alertar que a trajetória das despesas públicas, da inflação e do crescimento do PIB serem totalmente inconsistentes uma com as outras, e sem qualquer conexão com o crescimento da produtividade.
Agora que a fabulosa NEP dos companheiros fez chabu os keynesianos da academia vêm dizer que não era nada disso que eles estavam recomendando e que os "rústicos" do poder entenderam tudo errado. Eles chegam tarde? Talvez. Deveriam ter alertado seus companheiros aloprados desde o início...
Em todo caso, eu tampouco compro essa ideia de segregar orçamento corrente e orçamento de investimento. Dada rigidez terrível do exercício orçamentário no Brasil fica difícil separar um do outro: a Saúde, por exemplo, em função de uma emenda constitucional desse outro keynesiano de carteirinha que foi (e é) o ministro Serra tem sua cota orçamentária indexada ao crescimento, o que significa que o ministério sempre vai receber uma "renda extra" para torrar de forma irresponsável (e sem precisar insistir em ganhos de produtividade). Supostamente, o dinheiro acrescido também seria para investimentos na Saúde, mas provavelmente acaba sendo gasto em despesas correntes...
Paulo Roberto de Almeida

John Maynard Keynes e o ajuste fiscal no Brasil 
Fábio Terra e Fernando Ferrari Filho
Valor Econômico, 5/10/205
Fábio Terra é professor da Universidade Federal de Uberlândia. Fernando Ferrari Filho é professor titular da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e pesquisador do CNPq.

Diferente do que se julga, John Maynard Keynes não propunha déficits públicos a qualquer preço: este era um instrumento de última instância, usado apenas se os esforços de estabilização automática do ciclo econômico falhassem. Aliás, como para Keynes as expectativas cumprem papel central na decisão de investimento, uma política fiscal equivocada fomenta expectativas pessimistas e, logo, torna-se incapaz de dinamizar a economia.
A partir dessa ideia, duas reflexões sobre a política fiscal do primeiro governo Dilma Rousseff emergem: primeiro, a chamada "nova matriz macroeconômica", contrariamente ao que costumam afirmar, não possui raiz keynesiana, principalmente porque a política fiscal foi pragmaticamente expansionista, resultando na redução do resultado primário/PIB de 3,1%, em 2011, para - 0,6% em 2014; segundo, a obra de Keynes fornece insights à realização de uma reforma fiscal no Brasil que vá além do ajuste temporário das contas públicas via contenção de gastos e aumento de impostos. É sobre isso que discorremos a seguir.
Pensando na reconstrução econômica do Reino Unido no pós-Segunda Guerra, Keynes propôs o orçamento público dividido em duas contas: corrente e de capital. A primeira conteria despesas de custeio para o fornecimento de serviços públicos. A segunda elencaria os investimentos públicos, que seriam 1- o estabilizador automático do ciclo e 2- notadamente contracíclicos. Assim, estas inversões diminuiriam em booms e aumentariam aos primeiros sinais de esfriamento da economia.
Ademais, os investimentos públicos deveriam criar a infraestrutura necessária para sustentar o investimento privado, não devendo com ele competir nem tampouco gerar qualquer privilégio, sob pena de criar ineficiência - assim, algo diferente de subsidiar setores via desoneração. Empresas públicas também não eram o norte de Keynes e se fosse preciso criá-las, joint ventures entre as iniciativas pública e privada eram a opção, tais quais as parcerias público-privadas.
Questão central no orçamento keynesiano é a necessidade de superávits constantes na conta corrente e equilíbrio na de capital. Logo, responsabilidade fiscal é uma premissa da política fiscal para Keynes. Déficits públicos gerariam pressões sobre os juros, elevariam os riscos de o Estado ter que lançar dívida nova para rolar dívida passada - fragilizando-se financeiramente - e poderiam despertar desconfiança sobre os rumos da política econômica.
Além disso, Keynes argumenta que o padrão de vida no longo prazo depende do estoque de capital acumulado - por isso, sua proposta de orçamento preocupa-se com os investimentos. Logo, o orçamento de capital deve oferecer condições para que a iniciativa privada invista, requerendo, inclusive, gastos que melhorem a eficiência produtiva, isto é, gerem maior produtividade.
As receitas públicas viriam majoritariamente dos impostos, que também deveriam perseguir uma melhor distribuição de renda, sendo mormente cobrados sobre ganhos dos rentistas e heranças. Com o tempo, as receitas dos investimentos públicos do orçamento de capital trariam dividendos para o setor público, permitindo-o, assim, reduzir impostos ou construir fundos parafiscais para a estabilização da economia.
Pois bem, o que resgatamos de Keynes para a política fiscal no Brasil? Inicialmente, seria interessante ocorrer uma reforma fiscal que, de fato, segregasse o orçamento em duas contas, uma de gastos correntes e outra de despesas de capital com investimentos, mas diferentes dos moldes atualmente vigentes. É necessária a desvinculação de receitas no âmbito corrente para destinarem-se mais recursos aos investimentos públicos. Assim, impede-se que estes sejam os gastos de contingenciamento mais fácil e rápido, como é o caso no atual ajuste.
Segundo, os investimentos deveriam ser decididos com uma ampla participação de entidades empresariais e, como o plano plurianual, eles deveriam se estender além de um mandato presidencial. Assim, reduz-se a influência do ciclo político nos investimentos públicos e cria-se uma natureza de longo prazo para esta política pública.
Com maior participação em sua definição, a transparência e a comunicação da política fiscal melhoram, tornando-a mais crível, atenuando os seus riscos de default e reduzindo os juros de longo prazo, que são o custo de oportunidade dos investimentos produtivos.
Terceiro, em tempos de bonança constroem-se fundos de recursos para se evitar recessões. Assim, a responsabilidade fiscal é constante e não é preciso medidas de ajuste no afogadilho. Como a responsabilidade fiscal é uma premissa, a dívida pública sob controle é uma resultante natural da condução fiscal keynesiana. Basta inexistir uma onerosa política monetária para que a dívida pública não tenha dinâmica explosiva, o oposto do que ocorre atualmente. No caso específico do Brasil, isso requer a reforma do mercado Selic para se eliminar o mercado monetário anômalo que vem desde 1980.
Quarto, qualquer gasto do Estado envolve recursos públicos. Logo, deve haver comprometimento do gestor para com o bem público e a irrestrita fiscalização de órgãos independentes.
Esperando crescimento constante, porém estável, sem booms muito menos recessões, Keynes confiava que empregos seriam criados e as pessoas dependeriam menos do Estado e, então, da política fiscal. Longe de propor um Estado interventor, ele queria que o Estado criasse um ambiente institucional propício ao investimento, condição necessária para uma dinâmica estável de curto prazo e também para a expansão da capacidade e da qualidade produtiva no longo prazo.
Para tanto, Keynes acreditava que a elaboração do orçamento e a ação do Estado fundamentam-se na racionalidade humana, tanto do Executivo, que propõe e age, quanto do Legislativo, que sanciona. Infelizmente, o debate do ajuste fiscal no segundo governo da presidente Dilma Rousseff nada parece ter dessa racionalidade.

