O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;

Meu Twitter: https://twitter.com/PauloAlmeida53

Facebook: https://www.facebook.com/paulobooks

Mostrando postagens com marcador partidos políticos. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador partidos políticos. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 13 de junho de 2016

Research Gate: minhas estatísticas de acessos - most read autor - Paulo Roberto de Almeida

Como acontece com a plataforma Academia.edu, Research Gate também me envia regularmente boletins de estatísticas de acesso à meus textos, e me avisa cada vez que um texto meu alcança 20 acessos de leitura, como acaba de ocorrer com meu artigo de 1993 sobre Partidos políticos e política externa, no período 1930-1990, publicado na revista Contexto Internacional (2/1992), e que vai ser complementado por um mais recente, relativo aos últimos 25 anos, disponibilizado em caráter preliminar poucos dias atrás.
Indico aqui os dados relativos a esses dois artigos mais acessados nos últimos dias.


2993. “Partidos políticos e política externa brasileira na era da globalização”, Brasília, 8 junho 2016, 16 p. Texto-guia, preliminar, para palestra no curso de pós-graduação em Relações Internacionais da UERJ, a convite do Prof. Paulo Velasco, como complemento ao artigo redigido, de forma integral, como trabalho n. 327 (“A Política da Política Externa: os partidos políticos nas relações internacionais do Brasil, 1930-1990” (1993), in: José Augusto Guilhon de Albuquerque (org.), Sessenta Anos de Política Externa Brasileira (1930-1990), IV volume: Prioridades, Atores e Políticas. São Paulo: Annablume/Nupri/USP, 2000, pp 381-447. Disponível na plataforma Academia.edu (link: http://www.academia.edu/26037730/Os_Partidos_Politicos_nas_Relacoes_Internacionais_do_Brasil_1930-1990_1993_), e de forma resumida, como trabalho n. 332 (“Os Partidos Políticos nas Relações Internacionais do Brasil, 1930-1990”, Brasília: 29 março 1993, 57 pp. Versão resumida do trabalho nº 327, publicado na revista Contexto Internacional (Rio de Janeiro: vol. 14, nº 2, julho/dezembro de 1992, pp. 161-208; disponível na plataforma Academia.edu (link: http://www.academia.edu/26037730/Os_Partidos_Politicos_nas_Relacoes_Internacionais_do_Brasil_1930-1990_1993_). Disponível no blog Diplomatizzando (link: http://diplomatizzando.blogspot.com.br/2016/06/partidos-politicos-e-politica-externa.html), na plataforma Academia.edu (link: https://www.academia.edu/s/7b1096f364) e em Research Gate (link: https://www.researchgate.net/publication/303851189_Partidos_politicos_e_politica_externa_brasileira_na_era_da_globalizacao?ev=prf_pub).
 

Reads by country

Brazil 63
China 15
United States 11
Portugal 2
Mexico 2
Japan 2
Germany 1

quarta-feira, 8 de junho de 2016

Partidos politicos e politica externa brasileira na era da globalizacao - Paulo Roberto de Almeida (2016)

Um paper recém terminado, que pode interessar aos curiosos, ou estudiosos...


2993. “Partidos políticos e política externa brasileira na era da globalização”, Brasília, 8 junho 2016, 16 p. Texto-guia para palestra no curso de pós-graduação em Relações Internacionais da UERJ, a ser proferida em 16/06/2016. Disponível na plataforma Academia.edu (link: https://www.academia.edu/s/7b1096f364) e em Research Gate (link: https://www.researchgate.net/publication/303851189_Partidos_politicos_e_politica_externa_brasileira_na_era_da_globalizacao?ev=prf_pub).

quinta-feira, 19 de maio de 2016

Debate no IDP (18/05/2016): Respostas a perguntas formuladas, 2 - Paulo Roberto de Almeida

Dou continuidade à tentativa de responder adequadamente às perguntas formudas por ocasião do debate ocorrido ontem, 18/05/2016, no IDP, como abaixo indicado.


