Do que o chanceler acidental escapou: 21 anos de cana, sendo pelo menos dois ou três de cadeia firme, é bravo. Mas daria para reler toda a obra do Schopenhauer... (PRA)
Trama Golpista
1ª Turma do STF condena Filipe Martins e mais 4 réus por tentativa de golpe; um foi absolvido
Supremo totaliza 29 condenações e duas absolvições na ação sobre tentativa de golpe
Flávia Maia
Jota, 16/12/2025
https://www.jota.info/stf/do-supremo/1a-turma-do-stf-condena-filipe-martins-e-mais-4-reus-por-tentativa-de-golpe-um-foi-absolvido?utm_medium=email&utm_campaign=jota_info__ultimas_noticias__destaques_-_17122025&utm_source=RD+Station
Por unanimidade, a 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu condenar mais cinco réus pela tentativa de golpe que visava manter o ex-presidente Jair Bolsonaro no poder. Entre os condenados estão Filipe Martins, ex-assessor da presidência e um dos responsáveis pela minuta do golpista; o general Mário Fernandes, idealizador do plano para matar autoridades e Silvinei Vasques, chefe da Polícia Rodoviária Federal (PRF) que criou barreiras nas estradas para impedir eleitores de votarem.
Também foram condenados Marília Alencar, ex-diretora de inteligência do Ministério da Justiça – ela foi responsável por ordenar a elaboração de um relatório que teria sido usado para os bloqueios das estradas –, e Marcelo Costa Câmara, coronel da reserva do Exército e ex-assessor de Bolsonaro. De acordo com a acusação, Câmara teria usado o cargo para obter informações sensíveis e sigilosas de interesse do ex-presidente, ele teria fornecido as informações utilizadas no monitoramento de autoridades, como o ministro Alexandre de Moraes.
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Os réus Filipe Martins, Mário Fernandes, Silvinei Vasques e Marcelo Costa Câmara foram condenados pelos crimes de tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, organização criminosa armada, dano qualificado por violência e grave ameaça contra o patrimônio da União, além de deterioração de bem tombado.
Já Marília Alencar foi condenada apenas pelos crimes de organização criminosa e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito. Os ministros entenderam que há dúvidas sobre a omissão dela nos atos de 8 de janeiro quando ela exerceu o cargo de subsecretária de segurança pública do Distrito Federal.
O único absolvido foi Fernando de Sousa Oliveira por dúvida razoável e falta de comprovação cabal da sua participação. Oliveira exerceu o cargo de Diretor de Operações do Ministério da Justiça e depois o de Secretário-Executivo da Secretaria de Segurança Pública do DF em janeiro de 2023. Oliveira era acusado de assessorar Marília nas ações golpistas dentro do Ministério da Justiça e depois de ser omisso com a segurança nos atos de 8 de janeiro.
Ao todo, o Supremo já condenou 29 dos 31 denunciados – entre eles, o ex-presidente Jair Bolsonaro e os generais Braga Netto e Augusto Heleno. Além de Fernando de Sousa Oliveira, também foi absolvido o general Estevam Cals Theophilo Gaspar de Oliveira por falta de provas.
Este foi o último núcleo a ser julgado, mas ainda está pendente de análise do STF a denúncia do blogueiro Paulo Figueiredo, que está nos Estados Unidos.
Julgamento
Os ministros da 1ª Turma acompanharam o relator da ação penal, ministro Alexandre de Moraes. Durante o seu voto, Moraes destacou a importância dos julgamentos que condenaram o ex-presidente, militares e membros da administração pública por tentativa de golpe. Ele ressaltou que as punições ocorreram “dentro do devido processo legal”, o que nunca tinha ocorrido antes na história do Brasil.
Moraes afastou as preliminares como nos demais núcleos – impedimento dos ministros, prática de document dump, pesca predatória, invalidade da delação de Mauro Cid, ausência de justa causa, quebra da cadeia de custódia e a competência do STF para julgar o caso.
Moraes rejeitou ainda a irregularidade da prisão de Filipe Martins. Segundo ele, a prisão se deu por possível tentativa de fuga do réu e não pelo mérito da ação penal. Há documentos iniciais das autoridades norte-americanas apontando que ele entrou no país, depois, informações de que ele não entrou. “Há toda uma celeuma dessa entrada ou não”, disse. “Essa questão está sendo investigada de maneira apartada para verificar a veracidade disso”, complementou.
