O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Regimes orwellianos sao sempre ditaduras ordinarias...

Isso tem um nome, aliás muito usado pelos companheiros: controle social dos meios de comunicação, que nada mais é senão pretexto para censura, intimidação, monopólio da mentira pelo poder, enfim, instinto totalitário...
Paulo Roberto de Almeida

Le Vietnam applique le modèle chinois pour réprimer blogueurs et internautes

Le Monde.fr,
Un cybercafé à Hanoï, le 31 mars 2010.

Face à la multiplication des blogs et la popularité des réseaux sociaux, le régime communiste vietnamien s'inspire du puissant voisin chinois pour réprimer les voix dissidentes dans un pays où plus du tiers de la population est connectée (31 millions d'internautes). Dans un rapport publié mercredi 13 février (PDF), le Comité Vietnam pour la défense des droits de l'homme et la Fédération internationale des ligues des droits de l'homme (FIDH) dénoncent la répression croissante envers les blogueurs depuis 2010 sous le prétexte de "violations de la sécurité nationale". Au total, au moins 33 personnes ont été condamnées ou sont dans l'attente de leurs procès, sous l'accusation d'avoir utilisé la Toile pour mettre en cause le parti communiste vietnamien. Selon Reporters sans frontières, le Vietnam est "la deuxième prison du monde pour les net-citoyens, derrière la Chine".

ESPACE D'EXPRESSION
Les blogs "fournissent un espace unique au Vietnam du parti unique, où la société civile, la presse, les mouvements religieux et les syndicats sont muselés par le contrôle omniprésent du parti communiste", souligne le rapport du Comité Vietnam pour la défense des droits de l'homme pour les droits de l'homme et de la FIDH. Depuis deux ans, explique-t-il, un "journalisme citoyen" dénonce les scandales de corruption, les abus de pouvoir, le népotisme au sein de l'élite, les atteintes à l'environnement et les expropriations de terres par les autorités.
L'un des sites Internet les plus populaires, qui aborde des sujets tabous dans la presse officielle, est DanLamBao. Il fait partie des trois blogs qui ont été visés spécifiquement en septembre 2012 par le premier ministre Nguyen Tan Dung. Ce dernier les a accusés de "publier des informations déformées et fabriquées" sur les dirigeants et d'"inciter les gens à s'opposer au parti et à l'Etat". Des articles publiés par ces sites avaient fait état d'une lutte au sein du pouvoir après l'arrestation d'un des banquiers vietnamiens les plus influents. Mais DanLamBao a répondu sur son site en publiant une "Lettre ouverte au premier ministre":
"Aucun gouvernement ou parti politique n'a le droit de choisir pour le peuple l'information qu'il peut lire, écouter ou échanger. DanLamBao continuera à fournir de l'information et des points de vues diversifiés (...) et à créer un forum où les lecteurs nous font part de leurs informations, présentent leurs propres perspectives sur des sujets qui affectent leurs vies. De plus, DanLambao ne prendra partie pour aucune des factions du parti et ne permettra pas d'être influencé par une quelconque force 'étrangère' ou 'hostile' - comme nous a accusé de le faire le premier ministre. Nous rejetons l'influence de n'importe quelle puissance ou élite. Nous servons la nation. Sur le long terme, nous sommes persuadés que les médias vietnamiens changeront - ils ont déjà changé dans une certaine mesure - et nous sommes fiers de notre rôle dans cette évolution".
Les tentatives d'intimidation ont eu un effet contraire, lui permettant de doubler son audience. Les responsables du site continuent cependant à travailler, anonymement, dans la crainte de la répression. Un autre site influent est Bauxite Vietnam, créé par des intellectuels de Hanoi, Nguyen Hue Chi, Pham Toan et Nguyen The Hung. Le nom s'explique par leurs critiques des projets chinois pour l'exploitation des mines de bauxite dans le pays. 
ARSENAL JURIDIQUE
Le pouvoir vietnamien s'est doté d'un arsenal juridique pour lutter contre les cyber-opposants et d'une "cyber-police" au sein du ministère de la sécurité publique, souligne le rapport intitulé Blogueurs et cyberdissidents derrière les barreaux: mainmise de l'Etat sur Internet. Si la loi controversée sur un contrôle renforcé du Net n'a pas encore été adoptée et est actuellement bloquée au parlement, un nouveau décret issu du cabinet du premier ministre Nguyen Tan Dung prévoit, à partir de juillet 2013, de fortes amendes pour ceux qui publieraient sur "l'Internet du matériel qui est faux, incompatible avec les intérêts de l'Etat ou avec les traditions et coutumes du Vietnam".
Les blogueurs sont généralement poursuivis dans le cadre de l'article 88 du code pénal prévoyant des peines de 3 à 20 ans de prison pour "propagande contre la République socialiste du Vietnam". Les croyants sont souvent détenus dans le cadre de l'article 87 sous l'accusation de "saper la solidarité nationale, semer les divisions entre les croyants et non-croyants". "Depuis 2010, souligne le rapport, plusieurs militants pro-démocratie pacifiques qui se sont servis de l'Internet pour diffuser leurs appels à la réforme ont été inculpés dans le cadre de l'article 79 pour subversion ou 'activités destinées à subvertir le pouvoir du peuple', qui prévoit la peine de mort comme jugement maximal". Le 9 janvier 2013, un groupe de 14 blogueurs et militants a ainsi été condamné à un total de 113 années d'emprisonnement.
Tout comme Pékin, Hanoi a choisi de soutenir l'Internet comme vecteur de croissance économique tout en maintenant le contrôle et la censure pour éviter qu'il ne se transforme en plateforme de contestations politique. Tout comme Pékin, le Vietnam a commencé à recruter des centaines de blogueurs pour contrecarrer les "forces hostiles en ligne".

Republica Atrapalhativa do Brasil; ou "Os Deslumbrados..."

Acho que nem precisa comentar, salvo que já vimos esse filme antes: autoridades prometendo inflação baixa e crescimento vigoroso. Já sabemos como ele termina...
As autoridades, por enquanto, estão improvisando, e esperando para ver. Elas não sabem o final do filme, coitadas...
Paulo Roberto de Almeida