Instituto Brasileiro de Direito Público
Escola de Direito de Brasília

Perguntas: Palestra Manifestações políticas a partir de 2013 e a crise brasileira recente

[Respostas de Paulo Roberto de Almeida a perguntas feitas por ocasião do evento título, no qual efetuei pequena palestra, já divulgada em meu blog Diplomatizzando, disponível no link: http://diplomatizzando.blogspot.com.br/2016/05/movimentos-politicos-e-crise-politica.html].



3) É possível, de fato, a existência em um Brasil pluralista, tal qual se configura, uma dinâmica de Direita, que não observa de fato a necessidade de todos os brasileiros? É necessária a polarização, ou é necessária a observância de que todos, de fato, são em algum grau minoria? Como se pode, se possível, derramar menos sangue?

PRA: Em primeiro lugar, permito-me observar que não vejo, no atual momento político brasileiro, ameaças de “derramamento de sangue”. A Venezuela, sim, corre esse risco, mas no Brasil, a despeito da polarização atual – provocada, inteiramente, diga-se de passagem, pelos opositores ao processo legal e constitucional de impeachment – não parece haver o perigo de enfrentamentos armados ou manifestações muito violentas.
Em segundo lugar, creio que o Brasil já constitui uma democracia pluralista, ainda que uma democracia de baixa qualidade (pelos enormes problemas de governança, de segurança pública, de deformações nos sistemas eleitoral, pela corrupção disseminada em amplas esferas do setor público, etc.). Não vejo, por outro lado, nenhuma dinâmica de “direita”, ainda que possam existir personagens e atores políticos que se identificam dessa forma, mas são raros, raríssimos, praticamente inexistentes.
O cenário político nacional é amplamente dominando por partidos que pertencem, ou dizem pertencer, a correntes progressistas, reformistas, socialdemocratas, quando não claramente de esquerda, alguns abertamente socialistas, outros absurdamente “comunistas”, como o anacrônico PCdoB e outra seitas de extrema-esquerda. Mesmo o chamado partido de direita, antigamente PFL (Partido da Frente Liberal), modernamente DEM (ou Democratas) se pretende um partido “social liberal”, ou seja, de inspiração liberal, mas consciente de que essa corrente precisa de alguma forma se justificar “socialmente” em face do eleitorado, o que redunda, para praticamente TODOS os partidos um apelo a soluções estatais para a resolução dos imensos problemas sociais brasileiros. O único, até aqui, partido que proclama abertamente as virtudes do liberalismo econômico clássico, e que pretende soluções de mercado para a maior parte desses problemas é o partido NOVO, ainda que o PSL também pretenda aderir ao credo liberal.
Não vejo, portanto, nenhuma “dinâmica de Direita”, e não vejo polarização sendo criada artificialmente pela maior parte dos partidos políticos. De fato, há essa divisão, mas ela é feita, sempre foi feita, continua sendo feita, pelo partido que foi, durante muito tempo, socialmente e eleitoralmente hegemônico no país, o Partido dos Trabalhadores, PT, que sempre apoiou sua publicidade nessa divisão artificial, mentirosa e fraudulenta, entre o “povo” e as “elites”, entre “nós” (eles) e “eles” (todos nós, não membros e não militantes do PT). No momento atual, em que esse partido hegemônico (até pouco tempo) se vê alijado do poder – por ter cometido crimes eleitorais, crimes comuns, e dirigido um vasto esquema de corrupção como nunca antes se viu no país, possivelmente no hemisfério, talvez no mundo –, ele dá início, ou intensifica uma campanha mais uma vez viciosa, temerária, negativa e mais uma vez fraudulenta, de divisão do país, e de aposta na fratura política para eventualmente recolher apoio eleitoral mais adiante. Seu Diretório Nacional pretende continuar denunciando como “golpe”, ou como “governo ilegítimo” o mandato transitório, ou temporário, do vice Michel Temer, enquanto dura o processo de impeachment, no Senado, e disse que vai fazer uma oposição completa, total, a todas as medidas do governo, ou seja, a todo o esforço de reconstrução econômica e política, depois que eles conduziram o que eu chamo de Grande Destruição no país (ver meu artigo: The Great Destruction in Brazil: How to Downgrade an Entire Country in Less Than Four Years”, Mundorama (n. 102, 1/02/2016, ISSN: 2175-2052; link: http://www.mundorama.net/2016/02/01/the-great-destruction-in-brazil-how-to-downgrade-an-entire-country-in-less-than-four-years-by-paulo-roberto-de-almeida/).
Em resumo, o Brasil já é pluralista, e a maior parte da população quer um país pluralista, com todas as correntes de opinião e movimentos político-partidários com total liberdade de expressão, mas alguns, sempre da esquerda (já que não existe direita no Brasil, ou pelo menos não como expressão real, com implantação social), querem e conduzem uma campanha de divisão, de polarização.


