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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;

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sexta-feira, 28 de julho de 2023

Entrevista feita na ABI com Paulo Roberto de Almeida sobre a diplomacia bolsolavista (2021)

Em 15 de abril de 2021, participei de uma sessão de debates sobre a política externa brasileira no contexto dos novos bárbaros do bolsolavismo diplomático, com os jornalistas Ricardo Carvalho (ABI-SP), Duda Teixeira e Diogo Schelp. 

Para assistir, acesse este link: 


Transcrevo a apresentação feita pelos organizadores

 

Paulo Roberto de Almeida é um embaixador sem papas na língua e ingressou, há dois anos, com uma ação na Justiça Federal do Distrito Federal, responsabilizando a União por ações de assédio moral e de perseguição no Ministério das Relações Exteriores, inclusive por retaliações financeiras. Aconteceu desde que começou a criticar publicamente nas suas redes sociais o trabalho do chanceler Ernesto Araújo. Ele, que editou revista 200 com foco na Independência do Brasil também relatou que toda a edição dessa revista foi recolhida por ordem do ex-chanceller e ele não sabe o destino da publicação. Diplomata de carreira desde 1977 e também escritor com mais de 20 livros publicados, serviu na embaixada de Paris e como adido na de Washington, entre outros postos de destaque e, em 1984, obteve o doutorado em Ciência Política pela Universidade Livre de Bruxelas, na Bélgica. Hoje, a partir das 19h30, ele será entrevistado no programa Encontros da ABI com a Cultura pelos jornalistas Diogo Schelp, da revista Crusoé; Duda Teixeira, colunista da UOL; e Ricardo Carvalho, diretor da ABI, em São Paulo. A apresentação é da jornalista e produtora cultural, Zezé Sack. Assistam pelo canal da Associação Brasileira de Imprensa do YouTube e divulguem.

 

Diplomata 

O diplomata Paulo Roberto de Almeida, com 42 anos de carreira, foi demitido, em março de 2019, do cargo de diretor do Instituto de Pesquisa de Relações Internacionais (IPRI) e alocado na Divisão de Comunicações e Arquivo com funções burocráticas por críticas ao ex- Ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, em seu blog. Na semana passada, durante o debate semanal no Cineclube Macunaíma da ABI, Paulo Roberto lembrou que o ex-Ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, é filho de um ex-censor da ditadura, à época do governo Geisel, justificando seu comportamento. Foi também categórico ao afirmar que não podemos ficar esperando as eleições do próximo ano “de braços cruzados”, tendo pedido ao cineasta Sílvio Tendler, que participa do programa, para realizar um documentário que mostre as atividades da Semana de Arte Moderna, em 1922, e fale ainda do bicentenário da Independência, as duas datas que precisam ser comemoradas no próximo ano. Entre os livros publicados do diplomata estão Apogeu e demolição da política externa brasileira: reflexões de um diplomata não convencional (2020), Uma certa ideia do Itamaraty: a reconstrução da política externa e a restauração da diplomacia brasileira (2020), além de diversos artigos. Ele também foi professor de Sociologia Política no Instituto Rio Branco e na Universidade de Brasília (1986-87) e, desde 2004, dá aulas de Economia Política no Programa de Pós-Graduação (Mestrado e Doutorado) em Direito do Centro Universitário de Brasília (Uniceub). Paulo Roberto é ainda editor adjunto da Revista Brasileira de Política Internacional, colabora com várias iniciativas no campo das humanidades e ciências sociais e participa de comitês editoriais de diversas publicações acadêmicas. De agosto de 2016 a março de 2019, foi Diretor do Instituto Brasileiro de Relações Internacionais (IPRI), afiliado à Fundação Alexandre de Gusmão (Funag), do Ministério das Relações Exteriores. 


Entrevistadores 

Duda Teixeira é editor de assuntos internacionais da revista Crusoé e trabalhou por 12 anos na Veja, passando pelas revistas Superinteressante, Saúde e Istoé Dinheiro. É autor dos livros O Calcanhar do Aquiles, Guia Secreto de Buenos Aires, 100 Dúvidas Universais e Almanaque do Pênis Brasileiro. Com Leandro Narloch, escreveu o Guia Politicamente Incorreto da América Latina. 