Perplexidade
Celso Ming
O Estado de S.Paulo, 12 de fevereiro de 2013

Há enorme perplexidade dentro do governo com a disparada da inflação.
Nos últimos dias, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, deu declarações que não são do seu estilo. Reconheceu que está “desconfortável” com a escalada dos preços e admite que essa inflação persistirá nos próximos meses. Por enquanto, põe fé em que lá pelo final deste ano voltará a convergir mais ou menos espontaneamente para a meta.
A estratégia de esperar para ver parece perigosa. Não está claro se o governo Dilma está em condições de enfrentar o estresse de uma inflação acima de 6% ao ano por mais cinco ou seis meses. Além disso, está operando muito próximo dos limites. Não há folga para enfrentar imprevistos nem o que o então deputado Tancredo Neves chamava de “o imponderável”.
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Mantega e Tombini. Sem sintonia (FOTO: RICARDO MORAES/REUTERS)
Do ponto de vista das atuais autoridades, essa inflação aí já é parte do imprevisto e do imponderável. Nem o Banco Central nem a Fazenda esperavam por tanto. No último Relatório de Inflação, editado em dezembro, o Banco Central projetou para todo o ano de 2013 uma inflação de apenas 4,8% – número que, pouco mais de um mês depois, aparece como fortemente irrealista. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, por sua vez, vinha apontando a baixa ou a relativa estabilidade dos preços internacionais das commodities como fator decisivo para redução das pressões inflacionárias internas.
Em outras palavras, todo o governo Dilma vem sendo surpreendido pelos fatos. Apostou todas as fichas na forte reaceleração da economia e vem trombando com a sucessão de pibinhos. Anunciou grandes investimentos, mas não consegue agilizá-los. Proclamou que a inflação seguiria comportada sem a necessidade de novos antídotos e, no entanto, vai sendo atropelado por esses números preocupantes do IBGE. Imaginava que a desvalorização cambial (alta do dólar) devolveria a competitividade ao setor produtivo, mas não consegue garantir o câmbio real (descontada a inflação) pretendido.
Se é surpreendido pelos fatos, é óbvio que o governo não conduz o processo. Está, sim, sendo conduzido por ele.
Às vezes as autoridades dão sinais de que percebem a desarrumação dos fundamentos da economia. Mas não conseguem garantir nem disciplina orçamentária, nem inflação na meta, nem o câmbio prometido e muito menos o crescimento econômico projetado.
Basta ver a série recente das estatísticas do IPCA para saber que, ao menos por seis meses, a inflação anual tenderá a ficar acima dos 6,0%. É um período longo demais para que o Banco Central e a Fazenda sigam somente divergindo e se omitindo mutuamente, vendendo essas diferenças como prova de independência recíproca.
Caso as despesas públicas sigam o ritmo previsto; caso o câmbio não possa ser usado como âncora dos preços; e caso o Banco Central siga impedido de puxar pelos juros, o ajuste se fará com mais inflação e menos crescimento econômico.
O problema é que essas coisas cobram um preço. Por enquanto, a presidente Dilma ostenta uma enorme poupança política. As classes médias brasileiras parecem satisfeitas porque hoje tem mais emprego, compraram carro, se alimentam melhor e, se não viajaram para Miami, já estão providenciando passaporte.
Enfim, a conta ainda não foi apresentada. Mas pode começar a ser na hora mais imprópria para o governo, às vésperas das eleições de 2014.
CONFIRA

Aí está a evolução do valor do dólar americano em pesos argentinos, tanto no mercado oficial quanto no informal (dólar blue), desde março de 2012. A brecha entre as duas cotações, que em 31 de janeiro chegou ao patamar de 59,0%, recuou para 51,9% no último dia 8.

O seu iPhone vai perder o i no Brasil (gracas ao INPI)

INPI nega à Apple registro da marca ‘iphone’ no Brasil
Rodrigo Petry*

A batalha entre a Apple e a Gradiente pelo uso da marca “iphone” ganhou hoje um novo capítulo. O Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) negou o registro por parte da Apple de quatro marcas de aparelhos no Brasil, todas relacionadas ao nome “iphone”.
A Apple também ingressou no INPI solicitando a caducidade do registro da marca pela Gradiente, sob o argumento de que a empresa brasileira não teria comercializado o produto, no período de cinco anos, a partir da concessão da marca em janeiro de 2008. Assim, a Gradiente vai ter que provar que vendeu aparelhos com a marca “iphone” nos últimos cinco anos, afirmou o INPI. A Gradiente e a Apple disseram que não vão comentar o assunto.
Disputa
A decisão publicada na Revista da Propriedade Industrial não proíbe a Apple de seguir a venda de seu aparelho de telefone no Brasil. “O INPI não tem esse poder, apenas o poder judiciário”, afirmou um porta-voz do instituto.
A Companhia Brasileira de Tecnologia Digital (CBTD), que arrenda a marca Gradiente, lançou em dezembro do ano passado um aparelho com a marca “iphone”, de sistema operacional Android. A escolha do nome “iphone”, segundo a empresa brasileira, é anterior à invenção do smartphone da Apple. A IGB, dona da Gradiente, fez em 2000 o pedido de registro da marca ao INPI, que o concedeu apenas em 2008. A Apple lançou seu primeiro iPhone em 2007.
No vídeo abaixo, a Gradiente conta a história do nome “iphone” e aponta, inclusive, as diferenças entre os aparelhos. O modelo da Apple, segundo o vídeo, tem maior velocidade e resolução de tela, enquanto o da Gradiente é mais simples, mas “tem um diferencial que os brasileiros adoram: aceita dois chips”. Veja:
*Colaboraram Mariana Congo e Nayara Fraga
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VEJA TAMBÉM
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LINK: Testamos o iphone da Gradiente

ISIS: sobre o teste nuclear da Coreia do Norte

Sempre me pareceu muito claro que, a despeito de suas tendências autonomistas muito pronunciadas, o país que sempre deteve, e detém cada vez mais, controle sobre o que pode, ou não pode, fazer a Coreia do Norte, é a China. Se a China desejasse, por exemplo, poderia "estrangular" economicamente a hiperditadura stalinista da península, e ela só não o faz, o que seria de seu interesse nacional (pelo menos desde Deng Xiao-ping), para causar "incômodos" nos EUA, que poderiam passar a dispor de certa vantagem estratégica na região, se a Coreia do Norte simplesmente desaparecesse nos braços da República capitalista do sul. Apenas a cegueira geopolítica dos generais chineses impede a China de "estrangular" o regime surrealista imperante na Coreia do Norte. A China talvez venha a se arrepender dessa postura um dia, pois uma Coreia do Norte miserável, nuclearmente armada e tendo megalomaníacos na sua direção pode ser um desastre para ela e para toda a região.
Paulo Roberto de Almeida