Eu falei em "fronda empresarial"? Esqueca: os empresarios sao todos muito ruins...

Desde o início, quando este empresário, sino-brasileiro, declarou apoiar o PT, mesmo sendo de uma grande companhia multinacional, acheio que ele não estava refletindo bem. Depois, quando comecei a ler entrevistas dele, e alguns artigos na FSP, sempre defendendo os companheiros, conclui que ele era idiota mesmo, um desses idiotas úteis que são usados pelos companheiros para mostrar que também podem ter simpáticos burgueses que concordam com eles.
Lendo hoje a entrevista que vai transcrita abaixo concluo que ele é mesmo idiota, apenas vendo algumas de suas referências ao modelo "keynesiano-socialista" (sic), à China, e outras questões.
Com empresários como esse, agora decepcionados, mas incapazes de propor alguma coisa inteligente, e com os outros, promíscuos, comprados ou coniventes com os mafiosos do poder, não se pode planejar nenhuma conspiração em prol de uma fronda empresarial, não é mesmo?
Vamos mesmo ter de completar todos os sete círculos do inferno dantesco-lulopetista, e sofrer pelo futuro previsível...
Paulo Roberto de Almeida

Modelo defendido por Lula e Dilma está errado
Entrevista / Lawrence Pih
Joana Cunha de São Paulo
Folha de S. Paulo, 5/10/2015

Empresário, que apoiou o PT na década de 80, diz que não acreditava que partido tivesse viés socialista tão forte
 
Um dos primeiros empresários a apoiar o PT, nos anos 1980, Lawrence Pih, 72, diz que, na época, não imaginou que o "modus operandi" de se fazer política fosse universal.
Hoje, ele avalia que, embora Lula tenha maior talento político e seja mais pragmático do que Dilma, ambos representam um mesmo modelo, que está errado.
Pih, que acaba de vender o Moinho Pacífico (um dos maiores importadores de trigo e processadores do cereal do país), diz que, no momento, não vislumbra solução definitiva para a crise econômica do Brasil e que é preciso cortar gastos e melhorar a eficiência da máquina estatal.

