O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;

Meu Twitter: https://twitter.com/PauloAlmeida53

Facebook: https://www.facebook.com/paulobooks

terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

Tento mas nao consigo entender, como a esquerda brasileira consegue ser tao ruim, abaixo do aceitavel....

Como já disse diversas vezes, costumo ler de tudo, da extrema esquerda à extrema-direita, com alguns malucos pelo caminho.
Eu tento se condescendente, lendo com atenção o que aparece por aqui e por ali, procurando entender o que esse pessoal da esquerda (mas a direita não é muito melhor) quer realmente transmitir como informação, como análise, como crítica, mas não consigo, realmente não consigo.
A debilidade dos argumentos, a má-fé das afirmações, a falta de qualquer conexão entre o que dizem e a realidade, que é realmente levar a sério o que eles procuram transmitir à sociedade, na verdade a eles mesmos, numa espécie de loucura coletiva que funciona em circuito fechado.
Aposto que eles até acreditam nas imensas bobagens que afirmam, a menos que tudo não seja uma alucinação coletiva, uma conspiração para enganar o distinto público, achando que a maior parte das pessoas que os ouvem é formada por idiotas consumados.
Eles são muito ruins, mas muito ruins mesmo, abaixo de qualquer crítica, patéticos, irrecuperáveis...
Paulo Roberto de Almeida
26 de fevereiro de 2019

Barão de Itararé debate ameaças na política externa, aposentadorias e direitos

Cerco à Venezuela, a Lula e aos aposentados norteou discussão. Princípios constitucionais em risco no governo Bolsonaro também foram tema

Rede Brasil Atual, 25/02/2019

São Paulo – Pouco mais de 30 anos após a promulgação da Constituição, seus princípios são postos em xeque pelo avanço do "ultra-neoliberalismo", tendência mundial representada no Brasil pelo governo de Jair Bolsonaro. O ex-chanceler e ex-ministro da Defesa Celso Amorim, a jurista Carol Proner e a economista Laura Tavares debateram as ameaças à democracia, aos direitos individuais e ao sistema de Seguridade Social, bem como à soberania nacional, nessa segunda-feira (18), no Rio de Janeiro.

O evento chamado A Constituição de 1988 em Risco, iniciativa do Coletivo Barão de Itararé, também teve a participação da líder da minoria da Câmara, deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ), e contou com o auditório da Conselho Regional de Economia do Rio lotado.
Amorim destacou a decisão do governo Bolsonaro de indicar um general para assumir um posto no Comando Sul (SouthCom) das Forças Armadas norte-americanas e as ameaças de intervenção armada na Venezuela como as principais preocupações neste momento. Ambas as iniciativas ferem os princípios de independência nacional, não intervenção e defesa da paz, presentes na  "Constituição Cidadã" que servem para nortear a política internacional do Estado brasileiro. 
Amorim se disse "absolutamente pasmo" com a indicação de um general brasileiro para o posto no Comando Sul e afirmou que o Congresso Nacional deve convocar o atual ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva, para dar explicações. "Não ouvi da parte de nenhuma autoridade brasileira uma explicação sobre isso", cobrou o ex-chanceler. 
Para ele, esse episódio se relaciona ao prenúncio de uma possível ação militar, comandada pelos Estados Unidos, para depor o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro. Amorim afirmou que não se pode admitir "em hipótese alguma" uma mudança de regime patrocinada "pela maior superpotência mundial", ainda mais com a participação subalterna do Brasil.
O fato de o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, ter afirmado que a busca pelo diálogo na resolução da crise no país vizinho "é página virada" também foi alvo de comentários de Amorim. "Nunca vi um chanceler brasileiro dizer que o diálogo é página virada. As pessoas podem até pensar isso, mas não dizem. É algo que nos preocupa extremamente." Ele também ressaltou que o que move os Estados Unidos contra Maduro não é o "amor à democracia", mas as reservas de petróleo da Venezuela, as maiores do mundo. 