Paulo Roberto de Almeida 
Brasília, 19/05/2016

quarta-feira, 25 de março de 2015

Manual juridico para denunciar partidos ilegais, corruptos, aliados de ditaduras estrangeiras

Guia prático de como fazer denúncias junto ao TSE contra partidos ilegais, criminosos, aliados de ditaduras, que roubam dinheiro público e recebem dinheiro do exterior, de forma ilegal.

Primeiro, o TSE exige certificação digital para o protocolo de documentos, tendo vista que os processos são exclusivamente eletrônicos.

Segundo, o requerimento deve citar a lei 9096.

Terceiro, tem de haver narrativa dos fatos.

Quarto, os documentos juntados têm de ter valor probatório.

Quinto, a forma com que as petições devem ser elaboradas precisam observar os procedimentos corretos, sob o risco de os requerentes serem condenados em litigância de má-fé.

O recomendável é que um advogado elabore uma petição narrando os fatos relacionando-os às normas aplicáveis, bem como ir ao cartório e solicitar a elaboração ata notarial (documento de fé pública) disto tudo:

PROVAS ACERCA DA SUBORDINAÇÃO À ENTIDADE ESTRANGEIRA

Texto que demonstra CABALMENTE que o PT e o Partido Comunista Cubano fundaram o Foro de São Paulo
http://forodesaopaulo.org/e-preciso-acelerar-a-integracao-latino-americana-diz-secretario-executivo-do-foro-de-sao-paulo/

Relação dos partidos filiados
http://forodesaopaulo.org/partidos/

Texto que demonstra o caráter de organização supranacional do Foro de São Paulo
http://forodesaopaulo.org/esquerda-latino-americana-se-reune-em-sao-paulo-para-debater-seus-rumos/

Texto que demonstra o caráter de organização supranacional do Foro de São Paulo
http://forodesaopaulo.org/xix-foro-de-sao-paulo-ato-de-abertura/

Texto que demonstra o caráter de organização supranacional do Foro de São Paulo e comprova o envolvimento do PCdoB e que o PCB é membro fundador
http://forodesaopaulo.org/a-institucionalizacao-e-a-hegemonia-reformista-no-foro-de-sao-paulo/

Texto que demonstra CABALMENTE o envolvimento dos partidos PT, PCdoB, PCB, PPL, PPS, PSB e PDT com o Foro de São Paulo
http://forodesaopaulo.org/com-maduro-revolucao-esta-mais-solida-diz-irmao-de-chavez-em-sp/

Texto que demonstra o envolvimento do PT, PCdoB, PSB e PDT com o Foro de São Paulo
http://forodesaopaulo.org/na-abertura-do-foro-de-sp-lula-cobra-mais-integracao-entre-paises-latino-americanos/

Livro a estrela na janela, o qual comprova o envolvimento do PT (fls. 181)
http://forodesaopaulo.org/wp-content/uploads/2014/09/A-estrela-na-janela-Final.pdf

Texto que demonstra o caráter de organização supranacional do Foro de São Paulo
http://forodesaopaulo.org/comeca-o-17%C2%B0-foro-de-sao-paulo/

Texto que demonstra o caráter de organização supranacional do Foro de São e comprova que Lula é seu fundador através das declarações de Valter Pomar
http://forodesaopaulo.org/foro-de-sao-paulo-encontro-em-managua-foi-um-dos-mais-representativos-diz-valter-pomar/

Texto que demonstra o caráter de organização supranacional do Foro de São Paulo e o envolvimento do PT
http://forodesaopaulo.org/foro-de-sao-paulo-sua-grande-qualidade-e-a-diversidade-e-forca-politica-entrevista-com-valter-pomar/

