O "estão retrocedendo" do título pode ser lido de duas maneiras.
Os companheiros dirão que não é culpa deles, do governo, já que a crise mundial, patati, patatá...
Ou a gente pode dizer, sim, que foram os companheiros que estão retrocedendo o Brasil, já que não fizeram nenhuma reforma estrutural para preparar o país para exportar mais, mesmo num quadro de recessão, o que a China continua fazendo, por exemplo, sem onerar os seus exportadores com uma carga tributária X-rated (ops, nada a ver com o bilionário também retrocedido, aqui).
E estão diminuindo as importações por meio de uma extensa lista de medidas protecionistas, na ilusão de que o Brasil pode viver isolado do mundo.
Paulo Roberto de Almeida
Brasil perde espaço no comércio internacional, mostra OMC
Em termos reais, ou seja, no volume do comércio, as exportações brasileiras de mercadorias caíram 1,2% em 2012, comparado a crescimento de 3,1% em 2011 em relação ao ano anterior.
Por sua vez, as importações brasileiras caíram 2,1% em volume, ante a alta de 8,5% importado em 2011.
Essa situação é mais negativa quando se leva em conta que as exportações mundiais cresceram 2,1% e as importações subiram em 1,9% em volume - nos dois casos, menos do que o crescimento em volume de 5,1% do ano anterior.
As exportações brasileiras vêm sofrendo o impacto da menor demanda de matérias-primas da China, que por sua vez não pode exportar no mesmo ritmo para mercados em recessão, como os da União Europeia.
Em valor, a posição do Brasil como grande exportador de commodities também sofreu. Afora petróleo, os preços de commodities em geral declinaram em 2012, derrubando os ganhos do país.
Assim, em valor as exportações brasileiras também caíram mais do que a média mundial em 2012. Enquanto as trocas globais baixaram 2%, as exportações brasileiras declinaram 5% em relação ao ano anterior. O país ficou na 16ª posição entre os exportadores e sua fatia na exportação global caiu de 1,8% para 1,7%.
Do lado das importações, em valor, o Brasil também perdeu terreno, caindo uma posição para 16ª. O montante das compras externas, de US$ 233 bilhões, foi inferior em 2% ao ano anterior.
A expectativa na OMC é de que os preços das commodities em geral vão se estabilizar este ano, portanto freando a queda registrada no ano passado nos resultados do comércio.
Com relação ao comércio de serviços, as exportações brasileiras aumentaram 5% e as importações 7% em valor - muito abaixo dos crescimento de 20% do ano anterior.
Entre os Brics, sempre levando-se em conta resultado em valor, somente a África do Sul teve pior desempenho que o Brasil, com queda de 11% nas exportações. A China aumentou suas vendas em 8% e manteve-se como a principal nação comerciante com US$ 2,049 trilhões.
A Índia e a Rússia também exportaram mais que o Brasil em valor, o primeiro com US$ 293 bilhões e o segundo com US$ 529 bilhões. As vendas brasileiras alcançaram US$ 243 bilhões.
As exportações do Mercosul caíram 4% em valor as importações 3%. Já países da Ásia mantiveram as vendas com alta de 1% e as importações aumentando 6%.
Um comentário:
Bacana o blog e o fato como abordou a questao do comercio exterior, eh aquela coisa, nos como estudantes e profissionais da area, tanto no meio privado como no governo temos que nos especializar para nos tornar acessivel p melhorar o comercio internacional, e sao nesses espacos da web que nos permite fazer isso, tanto aqui como no site da comex do brasil, acho interessante quem for da area dar uma olhada, e nas questoes multidisciplanres, como economia e politica, tudo impacta por aqui. Parabens.
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