Lula livre

A jurista Carol Proner saudou a Vigília Lula Livre, em Curitiba, como "a capital da resistência ao arbítrio jurídico em voga no país". Ela destacou os processos contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como exemplos de violações aos princípios da legítima defesa, do contraditório e da presunção de inocência, e pontuou que o Brasil vive hoje uma "democracia aparente", com uma permissividade cada vez maior a "ações excepcionais e inconstitucionais", típicas de um "estado de exceção".
Carol afirmou que a velocidade atípica de tramitação do processo que culminou na condenação e prisão de Lula, a sincronicidade com o calendário eleitoral, o aumento de pena pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4para impedir a prescrição, os habeas corpus negados pelo Superior Tribunal de Justiça e pelo Supremo Tribunal Federal (STF), mais a ação da Justiça eleitoral que cassou os direitos políticos do ex-presidente, comprovam de maneira inegável a prática de lawfare, quando os instrumentos jurídicos são deturpados e utilizados para fins políticos de perseguição. 
Ela destacou que iniciativas como o chamado pacote "anticrime" do ministro da Justiça Sérgio Moro ou o projeto em tramitação no Congresso que pretende garantir o confisco de bens de pessoas, empresas ou entidades "suspeitas" de envolvimento com o crime são exemplos do "neopunitivismo" trazido por governos de extrema-direita em todo o mundo, que servem para "derreter" as instituições democráticas e atender aos interesses das "grandes forças econômicas internacionais".

por Redação RBA  publicado 19/02/2019 13h47, última modificação 19/02/2019 14h06

FACEBOOK/JANDIRA
Amorim Barão de Itararé
Amorim quer que ministro explique ao Congresso a nomeação de general brasileiro para comando norte-americano

Palestra-debate sobre a economia na Constituicao de 1988 - Uniceub, 28/02, 19h30


A Constituição Contra o Brasil: resenhas na Amazon

As selected...




10 PRINCIPAIS AVALIADORES
8 de dezembro de 2018

Este é daqueles livros que mereceriam a atribuição de um critério especial de avaliação. Creio que a possibilidade de conferir “seis estrelas” seria um ótimo símbolo para representar a maravilhosa experiência proporcionada por este livro.

De início, o texto muito bem escrito por Paulo Roberto de Almeida (organizador) reflete bem as ideias de Roberto Campos e traduz, com base também nos textos disponíveis na obra, as críticas que seriam (foram) feitas a diversas condições normativas e alterações políticas que marcaram a edificação a aplicação das normas presentes no Texto Supremo.

Por qualquer dos extremos que se possa olhar em torno dos críticos e teóricos do constitucionalismo – represento os extremos por Burke e Lassalle, por exemplo – é possível enxergar o acerto daqueles que afirmam que o grande problema das constituições é a produção de um texto que não reflete e não se ampara no contexto. Um descolamento entre a constituição escrita e a realidade posta. Uma oportunidade para alguns preservarem interesses em detrimento das liberdades individuais.

Se este livro fosse intitulado como “A Constituição que não é (era) para o Brasil” também reproduziria bem o conteúdo dos brilhantes escritos de Roberto Campos. Mas, entendo que a escolha do título foi oportuna diante das críticas direcionadas a todos os fatos e acordos políticos que conjugaram esforços para a elaboração da Constituição de 1988.

Este livro é uma oportunidade para conhecer as raízes sociais, econômicas e políticas do Brasil daquele período, e reconhecer críticas de um autor que definitivamente não abraça teses acadêmicas em vigor ou ideias que são tradicionalmente defendidas e propagadas pelos “especialistas”.

Especialmente os textos finais apresentam os maiores debates em torno de questões econômicas relevantes e daquilo que se poderia conceber como a liberdade preservada na ordem constitucional de 1988. As críticas elaboradas na época permanecem atuais, dados os efeitos (ou ausência de mudanças significativas) que podemos perceber após três décadas de vigência da chamada Carta Cidadã.

