Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, em viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas.
O que é este blog?
Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.
sábado, 11 de setembro de 2010
Adios comandante? Ahora si...
Mas se ele não disse adiós, tampouco disse algo inteligível, o que permite duvidar de sua integridade mental. Não que ele esteja maluco, agora. Sempre foi, e continua achando que o capitalismo vai acabar. Um caso de esquizofrenia aguda que vem de longe...
Claro, o capitalismo não funciona: se funcionasse direito para enriquecer a todos, Cuba não teria se convertido ao socialismo.
O que funciona mesmo é o socialismo: o método mais rápido, mais certeiro e mais eficaz para converter a todos em pobres e miseráveis, com exceção da nomenklatura. Isso os socialistas brasileiros já perceberam: tanto que nem querem ouvir falar em socialismo, só querem ser sócios do capitalismo dos outros...
Paulo Roberto de Almeida
Fidel dice ahora que lo que no funciona es el capitalismo
Emilia C. de Paula
El País, 11/09/2010
Enmienda a la totalidad. Fidel Castro aseguró ayer que el socialismo cubano sí tiene validez, lo que no funciona, a su juicio, es “el sistema capitalista” que “ya no sirve ni para Estados Unidos, ni para el mundo, al que conduce de crisis en crisis, que son cada vez más graves, globales y repetidas”. El líder comunista no pudo ser más rotundo al matizar sus recientes declaraciones al periodista norteamericano Jeffrey Goldberg, a quien dijo, en una entrevista en la revista The Atlantic, que “el modelo cubano no funciona ni siquiera para nosotros”. Castro aseguró que el reportero no inventó la frase, pero que le malinterpretó absolutamente.
El ex mandatario cubano, de 84 años, dio su versión de lo sucedido en la entrevista durante la presentación de un libro autobiográfico suyo en La Habana. Según Castro, Goldberg le pregunto “si el modelo cubano era algo que aún valía la pena exportar”. A su entender, la pregunta llevaba “implícita la teoría de que Cuba exportaba la revolución”. Fue entonces cuando le respondió que “el modelo cubano” ya no les funcionaba ni a ellos.
“Se lo expresé sin amargura ni preocupación. Me divierto ahora al ver como él lo interpretó al pie de la letra y consultó con [la académica norteamericana] Julia Sweig, que lo acompañó y elaboró la teoría que expuso”, afirmó. Según Castro, “lo real” es que su “respuesta significaba exactamente lo contrario de lo que ambos periodistas norteamericanos interpretaron”. “Mi idea, como todo el mundo conoce, es que el sistema capitalista ya no sirve ni para Estados Unidos, ni para el mundo, al que conduce de crisis en crisis, que son cada vez más graves, globales y repetidas, de las cuales no puede escapar”.
Declaración matizada
El ex presidente cubano también desechó las interpretaciones de Goldberg sobre lo que le dijo sobre la crisis de los misiles. El periodista norteamericano le preguntó si había valido la pena haber pedido en 1962 al líder soviético Nikita Jruschov, durante la crisis de los misiles, que atacara a Estados Unidos con armas nucleares si era necesario. Según Fidel, le contestó textualmente: “Después de haber visto lo que he visto y de haber sabido lo que ahora sé, no valía la pena en lo absoluto”.
Castro dijo que lo que él recomendó a Jruschov era que si “EEUU invadía Cuba”, en ese momento con armas nucleares rusas, “no debía dejarse dar el primer golpe”.
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E uma crônica à propos:
CASTRO NEGA CASTRO E CONFIRMA NIEMEYER
Janer Cristaldo, Sábado, Setembro 11, 2010
E não é que Niemeyer tinha razão? Fidel Castro veio a público para dizer que não disse o que disse. Não nega a entrevista concedida ao jornalista Jeffrey Goldberg, da revista americana The Atlantic. Mas acha que Goldberg foi longe demais. "Me divirto agora ao ver como ele interpretou ao pé da letra. Sigo pensando que Goldberg é um grande jornalista. Não inventa frases, as transfere e as interpreta", disse, segundo o site oficial cubadebate.cu, sem trocadilhos.
- Minha idéia – continuou o tiranete – como todo o mundo conhece, é que o capitalismo já não serve para os Estados Unidos, nem para o mundo, ao qual conduz de crise em crise, que são cada vez mais graves, globais e repetidas, das quais não consegue escapar.
Ah bom! Não falava do socialismo. Quando disse que o modelo cubano não serve nem mesmo para Cuba, não queria dizer que o modelo cubano não serve nem mesmo para Cuba. Pura interpretação do jornalista. O que queria dizer era que o capitalismo não serve nem mais para os Estados Unidos. Hugo Chávez, Chico Buarque, Ariano Suassuna, Luis Fernando Verissimo, Lula, dona Dilma, Marco Aurélio Garcia, Celso Amorim e Tarso Genro podem respirar aliviados. A utopia continua viva. Niemeyer, o decano do stalinismo no continente, tinha razão. Castro não poderia ter dito tal bobagem.
Só não deve ter convencido os cubanos, que há meio século sabem que o regime cubano não serve para Cuba.
Um comentário:
Quem diria. Os neo-socialistas são os chamados sócios capitalistas. Além de não trabalhar, só entram na sociedade com o capital de risco alheio.
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