Diogo Schelp é colunista do UOL, da Gazeta do Povo e comentarista de política na Jovem Pan News. Foi editor executivo da VEJA e redator-chefe da ISTOÉ. Por 14 anos, dedicou-se à cobertura e à análise de temas internacionais e de diplomacia em 20 países como endurecimento do regime de Vladimir Putin, na Rússia; o narcotráfico no México; a violência e a crise econômica na Venezuela; o genocídio em Darfur, no Sudão; o radicalismo islâmico na Tunísia; e o conflito árabe-israelense. É coautor dos livros Correspondente de Guerra com André Liohn e No Teto do Mundo com Rodrigo Raineri. Ricardo Carvalho é diretor da ABI, em São Paulo, e trabalhou na Folha de São Paulo, TV Globo e TV Cultura, onde foi diretor de Jornalismo. Há mais de 20 anos vem se dedicando ao estudo e pesquisas sobre Comunicação, Meio Ambiente e Sustentabilidade. 


A apresentadora Zezé Sack, da Comissão de Cultura da ABI, é jornalista e produtora cultural; trabalhou com Alberto Dines no Observatório da Imprensa e no programa Sem Censura da TVE.


terça-feira, 13 de abril de 2021

Cultura e diplomacia: os rumos da cultura em tempos incertos - Paulo Roberto de Almeida, Diogo Schelp, Duda Teixeira, Ricardo Carvalho, Zeze Sack (ABI)

 Cultura e diplomacia: não sou o diplomata mais indicado para discorrer sobre o tema, pois temos grandes nomes nessa área, como o Edgard Telles Ribeiro – autor de vários romances e de um delicioso artigo na Piauí do mês de março, no qual ele conta como quase não escapou de ser comido pelos crocodilos –, o João Almino – acadêmico, autor de vários romances premiados –, o Alexandre Vidal Porto, o Ary Quintella, sem mencionar poetas de todas as escolas e estilos...


Não sei exatamente o que poderei dizer, mas como desconfio que haverá algumas perguntas sobre o Itamaraty atual, aproveito para avisar sobre meu último texto a este respeito, só para contestar a nossa EA, a Era dos Absurdos, sobre a qual escrevi isto: 

3889. “O balanço de uma gestão catastrófica: a Era dos Absurdos no Itamaraty”, Brasília, 11 abril 2021, 21 p. Confrontaão do “balanço” mentiroso oferecido pelo ex-chanceler acidental, no dia 10/04/2021, com exposição da verdade dos fatos e crítica da gestão desastrosa que se encerrou no dia 29 de março. Divulgado na plataforma Academia.edu (link: https://www.academia.edu/46617441/3889_Balanco_de_uma_gestao_catastrofica_a_Era_dos_Absurdos_no_Itamaraty_2021_) e no blog Diplomatizzando (12/04/2021; link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2021/04/o-balanco-de-uma-gestao-catastrofica.html).


Alguns de meus livros sobre temas diplomáticos: 


46) Uma certa ideia do Itamaraty: a reconstrução da política externa e a restauração da diplomacia brasileira (Brasília: Diplomatizzando, 2020, 169 p.; ISBN: 978-65-00-19254-4)

42) O Itamaraty num labirinto de sombras: ensaios de política externa e de diplomacia brasileira (Brasília: Diplomatizzando, 2020; 225 p.; Edição Kindle, ASIN: B08B17X5C1; ISBN: 978-65-00-05968-7).

34) Miséria da diplomacia: a destruição da inteligência no Itamaraty (Brasília: Edição do autor, 2019, 184 p., ISBN: 978-65-901103-0-5; Boa Vista: Editora da UFRR, 2019, 165 p., Coleção “Comunicação e Políticas Públicas vol. 42; ISBN: 978-85-8288-201-6 - livro impresso; ISBN: 978-85-8288-202-3 - livro eletrônico).

33) Contra a corrente: Ensaios contrarianistas sobre as relações internacionais do Brasil (2014-2018) (Curitiba: Appris, 2019, 247 p.; ISBN: 978-85-473-2798-9)

32) Formação da diplomacia econômica no Brasil: as relações econômicas internacionais no Império (3ª edição; Brasília: Funag, 2017; 2 volumes; 964 p.; ISBN: 978-85-7631-675-6).



quinta-feira, 8 de abril de 2021

Debate na ABI sobre Hipólito José da Costa, com Silvio Tendler (autor do documentário), Cacá Diegues, Isabel Lustosa, Ricardo Cota e Paulo Roberto de Almeida

Já indiquei aqui o link para o filme 

Preto no Branco, de Silvio Tendler:

https://diplomatizzando.blogspot.com/2021/04/filme-preto-no-branco-censura-antes-da.html

sobre a vida de Hipólito da Costa, que contou basicamente com a direção intelectual do grande jornalista Alberto Dines e da historiadora Isabel Lustosa, editores da edição fac-similar de todos os números do Correio Braziliense (1808-1822), com o qual colaborei num volume suplementar de ensaios sobre Hipólito e a sua época.