Se alguém tiver acesso ao livro e quiser compreender a qualidade – ter um verdadeiro incentivo para ler o livro inteiro – e o tom das críticas elaboradas – e bem-humoradas – de Roberto Campos recomendo logo de início a leitura do texto 46 do livro “Besteira preventiva”. A sensação de que nós brasileiros estamos carentes de críticos mais profundos e intensos na atual imprensa será generalizada. Desafio o leitor do livro que não concluir a leitura com esta percepção!

Adquiri praticamente todos os livros lançados pela LVM em 2018. Ainda não conclui as leituras de “Rumo a uma sociedade libertária” de Walter Block e “A bela anarquia” de Jeffrey Tucker. Mesmo assim, creio que seja pela qualidade em todos os sentidos do livro, e da indiscutível clareza e pertinência dos textos de Roberto Campos reunidos nessa obra, tenho certeza de que este é o grande lançamento da LVM neste ano.

17 pessoas acharam isso útil

50 PRINCIPAIS AVALIADORES
18 de fevereiro de 2019
O título se deve primeiro ao fato de que ao ler este livro percebe-se que o Brasil perdeu uma oportunidade de ouro de se tornar moderno em 1987-8; o segundo sentido é que ao lermos os ensaios de Roberto Campos podemos ver o que há de errado em nossa atual Constituição e buscar meios de desfazer tais erros. As análises que mais gostei da obra foram as que trataram da informática, da exploração de petróleo e minérios e o fato dos 3 poderes invadirem uns aos outros. É triste perceber que coisas como voto distrital e investimento estatal prioritário na educação básica já eram propugnados por Roberto Campos nos últimos decênios do século passado, mas só agora voltam a aparecer na boca de certos políticos. Trata-se de uma obra que deve ser divulgada ao máximo para que as pessoas percebam os motivos de nosso país ser um gigante com pés de barro.

24 de janeiro de 2019
O ambiente jurídico brasileiro necessita, urgentemente, de mais publicações do tipo. Como estudante de direito, sinto falta de mais obras com a cosmovisão apresentada nos ensaios do Roberto Campos que sejam direcionadas à seara jurídica. Não à toa que os nossos juristas são, em maioria, estatistas declarados ou inconscientes. Carregam a mesma mentalidade - ou pior - dos nossos constituintes. Isso é preocupante, pois a situação do Brasil pede mais prudência e um consequente distanciamento dos nossos "progressistas retrógrados". Creio que nossa história ratificou o dizer do Roberto: que "a proposta das esquerdas brasileiras é comer a semente destinada ao plantio". Ah... a ironia e o sarcasmo são figuras de linguagem presentes em todos estes ensaios reunidos!
Em suma, necessitávamos de uma obra que descrevesse o verdadeiro ambiente promiscuo que deu luz à nossa constituição, retirando aquele ar, artificialmente construído em torno da sua promulgação.
Em relação ao acabamento do livro, é bonito, mas a qualidade é questionável, pois em 01 semana de leitura a lombada descolou por completo, conforme a foto. Os ensaios reunidos neste livro merecem um acabamento de maior qualidade!

2 de janeiro de 2019
O livro foi lançado num momento oportuno, no qual vemos um maior interesse da sociedade pela política, sobretudo econômica. Impossível lê-lo e não refletir com olhar crítico sobre o formato e função da nossa constituição, independente da preferência política que o leitor tenha, claro que se deve levar em conta a visão liberal do autor. Além disso, temos a oportunidade de contato com o notável estilo textual de Roberto Campos, um dos patriarcas do liberalismo no Brasil.


segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

Francis Fukuyama's The End of History? 30 years later - Paulo Roberto de Almeida

Hoje, no curso de uma defesa de dissertação, o nome de Fukuyama e sua famosa tese sobre o Fim da História vieram à baila, o que me lembrou de um artigo que escrevi 20 depois de sua publicação original. Agora já são 30 anos, e eu talvez considere retomar o tema, para uma nova leitura e uma nova avaliação de como se apresenta o mundo com uma Rússia ressurgente e uma China decididamente assumida a desempenhar um papel mais assertivo não só em sua região mas no mundo.
Enquanto isso, aquela coisa que responde pelo título de presidente americano, manda parar o ônibus da globalização, retira os EUA dentro da geringonça caótica, e deixa o campo livre para chineses, russos, gregos e goianos se divertirem como crianças no salão. Mas o adulto não é exatamente aquele, e sim talvez os europeus. Pena que eles tenham tão pouco poder, mesmo tendo construído uma catedral gótica em Bruxelas, atualmente com problemas de manutenção e adesão (Brexit, populismos de direita, contestações nacionalistas, etc.).
Em todo caso, eis o que eu escrevi vinte anos atrás em torno do trabalho de Fukuyama:

