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quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Republica Mafiosa do Brasil (3): uma Receita para um crime menos que perfeito...

Continuo a transcrição da crônica de uma república mafiosa:

Os factóides da Receita: mais 2 em caso de violação de sigilo
Por Lenadro Colon, no Estadão Online. Comento em seguida:
Reinaldo Azevedo, 1.09.2010

A Corregedoria da Receita Federal incluiu hoje mais duas funcionárias como “acusadas” de envolvimento na violação dos sigilos fiscais de quatro tucanos. São elas: Ana Maria Caroto Cano, funcionária do Serviço Nacional de Processamento de Dados (Serpro) cedida à Agência de Mauá, e Lúcia de Fátima Gonçalves Milan, lotada em Santo André, ambas unidades no Estado de São Paulo.

Os nomes delas estão num memorando assinado pelo presidente do inquérito do caso, Levi Lopez, em que ele informa, dentro do processo interno, que as duas foram notificadas na condição de “acusadas”. O memorando foi incluído na página 503 do processo administrativo. Agora, as duas se juntam às funcionárias Adeildda Ferreira Leão dos Santos e Antônia Aparecida Rodrigues dos Santos Neves Silva, já investigadas e indiciadas por ligação com o episódio.

Conforme revelou o Estado de S. Paulo semana passada, o computador que violou os sigilos fiscais de quatro tucanos também foi usado para abrir e imprimir a declaração de renda da apresentadora Ana Maria Braga, da Rede Globo. Os dados dela foram acessados no dia 16 de novembro do ano passado no computador da servidora Adeildda Ferreira Leão dos Santos, na delegacia da Receita em Mauá.

Semanas antes, no dia 8 de outubro, o mesmo equipamento acessou os dados do vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge, e de três pessoas ligadas ao alto comando do partido.

Comento [Reinaldo Azevedo, 1.09.2010]:
Ainda estamos no terreno circense da investigação. O crime político está sendo diluído numa coleção de factóides. Da forma como se encaminhou a “investigação”, essas servidoras acabarão sendo punidas em razão de uma suposta falha administrativa. Não descarto que o posto da Receita em Mauá possa ser a casa-da-mãe-joana, como, de resto, a Receita inteira. A questão é outra: quem encomendou aos violadores internos, formem ou não uma quadrilha venal, a quebra de sigilos de pessoas ligadas ao PSDB?

Essa é a linha de investigação que interessa. O resto é conversa mole.

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