Vídeo que comprova o envolvimento do PT e Valter Pomar
http://forodesaopaulo.org/video-declaracion-final-del-foro-de-sao-paulo/

Vídeo que comprova o envolvimento do PT e Lula
http://forodesaopaulo.org/somos-una-alternativa-victoriosa-al-neoliberalismo/

Texto que demonstra CABALMENTE o envolvimento do PT
http://forodesaopaulo.org/o-pt-e-o-foro-de-sao-paulo/

Texto que demonstra CABALMENTE o caráter supranacional do Foro de São Paulo
http://forodesaopaulo.org/foro-de-sao-paulo-principal-espaco-da-esquerda-mundial/

Texto que comprova o envolvimento do PT
http://forodesaopaulo.org/brasil-sedia-este-ano-o-xix-encontro-do-foro-de-sao-paulo/

Texto que comprova o envolvimento de Lula
http://forodesaopaulo.org/entrevista-ao-brasil-de-fato/

Texto que comprova o envolvimento do PT
http://forodesaopaulo.org/pt-e-foro-de-sao-paulo-participam-da-xxi-convencao-nacional-de-solidariedade-a-cuba/

Texto que comprova o envolvimento do PT
http://forodesaopaulo.org/medicos-cubanos-bem-vindos-ao-brasil/

Texto que prova o envolvimento do PSB
http://forodesaopaulo.org/carta-de-apoio-do-psb-a-campanha-pelo-estado-da-palestina-ja/

Texto que prova o envolvimento do PSB
http://forodesaopaulo.org/nota-de-apoio-do-psb-brasil-ao-reconhecimento-do-estado-da-palestina-pela-onu/

Texto que prova o envolvimento do PT
http://forodesaopaulo.org/resolucao-politica-do-diretorio-nacional-do-pt/

Texto que prova o envolvimento do PT e PCdoB com o Partido Comunista de Cuba através do Foro de São Paulo
http://forodesaopaulo.org/la-solidaridad-es-un-pilar-fundamental-del-socialismo/

Texto que comprova o envolvimento do PCdoB
http://forodesaopaulo.org/contribucion-del-partido-comunista-de-brasil-al-13%C2%BA-encuentro-internacional-de-partidos-comunistas-y-obreros/

Texto que comprova o envolvimento do PT
http://forodesaopaulo.org/resolucao-politica-do-partido-dos-trabalhadores-pt-do-brasil/

Texto que comprova o envolvimento do PT
http://forodesaopaulo.org/publicacion-del-pt-brasil-para-los-debates-del-xviii-fsp/

Texto que comprova o envolvimento do PT
http://forodesaopaulo.org/publicacion-del-pt-brasil-para-los-debates-del-xviii-fsp/

Texto que comprova o envolvimento do PT e Tarso Genro
http://forodesaopaulo.org/um-golpe-de-novo-tipo-contra-lugo/

Texto que prova o envolvimento do PCdoB
http://forodesaopaulo.org/la-lucha-por-el-avance-del-gobierno-de-dilma-y-por-fortalecer-el-pcdob/

PROVAS ACERCA DA MANUTENÇÃO DE ORGANIZAÇÃO PARAMILITAR

Texto que demonstra CABALMENTE o caráter supranacional do Foro de São Paulo e o papel do MST, PT, PSOL, CUT e PCdoB (Link de vídeo no corpo do texto com uma mensagem do Lula)
http://forodesaopaulo.org/partidos-e-movimentos-lancam-campanha-brasil-esta-com-chavez/

Notícia e vídeos que comprovam que o PT mantém organização paramilitar MST
http://oglobo.globo.com/brasil/atos-em-defesa-da-petrobras-da-democracia-pelo-pais-15588307

https://www.youtube.com/watch?v=-JozR5-yRx0

https://www.youtube.com/watch?v=m22Qo6Z6bjo

Fazendo isso, até mesmo uma petição poderá ser capaz de fechar TODOS os partidos filiados ao Foro de São Paulo. Vale lembrar que apenas uma petição fechou o PCB em 1947: http://www.justicaeleitoral.jus.br/arquivos/tse-resolucao-1841-cancelamento-do-registro-do-pcb