Para Moraes, não há dúvidas da participação do réu Filipe Martins. O magistrado destacou o discurso feito pelo ex-assessor de Bolsonaro na reunião com os chefes das Forças Armadas em 7 de dezembro de 2022. “Aquilo não é discurso, é um manifesto golpista”, afirmou.
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O ministro também reforçou que “não há nenhuma dúvida da culpabilidade” dos réus Marcelo Costa Câmara e do general Mário Fernandes. Os dois foram os responsáveis por monitorar autoridades como Alexandre de Moraes, do STF, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e “neutralizá-los”.
Neste momento, a ministra Cármen Lúcia interrompeu o ministro Alexandre de Moraes para deixar claro que o termo “neutralizar” foi usado no sentido de matar. “Neutralizar é tornar neutro, o que não é o caso. Neste caso, era extirpar”. A ministra afirmou que os golpistas cogitaram envenenar o presidente Lula caso fosse hospitalizado.
Moraes então lembrou que, durante os depoimentos, os réus se desculparam por terem se referido a ele como “professora”. “Se desculparam por ter me chamado de professora, não por terem tentado me matar”, afirmou.
O relator também entendeu o intuito golpista de Silvinei ao criar barreiras nas estradas para impedir eleitores de votarem. “A PRF cruzou os braços para a paralisação de inúmeras rodovias federais”, disse. Moraes lembrou que precisou dar uma decisão para desbloquear as estradas em outra ação sobre greve de caminhoneiros.
Dosimetria das penas
General Mário Fernandes: 26 anos e 6 meses, sendo 24 anos de reclusão, regime inicial fechado, 2 anos e 6 meses de detenção, além de 120 dias-multa (1 salário-mínimo)
Silvinei Vasques: 24 anos e 6 meses, sendo 22 anos de reclusão, regime inicial fechado, 2 anos e 6 meses de detenção, além de 120 dias-multa (1 salário-mínimo)
Marcelo Costa Câmara: 21 anos, sendo 18 anos e 6 meses de detenção, regime inicial fechado, 2 anos e 6 meses de detenção, além de 120 dias-multa (1 salário-mínimo)
Filipe Martins: 21 anos, sendo 18 anos e 6 meses de detenção, regime inicial fechado, 2 anos e 6 meses de detenção, além de 120 dias-multa (1 salário-mínimo)
Marília Ferreira de Alencar: 8 anos e 6 meses de reclusão, além de 40 dias-multa (1 salário-mínimo)
Fernando de Sousa Oliveira: absolvido
Todos os condenados estão incluídos no polo passivo por danos morais coletivos de R$ 30 milhões e ficam inelegíveis. Silvinei Vasques e Marília Ferreira de Alencar perderam o cargo de policial e delegada da Polícia Federal, respectivamente.
Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas. Ver também minha página: www.pralmeida.net (em construção).
quinta-feira, 18 de dezembro de 2025
Do que o chanceler acidental escapou: "1ª Turma do STF condena Filipe Martins e mais 4 réus por tentativa de golpe; um foi absolvido" - Flávia Maia Jota
Quando a desgraça é bem-vinda… - Paulo Roberto de Almeida
Quando a desgraça é bem-vinda…
Leio, tardiamente, nas notícias do dia, que o segundo chanceler virtual do bolsolavismo diplomático (2019-2021), Filipe Martins, depois do primeiro e medíocre chanceler virtual, o Bananinha 03, chefes do patético chanceler acidental na primeira metade do horroroso desgoverno do Bozo (agora já encarcerado), foi condenado, junto com a tropa do Núcleo 2 do projeto de golpe, a 21 ANOS de cadeia, pela participação no bananoso golpe trapalhão dessa tropa aloprada.