O “Fim da História”, de Fukuyama, vinte anos depois: o que ficou?, por Paulo Roberto de Almeida

1. O que restou, vinte anos depois, da tese controversa de Fukuyama?
No verão de 1989, a revista americana National Interest publicava um ensaio teórico – mais exatamente de filosofia da História – do intelectual nipo-americano Francis Fukuyama sobre os sinais – até então simplesmente anunciadores – do fim da Guerra Fria, cujo título estava destinado a deslanchar um debate ainda hoje controverso: “The End of History?”.[1] Vinte anos depois, em vista das muitas críticas feitas naquela conjuntura – e ainda hoje –  às principais teses do autor, vale a pena retomar seus principais argumentos e verificar se eles ainda conservam alguma validade para nossos tempos, que poderiam ser considerados como de pós-Guerra Fria, mas que alguns interpretam, ou consideram efetivamente, como de volta à Guerra Fria, ainda que sob novas modalidades (com uma Rússia singularmente diminuída e uma China hesitante em se posicionar como contendor estratégico dos Estados Unidos).
Antes, contudo, de ingressar numa descrição linear desses argumentos, qualquer que seja sua validade relativa ou absoluta para o tema que nos interessa – qual seja, o da natureza das opções abertas aos países em termos de reforma e desenvolvimento paralelos do sistema econômico e do  regime político, que Fukuyama identificava com a redução dessas opções à democracia de mercado – cabe chamar a atenção para uma peculiaridade geralmente descurada no debate anterior (e talvez atual) sobre a validade das teses de Fukuyama, sobretudo por aqueles que recusavam, in limine, a essência mesma do argumento do autor. Esta peculiaridade tem a ver, basicamente, com um simples sinal diacrítico: o ponto de interrogação ao final do título, geralmente ignorado pelos críticos das teses de Fukuyama, e provavelmente também por aqueles que apóiam, em grande medida, o sentido dos seus argumentos. Ou seja, Fukuyama não fazia uma afirmação peremptória, mas levantava uma hipótese, a do final presumido da história, numa análise de corte essencialmente conceitual, ainda que fortemente embasada nos fatos históricos, e nunca pretendeu formular uma sentença de caráter terminativo, indicando um “congelamento” das formas possíveis de organização social, econômica e política. O interrogante básico de seu argumento tem a ver com a possibilidade de alternativas credíveis às democracias liberais de mercado, ponto.
O ponto de interrogação, por si só, tem o poder de desmantelar boa parte das críticas superficiais, embora ele não elimine uma discussão responsável sobre a essência de sua tese, que caberia discutir, após o resumo inicial de seus argumentos. A tese – vale a pena resumir desde o início – tem a ver com o caráter incontornável da democracia de mercado como sendo uma espécie de ‘horizonte insuperável de nossa época’, como poderia argumentar – mas a propósito do marxismo – Jean Paul Sartre, um dos estudantes, junto com Raymond Aron, da tese original de Hegel, através de Alexandre Kojève.
2. O que Fukuyama de fato escreveu?
(...)
Para ler este longo ensaio, veja este link: 
(Confirmo que vai ser longo...)

