COEFICIENTES DE ABERTURA COMERCIAL, JULHO-SETEMBRO/2012
CNI.
FUNCEX. (14/12/2012)
COEFIENTE.
A publicação Coeficientes de Abertura Comercial acompanha o grau de integração
da economia brasileira com a economia mundial. Os indicadores medem a
importância das vendas externas para a indústria brasileira e participação das
importações no consumo doméstico. Os coeficientes são apresentados como dados
anuais, estimados trimestralmente, a partir de estatísticas de produção do IBGE
e de comércio exterior da Secex/MDIC. Os coeficientes de abertura comercial são
elaborados em parceria com a Fundação Centro de Estudos de Comércio Exterior –
Funcex.
Participação de importados no consumo dos brasileiros
cai pela primeira vez desde 2009. Maiores quedas foram registradas nos setores
farmoquímico e farmacêutico e de petróleo e biocombustíveis. O Coeficiente de Exportação ficou estável em
18% no terceiro trimestre. Depois
de 10 trimestres consecutivos de alta, a
participação de produtos industriais importados no consumo dos
brasileiros caiu para 22,1% no terceiro trimestre deste ano. A queda
foi de 0,2 ponto percentual em relação
ao segundo trimestre, informa o estudo Coeficientes de Abertura
Comercial. Apesar
das medidas de estímulo à indústria brasileira adotadas pelo governo,
não é
possível afirmar ainda que as importações continuarão caindo, enquanto
os
mercados desenvolvidos estiverem em baixa, a produção dos países
asiáticos
serão desviadas para economias em crescimento como a brasileira. Dos 27
setores
avaliados pelo estudo, 12 importaram menos que no trimestre anterior.
As indústrias de petróleo e biocombustíveis e
as de farmoquímicos e farmacêuticos
foram as que tiveram as maiores quedas. No setor de petróleo e
biocombustíveis, a queda foi de 2,4 pontos percentuais. No de
farmoquímicos e
farmacêuticos, a retração foi de 0,7 ponto porcentual. Nos setores em
que se
registram quedas, as variações podem ser atribuídas à alta na taxa de
câmbio
ocorrida no início do ano e às medidas adotadas pelo governo para a
desoneração
dos setores industriais, conforme estudo elaborado em conjunto com a
Fundação
Centro de Estudos de Comércio Exterior (Funcex). As exportações da
indústria em
relação ao total da produção se mantiveram
em 18% no terceiro trimestre. A estabilidade do Coeficiente de
Exportação também é resultado das medidas de desoneração da folha de
pagamento
de alguns setores e à desvalorização do real desde o início do ano. O
Coeficiente de Exportações, porém, ainda está bem abaixo da máxima
histórica de
20,7% registrada no segundo trimestre de 2007. O mercado externo está
muito
ruim, por isso as exportações não
decolam. A maioria dos setores da indústria de transformação aumentou as
exportações no terceiro semestre de 2012 em relação período
imediatamente
anterior. Os que mais ampliaram as vendas ao exterior foram o de fumo,
couros e
calçados e máquinas e materiais elétricos.
ESTUDO:
http://arquivos.portaldaindustria.com.br/app/conteudo_24/2012/12/13/60/20121213103902147372o.pdf
CNI
(14/12/2012) – ECONOMIA BRASILEIRA. COMPETITIVIDADE
Brasil ocupa penúltimo lugar em ranking de
competitividade da CNI. Brasil perde apenas para Argentina entre 14 países. Canadá
é o grupo melhor posicionado no levantamento.
A Confederação Nacional da Indústria
(CNI) divulgou estudo que informa que, dentre 14 países pesquisados, o Brasil
se encontra em penúltimo lugar no chamado "ranking" da
competitividade, ficando à frente apenas da Argentina. O aumento da
competitividade é o maior desafio do Brasil. A baixa competitividade do país é
registrada por diferentes indicadores e estudos, nacionais e internacionais. Ao
comparar a situação do Brasil com um conjunto de países mais próximos, este
relatório deixa mais evidente os desafios do país. No estudo, a CNI considerou
os seguintes países: Brasil, Argentina, México, Colômbia, Rússia, Polônia,
África do Sul, Chile, Índia, Espanha, China, Austrália, Coreia do Sul e Canadá.
A maior parte dos países da lista representa economias em desenvolvimento. O
Canadá é o país melhor posicionado. Esse país só não aparece no terço superior
no fator 'ambiente macroeconômico', onde divide as últimas posições com Brasil,
Austrália e Rússia. Ainda compondo o grupo de quatro países do terço superior,
têm-se Coreia do Sul, Austrália e China. O potencial competitivo de uma
economia pode ser avaliado a partir do exame dos fatores que condicionam a
capacidade de suas empresas para o manejo eficaz de mecanismos de competição.
Entre
os fatores avaliados estão: disponibilidade e custo de mão de obra;
disponibilidade e custo de capital; infraestrutura e logística e carga
tributária. E estas variáveis afetam o ambiente macro e microeconômico, além do
nível educacional da população e da tecnologia e inovação.
Fonte das informações. Para fazer o estudo, a
CNI informou que foram consolidadas informações de vários estudos feitos ao
redor do mundo. Segundo a entidade, foram utilizados os documentos mais
recentes para cada indicador, o que, em alguns casos, ainda têm dados relativos
ao ano de 2009 e, também, de 2011. Entre as fontes de informações, a CNI
utilizou dados do Banco Mundial, do Fundo Monetário Internacional (FMI), da
OCDE, da Unesco e do Fórum Econômico Mundial.
Medidas recentes do governo não foram consideradas.
A entidade informou,
porém, que o estudo não considera as novas medidas anunciadas pelo governo no
decorrer deste ano para aumentar a competitividade da economia brasileira. No
decorrer de 2012, o BC seguiu baixando os juros, fixando a taxa básica em 7,25%
ao ano, na mínimia histórica, além de o governo ter estimulado um aumento no
preço do dólar - favorecendo exportações e tornando as compras do exterior mais
caras. Também ampliou o processo de desoneração da folha de pagamentos e
reduziu tributos para estimular o consumo, como o IPI da linha branca e de
automóveis, e renovou o Programa de Sustentação do Investimento (PSI),
implementado via BNDES, que oferece juros mais baratos para investimentos.
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