Folha - O caminho que está sendo adotado para solucionar a crise é o correto?

Lawrence Pih - Atualmente, não há um caminho. O que está havendo é uma tentativa de equacionar um problema enorme com medidas paliativas. Não se vislumbra solução definitiva –nem a possibilidade de uma.

O sr. concorda com o ajuste como está colocado? Mudaria?

O que o Joaquim Levy [ministro da Fazenda] está fazendo não é suficiente. Reconheço que politicamente já é difícil, mas eu faria algo mais drástico. O ônus que o setor público impõe à Previdência é muito alto. Há tantos lugares em que é possível cortar gastos. Como é possível a nossa carga tributária bruta ser quase igual à de países desenvolvidos da Europa?

O que mais o governo Dilma deveria fazer?

Cortar gasto. Apertar o cinto, tornar a máquina eficiente. Já que gastamos mais do que poderíamos, agora é a hora de consertar nosso balanço como país.
O investimento no Brasil é baixo. Se você não investir e tiver um universo de consumidores aumentando, vai preencher a distância entre produção e demanda pela importação, ou seja, gerando empregos fora do país.
O governo pode impor qualquer custo sobre as empresas. Aí, o empresário vai fazer o cálculo de custo, margem, risco do país e preço de venda. Ele pensa: tem demanda? Não. Segurança jurídica, previsibilidade, estabilidade cambial? Não. Tem juros estratosféricos? Tem. Custo trabalhista? Enorme. Conclusão: não vou investir.

Como se chegou a tal crise?

Dois fatores possibilitaram o crescimento do Brasil desde que o PT assumiu o governo. Houve a explosão dos preços de commodities e o país conseguiu equacionar a dívida externa. Depois disso, o mundo estava crescendo em média 5% ou 6% ao ano. Tudo isso possibilitou investimento externo no Brasil.
Também teve muito mérito do governo FHC, que estabilizou a moeda. O Brasil entrou no vácuo do crescimento mundial e possibilitou o aumento do crédito. Com desemprego caindo e economia crescendo, a população se sentiu confortável em assumir mais dívida.
O Estado começou a gastar mais do que podia e sua participação no PIB cresceu muito, com gastos maiores do que o crescimento do PIB.
E o que é essa participação? Imposto. A carga tributária, que nos últimos anos do governo FHC estava em torno de 28% ou 29% do PIB, hoje está em 36% ou 37%. No cenário atual, é insustentável. Não estou analisando qualidade de gastos e importância da questão social. É importante ajudar os mais carentes. Entretanto, tem que lembrar se o auxílio é sustentável.

É tudo culpa da gestão Dilma ou tem raízes no passado?

Não é questão de culpa. A população escolheu Lula em 2002 porque o governo de FHC não era popular naquele momento. Houve uma mudança de modelo, do Fernando Henrique, um pouco mais ortodoxo, para o modelo mais heterodoxo do PT. Esse modelo novo seguiu um pouco a linha do antigo para depois começar a implantar aquilo que lhe é caro ideologicamente e ter um tipo de socialismo keynesiano.
Os petistas têm admiração pela China. De fato, a China tirou centenas de milhões de pessoas da pobreza, é a segunda maior economia do mundo. Só que o modelo de lá é totalmente diferente. Na China não tem greve, não é democracia. É um partido só. O povo chinês está disposto a trabalhar 14 horas por dia. Aqui, achamos que oito horas é muito. O Brasil quer adotar algumas coisas do modelo chinês e outras do americano. Não funciona.

O que mudou de 2002 para cá?