Posturas distintas no tema da Venezuela: militares e chanceler - Bruno Boghossian (FSP)

Brincadeira ideológica atrapalha a cautela dos militares com a Venezuela

Generais delimitam envolvimento brasileiro, mas chanceler faz jogo político perigoso

Quando a crise na Venezuela começava a transbordar, o general Hamilton Mourão se apressou para empurrar as inquietações para outras fronteiras. “Do lado mais complicado, que é o lado colombiano, acho que vai ficar nessa situação de impasse”, afirmou o vice à BBC.
Enquanto isso, do lado mais complicado, o chanceler Ernesto Araújo resolveu posar sorridente com o autoproclamado presidente interino, Juan Guaidó. O ministro decidiu confraternizar com o opositor de Nicolás Maduro justamente na hora em que os venezuelanos chegavam a uma encruzilhada.
O núcleo militar do governo tem reagido com cautela à escalada de tensões na região, mas a ala ideológica do bolsonarismo insiste num jogo político perigoso.
Generais do Planalto trabalharam nos últimos dias para delimitar claramente o envolvimento brasileiro na crise venezuelana. Embora não tenha se recusado a enviar ajuda humanitária ao país, o grupo conseguiu reduzir a marcha dessa ação.
Além de circunscrever a participação de tropas brasileiras, os militares também barraram a presença de soldados americanos em território nacional —ideia que havia sido alimentada pelo Itamaraty em conversas com autoridades dos EUA.
Araújo mergulhou numa guerra de provocações que, agora, interessa somente a Maduro, aos colombianos e a Donald Trump. Enquanto os militares tentavam baixar a temperatura para evitar uma matança, o chanceler brincava de fazer diplomacia.

China: o modelo capitalista autoritario e os limites da autocracia meritocratica - The Economist

‘Claws of the Panda’: China model going backwards?

Democracy Digest, February 25, 2019


Chen Tianyong, a Chinese real estate developer in Shanghai, boarded a flight to Malta last month with no plans to return anytime soon. After landing, Mr. Chen, a former judge and lawyer, shared on social media a 28-page article explaining himself. “Why I Left China,” read the headline, “An Entrepreneur’s Farewell Admonition,” the New York Times reports:
Many members of the business elite are unhappy that the leadership’s economic policies favor state-owned enterprises even though the private sector drives growth. They are angry that the party is trying to put a Mao-era ideological straitjacket on an economy driven by private enterprises and young consumers. They are upset that the party eliminated term limits last year, raising the prospect that Mr. Xi could become president for life.
“The most important cause of their pessimism is bad policy and bad leadership,” said Minxin Pei, a professor at Claremont McKenna College [and contributor to the NED’s Journal of Democracy]  who is in frequent contact with business figures. “It’s clear to the private businesspeople that the moment the government doesn’t need them, it’ll slaughter them like pigs. This is not a government that respects the law. It can change on a dime,” he told the Times.
Since Mr Xi took power in 2013, China has in some ways gone backwards, the Economist observes:
Aour essay this week explains, two decades ago it was possible, even sensible, to imagine that China would gradually free markets and entrepreneurs to play a bigger role. Instead, since 2013 the state has tightened its grip. Government-owned firms’ share of new bank loans has risen from 30% to 70%. The exuberant private sector has been stifled; its share of output has stagnated, and firms must establish party cells which then may have a say over vital hiring and investment decisions.
There is mounting concern generally about China’s influence campaigns in countries like Canada, much of it executed through the United Front Work Department, a secretive offshoot of the Chinese Communist Party (CCP) known to work with ethnic Chinese organizations overseas, the Calgary Herald adds:
According to its website, the Vancouver-based United Association of Women and Children has 1,500 members, branches in several provinces and a focus on equal treatment and work opportunities for women — but it lists no contact information. Two B.C. leaders of the non-profit sector dedicated to helping women in business — Laurel Douglas of the Women’s Enterprise Centre and Lisa Niemetscheck of WebAlliance — told the National Post they had never heard of it.
The group seems to have “all the hallmarks” of a front organization to further Beijing’s interests, says Jonathan Manthorpe, whose just-published book, Claws of the Panda, documents China’s influence campaigns.
“Establishing fake civil society NGOs is an established modus operandi” of the United Front, said Charles Burton, a Brock University professor and former Canadian diplomat in Beijing.
Thanks to blockchain, internet users have achieved some victories in the fight against China’s strict internet censorship, notes Nir Kshetri, Professor of Management at the University of North Carolina – Greensboro. A historic moment occurred when Peking University‘s former student, Yue Xin, penned a letter detailing the university’s attempts to hide sexual misconduct. The case involved a student, Gao Yan, who committed suicide in 1998 after a professor sexually assaulted and then harassed her, he writes for the Conversation:
The letter was blocked by Chinese social networking websites, but an anonymous user posted it on the Ethereum blockchain. In another case, in July, Chinese citizens used blockchain to preserve an investigative story which condemned inferior vaccines being given to Chinese babies. …A blockchain is a secure database that’s stored in a distributed set of computers. Every addition to the database must be digitally signed, making clear who’s changing what and when.
Increasing Chinese leadership in the Middle East is served by a growing interest among the region’s states to pursue the “China Model” at the expense of the “Washington Consensus” that has traditionally defined foreign economic presence in the region, analyst Nicholas Lyall writes for the Diplomat:
The China Model – characterized by a strictly controlled political arena, as well as state control of the economy’s commanding heights, accompanying market capitalism – resonates significantly with Middle Eastern governments. Despite the fact that Middle Eastern regimes have largely proven incapable of achieving the state capacity, industrialization, and institutional structures imperative to the success of the China Model, the appeal of Beijing’s economic alternative is likely to remain a source of Chinese soft power that consolidates its economic influence vis-à-vis the US in the Middle East.