Acredito que o chanceler acidental, abrigado atualmente sob as asas de sua mulher em algum apartamento do Cairo, sob uma “licença particular” do Itamaraty, deva enviar uma curta mensagem de solidariedade a seu antigo chefe, congratulando-se, ao mesmo tempo, pela felicidade que teve ao ser defenestrado do Itamaraty pelo entrevero que teve com uma senadora do agronegócio por causa de seus ataques à China. Ele certamente teria sido levado ao falido projeto de golpe em sua vertente internacional, se tivesse continuado a infelicitar o Itamaraty. Deve levar as mãos ao céu e agradecer à senadora.
Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 18/12/2025
quarta-feira, 17 de dezembro de 2025
The Berlin Leaders' Statement on Ukraine (December 15, 2025)
The Berlin Leaders' Statement on Ukraine (December 15, 2025) - my thoughts on its strengths and weaknesses.
Anton Gerashchenko.
◼️What is this document, and why is it called a "step forward":
The Berlin Leaders' Statement on Ukraine is a joint political statement by a group of European leaders and the EU leadership against the backdrop of active negotiations to end the war.
Its main difference from previous "vague guarantees" is that it is not limited to the words "we support Ukraine," but attempts to describe how security guarantees should work: a strong Ukrainian army + European participation + the role of the US in monitoring the ceasefire. This is definitely a step forward, but it will only be effective when clear details emerge, including who does what, for how much money, and according to what rules.
◼️What exactly is being proposed (briefly):
The Statement says that the issue of territories should not be resolved "in exchange for a pause" - robust security guarantees must come first. Then, the following commitments are described: support for Ukraine's defense with a target of approximately 800,000 armed forces in peacetime; creation of a European multinational force within the Coalition of the Willing with US support - to help Ukraine restore its military capabilities and secure our skies and seas; a US-led mechanism for monitoring⤵️
and verifying the ceasefire; and a formula for a "legally binding" response to a renewed attack (but with the proviso that each country acts according to its own internal rules).
◼️Strengths:
The strongest aspect here is that the guarantees are presented as a package that should work together, rather than as a set of well-meaning words. The first pillar is Ukraine itself: a large, well-trained army as a "first shield" that makes another attack less advantageous.
The second is European participation: an additional level of support after the ceasefire. The third is the US as an "anchor": monitoring compliance with the ceasefire increases the chance of quickly identifying violations and responding to them. This three-layered program is an attempt to move closer to the logic of "strong guarantees" without formal NATO membership.
The second strength is the order of actions: security first, then discussions about territories.
This is important as a signal that territories should not become a "down payment" for a truce.
Third, the statement attempts to link security to a broader Ukrainian-European track: recovery, discussion of frozen assets, and the prospect of EU membership.
◼️Weaknesses and risks:
The main problem is a lack of specifics about the European multinational force.
There are general functions, but almost no answers to key questions: how many people, where exactly they will be, who will command them, what rules for the use of force will apply, and what to do in case of provocations or escalation. Without clear rules, this could become a "symbolic presence" that does not deter.
The second weakness is the formula "legally binding, subject to national procedures.
" In practice, this means that decisions can be made differently and at different speeds in different countries. And the enemy can count on the allies' response being slow or uneven.
The third risk is dependence on the US. The role of the US in verifying and supporting the coalition force increases reliability, but makes the whole program vulnerable to changes in Washington's policy and the US's willingness to adhere to this for a long time.
The fourth point concerns resources and capabilities.
Even if a political decision is made, such a force requires long-term funding and expensive capabilities (air defense, aviation, logistics, command and control, intelligence).
◼️Conclusion: it's a step forward, but not a ready-made solution.
This is a step forward in creating the conditions for lasting peace, because for the first time, "guarantees" are described as a system rather than general words.
But it is not yet a ready-made plan, because it lacks details: clear rules, real contributions from countries, the role of the US "in numbers and commitments," and understandable legal procedures.
This plan can also be called a step forward for European security because the document records a shift toward European leadership in "strong" security: Europe is taking on the role of organizer of the coalition and multinational force, while the US is defined as a key "anchor" in monitoring and support.