Surfamos uma onda de crescimento mundial, tiramos milhões da pobreza, gastamos mais do que podíamos para perpetuar o modelo socialista keynesiano.
Dilma chegou à Presidência simplesmente pela escolha de Lula. Imagino que Palocci e Dirceu eram candidatos antes do mensalão. Lula achou que o gestor eficiente, como era a imagem que se projetava da Dilma, seria adequado. Mas a história dela é um pouco diferente da do Lula. Ele é um sindicalista, negocia com o setor patronal e entende um pouco do outro lado do balcão. Lula tem um talento político raro.

E se ele voltasse depois dela?

Voltar ou não voltar não é o caso. Eu acho que o modelo está errado. O Lula é esse modelo. É um pouco mais pragmático, mas é esse modelo.

Ele andou falando em baixar a taxa de juros.

Você não baixa juro por decreto. A Dilma fez isso. E deu no que deu. Economia tem lógica própria. Não se sujeita à vontade de um político ou outro. O mercado é soberano. Ele determina o sucesso ou o fracasso de uma economia.

Foram essas intervenções na economia que nos levaram à situação em que estamos?

Exatamente. Você não pode rasgar, decretar a inexistência das leis da economia. Você até pode baixar os juros. O Tombini baixou para 7,25% a pedido da Dilma. Agora está em 14,25% e vai subir mais.

A saída de Dilma é o caminho?

Impeachment é traumático. Pensam que se remove presidente do dia para a noite, mas não é tão simples. Não sou especialista, mas dizem que pode haver afastamento devido a pedaladas ou financiamento irregular de campanha. Essas coisas ocorreram no passado, mas nunca foi apurado. Os dois pontos são suficientemente graves? Essa primeira pergunta é técnica.
A segunda é política: ela tem condições de continuar governando sem levar o país ao caos? Quando o câmbio quase dobra em um ano, está instalado um grau de confusão grande. Com ela na Presidência até 2018, como ficará o país? Se as coisas começam a se deteriorar no ritmo em que isso acontece desde janeiro, estamos em maus lençóis. Não é só uma questão técnica. É também política, sob o aspecto da governabilidade.

O sr. foi um dos primeiros empresários a apoiar o PT nos anos 1980. O que pensa hoje?

Naquele momento, eu era visceralmente contra a ditadura. Via na elite brasileira um atraso, sentia que ela precisava de uma chacoalhada. E acreditei que o PT seria um caminho. Eu acreditava que eles tinham uma ideologia, consistência. Eram o único partido que tinha plataforma.
Eu achei que um novo modelo tinha de ser instituído. Não percebi que esse novo modelo tinha um viés tão fortemente socialista. Acreditei quando o Lula disse que tem 300 picaretas no Congresso. Não imaginei que o "modus operandi" fosse universal.

Com Aécio Neves estaríamos em melhor situação?

É provável, porque o mercado o aceitaria melhor. E o Aécio perdeu por muito pouco. Se o PT não tivesse feito o marketing que a gente chama de "propaganda enganosa", o Aécio teria vencido.

Quem deve ser o próximo candidato do PT?

Fora o Lula, não há neste momento outro candidato, a meu ver. O andamento das questões que poderiam ou não envolver o ex-presidente Lula vai determinar se eles têm ainda fôlego para ressuscitar.
Mas fico lembrando do Fernando Collor, que foi afastado e voltou como senador. E o Paulo Maluf? Está aí. O eleitor tem memória curta.

O sr. acaba de se desfazer de um investimento histórico no país. Quer investir de novo?

Meu destino é no Brasil. Já enfrentei muitas crises aqui.
O país é muito maior que essa crise e que o governo. Governo é transitório. Quando as coisas vão de mal a pior, mudam o governo e a orientação política. Neste momento, precisamos fazer reformas estruturais: trabalhista, tributária, previdenciária, encolher o Estado, tornar o setor público mais eficiente.
Ou fazemos conscientemente ou o mercado determinará que o façamos. A Grécia é um bom exemplo. Não adianta essa ideologia socialista populista porque o modelo socialista populista, mais tempo menos tempo, começa a degringolar para um autoritarismo.
O modelo perfeito disso é a Venezuela, que, como o Brasil, tem recursos naturais enormes.

Pretende mesmo investir aqui? É teimosia ou resiliência?

Sempre há oportunidade. Tenho três setores em foco: educação, saúde e infraestrutura. A população está envelhecendo e não vai parar de crescer. Vai demandar saúde, educação, moradia. Precisa de infraestrutura. O Brasil não vai desaparecer.

O sr. pensa em atrair investidores estrangeiros?

