Centenário de falecimento do
Barão do Rio Branco
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Brasília – José Maria da
Silva Paranhos Júnior, o Barão do Rio Branco, foi um dos maiores
estadistas e diplomatas da história brasileira. Nascido na cidade do Rio de
Janeiro, em 20 de abril de 1845, e filho do Visconde do Rio Branco, também
personagem ímpar da diplomacia brasileira, responsável por elevar a
representação oficial do Brasil nos Estados Unidos da América ao patamar de
embaixada. De berço, o futuro Barão herdaria a bagagem pessoal que o
conduziria ao brilhante futuro.
O jovem José Maria estudou
no Colégio Dom Pedro II, no Rio de Janeiro, e, posteriormente, ingressou na
Faculdade de Direito de São Paulo. Seus estudos foram concluídos na Faculdade
de Recife, em 1866. Retornou ao Imperial Colégio Dom Pedro II, dessa vez como
professor da cadeira de Corografia e História do Brasil.
Ocupou o cargo de promotor
público em Nova Friburgo (RJ), foi deputado pela Província de Mato Grosso
(1869) e, ao lado de seu pai, representou o País em missão especial no
Paraguai. Nos anos de 1870 e 1871, em nova missão especial – ao lado das
Forças Armadas, que há algum tempo vinham defendendo as fronteiras do Brasil
– participou das negociações de paz entre os aliados e o Paraguai, que
encerrou o Conflito da Tríplice Aliança.
Algum tempo após seu regresso ao
Rio de Janeiro, onde se dedicou ao jornalismo, foi designado Cônsul-Geral do
Brasil em Liverpool (Inglaterra) em 1876. Dentre as atividades exercidas,
participou como delegado da Exposição Internacional de São
Petersburgo. Fruto dos inestimáveis serviços prestados ao Império,
recebeu o título de Barão do Rio Branco no ano de 1888.
Após a Proclamação da República,
foi nomeado Superintendente-Geral na Europa da Emigração para o Brasil, em
substituição a Antônio Prado. Em 1893, depois de uma profícua estada na
Europa, retornou ao Brasil, onde foi nomeado chefe da missão encarregada de
defender os direitos do País na questão envolvendo o território das Missões.
O parecer emitido pelo Barão do Rio Branco levou o presidente dos Estados
Unidos da América – árbitro encarregado – a decidir a questão favoravelmente
às pretensões brasileiras em 1895.
Em 1898, o Barão do Rio Branco
engajou-se em nova questão diplomática: a Questão do Amapá com a França.
Dessa vez, a arbitragem coube à Confederação Suíça. A argumentação de nosso
ilustre representante – constituída de sete volumes – levou o árbitro,
Presidente Walter Hauser, a decidir a questão em favor do Brasil, o que
elevou o nome do Diplomata José Maria da Silva Paranhos Júnior.
Concluída a Questão, ele foi
nomeado Ministro Plenipotenciário em Berlim (Alemanha), de onde saiu em 1902
para assumir, a convite do Presidente da República, a Pasta de Relações
Exteriores. O Barão do Rio Branco deixou a pasta em 1912, por motivo de
falecimento, em 10 de fevereiro.
Muitas foram suas ações na área
de Diplomacia e de Política e tais ações o tornaram um personagem ímpar na
História do Brasil. Foi chanceler, embaixador, presidente do Instituto
Histórico e Geográfico do Brasil, Membro da Academia Brasileira de Letras,
Ministro de Estado, autor de uma obra sobre a História Militar do Brasil e um
dos principais responsáveis pela definição pacífica do atual contorno
geográfico do País.
Tamanha foi a comoção nacional
causada por seu falecimento que, há 100 anos, a Nação adiou, para o mês de
abril, um de seus maiores eventos, o Carnaval.
Trecho publicado na Gazeta
de Notícias, de 11 de fevereiro de 1912.
"Morreu ontem o
Barão do Rio Branco. Há dias a sua vida era a agonia prolongada pelos
recursos da ciência. A cidade, os estados, o país inteiro, as nações
vizinhas, a América, o mundo indagavam ansiosa da saúde do grande homem. E o
grande homem caíra para não se levantar. Fora com um imenso soble, que
resistindo anos e anos ao vendaval e a interpérie, dominando a vida, de
repente estala e cai. Dizer do Barão do Rio Branco uma rápida impressão de
dor, de luto, de lágrimas, quando o país inteiro soluça é bem difícil. E sua
obra foi enorme e grandiosa. Ele teve duas vidas: a do jornalista de talento
que se fez cônsul e a do cônsul que se transformou no maior dos brasileiros
pelo seu desinteressado amor à Pátria, e no maior dos diplomatas
contemporâneos pelo seu alto espírito, pela alta compreensão da função que
exercia. Ele foi o dilatador do Brasil, alargando-o e aumentando-o em terras,
graças ao seu engenho, sem um leve ataque à justiça e ao seu direito."
Em respeito a este vulto sem
par, o Exército Brasileiro se alia à Casa de Rio Branco, ao Ministério das
Relações Exteriores e ao País com esta singela homenagem!
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Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, em viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas.
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Um comentário:
Brasileiros que morram de frio!
http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1227
Temeroso.
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