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

A politica e os partidos: participar, assistir, cooperar? - Um debate importante

Um leitor deste blog destacou um trecho de um comentário meu para formular uma crítica legítima, que reproduzo imediatamente a seguir: 


Paulo Roberto afirma: "acredito que a atividade política, numa democracia representativa, passa necessariamente pelos partidos". Entretanto garante que nunca se filiará a nenhum partido. Em outras palavras, sabe que precisa dos partidos, mas espera que outros assumam essa tarefa chata por ele. É mais confortável "preservar a independência" mas lembro Platão: o preço de não participar na política é ser governado por pessoas menos qualificadas. De pé, democratas!

Minha resposta a ele, que reproduzo aqui:


Mxxxx Sxxxxx, dependendo de sua profissão, orientação pessoal, preferências, você vai escolher uma ou outra carreira, ou até abandonar a sua profissão, para se dedicar a artes, educação, o que for. 
O que não deveria impedir, você, como cidadão, de reconhecer o que um país precisa, para se desenvolver, prosperar, avançar na escala civilizatória. Como democrata, acredito que é exatamente isso que eu escrevi: a administração do Estado se faz por burocratas de carreira guiados por políticos com visão de estadistas, que emergem naturamente dos Partidos, a forma histórica assumida pela evolução das democracias modernas. 
Reconheço plenamente isto, mas não tenho pessoalmente, vocação para isso, sendo que eu trabalho segundo a teoria das vantagens comparativas: as minhas estão na educação, na escrita, na assessoria do príncipe, como se diz. Tenho total liberdade para assumir isso numa sociedade livre, e não sou obrigado a me converter em político para reconhecer a importância dessa função. 
E NADA me impede de fazer escolhas políticas e apoiar as causas dos partidos e das personalidades políticas que melhor se ajustem ao que eu penso. 
Qual é o problema disso? Volto a repetir: a política passa pelos partidos, mas eu NUNCA vou me filiar a algum, o que não me impede de apoiar CAUSAS de partidos. 
Alguma outra objeção quanto a isso?
Paulo Roberto de Almeida  

Esta é uma questão importante, e quem desejar se manifestar a respeito é bem vindo neste espaço.
Apenas volto a confirmar: não vou me filiar a nenhum partido existente, ou qualquer outro que se apresente, o que me exclui, obviamente, de qualquer carreira política que passe pela representação de interesses.
Mas não acredito que essa seja a única forma possível de participar politicamente numa democracia moderna.
Liberdade vocacional é algo que devemos respeitar, tanto quanto quaisquer outras liberdades individuais...
Paulo Roberto de Almeida 
Hartford, 8 de outubro de 2014

(parece que hoje é dia do nordestino; os companheiros comemoram o dia do "guerrilheiro heroico", que corresponde ao dia da morte de Ché Guevara na Bolívia, em 1967)
 