É possível. Teremos caixa robusto. Eu te garanto: os investidores estrangeiros vão olhar risco e retorno. Os ativos no Brasil estão depreciados e vão se depreciar mais ainda.
É atrativo para o investidor entrar no Brasil com o dólar a R$ 4,22. O risco já é bem menor agora. Não que o risco de a situação piorar não exista. Existe. Mas boa parte já está precificada no câmbio.

TPP vs Mercosul-UE: o primeiro começou 3 anos atras, o segundo se arrasta desde 1995...

Em qual acordo você aposta, caro leitor?
Bem, o TPP já está concluído, embora faltem alguns peso-pesados do comércio internacional, como China, Coreia do Sul, por exemplo. Mas está aí, e deve crescer, embora seus efeitos -- inclusive em função de outros esquemas de liberalização já em vigor -- devem se exercer ao longo dos próximos anos.
Quem aí aposta num acordo Mercosul-UE?
Alguém?
Bem, não quero chamar nenhum dos meus leitores, que acham que essa coisa vai sair, de ingênuos.
Ingênuos, e ideólogos estúpidos, são os companheiros, que implodiram a Alca-FTAA em 2005, e que achavam que depois iam conseguir rapidinho um acordo bonzinho com a UE. Sacripantas!
Nunca achei a Alca uma maravilha, e de fato não era; mas sem ela, os europeus não têm NENHUM motivo para ceder nos temas de interesse do Brasil e de seus parceiro no Mercosul.
Só idiotas não vêem isso.
Tenho muitos artigos e dezenas de postagens sobre a bobagem companheira, uma entre muitas que eles cometeram CONTRA os interesses do Brasil.
Paulo Roberto de Almeida

Mercosul e UE preparam lista de oferta para acordo de livre comércio
Portal UO, 5/10/2015
Com o início do último trimestre de 2015, começa a correr o prazo para Mercosul e União Europeia (UE) trocarem ofertas para um acordo de livre comércio entre os blocos econômicos. Os três meses finais deste ano são o período agendado com os europeus para a apresentação mútua de listas de produtos que poderão ter a tarifa zerada. Na quinta (1º) e sexta-feira (2) passadas, as delegações do Mercosul e da UE se reuniram no Paraguai para acertar os últimos detalhes.
O Ministério das Relações Exteriores informou que, agora, caberá aos chanceleres e ministros da área econômica do Mercosul avaliar o resultado das reuniões em Assunção e decidir quando a troca ocorrerá. O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro, tem defendido a troca de ofertas ainda em outubro. As negociações para um acordo entre Mercosul e União Europeia começaram no fim da década de 1990 e, desde então avançam de maneira inconsistente.
Em 2004, chegou a acontecer uma troca de ofertas entre os blocos, que não resultou em acordo. Em 2010, as negociações foram retomadas mas a troca de ofertas agendada para 2013 não aconteceu. Segundo o Itamaraty, para serem consideradas satisfatórias, é esperado que as ofertas desonerem de 85% a 95% do volume do comércio de cada bloco econômico.
Na avaliação de Antônio Jorge Ramalho, professor do Instituto de Relações Internacionais da Universidade de Brasília, o acordo entre Mercosul e União Europeia é positivo e necessário para os países latino-americanos. "De um lado, você tem necessidade de abrir os mercados para, no médio e longo prazo, reduzir os preços e a pressão inflacionária nas economias do Mercosul. Do outro, há o interesse em tornar as indústrias locais mais competitivas. Dar mais sustentabilidade, no longo prazo, às indústrias da região", afirmou.
Ramalho lembra, no entanto, que o aumento da concorrência pode penalizar as empresas que não investem em tecnologia. "As indústrias que não investiram suficientemente em tecnologia vão ter que pagar um preço. Vão ter que, ou sair do mercado, ou dar um salto", afirmou o professor, que considera o acordo oportuno, em um momento de contração da atividade econômica brasileira. "Na situação atual, vai ser muito positivo. Isso passa a integrar a estratégia de reativação da nossa economia", disse.
Na visão dele, o Mercosul é mais responsável pelo atraso na negociação do acordo do que a União Europeia. "Por muito tempo, o principal obstáculo era a Argentina, pelo custo político que teria no curto prazo. Ela tem dificuldade em estabelecer trocas mais abertas por causa dos seus problemas de competitividade. Mas, do ponto de vista sistêmico, isso é necessário para o Mercosul e inclusive para a Argentina".
Apesar de não conhecer o teor das propostas atuais, Ramalho acredita que esteja havendo entendimento entre os blocos econômicos, já que as negociações estão avançando. "Essas coisas não se fazem isoladas. Eles vão sinalizando, é um processo de negociações. A dinâmica normal é que, quando é apresentada a proposta, a outra parte já está sabendo [o teor]", declarou.