This is a change in logic - from "ask Washington" to "Europe acts, Washington reinforces."The statement was adopted by the following leaders and EU institutional heads: António Costa (President of the European Council), Ursula von der Leyen (President of the European Commission), Mette Frederiksen (Prime Minister of Denmark), Alexander Stubb (President of Finland), Emmanuel Macron (President of France), Friedrich Merz (Chancellor of Germany), Giorgia Meloni (Prime Minister of Italy),⤵️
Dick Schoof (Prime Minister of the Netherlands), Jonas Gahr Støre (Prime Minister of Norway), Donald Tusk (Prime Minister of Poland), Ulf Kristersson (Prime Minister of Sweden), and Keir Starmer (Prime Minister of the United Kingdom).
https://www.consilium.europa.eu/en/press/press-releases/2025/12/15/leaders-statement-on-ukraine/
Book by Dani Rodrik: "Shared Prosperity in a Fractured World: A New Economics for the Middle Class, the Global Poor, and Our Climate", review by Christoph B. Rosenberg (IMF bullettin)
Throughout the book, Rodrik emphasizes experimentation over grand design

Shared Prosperity in a Fractured World: A New Economics for the Middle Class, the Global Poor, and Our Climate
Dani Rodrik
Princeton University Press
Princeton, NJ, 2025, 280 pp., $27.95
The pillars of global economic thinking are wobbling. Voters around the world are no longer buying into the well-worn paradigms of the past 80 years, whether the free market Washington Consensus, the government-led Keynesian welfare state, or the rules-based liberal international order.
Dani Rodrik’s Shared Prosperity in a Fractured World seeks to fill this void. Over eight well-argued chapters, the Harvard economist outlines a new approach to tackling what he identifies as the triple challenge of our day: restoring the middle class, addressing climate change, and reducing global poverty. Such ambition should be saluted, even if the book arguably falls short of developing a new narrative that will capture the imagination of anxious populations around the world.
Rodrik’s criticism of economic policies, especially those of the hyperglobalization period that followed the Cold War, is scathing and often to the point. Some global norms may have indeed taken too little account of developing economies’ needs, and unfettered financial flows may have done more harm than good. The guardians of the global economic order, including the IMF, have long recognized this problem and have adapted support programs to country circumstances (including social safety nets) or modified guidance on monetary and exchange rate policy (including capital controls). At the same time, certain economic truths will hold irrespective of national conditions—something the book could have emphasized equally. Persistent fiscal deficits or overvalued currencies, for example, will create problems down the road, no matter where or when.
When analyzing global cooperation—or the lack thereof—Rodrik focuses on the relationship between the United States and China, arguing that self-interested policies are not as detrimental as they may seem, and that the past focus on multilateral governance was misplaced. But what applies to these large and divergent economies may not be true for the rest of the world. Many countries in Europe and Asia have not given up on the old order and are seeking to preserve it on a regional level, for example through plurilateral trade agreements.
Rodrik is most convincing when he identifies a misguided fixation on manufacturing jobs as a costly mistake, in advanced and developing economies alike. The future, he argues convincingly, lies in enabling workers to take up well-paying jobs in services. To get there, Rodrik advocates a host of micro-level state interventions already proven to work, as illustrated by compelling examples from a public-private partnership in western Michigan to vegetable sellers in Colombia’s Bogotá. Throughout the book, he emphasizes experimentation over grand design and local over national—let alone global—solutions.
Can such nitty-gritty long-term policies really address the malaise that has gripped so many people around the world and constitute a “new progressive agenda,” as he claims? For starters, the book is largely silent on some key sources of anxieties today, such as migration flows, rising debt, and the rapid advance of artificial intelligence. Moreover, by framing his approach as an agenda for the Left’s return to power (notably in the United States), Rodrik unnecessarily risks politicizing his many sensible insights and solutions.
Developing a new economic consensus will take time. Yet it is a necessary endeavor: Policymaking that is entirely ad hoc and principle-free can hardly lead to a better world. Rodrik’s thought-provoking book makes a valuable contribution to a long-overdue debate.

CHRISTOPH B. ROSENBERG is a former deputy director of the IMF’s Communications Department.