ISIS Reports

ISIS Statement on North Korean Nuclear Test

by David Albright and Andrea Stricker
February 12, 2013
Download PDF
On Tuesday, February 12 at 2:57 GMT/UTC, North Korea claims that it tested its third nuclear device.  The official KCNA news agency stated: “It was confirmed that the nuclear test, that was carried out at a high level in a safe and perfect manner using a miniaturized and lighter nuclear device with greater explosive force than previously, did not pose any negative impact on the surrounding ecological environment.”  The Comprehensive Test Ban Treaty Organization recorded a seismic event 5.0 in magnitude and the U.S. Geological Survey recorded a shallow earthquake of 5.1 in magnitude.  The test occurred at Punggye-ri, site of its 2006 and 2009 tests, which recorded magnitudes of 4.1 and 4.52, respectively.  ISIS assessed on February 3 that North Korea was likely preparing for a third nuclear test based on preparations at the site visible in overhead satellite imagery. 
While much information is still unknown about the nature of North Korea’s nuclear test, several key points should be made:
North Korea’s stated miniaturization capability, if true, should not be a surprise.  It should not come as a surprise to the international community that North Korea may now have the capability to explode a miniaturized nuclear device.  ISIS (and key members of the U.S. intelligence community) have assessed for some time that North Korea likely has the capability to miniaturize a nuclear weapon for its 800 mile range Nodong missile.  Although more information is needed to make a sound assessment, this test could, as North Korea has stated, demonstrate this capability. ISIS has also assessed that North Korea still lacks the ability to deploy a warhead on an ICBM, although it shows progress at this effort. North Korea would need to conduct missile flight tests with a re-entry vehicle and mock warhead, increase the explosive yield of the warhead, possibly requiring its further miniaturization, and improve the operational reliability of the warhead and missile.
North Korea does not appear to have detonated a more sophisticated nuclear device, such as a thermonuclear device. Before the test, concern was expressed by some analysts that North Korea could test a more advanced nuclear weapon. The data from this test so far indicate that this is not the case. One important question is whether the nuclear test used only plutonium or involved highly enriched uranium either alone or in combination with plutonium.
It is time to accelerate efforts to stop North Korea’s foreign procurements for its nuclear programs and increase efforts to halt its proliferation financing efforts.  North Korea’s efforts to procure nuclear and dual-use goods and raw materials for its nuclear programs must be addressed by targeted countries through improved United Nations sanctions resolutions and domestic trade control laws and the enforcement of those measures.  North Korea continues to improve its nuclear programs through its access to such goods and materials, particularly through trading companies and citizens located in neighboring China.
The United Nations Security Council should incrementally increase proliferation financing sanctions on North Korea as a result of this test. 
The international response to the test should be measured and should circle back to engagement.  Despite the likely demonstration of an improved North Korean nuclear capability, the international response to the test should be carefully constructed.  Ironically, North Korea’s previous nuclear tests, despite being followed by sanctions and international condemnation, eventually paved the way for engagement.  North Korea’s historical use of brinkmanship to gain concessions is well documented.  A new formulation is necessary to break this cycle of provocation/engagement that has too often ended with a more advanced North Korean nuclear weapons program.  A strategy of engagement that does not reward the test but seeks to moderate the regime’s behavior through sustained dialogue may be most productive going forward.  A key element is for the United States to deepen cooperation with China and resist seeking renewed bilateral U.S./North Korean dialogue.  There are signs that China is listening more to U.S. concerns about North Korea’s nuclear provocations.  A goal must be the United States developing common positions with China, along with South Korea and Japan, making it harder for North Korea to play China against the United States.
A response must not provoke even worse behavior.  Faced with a draconian response to this third nuclear test, it is possible that North Korea could retaliate by causing minor military skirmishes with its neighbors, conducting another test, or even deploying nuclear-tipped Nodong missiles.  Remaining cognizant of the need to prevent and mitigate worse behavior by North Korea should be the goal of any international or regional response. This again argues for seeking solidarity among China, Japan, South Korea, and the United States.
http://isis-online.org/isis-reports/detail/isis-statement-on-north-korean-nuclear-test/10
Institute for Science and International Security
236 Massachusetts Avenue, NE - Suite 305
Washington, DC 20002

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Voyeurs, metidos a besta? os vaticanistas, os vaticanologos, os vaticanochatos...

Esta simples nota do Embaixador Francisco Seixas da Costa, em seu blog Duas ou Três Coisas, expressa bem o meu sentimento, ao ler tanta bobagem sobre o papa, a sua renúncia, a sucessão, e outros temas de suma gravidade, nos jornais brasileiros. Se aplica inteiramente. Todo mundo agora virou especialista nessa coisa que se chama Santa Sé.
Antigamente, como dizia Nelson Rodrigues, os idiotas se calavam...
Paulo Roberto de Almeida

Olheiros
Francisco Seixas da Costa
Nas últimas horas, apareceu na nossa imprensa [portuguesa] uma nova categoria de observadores da atualidade: os vaticanistas. Uma designação que já é assumida sem sorrisos.
Os tempos mudaram: antes havia os kremlinólogos. Nunca dei conta que houvesse "White house watchers" ou os "number 10 decrypters". Talvez em Moscovo.
Por cá, seriam os belenólogos, já que S. Bento é um nome que se torna demasiado complicado para se poder identificar, de uma penada conceptual, quem olha o que se passa naquela casa.

ZLC EUA-UE? (desculpem as letras, mas e' simples...)

Zona de Livre-Comércio entre os Estados Unidos e a União Europeia, tal como confirmada pelo discurso sobre o State of the Union do presidente Obama na noite de ontem (12/02/2013), seria a maior ZLC do mundo, mas é um acordo complicado de sair, não necessariamente por causa de tarifas altas ou protecionismo setorial, mas por causa das muitas regras específicas que regulam determinados fluxos comerciais ou de serviços, as obsessões europeias com trasnsgênicos, por exemplo, ou as preocupações americanas com propriedade intelectual e coisas do gênero. Acho que vai ser complicado, mas se sair vai ser estupendo.
Escrevi um artigo sobre isto, que deve estar sendo publicado nos próximos dias, e postarei aqui quando o for, num jornal eletrônico de nome bizarro, e que atente pelo título de O Debatedouro (enfim, tudo é possível).
Por enquanto fiquem com a visão dos congressistas americanos sobre o assunto.
Paulo Roberto de Almeida

Baucus, Hatch Outline Priorities for Potential U.S.-EU Trade Agreement

Access for U.S. Agriculture Exports, Strong Intellectual Property Protection and Dispute Settlement among Finance Leaders’ Priorities
Washington, DC – Senate Finance Committee Chairman Max Baucus (D-Mont.) and Ranking Member Orrin Hatch (R-Utah) today laid out their priorities to United States Trade Representative (USTR) Ron Kirk for a potential free trade agreement (FTA) between the U.S. and European Union (EU). In their letter to Ambassador Kirk, the senators set high-standard expectations for any FTA.

“A comprehensive U.S.-EU FTA, negotiated and implemented with the highest standards, would have a multiplier effect and would be certain to generate much needed economic growth on both sides of the Atlantic,” the Finance leaders wrote. “There is no doubt that a U.S.-EU FTA is an enticing opportunity. While there is much promise in the U.S.-European Union relationship, there are remaining barriers to free and fair trade that are long-standing and difficult to overcome.”
The senators identified several priorities ahead of any negotiation process, including:
Access for U.S. agricultural exports like beef and pork.Strong intellectual property protection. Access for U.S. services exports. Regulatory compliance. A mechanism for dispute settlement.
They also wrote that they intend to push for renewal of Trade Promotion Authority (TPA), saying it will enable the consideration and completion of a successful U.S.-EU FTA. TPA expired in 2007.
The Finance Committee has jurisdiction over international trade.
The full text of the letter is below:
February 12, 2013
Ambassador Ron Kirk
United States Trade Representative
Office of the United States Trade Representative
600 17th Street NW
Washington, DC 20508