Stanley Hoffmann, o anti-Kissinger, o franco-americano: obituario (NYT)

Li dezenas de artigos de Stanley Hoffmann ao longo dos anos, seja em francês, seja em inglês, geralmente no New York Review of Books, mas em respeitáveis revistas de relações internacionais. Sempre tive curiosidade por conhecer melhor seu itinerário de vida, pois admirava sua capacidade analítica, sobretudo sendo um "americano" falando da França. Não sabia que ele era europeu, aliás austríaco, um dos muitos refugiados do nazismo criminoso.
Minha homenagem a ele está sintetizada no título desta postagem: o anti-Kissinger, não no sentido em que ele se opunha ao que Kissinger pensava como intelectual, mas ao Kissinger do poder, uma fascinação que Hoffmann nunca teve, mas que era uma obsessão para seu colega germano-americano.
Uma grande admiração e meu sentimento pela morte dessa grande intelectual.
Paulo Roberto de Almeida

BOOKS

Stanley Hoffmann, Who Brought Passion to Foreign Policy Analysis, Dies at 86

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Stanley Hoffmann at Harvard. CreditHarvard University
 
Stanley Hoffmann, a French-educated political scientist and foreign-affairs analyst who perceptively interpreted France and the United States to each other, and who, in a series of influential books, explored the forces that govern the relations between states, died over the weekend at his home in Cambridge, Mass. He was 86.
His death was confirmed by his wife and only immediate survivor, Inge Schneier Hoffmann, who said he died in his sleep either late Saturday or early Sunday.
Mr. Hoffmann, who taught at Harvard for more than half a century, roamed freely across the disciplines of history, international law, sociology and political science to address pressing issues in international relations and foreign policy, particularly the relations between France and the United States, the nations he knew best.
Writing in French and English, he brought a passionate engagement to questions that grew out of his early experiences in the Europe of the 1930s and ’40s.
“It wasn’t I who chose to study world politics,” he wrote in an autobiographical essay in 1993. “World politics forced themselves on me at a very early age.”
On June 12, 1940, two days before the German Army entered Paris, Mr. Hoffmann, who was Austrian by birth and partly Jewish by heritage, fled with his mother to the south of France from their home in the fashionable suburb Neuilly. Thus ended his idyllic childhood.
On returning to Paris in 1945, he entered the Institut d’Études Politiques in a quest to understand the forces that had shaped the world in the 20th century.
“It wasn’t simply the discovery of the way in which public affairs take over private lives, in which individual fates are blown around like leaves in a storm once history strikes, that had marked me forever,” he wrote. “It was also a purely personal sense of solidarity with the other victims of history and Hitler with whom we had shared this primal experience of free fall.”
In a series of works regarded as models of clarity and analytic sophistication, notably “International Organizations and the Political Power of States” (1954) and “The State of War: Essays on the Theory and Practice of International Politics” (1965), Mr. Hoffmann explored the ways nations and leaders make policy, and the role of international law and organizations in world affairs.
A fervent admirer of Charles de Gaulle, he maintained a rather old-fashioned belief in the power of personality on the political stage and the ability of forceful leaders to determine the course of events. “The conflicts, the compromises, the rules and the institutions of world politics result from the moves of statesmen; and therefore the study of their character, of their ideas and of their style is essential,” he wrote.
Mr. Hoffmann was a frequent contributor to journals like Foreign Policy, The New York Review of Books and The New Republic, in whose pages he articulated his growing concerns about American foreign policy; its ambitions and shortcomings had been a source of concern to him since the days of the Kennedy administration.
In books like “Gulliver’s Troubles: Or, the Setting of American Foreign Policy” (1968) and “Primacy or World Order: American Foreign Policy Since the Cold War” (1978), he took a skeptical look at the ideological imperatives driving America’s foreign policy, a constant theme in his writing that eventually, he admitted, wore him out. “Being a permanent denouncer of recurrent mistakes is, after a while, no fun,” he wrote.
Instead, he turned his attention to Europe and the evolving European Union, whose prospects he regarded askance, in numerous essays collected in “The European Sisyphus: Essays on Europe, 1964-1994” (1995). In “Duties Beyond Borders” (1981), he considered both the limits and the potential of an ethical foreign policy.
Stanley Hoffmann was born on Nov. 27, 1928, in Vienna. He was taken to Nice a year later by his mother after she separated from his father, an American who returned to the United States. They moved to Neuilly in 1936, only to be forced back south by the German invasion.
Mr. Hoffmann graduated at the top of his class at the Institut d’Études Politiques in 1948, but as a foreign citizen he could not take competitive examinations for the Civil Service or for admission to the newly created École Nationale d’Administration, the gateway to a diplomatic career. He studied international law instead, eventually publishing a doctoral thesis on the veto rights of the major powers in the United Nations. He later deemed it “quite unreadable.”
In 1951, he spent a year as a visiting graduate student at Harvard’s government department, where his fellow students included Zbigniew Brzezinski, Judith N. Shklar and Samuel Huntington, and where he became a protégé of McGeorge Bundy, a professor in the department.
After military service in France, Mr. Hoffmann was invited back to Harvard by Mr. Bundy to be an instructor. And there he remained, earning tenure only four years after arriving. He became an American citizen in 1960.
At Harvard, he founded the social studies program and, in 1969, joined with Henry Kissinger, David Landes and Guido Goldman to found the Center for European Studies. He was the center’s chairman until 1995.
In addition to his works in English on international relations, Mr. Hoffmann wrote many books on specifically French subjects, including “Le Mouvement Poujade” (1956), on the populist, anti-tax Poujade movement of the 1950s; “Decline or Renewal? France Since the 1930s” (1974); and “Sur la France” (1976).
The challenges posed by the post-Sept. 11 world and American military involvement in the Middle East motivated him to return to American foreign policy in “America Goes Backward” (2004), “Gulliver Unbound: America’s Imperial Temptation and the War in Iraq” (2004), written with Frédéric Bozo, and “Chaos and Violence: What Globalization, Failed States, and Terrorism Mean for U.S. Foreign Policy” (2006).
Unlike Mr. Kissinger, his Harvard colleague, and Mr. Brzezinski, his former fellow student, Mr. Hoffmann avoided the role of counselor to government leaders. He once wrote that he regarded political influence with dread rather than desire.
“I study power so as to understand the enemy,” he explained, “not so as better to be able to exert it.”