American Default (1934), Sebastian Edwards - book record, Amazon

Estou lendo este livro, e gostando. Leiam este artigo que postei anteriormente: 
https://diplomatizzando.blogspot.com/2019/02/roosevelt-e-o-abandono-da-clausula-ouro.html

American Default: The Untold Story of FDR, the Supreme Court, and the Battle over Gold

Sebastian Edwards

Amazon.com: Books


As an economic history nerd I can only applaud the work of my UCLA colleague Sebastian Edwards in his vibrant telling the story of the long forgotten Supreme Court showdown over the United States’ abrogation of contracts written with the gold clause. Remembering the inflation of the Civil War greenback era, most creditors demanded gold clauses in debt contracts in which they would be repaid in in either gold or its paper money equivalent value.

This system worked fine until the onset of the Great Depression. It is here where Edwards begins his story as President Roosevelt adopts an inflationist policy by first abandoning the gold standard by requiring all citizens to turn in their physical gold at the then $20.67/ounce price. Then in June 1933 Congress adopts a joint resolution authorizing Roosevelt to increase the price of gold which he ultimately does to $35/ounce and the legislation abrogates the gold clause in all contracts. Indeed, most economists credit the early recovery from the depression directly to the monetary easing associated with Roosevelt’s gold policies.

If Congress hadn’t abrogated the gold clause all debts would have been written up to reflect the devaluation by 69%. Thus it would require a payment of approximately $1700 to repay a nominal debt of $1,000. Needless to say a host of bankruptcies would have ensued.

Of course several creditors sued and Edwards skillfully moves the action from Roosevelt and Congress to the Supreme Court. The Supreme Court ruled that it was in Congress’ power to alter private contracts, but it was not in its power to alter U.S. government debt. However, the court ruled that as of the date of the Joint Resolution gold was still trading at $20.67/ounce and Americans were not allowed to possess physical gold at that time. Hence there would be no damages. A brilliant 5-4 ruling by Chief Justice Hughes.

The reason why these cases have been forgotten is that if they went the other way all hell would have broken loose. Instead of rallying as the stock market did after the ruling, stocks likely would have crashed. It would have triggered a constitutional crisis with Court versus the other two branches of government. Indeed the lead up to the ruling was a precursor to the 1937 court fight that Roosevelt would have.
As an aside Edwards notes that the United States had a treaty with Panama concerning the lease payments for the Panama Canal. That treaty had a gold clause in it. After a long negotiation in 1939 the lease payment was increased retroactive to 1934 thereby reflecting the dollar devaluation. Thus, the U.S. made good on its international treaty obligations.