terça-feira, 7 de outubro de 2014

Eleicoes 2014: o quadro partidario no Congresso - Reinaldo Azevedo

Vamos ver que Congresso sai das urnas de 2014. O número de partidos com representação na Câmara saltou de 23 para 28. Estavam sem nomes na Casa PTN, agora com 4 deputados; PSDC e PTC, que passam a ter dois cada um, e PRTB e PSL, com um cada. O PT foi o partido que perdeu o maior número de deputados: 18. Mas não foi o único: encolheram ainda o PMDB (-5), o PSD (-8), o PP (-4), o DEM (-6), o Solidariedade (-7), o PROS (-9) e o PCdoB (-5). As novas legendas não foram assim tão bem-sucedidas na Câmara: o PSD passou de 45 para 37 deputados; o PROS, de 20 para 11, e o Solidariedade, de 22 para 15. Já o PRB, do autoproclamado bispo Edir Macedo, pode comemorar: saltou de 10 para 21.
Os partidos que disputaram a eleição coligados a Dilma Rousseff têm hoje 339 deputados e passarão a contar com apenas 304. Os que apoiaram o tucano Aécio Neves contam com 119 e passarão a ter 128. Os que apoiaram Marina Silva saltaram de 30 para 49. Nesse caso, o PSB passa de 24 para 34; o PPS, de 6 para 10, e o PHS, de nenhum para cinco. Vejam quadro geral.
Bancadas Câmara 1ª
Bancadas Câmara 2ºIsso é sinal de que Aécio Neves, se eleito, enfrentará dificuldades severas na Câmara? É claro que não! À base de 128 deputados, que pode ser considerada certa, há uma chance grande de se agregarem os 53 eleitos por partidos que apoiaram Marina, o que elevaria esse número, então, para 181. Não me parece que, caso o tucano se eleja, o PMDB ficaria na oposição. Ao contrário: Aécio já estabeleceu entendimento com a legenda em vários Estados. Certamente levaria para a base de apoio uma boa parcela dos 66 parlamentares da legenda — estamos falando de um potencial de 247 parlamentares.
O PP, com 36 deputados, chegou a flertar com a candidatura do PSDB, mas acabou vítima de um golpe da sua direção. Poderia perfeitamente migrar para a base de apoio. O potencial, então, já chega a 283. Certamente seria possível dialogar com os 8 do PV, os 12 do PSC, os 2 do PSDC e 1 do PRTB. Eis aí uma possibilidade clara de 306 deputados. E me digam uma boa razão para PSD, PR e PRB integrarem a oposição sistemática. Já estamos falando de um universo de 409 deputados. Não será impossível dialogar com o PDT — e se salta para 428. A oposição sistemática a um eventual presidente tucano viria mesmo dos 70 deputados do PT, dos 5 do PSOL e, talvez, mas não com tanta certeza, dos 10 do PCdoB.
Mas que se note: não acho que Aécio, se eleito, deva repetir o erro da presidente Dilma de criar a maior base congressual da história do Ocidente. Isso não é necessário. É possível fazer negociações pontuais com os partidos a partir de propostas programáticas, sim. Afinal vocês sabem que a arte de vender e de se vender sempre depende da disposição de quem quer comprar. O que estou demonstrando aqui é que é bobagem a história de que, se eleito, Aécio poderia ter problemas no Congresso. Não teria.
Senado
Os partidos que apoiaram Dilma têm hoje 52 senadores e passarão a ter 53; os que apoiaram Aécio tem 22 e ficarão com 19. O PSB, no entanto, que esteve com Marina, saltou de 4 para 7. O PMDB e o PT perderam um senador cada um, passando, respetivamente, para 18 e 12 parlamentares. O PSDB caiu de 12 para 10, e o PTB, de 6 para 3. O PCdoB também murchou: tinha 2 e contará com apenas 1. Além do PSB, ganharam parlamentares o PDT, de 6 para 8; o PSD, de 1 para 3, e o DEM, de 4 para 5. Vejam quadro.

Bancadas Senado
Dilma, se eleita, continua com uma base sólida. Mas Aécio também não teria grandes dificuldades para negociar. PT, PC do B e PSOL (14 parlamentares) certamente ficariam na oposição. Sobrariam 67 senadores para dialogar.
O que estou dizendo, meus caros, é que tanto Dilma como Aécio conseguiriam fazer maiorias folgadas no Congresso, inclusive para encaminhar reformar constitucionais. Boas reformas se o governo for bom; más reformas se o governo for mau.

sábado, 7 de junho de 2014

Contra os suplentes senatoriais - Wagner Rocha D’Angelis

A REDEMOCRATIZAÇÃO DOS PARTIDOS POLÍTICOS
WAGNER ROCHA D’ANGELIS (*)
Curitiba, 07 de junho de 2014.

