sábado, 2 de julho de 2011

A curiosa economia politica do Planalto, alias bizarra...

Estou preocupado com a compreensão (ou falta) que gente do Palácio do Planalto exibe em relação a temas corriqueiros da economia, por vezes até nem de economia -- vocês sabem, essa coisa de fazer contas -- e simplesmente de conhecimento sobre como funciona (ou não) o governo, de quais recursos ele dispõe, de onde saem esses recursos e o que fazer com eles.
Estou até pensando em mandar alguns dos meus manuais de economia -- nada de muito complicado, nenhuma teoria econômica, apenas introdução à disciplina para não economistas -- para o Palácio do Planalto, especificamente para a nova ministra da Casa Civil, para ver se ela aprende um pouco nos próximos meses.

Vejamos. Quando ela ainda era senadora, a atual titular da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, disse que o generoso gesto do Brasil em triplicar os pagamentos ao Paraguai, mediante a revisão do acordo de Itaipu, não iria custar nada aos brasileiros, pois o dinheiro não seria obtido pela revisão das tarifas e aumento da nossa conta de eletricidade, mas que era o Tesouro que iria pagar!!!???
Confesso que não entendi.

Agora, a respeito dessa operação maluca no setor varejista, envolvendo franceses (nossos aliados estratégicos, como se sabe) e brasileiros, ela, ela mesmo, agora já ministra-chefe (chefe?; talvez chefa, para imitar a presidenta), reincidiu na sua estranha economia politica, dizendo que não seria usado dinheiro público na transação!!!???

Eu me pergunto com que tipo de recursos trabalham o BNDES e o BNDESPar, seu braço de investimentos? Seria com recursos privados, que eles vão buscar no mercado financeiro?

Preciso selecionar alguns livros de economia pública...

Paulo Roberto de Almeida

Um comentário:

  1. Felipe Xavier

    Professor,

    Em vez de mandar para eles, manda para mim. Tenho muito interesse em ler seus livros e acho que faria muito melhor uso do que o pessoal do palacio do planalto.

    Abraco
    Felipe X.

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