“American Default” is a worthy addition to the economics literature of the Great Depression. It should be read with the works of Friedman & Schwartz, Bernanke, Irwin, Eichengreen and Sumner. And because it is more a history book than an economics book the lay reader should find it very readable. Further given the rising debt/GDP ratio in the U.S. when coupled with even larger unfunded liabilities, the idea of a 21st century American default is not totally improbable.


Reviews: 

"Sebastian Edwards' American Default is just such a superb history of the US exit from gold in 1933-34, satisfyingly detailed and highly accessible on both the relevant economics & law."---David Frum, 

"Edwards analyses the default that followed President Franklin Delano Roosevelt’s 1933 decision to devalue the dollar against gold. . . . The story is fascinating and the lessons eternal."---Martin Wolf, Financial Times

"[American Default] is the history of that mighty legal, moral, political and monetary controversy, the effects of which are with us still. . . . [Sebastian Edwards] knowledgably compares the 20th-century American default to Argentina’s 2002 abrogation of its dollar denominated debt."---James Grant, Wall Street Journal

"Brilliantly told."---Steve Hanke, Forbes

"Edwards ends his admirably accessible and illuminating book with some careful thoughts on recent financial crises around the world, such as those in Argentina and Greece, and shows why US gold cases from 1933 to 1935 are a useful precedent to understand how future such crises may be successfully resolved by hewing carefully to the rule of law. He believes that the cases may even be invoked by lawyers in other national, or international, arenas. If so, those involved will, no doubt, turn to this book for inspiration and guidance."---Benn Steil, Financial World

"Excellent. . . . A fascinating narrative of FDR's decision to devalue the dollar in 1933-34."---Scott Sumner, EconLog

"[Sebastian Edwards] skillfully narrates a pivotal episode in American political and economic history he considers too little remembered. . . . Edwards writes equally knowledgeably about economics and politics: . . . At a time of economic uncertainty at home and abroad, this comprehensive study of an important event in U.S. fiscal history has significant implications for today." (Publishers Weekly)

"Edwards’ book is fascinating, well written and enjoyable."---Geoffrey Wood, Central Banking

"Great book by UCLA economist Sebastian Edwards about a key moment in American economic history. Many economists believe that the most important thing FDR did to help the economy recover from the Great Depression was to go off the gold standard. As part of that policy, he pursued laws that rewrote many bond contracts, annulling gold clauses. It was controversial then (and surely would be again if such an issue were ever to arise). Edwards does a wonderful job telling the story."---Greg Mankiw, Greg Mankiw's Blog

"Fascinating. . . . I couldn't put this book down."---Brenda Jubin, Seeking Alpha


From the Back Cover: 

"American Default provides an in-depth look at one of the most important, but often neglected, events in U.S. economic history, the abrogation of bond’s gold clauses during the New Deal. Not only does the book provide an excellent discussion of the economics of this event, but it is a really good read because it delves into the personalities and the politics behind this effective default. I highly recommend it."--Frederic S. Mishkin, Columbia University
"I thought we knew about American abandonment of gold during the Great Depression. But American Default is an eye-opener. It is astonishing how chaotic were the circumstances and how woefully inadequate was understanding. Everyone interested in the history of gold, the Great Depression, the Greek or the Argentine crises, and in the crises to come should read this book."--Anne Krueger, Johns Hopkins University
"American Default is a fascinating and well-written book about the momentous decision to leave the gold standard in 1933. Sebastian Edwards skillfully weaves together the political, economic, and legal aspects of this important episode, with lessons for today. Highly recommended!"--Douglas A. Irwin, Dartmouth College, author of Clashing over Commerce: A History of US Trade Policy

"A really excellent book. Edwards provides a dramatic and readable account of monumental decisions that changed the course of history. American Default is sure to be a hit."--Michael D. Bordo, Rutgers University

Product details

  • Hardcover: 288 pages
  • Publisher: Princeton University Press (May 22, 2018)
  • Language: English
  • ISBN-10: 9780691161884
  • ISBN-13: 978-0691161884
  • ASIN: 0691161887