O ano de 2014, para o Brasil, não será marcado apenas pela realização da Copa do Mundo de Futebol em doze de suas praças esportivas, mas igualmente pela realização de eleições majoritárias e proporcionais nos planos estadual e federal.  Vale dizer, independentemente do resultado final da competição futebolística, que a população manifestará no segundo semestre civil, por sufrágio universal, para investidura em novo mandato, a sua preferência para os cargos de Presidente da República, governador de Estado e do Distrito Federal, senador e, igualmente, para a função de deputado federal, deputado estadual e deputado distrital (DF)

É público e notório que inexiste democracia sem eleições e partidos políticos. O que passa despercebido da maioria, porém, é a vulnerabilidade democrática do sistema partidário na definição de seus candidatos próprios a tais cargos eletivos, notadamente diante da característica do sistema majoritário brasileiro pela formação de chapa para a disputa de altos cargos políticos - como é o caso dos candidatos a vice-presidente, vice-governador, bem como dos dois suplentes de cada senador, os quais têm a sua postulação registrada junto da candidatura do titular da chapa. Quando o eleitor vota, ele escolhe apenas o titular, sendo que o vice ou suplente é eleito automaticamente. 

Como é sabido, aliás, o 1º turno das eleições ocorrerá no dia 5 de outubro e o 2º turno no dia 26 de outubro. Até por isto, cabe relembrar que, nos termos do calendário eleitoral definido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), é de 10 a 30 de junho o prazo para as Convenções Estaduais dos Partidos Políticos deliberarem intramuros acerca de coligações e escolha de candidatos.  

O que se pretende neste contexto é demonstrar, analisando-se o formato empregado na escolha de suplentes de senador, que os partidos políticos, todos eles, pregam a democracia apenas externamente, valendo-se interna corporis de métodos e práticas antidemocráticas.

Via de regra, as agremiações partidárias são redutos conservadores, fechados e pouco democráticos, nos quais é comum a prática do caciquismo, do clientelismo, da imposição de prepostos nos cargos diretivos, dos conchavos de cúpula e eleições internas biônicas, e da pouquíssima abertura participativa em postos- chaves ao filiado que não for ungido pelo grupo dominante.  

Recriados após 21 anos de regime ditatorial, os partidos políticos são atualmente regidos pela Lei Federal nº 9.096, de 19/09/1995, cujo art. 1º estabelece que tais agremiações destinam-se a assegurar, no interesse do regime democrático e em âmbito nacional, a autenticidade do sistema representativo e a defender os direitos fundamentais definidos na Constituição Federal. Vale dizer, conquanto tais agremiações se pautem organizacionalmente por estatuto próprio, que a prática partidária não pode estar divorciada dos princípios constitucionais.   

Neste ponto, acrescente-se que o art. 18 da Resolução nº 23.405/2014, do TSE, determina que cada partido político ou coligação pode requerer registro de um candidato ao Senado Federal em cada Unidade da Federação, com dois suplentes (CF, art. 46, § 3º). Em outras palavras, no atual pleito eletivo haverá apenas a renovação de um terço dos senadores, para mandato de oito anos, devendo o registro de candidatos a Senador se fazer em conjunto com o dos respectivos suplentes em chapa única e indivisível (Código Eleitoral, art. 91, § 1°).

E, frise-se, dado o modus operandi no campo partidário, cada candidato a senador tem direito a escolher dois suplentes. Caso algum senador ou senadora renuncie ou se licencie, o seu respectivo primeiro suplente substitui o dignitário, de modo semelhante aos vices nos cargos do poder executivo. O problema é que os suplentes são frequentemente ilustres desconhecidos perante os eleitores, o que tem gerado críticas sobre a falta de legitimidade do sistema, além de notória desconfiança pública tanto em relação à competência técnica e lisura comportamental dos indicados, quanto a eventuais suspeitas de alguns deles terem sido escolhidos apenas pela possibilidade de poderem patrocinar boa parte da campanha do titular em troca de benesses futuras.   

Ora, da mesma forma que o país recebe de presente os vices e suplentes por meio de candidaturas em pacote, também o filiado de um partido político recebe, goela adentro, a imposição de nomes que acompanham a candidatura principal. Enquanto a Constituição da República proclama que todo o poder emana do povo, que o exerce pelo voto quando da escolha de seus representantes (Art. 1º, § único), os partidos políticos mantêm dirigentes biônicos e cerceiam o direito dos filiados disputarem, pelo sufrágio, vários cargos para efeitos internos e externos. 