Dear Ambassador Kirk:
As you explore the possibility of entering into negotiations towards a free trade agreement (FTA) with the European Union (EU), we believe it is important to outline our expectations regarding the outcome of any such negotiations.
There is no doubt that a U.S.-EU FTA is an enticing opportunity. As the administration has noted, “transatlantic trade and investment constitutes the largest economic relationship in the world, creating jobs, increasing economic growth, and driving competitiveness on both sides of the Atlantic.” A comprehensive U.S.-EU FTA, negotiated and implemented with the highest standards, would have a multiplier effect and would be certain to generate much needed economic growth on both sides of the Atlantic.
While there is much promise in the relationship, there are remaining barriers to free and fair trade that are long-standing and difficult. While not a complete list, we have outlined below several elements that a successful negotiation must address.
Broad bipartisan Congressional support for expanding trade with the EU depends, in large part, on lowering trade barriers for American agricultural products. This means increased agricultural market access and firm commitments to base sanitary and phytosanitary measures on sound science. The EU has historically imposed sanitary and phytosanitary measures that act as significant barriers to U.S.-EU trade, including the EU’s restrictions on genetically engineered crops, a ban on the use of hormones in cattle, restrictions on pathogen reduction treatments in poultry, pork and beef, unscientific restrictions on the use of safe feed additives such as ractopamine in beef and pork, and other barriers to trade affecting a significant portion of U.S. agricultural exports. While we recognize the positive steps the EU has recently taken with respect to imports of beef washed with lactic acid and with respect to swine, there is still much work to be done. We urge you to resolve these and other unwarranted agricultural barriers as part of the FTA negotiations on both an individual and a systemic basis.
Congressional support will also require strong intellectual property protection. According to the U.S. Department of Commerce, intellectual property intensive industries support at least 40 million jobs and contribute more than $5.06 trillion dollars to, or nearly 34.8 percent of, U.S. gross domestic product. Intellectual property is America’s competitive advantage, underpinning a wide range of industries including manufacturing, food processing, information and communications technology, entertainment, biotech, pharmaceuticals and financial services. It is imperative that U.S. trade agreements protect U.S. innovation and allow our innovative industries to compete in global markets.
As the U.S. and EU are the two most innovative economies in the world, any successful agreement between us must promote the highest standards of intellectual property protection. While we recognize that intellectual property protection in the EU is generally of a high standard, there are certainly areas where improvement is needed and must be achieved. It is also critical that the United States strongly promote the interests of U.S. businesses, farmers, ranchers, and workers with respect to EU policies, including geographical indications, that impede their ability to compete. In addition, the agreement must meaningfully address EU measures that undermine the value of intellectual property protection, including with respect to pricing and reimbursement and regulatory transparency. Finally, it is essential to ensure that any outcome of this agreement does not undermine the ability of the United States to achieve high levels of IP protection in other negotiations and other foreign markets.
Regulatory compliance is an enormous driver of cost and inefficiency for U.S. exporters of goods and services across the globe. There would no doubt be enormous benefits to be gained from increased regulatory harmonization between the U.S. and the EU, especially as both have highly developed regulatory systems in place. However, any efforts towards these ends must not weaken regulatory commitments, such as through adoption of the so-called precautionary principle. Therefore, a high standard U.S.-EU FTA will necessarily promote greater openness and transparency in regulatory processes, prohibit practices that discriminate or create non-tariff barriers to U.S. exports, and promote acceptance of the full-range of international standards.
A U.S.-EU FTA agreement should lead the way in defining a 21st century FTA that establishes comprehensive market access by eliminating or significantly reducing tariffs without regard to product category. A high-standard agreement will provide similarly comprehensive market access and national treatment for services.
Of course, it is vital that there be a mechanism to settle any disputes which may arise under a U.S.-EU FTA. In order to be more than a paper tiger, any such dispute mechanism must contain strong and binding enforcement provisions.
A high-standard, comprehensive, U.S.-EU FTA could serve to reinvigorate the global trade agenda, setting the standard for all FTAs to follow. While there are numerous challenges to be addressed, it is our hope that the framework we have outlined above provides useful guidance as you negotiate the path forward.
Finally, as you know, Trade Promotion Authority expired in 2007. We believe its renewal will enable completion and consideration of a successful U.S.-EU FTA. Therefore, we intend to intensify efforts to ensure prompt consideration and renewal of Trade Promotion Authority. It is our hope and expectation that the Administration will join us in these efforts.
Sincerely,
Max Baucus
Chairman
Orrin G. Hatch
Ranking Member

Janer Cristaldo está de volta (ou quase): ufa!

Desde o dia 8, a volta do boemio:
http://cristaldo.blogspot.com/

sexta-feira, fevereiro 08, 2013
 
AOS LEITORES... que sentem a falta do cronista: por acidentes da vida, estou hospitalizado. Volto quando sair do estaleiro.

Já voltou, e sempre afiado..., mas por enquanto repostando textos antigos.
Vamos desejar pronto restabelecimento e  aguardar textos inéditos...
Paulo Roberto de Almeida

Um papa politicamente correto? - Orlando Tambosi

Tenho o prazer, e o orgulho, de repostar aqui um pequeno-grande texto de meu amigo, excelente intelectual, e colega blogueiro, lutador das boas causas da inteligência e contra a mediocridade acadêmica, Orlando Tambosi, sobre um tema no qual nenhum de nós dois pode ser considerado especialista, ou especialmente motivado para comentar: a renúncia do papa Bento 16, e a torcida de alguns por e para um papa "diferente" da próxima vez (seja lá o que isso queira dizer).
Tanto eu, como ele, somos de outro time, digamos racionalistas não religiosos, no meu caso um "irreligioso" consciente (mas não hostil às religiões, embora com restrições a algumas religiões). Ou seja, não temos necessariamente competência para a matéria, mas sabemos reconhecer o que é relevante no debate público.
Não acrescento nada de substantivo a essa questão, mas quero simplesmente dizer que concordo, integral e totalmente, com as palavras do Orlando Tambosi sobre o assunto.
Apenas e simplesmente isto. Grato, Orlando, pelo privilégio de ler algo inteligente, algo tão raro em nossos dias e em certos meios...
Paulo Roberto de Almeida

Querem um papa politicamente correto?
Orlando Tambosi
Blog do Tambosi, 13/02/2013

Como agnóstico, hesitei em falar sobre a renúncia do Papa Bento XVI. Renunciar é direito de qualquer pessoa que ocupe determinado cargo político e, sim, o papado é político também. Respeito a decisão do pontífice, quaisquer que sejam as razões. É ato elogiável de alguém que, considerado infalível, sabe e reconhece que somos todos falíveis e mortais. É ato católico também - fui criado, e bem criado, por pais e avós católicos, à maneira deles, em tempos mais difíceis do que hoje - e com eles aprendi muito. Meu ceticismo filosófico e científico não me impede de ver o mérito de todos eles.

O ex-frei Leonardo Boff deve estar alegre com a notícia. Quando ainda era cardeal de uma das congregações da Igreja Católica, o alemão Ratzinger determinou que o barbudo "teólogo da libertação" - marxista de orelha que hoje adula a juventude como escritor de auto-ajuda - fizesse "silêncio obsequioso", isto é, calasse a boca. Bocarra, aliás, que jamais hesitou em louvar as ditaduras latino-americanas, de Fidel ao chavismo.

Estes padrecos e ex-padrecos ideológicos estão felizes. Pensam que, enfim, pode vir por aí um papa politicamente correto, da América Latina ou da África. Se isto acontecer, a Igreja Católica jogará uma pá de cal sobre sua história, nem sempre honrosa, mas exemplo de diálogo, ainda que difícil, com a filosofia e as tradições milenares do mundo judaico-greco-romano. Apesar dos crimes cometidos por essas tradições, sua herança é o que temos de melhor.Ou alguém aí prefere o islamismo?

Quanto ao fato de o papa renunciante poder influenciar, como diz Reinaldo, a escolha de seu sucessor, tanto melhor. Mas não acredito que, diante do precário estado de saúde em que ele se encontra, essa influência seja significativa.

Melhor a matemática: ouvi ontem que cardeais italianos e norte-americanos  são as forças mais fortes do Conclave. Que não cedam à doutrina politicamente correta.