Agora tenho o link para o debate realizado no dia 6/04/2021, na sede da Associação Brasileira de Imprensa, coordenado pelo Ricardo Cota e com intervenções e diálogos do próprio Silvio Tendler, Cacá Diegues, Isabel Lustosa e eu. Neste link: 

https://www.youtube.com/watch?v=6c9hiiYm7rg

Aqui estão as perguntas feitas na ocasião:

Associação Brasileira de ImprensaA ABI convida todos a participar do debate com perguntas e considerações, e também a se inscrever no nosso canal.

Noilton Nunesviva a tecnologia viva a ABI viva Zezé viva Cineclube Macunaíma. viva Tendler que é um beija filmes. por onde passa ele beija cineclubes Viva Ricardo. viva mil vezes ao Cacá. parabéns para todos nós

Henri OkajimaBoa noite!

Ricardo Cotaperguntem por favor

Ricardo Cotaboa noite

Noilton Nunesfaltou no filme do Silvio a marcha carnavalesca Imprensa que gosto.

Marialva MonteiroBoa noite a todos!

Heloisa JardimMuita dificuldade na internet para chegar aqui.Acabei de assistir o filme impactante . Emocionante assistir o Alberto Dines que eu segui uma vida. Parabéns Silvio Tendler .

Henri OkajimaApós assistir o filme, me pareceu que a capacidade de produção de textos do Hipolito era considerável. Foi assim devido à formação do Hipólito ou ele foi de fato um ponto fora da curva?

Noilton NunesParabéns para a Izabel uma das mais iluminadas intectuais da atualidade.

Marialva MonteiroO filme tem que ser exibido nos cursos de jornalismo

Heloisa JardimHipólito José da Costa um maçom libertário?

 Ricardo Cotapodem perguntar mai

Henri Okajimainteressante mesmo, entendi, obrigado profa. Isabel.

Noilton NunesCacá saiu hoje a notícia que a TV BRICS vem aí. É a nova impressora Gutemberguiana capaz de desequilibrar a velha mídia internacional?

segunda-feira, 11 de maio de 2020

Pedido de Impeachment da ABI contra o presidente - Resumo

Pedido de Impeachment da ABI
Neste link:
https://www.academia.edu/43002755/Pedido_de_Impeachment_contra_o_presidente_Bolsonaro_-_ABI

Revendo algumas passagens: 

ABI: "Os crimes que se imputam ao Exmo. Senhor Presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, têm previsibilidade constitucional no art. 85, III e IV da Constituição da República, e estão tipificados no art. 7º, incisos 7 e 8, e art. 9º, incisos 4 e 7, da lei 1079/50." 


ABI: "O comportamento criminoso do Sr. Jair Messias Bolsonaro na Presidência da República afronta os valores nos quais se fundamentam a República brasileira (art. 1º da CR), a independência e harmonia dos poderes (art. 2º da CR), os objetivos fundamentais da República (art. 3º da CR) e os princípios pelos quais se rege nas relações internacionais (art. 4º da CR)."

Conferindo: 
Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:
        I -  construir uma sociedade livre, justa e solidária;
        II -  garantir o desenvolvimento nacional;
        III -  erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;
        IV -  promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.

Vamos rever: 
Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios:
        I -  independência nacional;
        II -  prevalência dos direitos humanos;
        III -  autodeterminação dos povos;
        IV -  não-intervenção;
        V -  igualdade entre os Estados;
        VI -  defesa da paz;
        VII -  solução pacífica dos conflitos;
        VIII -  repúdio ao terrorismo e ao racismo;
        IX -  cooperação entre os povos para o progresso da humanidade;
        X -  concessão de asilo político.
    Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações.

Art. 85. São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentem contra a Constituição Federal e, especialmente, contra:
        I -  a existência da União;
        II -  o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério Público e dos Poderes constitucionais das unidades da Federação;
        III -  o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais;
        IV -  a segurança interna do País;
        V -  a probidade na administração;
        VI -  a lei orçamentária;
        VII -  o cumprimento das leis e das decisões judiciais.
    Parágrafo único. Esses crimes serão definidos em lei especial, que estabelecerá as normas de processo e julgamento.

Finalmente: 
Artigo 7º, incisos 7 e 8, da Lei 1079/1950: 
São crimes de responsabilidade contra o livre exercício dos direitos políticos, individuais e sociais: 
(...) 
7 - incitar militares à desobediência à lei ou infração à disciplina; G.N. 
8 - provocar animosidade entre as classes armadas ou contra elas, ou delas contra as instituições civis; G.N. 


O debate está aberto...