Pois é, meus caros e ilustres leitores, as minhas “férias” foram bem curtas, como a “abstinência” dos que se acostumaram com meus vários artigos diários. Na verdade, como muitos sabem, sequer descansei, pois mantive minha atividade diária pelo blog do Instituto Liberal. Mas meu perfil e meu ritmo acelerado demandavam um veículo exclusivo, totalmente independente. Aqui está ele!
Nunca fui censurado no GLOBO ou na VEJA, e tenho isso a dizer em favor da postura deles. Mas certamente rolava uma leve autocensura, pois eu sabia, mal ou bem, que não poderia ou deveria escrever tudo o que penso. A preocupação institucional com a marca é legítima, e há que se tomar alguns cuidados.
Certa vez meu editor chegou a comentar que, devido ao meu perfil, digamos, arrojado e combativo demais, um canal independente poderia fazer mais sentido. É que para ligar uma metralhadora giratória, sem receio de ferir certas sensibilidades, fica mais fácil sem uma marca institucional forte por trás, que precisa ser protegida pelos interesses dos acionistas e sofre também pressão interna de eventuais desafetos.
Quem me acompanha sabe que “peguei pesado” quando achei que era necessário, e que sempre “pequei” pelo excesso de ousadia, nunca de cautela ou covardia. Comprei algumas brigas pesadas no caminho, mas sei também que dei voz a milhares de leitores, cansados do politicamente correto, do falso neutralismo, da turma cínica que simula postura de lorde inglês enquanto, por baixo dos panos, destila profundo ódio bárbaro.
Tenho qualidades e defeitos, mas entre minhas características, sem dúvida está a transparência. Entre mim e o leitor não há nada, nenhum filtro, não há máscara, teatro, atuação. Não penso dez vezes antes do que vou escrever, se vai agradar ou incomodar este ou aquele leitor. Escrevo o que realmente penso, defendo o que efetivamente acredito, e creio ser esse o meu principal trunfo, meu diferencial, em meio a tanta gente preocupada em agradar demais os outros.
Tudo isso, desnecessário dizer, pode ser potencializado num blog independente como este. Agora, a minha liberdade, que já era ampla, é praticamente irrestrita. Somando-se a isso o fato de estar no meu “bunker virtual”, longe inclusive de ameaças físicas de alguns detratores mais violentos, meu grau de ousadia só tende a aumentar. E confesso que estou muito animado com esse novo projeto solo: se eu já era “workahoolic” antes, esperem para ver agora!
Como fica claro, a comemoração da esquerda com minha saída da VEJA foi prematura demais. Não pretendo dar sossego aos inimigos da liberdade, a essa “gangue do pixuleco”, aos ícones da esquerda caviar hipócrita, aos que falam em tolerância e amor enquanto disseminam ódio e rancor. Serei a pedra em seus sapatos, aquele que diz o que pensa e não teme a patrulha da patota organizada.
Economia e política continuam sendo o foco principal do blog, mas sem deixar de lado o aspecto cultural, os valores da sociedade, pois entendo que eles são fundamentais para o ambiente em que as liberdades podem ou não prosperar. Aqui será um espaço de resistência contra o avanço da barbárie, um ambiente virtual para uma ode à civilização, uma reação a tudo que não presta, mas que é vendido como bom só por ser “moderno”. O relativismo exacerbado – ético ou estético – não tem vez por aqui.
Não prometo perfeição, pois isso não existe. Mas eis o que prometo: honestidade intelectual, busca sincera pela verdade, respeito às divergências civilizadas e às críticas construtivas, humildade para reconhecer erros e coragem para defender convicções. E de vocês, meus caros leitores, espero colaboração, sugestões de pauta, participação, comentários, e quando gostarem do texto, divulgação. Afinal, a carreira solo não conta com as vantagens de um grande portal por trás, e é preciso o esforço de muitas “formiguinhas” para compensar isso. Esse blog será um projeto conjunto nosso.
Sem mais delongas, vamos em frente! O Brasil tem pressa por mais liberdades, por civilização, por uma República que mereça tal nome, com império das leis, economia de mercado e uma sólida democracia representativa, com claros limites ao papel do estado e firme divisão dos poderes. Podem contar com esse soldado nessa batalha pela liberdade, assim como espero poder contar com o fundamental apoio de vocês. Não podemos esmorecer.
Para o triunfo do mal, basta que as pessoas de bem nada façam, alertou Burke. Façamos, então, nossa parte. Eu, produzindo conteúdo em defesa da liberdade. Você, colaborando com o conteúdo, divulgando, compartilhando, ajudando a espalhar a mensagem. Em frente!
Rodrigo Constantino
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