Efeitos a longo prazo do colonialismo português na Africa: conferência online, 18-19/12/2025 (IPRI-NOVA)
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terça-feira, 16 de dezembro de 2025
Política externa e diplomacia do Brasil: convergências e dissonâncias em perspectiva histórica - Paulo Roberto de Almeida (Anais do NEADI)
Mais recente trabalho publicado:
1609. “Política externa e diplomacia do Brasil: convergências e dissonâncias em perspectiva histórica”. Publicado in: Luís Alexandre Carta Winter, Amanda C. Buttendorff Beckers, Loren Brugnolo Silva (orgs.). Anais do Congresso Internacional dos 26 anos do NEADI-PUCPR. Curitiba: Instituto Memória Editora & Projetos Culturais. Centro de Estudos da Contemporaneidade, 2025, 615 p. ISBN: 978-85-5523-607-5; p. 56-82. Disponível na plataforma Academia.edu (link: https://www.academia.edu/145444310/1588_Politica_externa_e_diplomacia_do_Brasil_convergencias_e_dissonancias_em_perspectiva_historica_2025_
Política externa e diplomacia do Brasil:
convergências e dissonâncias em perspectiva histórica
Foreign policy and diplomacy of Brazil:
convergences and dissonances in historical perspective
Paulo Roberto de Almeida
Resumo: Artigo sobre as aproximações e distanciamentos entre a diplomacia presidencial e a corporativa, no terreno dos propósitos e princípios, mas também no plano operacional. O trabalho, baseado na experiência diplomática do autor durante quatro décadas, visa reconsiderar e discutir as trajetórias convergentes ou dissonantes entre, de um lado, a política externa, em seu sentido convencional, ou seja, posturas e escolhas assumidas pelos governos brasileiros ao longo da história das relações exteriores do país, e, de outro lado, o trabalho de tipo operacional levado a cabo pelo corpo diplomático profissional do Itamaraty, com vistas a determinar períodos de maior aproximação entre uma e outra, ou fases de maior distanciamento conceitual e prático no exercício de cada uma. Após estabelecer as distinções fundamentais entre política externa e diplomacia, o trabalho toma como partida a construção das bases doutrinais da diplomacia e da política externa, examinando a contribuição de alguns próceres; constata, em seguida, a lenta configuração de uma política externa fundada na preservação da autonomia decisória do Estado e da independência geopolítica em face dos conflitos entre grandes potências; examina fases de maiores dissonâncias ou de convergências segundo orientações da diplomacia presidencial em algumas delas, e conclui que as rupturas conceituais e práticas com respeito aos padrões habituais da diplomacia profissional se devem, predominantemente, ao ativismo heterodoxo de governos não convencionais ou de presidências excessivamente personalistas.
Palavras-chave: política externa; autonomia decisória; padrões tradicionais da diplomacia profissional; interesse nacional.
Abstract: This article discusses the similarities and divergences between presidential and corporate diplomacy, both in terms of purpose and principles and also at the operational level. Based on the author's four decades of diplomatic experience, the work aims to reconsider and discuss the convergent or divergent trajectories between, on the one hand, foreign policy in its conventional sense—that is, the stances and choices taken by Brazilian governments throughout the history of the country's foreign relations—and, on the other, the operational work carried out by the professional diplomatic corps of the Ministry of Foreign Affairs. The aim is to identify periods of greater convergence between the two, or phases of greater conceptual and practical divergence in the exercise of each. After establishing the fundamental distinctions between foreign policy and diplomacy, the work begins with the construction of the doctrinal foundations of diplomacy and foreign policy, examining the contributions of some leading figures. It then notes the slow development of a foreign policy based on the preservation of the State's decision-making autonomy and geopolitical independence in the face of conflicts between great powers; examines phases of greater dissonance or convergence according to the guidelines of presidential diplomacy in some of them and concludes that the conceptual and practical ruptures with respect to the usual standards of professional diplomacy are predominantly due to the heterodox activism of unconventional governments or excessively personalistic presidencies.
Key-words: foreign policy; decision-making autonomy; traditional standards of professional diplomacy; national interest.
Ler o artigo por inteiro neste link:
https://www.academia.edu/145444310/1588_Politica_externa_e_diplomacia_do_Brasil_convergencias_e_dissonancias_em_perspectiva_historica_2025_
UM GRITO PELA DEMOCRACIA!, Manifesto pela Democracia - Instituto Ética e Democracia; reunião online, 18/12, 19h30
Link da videochamada: https://meet.google.com/rbt-gajc-itt
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