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quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Imprensa 7 x Governo 0; calma, calma, so quero saber quem sera o proximo...

Não, ainda não tenho o nome do sétimo personagem do governo a ser demitido pela imprensa, depois que o governo várias vezes declarou "total confiança" no dito personagem, para logo depois aceitar sua "demissão" a contragosto e disfarçadamente. Patética situação, em todos os casos, pois mesmo no caso do ministro que escolheu ser "demitido", ele o fez (e buscou ativamente) que o processo fosse feito através da imprensa. A imprensa fica, portanto com seis pontos a zero contra o governo. No infográfico abaixo, do Estadão, está faltando o nome do vice-ministro (SG) da Agricultura, que já tinha sido "demitido" pela imprensa, e que neste caso equivale por um ministro. Sim, também tem o caso do vice-ministro do Turismo, que se "demitiu" depois de ser preso pela Polícia Federal (sim, devemos dar um ponto à PF, contra o seu próprio governo, no que ela tem meus cumprimentos).
Bem, vamos agora esperar o sétimo personagem. Aposto como vem em menos de um mês. Vale um livro?
(Bem, eu ja sei quem é, mas vou deixar a "surpresa" para a imprensa, que merece mais um ponto.)
Paulo Roberto de Almeida

Wagner Rossi (PMDB-SP) entregou carta de demissão e se disse vítima de um 'complô político'
Na carta, ministro disse que 'a imprensa solenemente ignorou' suas explicações para as denúncias
João Domingos, de O Estado de S.Paulo, e Célia Froufe, da Agência Estado
17 de agosto de 2011 | 19h 26

Após demissão de Rossi, Temer indica Mendes Ribeiro para Agricultura

BRASÍLIA - Pressionado por denúncias de corrupção, tráfico de influência e desvio ético, o ministro da Agricultura, Wagner Rossi (PMDB-SP), pediu demissão na noite desta quarta-feira, 17. Na carta que entregou à presidente Dilma Rousseff, o peemedebista alega ser vítima de um complô político cujo objetivo seria atingir a aliança PMDB-PT, sobretudo em São Paulo. Para não mexer no loteamento da Esplanada, Dilma delegou ao PMDB a escolha do substituto. Ainda na noite de quarta, o vice-presidente Michel Temer sugeriu o nome do líder do governo no Congresso, deputado Mendes Ribeiro (RS), para o cargo.

Na carta de demissão entregue à presidente Dilma Rousseff, Rossi diz que nos últimos 30 dias tem enfrentado diariamente "uma saraivada de acusações falsas", acrescentando que, até o momento, não houve provas. "Nenhuma delas indicando um só ato meu que pudesse ser acoimado de ilegal ou impróprio no trato com a coisa pública". O ministro diz ainda que respondeu a cada acusação, com documentos comprobatórios "que a imprensa solenemente ignorou". "Mesmo rebatida cabalmente, cada acusação era repetida nas notícias dos dias seguintes como se fossem verdades comprovadas", afirma o ministro na nota.

Ele atribuiu as acusações a uma tentativa de "destituição da aliança de apoio à presidenta Dilma e ao vice-presidente Michel Temer, passando pelas eleições de São Paulo, onde já perceberam não mais poderão colocar o PMDB a reboque de seus desígnios". Depois, Rossi diz que deixa o governo agradecendo a confiança de Dilma, Temer e o ex-presidente Lula.

Veja também:
Rossi é o quarto ministro a deixar o governo Dilma em oito meses
Ministro da Agricultura fez viagens particulares em jatinho de US$ 7 mi
Saída de Rossi não deve esgotar apuração, diz tucano
PF vai investigar relação de Rossi com lobista e propina na Agricultura

2 comentários:

Anônimo disse...

"Não existe um lado do bem e do mal, como todo mundo tende a ler. Meus filhos de cinco e oito anos podem pensar assim, mas as coisas são muito mais complexas." (Fernando Limongi)

http://poliarquiaufrgs.blogspot.com/2011/08/entrevista-de-fernando-limongi-valor.html

Paulo Roberto de Almeida disse...

Caro Anônimo,
Certamente que não existe um lado bom e outro mau, e todos somos um pouco responsáveis pelo descalabro existente atualmente nas altas esferas da política, mas a situação é pelo menos hilariante.
O mais absurdo é o ministro da Agricultura cair pelo lado menor de toda a corrupção: voar em jatinhos privados. A partir daí não se investiga mais os desvios de sua pasta?
Sinto muito mas não consigo conviver com aspectos mínimos que sejam de corrupção.
Sou absolutamente intransigente nesse aspecto.
Paulo Roberto de Almeida