Há alguns anos se debate no Congresso Nacional a necessidade de uma Reforma Política. Pois bem, de pouco adianta uma Reforma Eleitoral, inclusive concedendo-se o direito absoluto de fazer listas de candidatos e obter recursos públicos para campanhas, se não se puser fim ao coronelismo, ao oportunismo e às relações dinástico-familiares que imperam dentro das agremiações partidárias. E, via de consequência, pouco se avançará na matéria se tais agremiações não se democratizarem internamente, suspendendo as viciosas práticas de impedir eleições livres para todos os cargos, inclusive abrindo-se candidatura direta aos suplentes de senador.
.  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .  .
(*) Wagner Rocha D’Angelis – advogado, historiador e professor universitário, já exerceu os cargos de Ouvidor-Geral do Estado do Paraná e Coordenador da Fundação Projeto Rondon no Paraná.

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Brasil: com quantos partidos se faz uma democracia? 2, 3, 7, 15, 35, 70?

O número, em si, talvez não signifique muita coisa. Pode-se ter democracia sob uma "ditadura" bipartidária, como nos EUA pelos últimos 150 anos, pelo menos (mas existem vários outros partidos legais nos EUA, inclusive um Partido Comunista, que talvez não tenha fechado por repressão, mas por falta de aderentes), pode-se ter regimes parlamentares estáveis sob três ou quatro partidos (como certas monarquias e repúblicas europeias), e pode-se ter democracia sob uma partidocracia corrupta como parece ser a Itália, e em parte certos regimes considerados democráticos, também, como Espanha, Japão, etc.
O fato é que a extrema atomização, ou liberalidade na constituição, existência e representação partidária pode, deve ser um sinal de mau funcionamento do sistema democrático. Tal permissivid, ade dá espaço para as mais loucas aventuras, no caso do Brasil, financiadas na maior parte pelo dinheiro público, ou seja, o nosso dinheiro.
A classe política no Brasil converteu-se, estabelecidos e aspirantes, numa categoria profissional cuja ÚNICA atividade está voltada para a captura dos recursos coletivos. Se algum economista puder calcular QUANTO dinheiro é sistematicamente drenado apenas para alimentar Congresso, assembleias estaduais, câmaras de vereadores, partidos políticos, e os milhares, talvez milhões de envolvidos, dos chefes aos aspones minúsculos, nesse jogo gigantesco que é a política brasileira atualmente, esse economista certamente vai descobrir o pote de ouro no final de um arco-iris negro (talvez até macabro).
O sistema político brasileiro é disfuncional, irracional, perdulário, e agrava a decadência política e econômica brasileira, e não apenas pela existência de dezenas de partidos -- a Espanha, a Polônia, Portugal, em suas transições para a democracia também tiveram dezenas de partidos, de todos os tipos, cores e tamanhos -- e sim pelo seu modo de funcionamento, e mais do que isso, pelo espírito pouco hegeliano que está por trás disso tudo.
Quo Vadis Brasil?
Do meu ponto de vista, para lugar nenhum, ou melhor para lugares pouco interessantes...
Vejamos a lista dos partidos existentes, e depois a dos que estão na lista para se juntar aos primeiros:


Democratas (DEM)

E agora, o que estão batendo à porta do Frankenstein da política brasileira...

·       Ação Libertadora Nacional (ALN)36
·       Aliança Renovadora Nacional (ARENA)37 38
·       Libertários (LIBER)39
·       Partido da Construção Imperial (PCI) 40
·       Partido da Mulher Brasileira (PMB) 41
·       Partido da Real Democracia (PRD)40
·       Partido Liberal Brasileiro (PLB)38
·       Partido Militar Brasileiro (PMB)44
·       Partido Novo (NOVO)45 38
·       Partido Ordem e Progresso (POP)46
·       Partido Pirata do Brasil (PIRATAS)47
·       Partido Popular de Liberdade de Expressão Afro-Brasileira (PPLE)
·       Rede Sustentabilidade (REDE)48 38 38
·       Partido da Defesa Social (PDS)49
·       Partido Povo (POVO)50

·       Partido Federalista (FE)

Onde vamos parar, volto a perguntar?
Não sei exatamente, mas a sensação é a pior possível...
Seres racionais, no Brasil, parece que estão se tornando uma espécie extremamente rara...
Paulo Roberto de Almeida