Caro leitor: você que é uma pessoa esclarecida já sabe que computadores do Estado brasileiro, alías do governo atual, por acaso hospedados no Palácio do Planalto -- que dizem que serve para administrar o país, mas nas horas vagas os companheiros se dedicam mesmo a demonizar seus adversários políticos, que eles veem como inimigos -- alteraram perfis biográficos de dois jornalistas brasileiros muito conhecidos por suas críticas às políticas econômicas esquizofrênicas desse mesmo governo de celerados, em tom bem mais ameno do que as que você pode encontrar por aqui.
Enfim, eu não preciso responder a um editor de jornal, para dizer o que penso dos atuais ocupantes do palácio presidencial.
Mas, imagine caro leitor, se fosse a CIA a ter alterado a biografia da nossa cara soberana, aquela mesma que já tinha sido fraudada anteriormente para mostrar um mestrado e um doutorado inexistentes, nunca antes (e depois) vistos nos registros daquela universidade que já abrigou outra tese fraudada, a de um ministro que precisava desesperadamente de um título de doutor, antes de assumir um cargo nesse mesmo governo esquizofrênico? Imagine isso.
Imaginou?
Já pensou o escarcéu que estariam fazendo os companheiros contra a CIA, o imperialismo, o governo estadunidense? Não poderiam declarar guerra, é verdade, mas seriam até capazes de retirar o embaixador, como já fizeram em ocasiões anteriores, para demonstrar contrariedade.
A soberana disse que lamenta o ocorrido, e que vai mandar investigar. Balela (eu ia escrever mentira, mas acho que posso esperar pela próxima balela), pois descobrir quem fez é a coisa mais fácil do mundo.
Está tudo explicado em artigo do jornal
O Globo, que reproduzo a partir da coluna do jornalista Políbio Braga, que já foi objeto, ele também, de ataques dos mercenários a soldo do partido totalitário que nos governa.
Parece que ninguém mais se comove com o espetáculo de fraudes contínuas, de patifarias regulares que nos veem dos mais altos escalões da república. Será que os brasileiros estão anestesiados ante o espetáculo de crimes políticos cometidos de forma intensa pelos companheiros?
Eu não deixo de registrar, pois isso apenas me confirma o que venho dizendo há muito tempo: o Estado brasileiro foi tomado de assalto por uma máfia, que pretende se eternizar no poder. Vamos deixar?
Paulo Roberto de Almeida
Conheça o programa (software) que identifica os IPs do Palácio de Dilma usados para difamar adversários e caluniar jornalistas
Coluna do jornalista Políbio Braga, 10/08/2014
O programa que identifica o IP, o Protocolo de Internet,uma espécie de
DNA do computador usado, chama-se @brwikiedits. Ele divulga no Twitter
quando um verbete
na Wikipédia é alterado por um computador do governo. A inforemação é do
jornal O Globo de hoje.
. Isto significa que um governo não precisa de 90 dias para saber de que
computador do Palácio do Planalto e quem o usou para difamar
jornalistas e políticos.
. O @brwikieditrs não está sozinho na
empreitada. O @parliamentedits, por exemplo, presta serviço semelhante,
entregando as vezes em que um computador do Parlamento inglês faz alguma
modificação. O mesmo faz o @congressedits, mas com o Congresso americano.
. Foi este que serviu de inspiração para o desenvolvedor
Pedro Felipe Melo Menezes, de 18 anos, que criou a versão brasileira do serviço
no início de agosto. Morador de Natal, ele explica que buscou o registro dos
provedores do governo e, a partir daí, encontrou os IPs. Sempre que há uma
alteração, é seu robô que publica no Twitter.
— O programa em si já existia, e seu código de
programação é livre. Só precisei adaptar com os IPs brasileiros. Sou da área de
TI, mas gosto muito de acompanhar a política — conta o estudante de Análise e
Desenvolvimento de Sistemas do Instituto Federal do Rio Grande do Norte.
. Segundo Menezes, todos os órgãos federais já são
monitorados pela ferramenta.
. O Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro)
informou que já foi aberta investigação para apurar a responsabilidade pela
alteração do conteúdo, realizada por meio de um dos IPs administrados pelo
Serpro.
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