Companheiros se mostram supersensíveis com o conforto psicológico e material do supercompanheiro chefe de quadrilha (não o único, nem o principal), aquele que sempre deu as cartas no partido e no palácio, o homem infalível, o Stalin Sem Gulag, o bandido maior das roubalheiras e traficâncias petralhas, e como ele é um "heroi do povo brasileiro" (assim dizem), eles querem zelar pelo seu bem-estar (afinal de contas, ele era o "cara" da grana, o super-extrator, capaz de arrancar milhões (quem sabe bilhões) de capitalistas brasileiros e estrangeiros, do Estado brasileiro (e se der de outros também, aqueles amigos dos companheiros), do povo brasileiro, enfim, de todo mundo que contribui voluntária ou involuntariamente (até sem saber) para a fortuna pessoal e partidária dos petistas, dos petralhas, dos mafiosos, enfim, todos aqueles metidos nos negócios até o pescoço.
O nosso personagem não estava metido nesse tipo de negócio até o pescoço: ele era o próprio negócio, era ele quem determinava quem devia pagar tanto e quem devia receber (ele só ficava com uma comissão, entenderam, uns pixulecos modestos de centenas de milhares a cada vez).
Deve ser duro passar o Natal e o Ano Novo na cadeia, ainda mais tendo de aguentar essas gozações de tucanos voando em volta da notícia, que de resto deve ter sido plantado por quem não tem o mínimo respeito pela reputação do Stalin Sem Gulag.
Gente grossa...
Paulo Roberto de Almeida
Pimenta e Damous acionam presidente do STJ por deboche a José Dirceu no Twitter oficial do Tribunal
PT na Câmara, 30/12/2015
Os deputados Paulo Pimenta (PT-RS) e Wadih Damous (PT-RJ)
enviaram, nesta quarta-feira (30), ofício ao presidente do Superior
Tribunal de Justiça (STJ), ministro Francisco Falcão, manifestando
“surpresa e indignação” por conta de uma publicação no Twitter oficial
da corte que debocha do ex-ministro José Dirceu. “Como o recesso do
Judiciário só termina em fevereiro, José Dirceu vai passar o ano novo
atrás das grades”, diz o texto, publicado às 14h03 da terça-feira (29) e
ainda ativo mais de 24 horas depois.
“A comunicação institucional do STJ se
vale de linguagem e termos inadequados para um Tribunal Superior. A
comunicação de qualquer órgão público deve, ao informar, apresentar
postura neutra e respeitosa, ainda mais quando se trata da comunicação
de um órgão que tem a nobre função de julgar”, argumentam Pimenta e
Damous no ofício destinado ao presidente do STJ.
“A divulgação revela, ainda, o já
conhecido uso da prisão como espetáculo. Dessa forma, não basta o
ex-ministro estar preso preventivamente – sob critérios com justeza
questionados por sua defesa. Ele precisa ser exposto e ter a dignidade
aviltada”, acrescentam os deputados no texto.
Os parlamentares pedem três providências
ao ministro Francisco Falcão: a “imediata abertura de sindicância
interna para apuração e responsabilização devidas”; a “retirada imediata
da postagem” e “um pedido de desculpas ao investigado”.
“Não podemos aceitar que a comunicação
de um órgão que representa um poder da República seja aparelhada por
militantes do PSDB ou da direita que destila ódio diariamente contra o
PT”, afirmou Pimenta.
Confira abaixo íntegra do ofício ao presidente do STJ.
PT na Câmara
---
Excelentíssimo Ministro Francisco Falcão, Presidente do Superior Tribunal de Justiça.
Os deputados que abaixo subscrevem este requerimento vêm expor e, ao final, requerer o quanto segue.
Com surpresa e indignação lemos, na
página oficial do STJ no twitter em (@STJnoticias), a frase: “Como o
recesso do Judiciário só termina em fevereiro, José Dirceu vai passar o
ano novo atrás das grades”. A publicação, de 29.12.15, trata do habeas
corpus impetrado em defesa do ex-ministro José Dirceu. Por decisão de
Vossa Excelência, o pedido será analisado após o recesso.
A comunicação institucional do STJ
se vale de linguagem e termos inadequados para um Tribunal Superior. A
comunicação de qualquer órgão público deve, ao informar, apresentar
postura neutra e respeitosa, ainda mais quando se trata da comunicação
de um órgão que tem a nobre função de julgar.
A divulgação revela, ainda, o já
conhecido uso da prisão como espetáculo. Dessa forma, não basta o
ex-ministro estar preso preventivamente – sob critérios com justeza
questionados por sua defesa. Ele precisa ser exposto e ter a dignidade
aviltada.
A comunicação oficial do STJ agiu de
maneira parcial. Sancionou, assim, o uso do sistema penal como
instrumento político, o que absolutamente não é condizente com o Estado
Democrático de Direito.
Não é crível que essa postagem na
rede social tenha tido a anuência da direção do Tribunal, que se
intitula como aquele da Cidadania.
Desse modo, requer-se de Vossa Excelência:
a) imediata abertura de sindicância interna para apuração e responsabilização devidas;
b) retirada imediata da postagem, e;
c) um pedido de desculpas ao investigado.
Cordialmente,
Deputado Federal Paulo Pimenta
Deputado Federal Wadih Damous
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