A ONU enfraquecida e a conspiracao do Ocidente malvado... - Kishore Mahbubani

Este autor é um dos intelectuais asiáticos mais conhecidos, principal partidário da tese da decadência ocidental e da ascensão asiática. Pode até ser. Pelo tamanho, pelo poderio econômico, pela demografia, pela criatividade e produtividade dos vários povos asiáticos -- que não existem, estrito senso, pois são todos muito diferentes entre si, embora comerciem muito, na própria região -- é muito provável que a alavanca econômica, tecnológica e financeira do mundo (não ainda a cultural, ou intelectual, e menos ainda a dos valores democráticos e humanísticos) passe definitivamente, em poucos anos, do Atlântico Norte para o Pacífico Norte (aqui incluída a Califórniam pelo menos, e provavelmente alguns do Índico também), o que será uma tremenda revolução geopolítica no mundo.
Mas, como muitos intelectuais asiáticos, Kishore Mahbubani acredita na teoria do complô ocidental contra os pobrezinhos asiáticos. Pode até haver algum fundamento histórico nessa história, em vista do colonialismo e do imperialismo desde a era dos descobrimentos, a era de "Vasco da Gama", como escreveu um historiador indiano. Mas, no more; não há nenhum fundamento hoje para essa teoria da conspiração ocidental contra a Ásia. Essa é uma história antiga, que ele desenvolveu em outros livros.
Vejamos agora a sua acusação atual: a de que a ONU é mantida fraca por uma conspiração (ou que seja "interesse") do Ocidente.
Trata-se, simplesmente, de uma mentira, e de uma cegueira.
Os EUA, e outros países ocidentais, foram consistentemente multilateralistas desde o início, com algumas condicionalidades. É evidente que os EUA nunca, jamais cogitariam de submeter suas principais políticas públicas e sobretudo suas estratégias e táticas de segurança nacional para a ONU ou qualquer esquema multilateral porventura existente. Nisso ele pode ter razão. Mas a culpa não é dos EUA apenas, mas sim de todas as grandes potências, sobretudo, e aqui há um grande SOBRETUDO, da União Soviética.
Se a ONU foi mantida fraca, durante a maior parte de sua história, isso é devido às grandes potências em seu conjunto mas principalmente devido à URSS e, desde 1972, à China, que substituiu Taiwan no CSNU. Esta é a principal razão, e o Ocidente é o menor culpado nessa história. Mahbubani não está apenas errado, ele acusa de má fé e isso é indesculpável para um intelectual.
Quanto à conclusão implícita, no sentido contrário, de que uma ONU forte seria melhor para o mundo, e para o desenvolvimento dos países atrasados, tampouco se deve atribuir muita consistência a essa "tese". A ONU é um dinossauro muito caro, e nunca fez nenhum país atrasado avançar no caminho do desenvolvimento, que não tenha sido pelos próprios esforços dos países em causa. Já estamos há seis décadas de assistência oficial ao desenvolvimento e poucos, se algum, países em desevolvimento avançaram em função de programas onusianos. A burocracia onusiana é como esses burocratas keynesianos nacionais, que acham que dinheiro resolve qualquer coisa...
Em todo caso, aceitando ou não minhas críticas, vocês podem ler agora esta matéria, parte de um livro desse intelectual asiático antiocidental.
Paulo Roberto de Almeida

Globalist Bookshelf > Global Governance
Why the United Nations Is Kept Weak
 

By Kishore Mahbubani | Saturday, February 09, 2013
 
The Globalist
Even during the Cold War, when Moscow and Washington disagreed on pretty much everything, both nations were united in one regard: they actively conspired to keep the UN weak. Unfortunately, writes Kishore Mahbubani in his new book, "The Great Convergence," this state of affairs has persisted long after the Cold War ended — to the great detriment of global development.

dirty little secret is that institutions of global governance are weak today by design, rather than by default. This has long been an open secret, as I know from having lived in New York City, the home of the United Nations, where I served for more than ten years.
The West needs to rethink its long-held policy that it serves Western interests to keep institutions of global governance weak.
It was most revealing to encounter many senior members of the U.S. political establishment and hear them lament about the poor state the United Nations was in. These people regularly assumed that it was a result of either the UN being dominated by the poor and weak states of Africa and Asia, or by the poor quality of its bureaucrats. They would assure me that they wished that the UN could act in a more muscular fashion and perform as well as Western organizations did.
To the best of my knowledge, not one of these senior figures ever acknowledged that it has been a long-standing Western strategy, led primarily by Washington, to keep the UN weak.
Even during the Cold War, when Moscow and Washington disagreed on pretty much everything, both nations were united in one regard. They actively conspired to keep the UN weak.
The United States and the Soviet Union did so through a variety of means. They selected all too pliable secretaries-general, such as Kurt Waldheim. They bullied whoever was secretary-general at a given time into dismissing or sidelining competent or conscientious UN civil servants who had shown any backbone.
They squeezed UN budgets endlessly. And, of course, they planted CIA and KGB spies in all corners of the UN system. All this was well known to anyone who worked within the UN system.
As we move into the era of the great convergence, the world clearly needs stronger "global village" councils. The time has come for the West to begin a fundamental rethink of its long-held policy that it serves long-term Western interests to keep institutions of global governance weak.
Of course, Western strategy has been a bit more nuanced. While it has kept the UN system at large weak, the UN Security Council was kept relatively strong and effective. Why? Because the West has been able, by and large, to control and dominate the UN's most important body.
If the West can control an international institution, it allows that institution to become strong and occasionally effective.
Similarly, the West has allowed both the IMF and World Bank to function better than the UN. These two bodies have a system of "weighted voting," which has allowed the West to retain control of both of those institutions. In short, the West has adopted an intelligent long-term strategy. If it can control an international institution, it allows that institution to become strong and occasionally effective. If it cannot control an international institution, it deliberately debilitates that institution.
This once-intelligent long-term strategy is no longer so intelligent, however. As the West progressively loses relative power within the international system, the inclination is to hold on to past power as much and as long as possible.
With only 12% of the global population and an inevitably declining share of economic and (increasingly) military power, the West's hardcore long-term geopolitical interests will quite naturally switch to delay the unavoidable.
It will move from trying to preserve Western "dominance" to trying to put in long-term safeguards to protect the West's "minority" position in a new global configuration of power.
This game can of course be played for a long time. However, the best way to protect minority rights is actually through strengthening the rule of law and strengthening the institutions that promote it.
This is precisely what most institutions of global governance are designed to do. The time has come for the West to work on strengthening, rather than weakening, these institutions. I hope that we will soon see a major debate in Western capitals on the rapidly diminishing wisdom of sticking with the old policies.
If the West cannot control an international institution, it deliberately debilitates that institution.
The West should not underestimate the value of the trust that the UN enjoys in the hearts and minds of the rest of the world's population. But the UN can retain this trust only if it is clearly perceived to be serving global, not just Western, interests. When I visited Beijing in May 2012, I got a firsthand experience of the value of this trust. For many years, the West had been trying to persuade China to pay more attention to its environment and to adopt sustainable development.
Predictably, China reacted with a great deal of suspicion to this unsolicited Western advice. It was seen to be a clever, but transparent maneuver by the West to derail or slow down China's economic development.
A Chinese policymaker told me that China finally accepted the policy advice when it was given to them by an independent UN agency, the UNDP. No wonder then that, when the Chinese government finally decided to organize a global seminar to address this issue, its partner of choice was the UNDP.
Trust is an essential commodity as we go about restructuring the global system to handle new global challenges. We should try to retain as much as possible all the trust that the UN has accumulated in our world.
One very direct policy consequence of all this is that the time has come for the United States to terminate its zero-budget policies and to invest in the UN constructively.
If it were to do so, the impact on the American economy and the U.S. federal budget would be truly inconsequential.
Just consider that the budget of the New York City Fire Department, which serves one city, was $1.73 billion in 2011. In contrast, the budget for the UN's core functions — the Secretariat operations in New York, Geneva, Nairobi, Vienna and five Regional Commissions, which serve the whole world — is $1.74 billion a year.
The West should not underestimate the value of the trust that the UN enjoys in the hearts and minds of the rest of the world's population.
The U.S. delegation to the UN resents the fact that, even though their country pays 22% of the UN budget, it has only vote out of 193 in the UN's general decision-making processes. These American officials are right. There is a problem here that needs to be addressed. There needs to be a much more direct relationship between privileges and responsibilities in UN decision-making.
But adamantly clinging to zero-budget growth policies for the entire UN is not the answer.

Editor's note: This essay is adapted from The Great Convergence: Asia, the West, and the Logic of One World (PublicAffairs) by Kishore Mahbubani. Published by arrangement with the author. Copyright © 2013 by Kishore Mahbubani.

Brasil: divida publica: um simples comentario - Paulo Roberto de Almeida

Fiz uma postagem, com base em dados oficiais, sobre a dívida pública brasileira.
O post é este aqui: 

Atualizando os dados da divida publica - Tesouro Nacional

O resumo da ópera, se cabe o termo, é o seguinte.
Total da Dívida: 2.734.496,6
Dívida em poder do Banco Central: 886.369,9
% da dívida total em poder do BC: 32,41%
Total da dívida sobre o PIB: 64,5%
Total da dívida do BC sobre o PIB: 21%
  Ou seja, quase UM TERÇO da dívida pública é detida pelo Banco Central. E ela representa UM QUINTO do PIB...
 
Alguém conhece um outro país cujo Banco Central detém um volume tão significativo de dívida pública?
Em quantos países do mundo, sérios, eu quero dizer, os bancos centrais, ou a autoridade monetária, é autorizada, constitucional ou legalmente, a deter títulos da dívida pública? Nessa proporção...
 
Respostas para este blog, por favor.
Paulo Roberto de Almeida

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Mao: a Historia Desconhecida - Jon Halliday e Jung Chang

Este livro já foi publicado há muito anos, em 2006; agora está saindo no Brasil. Antes tarde do que nunca, como se diz, mas não precisaria ser tão tarde.
Transcrevo os releases do Brasil e da edição original.
MAO (EDIÇÃO ECONÔMICA) - A história desconhecida
R$ 49,50Comprar
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Mao - A história desconhecida é a mais sólida biografia de Mao Tse-tung já escrita, fruto de uma década de pesquisa em arquivos do mundo todo e centenas de entrevistas com amigos, colaboradores e conhecidos de Mao - boa parte dos quais nunca havia se pronunciado. O resultado do árduo trabalho de Jung Chang e de seu marido Jon Halliday é a demolição de diversos mitos.
O livro ataca o heroísmo da Longa Marcha, discorre sobre a ajuda financeira e militar da União Soviética de Stálin para a criação e o fortalecimento do Partido Comunista chinês e desqualifica os relatos de que os rebeldes comunistas teriam enfrentado os japoneses na Segunda Guerra Mundial.
Os autores mostram como Mao concentrou-se em expandir seu domínio durante quase três décadas, ainda que isso resultasse no sofrimento e na morte de dezenas de milhões de cidadãos. Para se perpetuar no poder, instituiu um clima de denúncias, perseguições e terror. Na intimidade, ele é descrito como um pai omisso, marido infiel e amigo pouco confiável.
Mao foi um dos lançamentos mais esperados no mundo todo e causou grande impacto quando foi publicado, no Reino Unido, em 2005.

“Poucos livros estão destinados a mudar a história, mas este mudará.” - George Walden, Daily Mail
“Uma bomba atômica.” - Time
“Esta biografia grandiosa demole sistematicamente cada pilar da simpatia e da legitimidade que Mao possuía.” - The New York Times Book Review
“Um êxito. Um retrato hipnotizante da tirania, da degeneração, do assassinato em massa e da promiscuidade, um bombardeio de revelações revisionistas e um trabalho de pesquisa sensacional.” - Simon Sebag Montefiore, autor de Stálin
Título original
MAO (ECONOMICAL EDITIONS)
Páginas
816
Formato
16.00 x 23.00 cm
Peso
1.07000 kg
Acabamento
Brochura
Lançamento
10/08/2012
ISBN
9788535921472
Selo
Edição Econômica


Mao: The Unknown Story [Paperback

November 14, 2006
The most authoritative life of the Chinese leader every written, Mao: The Unknown Story is based on a decade of research, and on interviews with many of Mao’s close circle in China who have never talked before — and with virtually everyone outside China who had significant dealings with him. It is full of startling revelations, exploding the myth of the Long March, and showing a completely unknown Mao: he was not driven by idealism or ideology; his intimate and intricate relationship with Stalin went back to the 1920s, ultimately bringing him to power; he welcomed Japanese occupation of much of China; and he schemed, poisoned, and blackmailed to get his way. After Mao conquered China in 1949, his secret goal was to dominate the world. In chasing this dream he caused the deaths of 38 million people in the greatest famine in history. In all, well over 70 million Chinese perished under Mao’s rule — in peacetime.

Editorial Reviews

Amazon.com Review

In the epilogue to her biography of Mao Tse-tung, Jung Chang and her husband and cowriter Jon Halliday lament that, "Today, Mao's portrait and his corpse still dominate Tiananmen Square in the heart of the Chinese capital." For Chang, author of Wild Swans, this fact is an affront, not just to history, but to decency. Mao: The Unknown Story does not contain a formal dedication, but it is clear that Chang is writing to honor the millions of Chinese who fell victim to Mao's drive for absolute power in his 50-plus-year struggle to dominate China and the 20th-century political landscape. From the outset, Chang and Halliday are determined to shatter the "myth" of Mao, and they succeed with the force, not just of moral outrage, but of facts. The result is a book, more indictment than portrait, that paints Mao as a brutal totalitarian, a thug, who unleashed Stalin-like purges of millions with relish and without compunction, all for his personal gain. Through the authors' unrelenting lens even his would-be heroism as the leader of the Long March and father of modern China is exposed as reckless opportunism, subjecting his charges to months of unnecessary hardship in order to maintain the upper hand over his rival, Chang Kuo-tao, an experienced military commander. Using exhaustive research in archives all over the world, Chang and Halliday recast Mao's ascent to power and subsequent grip on China in the context of global events. Sino-Soviet relations, the strengths and weakness of Chiang Kai-shek, the Japanese invasion of China, World War II, the Korean War, the disastrous Great Leap Forward, the vicious Cultural Revolution, the Vietnam War, Nixon's visit, and the constant, unending purges all, understandably, provide the backdrop for Mao's unscrupulous but invincible political maneuverings and betrayals. No one escaped unharmed. Rivals, families, peasants, city dwellers, soldiers, and lifelong allies such as Chou En-lai were all sacrificed to Mao's ambition and paranoia. Appropriately, the authors' consciences are appalled. Their biggest fear is that Mao will escape the global condemnation and infamy he deserves. Their astonishing book will go a long way to ensure that the pendulum of history will adjust itself accordingly. --Silvana Tropea


10 Second Interview: A Few Words with Jung Chang and Jon Halliday
Q: From idea to finished book, how long did Mao: The Unknown Story take to research and write?
A: Over a decade.
Q: What was your writing process like? How did you two collaborate on this project?
A: The research shook itself out by language. Jung did all the Chinese-language research, and Jon did the other languages, of which Russian was the most important, as Mao had a long-term intimate relationship with Stalin. After our research trips around the world, we would work in our separate studies in London. We would then rendezvous at lunch to exchange discoveries.
Q: Do you have any thoughts about how the book is, or will be received in China? Did that play a part in your writing of the book?
A: The book is banned in China, because the current Communist regime is fiercely perpetuating the myth of Mao. Today Mao's portrait and his corpse still dominate Tiananmen Square in the heart of Beijing, and the regime declares itself to be Mao's heir. The government blocked the distribution of an issue of The Far Eastern Economic Review, and told the magazine's owners, Dow Jones, that this was because that issue contained a review of our book. The regime also tore the review of our book out of The Economist magazine that was going to (very restricted) newsstands. We are not surprised that the book is banned. The regime's attitude had no influence on how we wrote the book. We hope many copies will find their way into China.
Q: What is the one thing you hope readers get from your book?
A: Mao was responsible for the deaths of well over 70 million Chinese in peacetime, and he was bent on dominating the world. As China is today emerging as an economic and military power, the world can never regard it as a benign force unless Beijing rejects Mao and all his legacies. We hope our book will help push China in this direction by telling the truth about Mao.

Breakdown of a BIG Book: 5 Things You'll Learn from Mao: The Unknown Story
1. Mao became a Communist at the age of 27 for purely pragmatic reasons: a job and income from the Russians.
2. Far from organizing the Long March in 1934, Mao was nearly left behind by his colleagues who could not stand him and had tried to oust him several times. The aim of the March was to link up with Russia to get arms. The Reds survived the March because Chiang Kai-shek let them, in a secret horse-trade for his son and heir, whom Stalin was holding hostage in Russia.
3. Mao grew opium on a large scale.
4. After he conquered China, Mao's over-riding goal was to become a superpower and dominate the world: "Control the Earth," as he put it.
5. Mao caused the greatest famine in history by exporting food to Russia to buy nuclear and arms industries: 38 million people were starved and slave-driven to death in 1958-61. Mao knew exactly what was happening, saying: "half of China may well have to die."

--This text refers to an out of print or unavailable edition of this title.

From Publishers Weekly

Jung Chang, author of the award-winning Wild Swans, grew up during the Cultural Revolution; Halliday is a research fellow at King's College, University of London. They join forces in this sweeping but flawed biography, which aims to uncover Mao's further cruelties (beyond those commonly known) by debunking claims made by the Communist Party in his service. For example, the authors argue that, far from Mao's humble peasant background shaping his sympathies for the downtrodden, he actually ruthlessly exploited the peasants' resources when he was based in regions such as Yenan, and cared about peasants only when it suited his political agenda. And far from having founded the Chinese Communist Party, the authors argue, Mao was merely at the right place at the right time. Importantly, the book argues that in most instances Mao was able to hold on to power thanks to his adroitness in appealing to and manipulating powerful allies and foes, such as Stalin and later Nixon; furthermore, almost every aspect of his career was motivated by a preternatural thirst for personal power, rather than political vision. Some of the book's claims rely on interviews and on primary material (such as the anguished letters Mao's second wife wrote after he abandoned her), though the book's use of sources is sometimes incompletely documented and at times heavy-handed (for example, using a school essay the young Mao wrote to show his lifelong ruthlessness). Illus., maps. (Oct. 21)
Copyright © Reed Business Information, a division of Reed Elsevier Inc. All rights reserved. --This text refers to the Hardcover edition.

Product Details

  • Paperback: 801 pages
  • Publisher: Anchor (November 14, 2006)
  • Language: English
  • ISBN-10: 0679746323
  • ISBN-13: 978-0679746324
  • Product Dimensions: 9.2 x 6.3 x 1.7 inches

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A bomba nuclear norte-coreana e a fome de seu povo: comentario recebido...

A Coreia do Norte acaba de fazer o seu terceiro experimento nuclear em uma década: ela está se capacitando, assim, no plano militar atômico, dentre os poucos países que detêm esse tipo de tecnologia bélica. O que provavelmente distingue a Coreia do Norte, em face dos demais países nuclearmente armados, é a fome de seu povo. Segundo informações fidedignas, centenas de milhares de norte-coreanos já morreram de fome, provavelmente mais de um milhão, em todas as crises alimentares que esse país vem enfrentando contínua e regularmente desde muitos anos.
Talvez não seja apenas a Coreia do Norte, a dispor de bombas atômicas e um povo miserável. A Índia também enfrenta, ocasionalmente, problemas desse tipo, por acidentes naturais e desorganização da distribuição, mais do que por incapacidade produtiva.
Quanto ao Paquistão, um dos responsáveis pelo seu programa nuclear, o finado líder político Zulfikar Ali Buttho, teria dito, uma vez, que o Paquistão teria a bomba atômica, mesmo se o povo precisasse comer grama, durante muitos anos. Exemplo de atitude responsável, como vemos.
Mas a Coreia do Norte é diferente, pelo grau alcançado pela fome regular de sua população, e o país vem sendo objeto de assistência alimentar bilateral e de órgãos multilaterais há muitos anos. O Brasil também participa desse esforço, como registra um comentarista neste blog, em tom crítico, mesmo se a iniciativa pode, justamente, ajudar as forças armadas norte-coreanas a desviar recursos para seus projetos nucleares. Triste situação.
Transcrevo aqui o que acabo de receber de um leitor deste blog.
Paulo Roberto de Almeida

Gilrikardo deixou um novo comentário sobre a sua postagem...:

TERÇA-FEIRA, 12 DE FEVEREIRO DE 2013
Criando corvo
Coréia do Norte e Brasil
__Aquilo que se temia, lá atrás, infelizmente se revelou hoje. A Coréia do Norte mostrou ao mundo que já desenvolveu a bomba nuclear e que daqui para frente será apenas uma questão de aperfeiçoar a técnica. Eu pergunto, e para quê? Qual a utilidade das bombas se não é para matar... destruir... aniquilar... enfim, por a baixo aquilo que levou anos, séculos, milênios para ser erguido. Esse episódio trouxe-me a lembrança do post onde abordei o tratamento vip que os "cumpanheiros" tem dispensado aos comunistas coreanos.
__Abaixo reproduzo com a impressão de que talvez eu seja um dentre a meia dúzia de brasileiros que lembraram desse episódio no dia de hoje.

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20 de maio de 2012.
O PT que a maioria não vê.
Gilrikardo disse: Enquanto a companheirada faz festa com a dinheirama ao doar 21 mil toneladas de alimentos aos comunistas da Coréia do Norte, os militares coreanos investem pesado em armamentos e em energia nuclear. Seria verdadeiro afirmar que a companheirada está financiando, mesmo que indiretamente, os alucinados XING LINGS comunistas. Enquanto isso, aqui em nosso Brasil, lugares miseráveis ignorados pela "falta de recursos", dizem eles.
Só para melhor entender o tamanho da ofensa imaginem que uma carreta transporta vinte toneladas, então para cem toneladas são cinco carretas, vezes dez, então teremos cinquenta carretas para transportar mil toneladas de alimentos. Como serão vinte e uma mil toneladas, serão necessárias vinte e um multiplicado por cinquenta, ou seja MIL E CINQUENTA CARRETAS abastecidas com alimentos e pagas com dinheiro de nossos impostos. Singelamente doadas aos famintos coreanos do norte que estão mais preocupados em produzir armas a alimentos.

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Coreia do Sul critica ajuda brasileira a vizinho do norte 

O diretor-geral do departamento para a América Latina do Ministério das Relações Exteriores da Coreia do Sul, Jang Keun-ho, criticou a ajuda humanitária que o Brasil vem dando ao seu vizinho do norte. Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, o diplomata reconheceu que a atitude do Brasil de enviar alimentos à Coreia do Norte é boa, mas pode ter um efeito negativo.
O governo  sul-coreano teme que o vizinho, com quem está tecnicamente em guerra, use as doações para ganhar fôlego e continuar seu programa nuclear.
A Coreia do Norte vive uma crise humanitária, e o Brasil já enviou 16 mil toneladas de alimento ao país, número que deve chegar a 21 mil toneladas nos próximos meses, segundo a Folha de S.Paulo. A Coreia do Norte já enfrentou crises de alimentos, e o governo americano interrompeu a ajuda humanitária ao país depois que o governo lançou um foguete em abril. O temor é que o lançamento tenha sido o teste de um míssil.
De acordo com a Folha, o Itamaraty afirma que a doação de alimentos é regulamentada por uma lei de junho do ano passado, que prevê a ajuda a países com carências alimentares.

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LEI Nº 12.429, DE 20 DE JUNHO DE 2011.
Conversão da Medida Provisória nº 519, de 2010
A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1o A União fica autorizada a doar, até 12 (doze) meses após a publicação desta Lei, por intermédio do Programa Mundial de Alimentos das Nações Unidas - PMA, ao Estado Plurinacional da Bolívia, à República de El Salvador, à República da Guatemala, à República do Haiti, à República da Nicarágua, à República do Zimbábue, à República de Cuba, aos países da Comunidade de Países de Língua Portuguesa, à Autoridade Nacional Palestina, à República do Sudão, à República Democrática Federal da Etiópia, à República Centro-Africana, à República Democrática do Congo, à República Democrática Somali, à República do Níger e à República Democrática Popular da Coreia os produtos nos respectivos limites identificados no Anexo desta Lei, desde que não comprometa o atendimento às populações vitimadas por eventos socionaturais adversos no território nacional.
Art. 1o A União é autorizada a doar, por intermédio do Programa Mundial de Alimentos das Nações Unidas (PMA), ao Estado Plurinacional da Bolívia, à República de El Salvador, à República da Guatemala, à República do Haiti, à República da Nicarágua, à República do Zimbábue, à República de Cuba, aos países da Comunidade de Países de Língua Portuguesa, à Autoridade Nacional Palestina, à República do Sudão, à República Democrática Federal da Etiópia, à República Centro-Africana, à República Democrática do Congo, à República Democrática Somali, à República do Níger e à República Democrática Popular da Coreia os produtos nos respectivos limites identificados no Anexo desta Lei, desde que não comprometa o atendimento às populações vitimadas por eventos socionaturais adversos no território nacional. (Redação dada pela Lei nº 12.688, de 2012)
§ 1o As doações serão efetivadas por meio de termo firmado pela Companhia Nacional de Abastecimento - CONAB e correrão à conta de dotações orçamentárias da Política de Garantia de Preços Mínimos - PGPM e do Programa de Aquisição de Alimentos - PAA.
§ 2o Caberá ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento:
I - caso haja necessidade premente, autorizar o beneficiamento dos produtos em alimentos prontos para consumo humano; e
II - disponibilizar, por intermédio da CONAB, os produtos, livres e desembaraçados, dentro dos navios nos portos do Rio de Janeiro, no Estado do Rio de Janeiro, de Santos, no Estado de São Paulo, de Paranaguá, no Estado do Paraná, de Itajaí, no Estado de Santa Catarina, e de Rio Grande, no Estado do Rio Grande do Sul, por meios próprios ou de terceiros, correndo todas as despesas decorrentes, inclusive na forma de equivalência em produto, à conta de dotações consignadas no orçamento da União.
§ 3o O frete e demais despesas de transporte serão cobertos pelo PMA, que poderá ser ressarcido na forma de equivalência em produto.
§ 4o Em casos excepcionais, nas situações em que o PMA não puder arcar de forma integral com as despesas de transporte, os referidos custos deverão ser cobertos pelas dotações orçamentárias mencionadas no § 1o.
Art. 2o As despesas com as doações previstas no art. 1o desta Lei não deverão afetar a implementação eficiente da PGPM e do PAA.
Art. 3o Caberá ao Ministério das Relações Exteriores definir os quantitativos e respectivos destinatários dos produtos identificados no Anexo desta Lei, em coordenação com o PMA.
Parágrafo único. Atendida a demanda dos países previstos no art. 1o desta Lei, o Ministério das Relações Exteriores poderá destinar os estoques remanescentes a outros países atingidos por eventos socionaturais adversos ou em situação de insegurança alimentar aguda, observados os limites previstos naquele artigo.
Art. 4o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 20 de junho de 2011; 190o da Independência e 123o da República.
DILMA ROUSSEFF
Antonio de Aguiar Patriota
Milton Elias Ortolan
Afonso Florence
Este texto não substitui o publicado no DOU de 21.6.2011
ANEXO
PRODUTOS A SEREM DOADOS
LIMITES
Arroz
Até 500.000 (quinhentas mil) toneladas
Feijão
Até 100.000 (cem mil) toneladas
Milho
Até 100.000 (cem mil) toneladas
Leite em pó
Até 10.000 (dez mil) toneladas
Sementes de hortaliças
Até 1 (uma) tonelada

Bullfighting is bullshit? Spain's dilemma...


Spain moves to give bullfighting special cultural status

Bullfight in Burgos, northern Spain. File photo The number of bullfights each year is falling in Spain
Spanish MPs have voted to consider giving bullfighting special cultural status - a move that could overturn regional bans on the age-old tradition.
In a 180-40 vote, the parliament backed a petition signed by 590,000 people.
If the idea becomes law, it may roll back the ban in Spain's regions of Catalonia and the Canary Islands.
It may also provide tax breaks for promoters of bullfighting (corrida). Opponents describe the tradition of killing animals as barbaric.
'Barbaric' tradition
On Tuesday, the popular petition was easily backed in parliament, where the governing conservative Popular Party (PP) has a majority.
Under the proposal, bullfighting would be promoted by the authorities who would also push the UN to recognise it as part of Spain's cultural heritage.
A parliamentary commission is now expected to fine-tune proposed legislation and the vote could take place later this year.
The parliamentary vote is an attempt by pro-bullfighting conservatives to keep this controversial tradition alive, the BBC's Tom Burridge reports.
About 2,000 fights are still held every year in Spain, but the numbers are falling.
Bullfighting was banned last year in Catalonia, in the north-east, with supporters of the measure describing the blood-soaked pageants as barbaric.
The ban in Catalonia was also seen by many Spaniards as an attempt by Catalan nationalists to distinguish the region from the rest of Spain and its traditions.
Bullfighting was also banned in the Canary Islands in 1991.

Bullfighting

  • Those taking part in the a bullfight are called toreros, while the person in charge of killing the bull is the matador de toros - killer of bulls
  • Fighters can be awarded the bull's ears, tail or hooves as a trophy
  • Author Ernest Hemingway was an admirer of Spanish bullfighting and wrote about its rituals in 1932 in Death in the Afternoon
  • The tradition dates back at least 4,000 years and is thought to have been popularised by the Romans
  • It remains popular in southern France, Portugal and some South American countries