Correction: September 16, 2015 
An obituary on Monday about the political scientist and foreign-affairs analyst Stanley Hoffmann referred incorrectly to McGeorge Bundy, of whom Mr. Hoffman became a protégé when he was a visiting graduate student at Harvard’s government department in 1951. Mr. Bundy was a professor in the department, not its chairman. The obituary also misstated part of the name of the graduate school that is considered the gateway to a diplomatic career in France. It is the École Nationale d’Administration, not the École Normale d’Administration. And it misstated Mr. Hoffmann’s birth date. It was Nov. 27, 1928 — not Nov. 28.
 Iman Stevenson contributed reporting. A version of this article appears in print on September 14, 2015, on page A20 of the New York edition with the headline: Stanley Hoffmann, 86; Explored Foreign Policy.

Research Gate: estatisticas de um servico academico - Paulo Roberto de Almeida

Não sei com qual frequência, talvez semanal, mas de vez em quando recebo uma mensagem do Research Gate, esta plataforma de intercâmbio acadêmico que passei a usar, desde 3 anos aproximadamente, juntamente com o Academia.edu.
Pois bem, o que aparece nesta segunda-feira pela manhã, dia 5 de outubro?
Isto:

Congratulations 

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Article: Never before seen in Brazil: Luis Inácio Lula da Silva's grand diplomacy  
 
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Dataset: Pensamento Diplomático Brasileiro Parte 1 
 
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Article: EVOLuÇÃO HISTÓRICA DO REGIONALISmO ECONÔmICO E POLÍTICO DA AmÉRICA DO SuL: um BALANÇO DAS EXPERIÊNCI... 
 
Achieved on Oct 5th

Mais ainda, no Score do Research Gate, aparece isto:

Percentile Your score is higher than 70% of ResearchGate members'.

How does the RG Score work?

Your RG Score is calculated based on the publications in your profile and how other researchers interact with your content on ResearchGate.