Ingênuos, incautos, true believers, coniventes, cúmplices, complacentes, companheiros em geral, sempre quiseram nos fazer acreditar que a compra dessa refinaria foi apenas um "mau negócio", algo assim como um acidente de gestão, um má surpresa num conjunto de grandes iniciativas destinadas a fazer da Petrobras uma companhia com presença verdadeiramente internacional (o que aliás ela já tinha).
Conhecedor da natureza criminosa, intrinsecamente mafiosa, como eu sabia, detectei ali, desde o começo, muito antes que as primeiras denúncias fossem feitas, o traçado de um crime quase perfeito, um excelente negócio, feito para gerar aquilo mesmo, centenas de milhares de dólares no exterior, para serem apropriados pelo partido totalitário e seus dirigentes.
Madame Pasadena pode não ter concebido a operação, mas foi totalmente conivente com ela, obediente como sempre foi ao chefão mafioso, que deu ordens para que fosse feito.
Paulo Roberto de Almeida
O Estado de S.Paulo, exta-feira, 21 de outubro de 2016
Apuração sobre refinaria de Pasadena se aproxima de Dilma
Coluna do Estadão
As investigações da Operação Lava Jato apontam que a presidente cassada Dilma Rousseff tinha conhecimento de irregularidades envolvendo a compra da Refinaria de Pasadena pela Petrobrás. Dilma participou da autorização do negócio na época em que presidia o Conselho de Administração da Petrobrás. Um dos investigadores mergulhados no caso garante que as alegações apresentadas pela petista “não param de pé”. Dilma diz que votou a favor da compra da refinaria porque recebeu “informações incompletas” sobre o contrato.
Três delatores já admitiram que a compra de Pasadena pela Petrobrás envolvia propina. E que receberam até US$ 1,5 milhão pelo negócio. São eles: o senador cassado Delcídio Amaral e os ex-diretores da petroleira Paulo Roberto Costa e Nestor Cerveró.
O negócio é considerado o pior da história da Petrobrás e gerou prejuízo de US$ 792,3 milhões aos cofres públicos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário