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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

quinta-feira, 10 de abril de 2014

O IPEA envergonha o IPEA, e o Brasil, com o IPEA-Bolivariano - Reinaldo Azevedo




10/04/2014
 às 6:54

O Ipea, o instituto que tentou fazer dos brasileiros um bando de potenciais estupradores, mantém um núcleo politicamente delinquente na Venezuela, que defende a ditadura e ataca a democracia… por princípio! Nós sustentamos essa vagabundagem intelectual!

Pedro Silva Barros, o chefe do Ipea na Venezuela: edle gosta do bolvarianismo e acha que a democracia não está com nada. Grande pensador!
Pedro Silva Barros, o chefe do Ipea na Venezuela: ele gosta do bolivarianismo e acha que a democracia não está com nada. Grande pensador! E ganha mais de US$ 12 mil por mês para isso!
O Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), que já chegou a ser um centro de excelência no Brasil, não demonstra hoje a sua vagabundice teórica e prática apenas produzindo pesquisas imprestáveis e erradas. Vai muito além disso. Dedica-se também ao proselitismo esquerdopata mais asqueroso, à defesa da ditadura, ao achincalhamento da democracia e, acreditem!, a ataques às oposições da Venezuela e do Brasil. Sim, eu estou me referindo àquele instituto que acusou, na prática, os brasileiros — inclusive as mulheres — de simpatizantes do estupro ou, quem sabe?, de potenciais estupradores. Depois veio a público para dizer que seus números estavam errados, mas que suas conclusões estavam certas. De chorar!
Poderia ter havido um lado positivo até: teve início um movimento das peladas, que resolveram escrever no corpo “Eu não mereço ser estuprada”. Muita pelada por nada! Os números reais evidenciavam, ao contrário do que se disse, que a esmagadora maioria dos brasileiros rejeitava frases machistas e sexistas sobre agressões às mulheres. Felizmente! Quanto ao peladismo, dizer o quê? Nesse caso, não foi diferente — sempre é assim quando se fica nu por razões políticas: quem vale a pena não tira a roupa, quem tira não vale a pena… Ainda está para surgir o casamento perfeito entre a causa de quem se despe e a causa de quem só olha. Em suma: o Ipea nos acusou de um bando de potenciais estupradores, e a gente, felizmente, não era. Que bom! Mas por que isso agora?
Na Folha de hoje, há uma reportagem de Fabiano Maisonnave com informações verdadeiramente estarrecedoras. O Ipea tem uma filial na Venezuela desde 2010 — vocês sabem: um acordo entre Luiz Inácio Apedeuta da Silva e Hugo Chávez. É a única representação internacional do instituto. Como se sabe, o país está mergulhado numa crise econômica e política sem precedentes; a economia está quebrada; a violência literalmente corrói o tecido social. Falta de tudo: de comida a papel higiênico. O chavismo inferniza a vida dos venezuelanos em toda a sua, digamos, cadeia existencial… O Ipea, cuja vocação é fazer estudos macroeconômicos, deve estar cuidando disso, certo? Errado. Leiam o que informa a Folha:

“Nestes quatro anos, a Venezuela tem sofrido uma deterioração contínua de sua economia. A inflação fechou o ano passado em 56%, há desabastecimento de produtos básicos e um mercado de câmbio descontrolado. Apesar da conjuntura, nos estudos produzidos sobre a Venezuela no período e enviados pelo Ipea à Folha via Lei de Acesso à Informação, os assuntos predominantes são cooperação da Venezuela com o norte do Brasil e o modelo político venezuelano. Os tom varia entre neutro e elogioso ao chavismo. Nos estudos sobre cooperação, problemas como insegurança jurídica ficam praticamente de fora, apesar do recente histórico de nacionalizações e do relativamente baixo investimento estrangeiro.”

Informa ainda a reportagem: “A missão é chefiada pelo economista brasileiro Pedro Silva Barros, autor de textos no qual defende os governos de Chávez e o de seu sucessor, Nicolás Maduro, e critica a oposição venezuelana.” O tal Barros é um colaborador do site esquerdista “Carta Maior”. Vale dizer: não é um economista, mas um militante do PT. Vive bem por lá: tem um salário de US$ 12.291, superior ao de qualquer professor universitário no Brasil.
O Ipea da Venezuela é capaz de escrever coisas como esta:

“O modelo bolivariano afasta-se, sem dúvidas, da democracia representativa despolitizadora que predomina ainda hoje no mundo. Supera o modelo idealizado pelos pais fundadores da república norte-americana”.

Entenderam? Temos no Ipea da Venezuela gente que odeia a “democracia despolitizadora”. O instituto gosta mesmo é do bolivarianismo politizador, que persegue a imprensa, que confere ao governo o monopólio do acesso à radiodifusão, que põe milícias armadas nas ruas para enfrentar os opositores a bala, que frauda eleições.
Em suma, o que se tem lá é um pouco do lixo mental brasileiro. Na sexta, conversava com amigos aqui em casa. Um deles me disse que discordava de certa abordagem que eu fazia porque, às vezes, ficava parecendo que os petistas eram Pol Pot. Ponderei que não são, claro! Mas não porque não queiram ou não quisessem, mas porque não podem. E quem não permite que sejam somos nós.
O Ipea da Venezuela é a prova disso. Onde eles podem defender um governo de força, que elimina os adversários na base da bala e da porrada, eles o fazem sem pestanejar.
Sobre a recente visita da deputada oposicionista María Corina Machado ao Brasil, escreveu o tal Barros: “[O senador tucano] Aécio Neves a saudou como representante da voz das barricadas, legitimando a violência que levou a morte de quase 40 venezuelanos.” Trata-se de mais uma delinquência política. A esmagadora maioria dos mortos é constituída de opositores, assassinados pelas milícias chavistas armadas, defendidas pelo Ipea.
Quem botou o rapaz lá foi Márcio Pochmann, o petista que transformou o instituto no braço mais burro do partido — sim, há profissionais competentes que ainda estão no instituto. O atual presidente é Marcelo Neri. Ainda não acabou com aquela sem-vergonhice por quê? Das duas uma: ou concorda ou, não concordando, não tem poder para fechar aquela porcaria ou substituir os quadros. Nesse caso, se não pede a conta, então é conivente.
Por Reinaldo Azevedo

Eleicoes 2014: o nunca antes que nunca foi, e vai voltar - Editorial Estadao

Lula assumiu

10 de abril de 2014 | 2h 11
Editorial O Estado de S.Paulo
Nunca antes, desde a posse da presidente Dilma Rousseff, o seu patrono Luiz Inácio Lula da Silva assumiu publicamente, em alto e bom som, a tutela sobre a apadrinhada como na sua entrevista de anteontem a nove blogueiros selecionados por sua lealdade, para ter de antemão a garantia de não ser surpreendido por perguntas incômodas, muito menos ter contestadas as suas respostas. Essa encenação em que uns se limitam a levantar a bola para que o outro, livre de marcação, arremate e comemore foi a forma que Lula escolheu para sair da muda e informar o País do seguinte:
Se pudesse, registraria em cartório a sua condição de não candidato ao Planalto este ano, e os jornalistas de sua confiança deveriam "contribuir para acabar com essa boataria toda"; o governo tem que "ir para cima" e o PT tem que reagir "com unhas e dentes" à tentativa da oposição de fazer a CPI da Petrobrás, e se o partido assim tivesse procedido em relação à CPI dos Correios, em 2005, "possivelmente a história teria sido outra" (ou seja, o mensalão acabaria abafado); a economia está aquém do que ele e a presidente gostariam, mas não tanto como faz crer "a massa feroz de informação deformada", e de todo modo Dilma precisa explicar na campanha eleitoral o que fará para melhorar a situação a partir de 2015.
Desde sexta-feira, quando se encontraram em São Paulo, a criatura sabia que o criador iria ele próprio "para cima" do desencanto e do pessimismo que não cessam de ensombrear o governo. O que ele ouve em seu confessionário no bairro paulistano do Ipiranga, onde funciona o instituto que leva o seu nome, confere com a sua proverbial intuição para convencê-lo de que o descrédito de confiança das elites políticas, a começar dos companheiros, e das lideranças empresariais nas aptidões da presidente chegou a um nível alarmante. Se o poder fosse uma conta bancária, ela estaria afundada no cheque especial, beirando a inadimplência.
Isso, há de raciocinar Lula, ainda não prenuncia o desmanche do projeto da reeleição, mas deixa antever acidentes de percurso capazes de ameaçar a travessia com o imponderável. O mais desalentador terá sido descobrir, a cada conselho dado, mas não atendido, que a pupila ou apenas finge concordar com ele, por se achar em posse de atributos suficientes para exercer o mando como lhe pareça melhor, ou por não conseguir segui-los, porque, em poucas palavras, não é do ramo. Seja como for, Lula deve ter sido particularmente enfático ao lhe ordenar que proclamasse estar disposta a investir com unhas e dentes contra a CPI da Petrobrás - o que ela fez na segunda-feira ao avisar que não recuará um milímetro da "disputa política" com a oposição.
Decerto Lula também lhe terá dito que pretendia vir a público para defender o governo. Não se sabe se acrescentou algo como "ainda que fosse necessário cobrar da governante promessas de dias melhores para a economia". Seria uma contraofensiva ao seu estilo, a que não poderiam faltar as habituais caneladas na imprensa. "Temos que retomar com muita força essa questão da regulação dos meios de comunicação do País", aos quais acusa de tratar Dilma com "falta de respeito e de compromisso com a verdade". (Isso não o impediu de propor a Dilma "uma política agressiva de comunicação".) A sucessora não só enfiou a obsessão de Lula no fundo da gaveta, como disse logo depois da posse que "devemos preferir o som das vozes críticas da imprensa livre ao silêncio das ditaduras".
Se tiver apenas metade da inteligência de que há de se achar dotada, Dilma deve ter passado pelo desconforto de atinar com o que Lula efetivamente pretendia ao chamar os holofotes para si - mostrar a tutti quanti que resolveu exercer, agora à plenitude, a função de fiador da presidente. Ou seja, ele não precisa "voltar" para acalmar a legião de queixosos da conduta da afilhada. E ele estará por perto até o fim de seu mandato para prevenir ou, em último caso, remediar, a tempo e a hora, derrapadas da mandatária. Por sinal, como quem não quer nada, mas querendo, Lula disse aos seus blogueiros que tem recebido mais políticos, ativistas e empresários do que no seu tempo de presidente.

Petrobras: o que fazer com ela - Leandro Roque (Mises Brasil)

Na verdade, eu teria uma outra questão a mencionar, antes mesmo de considerar se houve mau negócio, má gestão, imprevisão, má sorte, infelicidade, ou qualquer outra explicação legítima, benévola, complacente, piedosa: será que a intenção, desde o início, não era essa mesma?
Ou seja, se estava buscando alguma operação de grande porte, para permitir outros negócios, bem mais "criativos", digamos assim.
Por que, se fosse apenas uma operação infeliz, existe tal movimentação do governo, do PT, para que NÃO se investigue esse assunto mediante uma CPI?
Essas são as minhas perguntas.
Acho que as considerações do colega Leandro Roque são válidas, mas como se diz vulgarmente, o buraco é mais embaixo e não tem muito a ver com uma contabilidade estrito senso, e sim com outra contabilidade, que não conhecemos e talvez nunca venhamos a conhecer de verdade.
Mafiosos não costumam trair os seus...
Paulo Roberto de Almeida

O que fazer com a Petrobras?
por 
Instituto Ludwig Von Mises Brasil, segunda-feira, 7 de abril de 2014

 

dilma-petrobras-pasadena.jpgOs últimos relatos detalhando todas as lambanças e maracutaias que ocorreram dentro da Petrobras não devem surpreender aquelas pessoas que realmente entendem que, em uma empresa que tem como maior acionista o Tesouro nacional, a rede de incentivos funciona de maneira um tanto distinta.  Em última instância, eventuais maus negócios e seus subsequentes prejuízos ou descapitalizações serão prontamente cobertos pela viúva — ou seja, por nós, pagadores de impostos, ainda que de modos rocambolescos e indiretos.
O imbróglio mais famoso do momento é o da compra da refinaria de Pasedena, no Texas, em 2006.  A Petrobras pagou US$ 360 milhões por 50% da refinaria (US$ 190 milhões pelos papéis e US$ 170 milhões pelo petróleo que estava em Pasadena). O valor é muito superior ao que havia sido pago apenas um ano antes pela Astra Oil, da Bélgica, por 100% da refinaria: US$ 42,5 milhões.
Mas a coisa piora: um desentendimento ocorrido em 2008 entre a Petrobras e a Astra Oil acionou uma cláusula contratual (no jargão técnico conhecida como Put Option) que obrigou a estatal brasileira a comprar toda a fatia que pertencia à empresa belga.  E, como se não bastasse, havia também uma segunda cláusula contratual, conhecida como Marlim.  A Put Option estipulava que, em caso de desavença entre os sócios, a outra parte seria obrigada a adquirir o restante das ações. Já a Marlim garantia à sócia da Petrobras, a belga Astra Oil, um lucro de 6,9% ao ano.
Consequentemente, a aquisição da refinaria de Pasadena acabou custando US$ 1,18 bilhão à estatal, um valor mais de 27 vezes maior do que aquele que a Astra teve de desembolsar.
Quem presidia o Conselho de Administração da estatal e que deu aval a toda essa operação, ignorando a possibilidade de acionamento dessas cláusulas contratuais, era Dilma Rousseff.
Outra figura que ficou famosa é o ex-diretor de Refino e Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, que foi apontado como um dos responsáveis por elaborar o resumo técnico da operação de 2006, e que não teria informado ao conselho de administração da estatal (presidido por Dilma) sobre a existência das cláusulas Put Option e Marlim.
No entanto, apesar de ele ter participado diretamente da compra da refinaria de Pasadena, ele foi preso por um motivo não-relacionado a essa negociação: ele foi acusado de participar em um esquema de lavagem de dinheiro e de fazer intermediação em vendas irregulares de glicerina de uso industrial.  Essa operação ficou popularmente conhecida como "Operação Lava-Jato"
Mas tudo isso é apenas a ponta do iceberg.  Há muito mais. 
Há indícios de que a empresa holandesa SBM Offshore, que fornece plataformas marítimas flutuantes, pagou propina a funcionários graúdos da Petrobras para que estes escolhessem a empresa holandesa como fornecedora — a qual, por sua vez, cobraria preços muito maiores pelos produtos fornecidos.  Isso ocorreu entre os anos de 2005 e 2012.
Há denúncias de que plataformas estariam sendo lançadas ao mar sem equipamentos primordiais de segurança.
Há indícios de superfaturamento na construção de refinarias.
Há o fato de que a Petrobras perdoou um calote da Venezuela, abrindo mão de penalidades que exigiriam da Venezuela o pagamento de uma dívida contraída pelo Brasil para as obras na refinaria Abreu Lima, em PE.  O acordo feito entre Lula e Hugo Chávez deixou o Brasil com a missão de garantir, sozinho, investimentos de US$ 20 bi.
Há o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro, Comperj, que foi orçado em US$ 6,5 bilhões e que, até o momento, já custou mais de US$ 13,5 bilhões.
E, para coroar, descobriu-se recentemente que, nos últimos três anos, a Petrobras fechou R$ 90 bilhões em contratos sem fazer licitação, o que equivale a mais de 28% de tudo o que a estatal gastou entre 2011 e 2013.  Segundo a reportagem, as "modalidades normalmente adotadas pela administração pública, como concorrência e tomada de preços, representam menos de 1% dos contratos da Petrobras.  Em 71% dos casos, a forma de controle é mais branda, como carta-convite."
A Petrobras dispensa licitação até para a contratação de mão-de-obra terceirizada.
E por que se preocuparia com isso?  Boa parte do dinheiro que for mal gasto será reposto por nós.
Solução
Os problemas de um setor petrolífero nas mãos do estado são óbvios demais: ele gera muito dinheiro para políticos, burocratas, sindicatos e demais apaniguados.  Isso é tentador.  A teoria diz que toda e qualquer gerência governamental sobre uma atividade econômica sempre estará subordinada a ineficiências criadas por conchavos políticos, a esquemas de propina em licitações, a loteamentos de cargos para apadrinhados políticos e a monumentais desvios de verba.  No setor petrolífero, Venezuela, Nigéria e todos os países do Oriente Médio comprovam essa teoria.
Um setor ser gerido pelo governo significa apenas que ele opera sem precisar se sujeitar ao mecanismo de lucros e prejuízos. Todos os déficits operacionais serão cobertos pelo Tesouro, que vai utilizar o dinheiro confiscado via impostos dos desafortunados cidadãos. Um empreendimento estatal não precisa de incentivos, pois não sofre concorrência financeira — seus fundos, oriundos do Tesouro, em tese são infinitos.  O interesse do consumidor é a última variável a ser considerada.

No setor petrolífero brasileiro, o dinheiro é retirado do subsolo e despejado no buraco sem fundo da burocracia, da corrupção, dos privilégios e das mamatas.  Todos os governos estaduais e todos os políticos do país querem uma fatia deste dinheiro para subsidiar suas burocracias e programas estatais preferidos.  Consequentemente, em todos os setores em que esse dinheiro é gasto, ele é desperdiçado.  Como é economicamente impossível o governo produzir algo de real valor, ele na prática apenas consome os ativos e a riqueza do país.
Caso o setor petrolífero estivesse sob o controle de empresas privadas, todo o dinheiro retirado do subsolo seria de propriedade destas empresas e de seus acionistas.  Sim, haveria impostos sobre esse dinheiro.  Mas a maior parte dele ainda iria para mãos privadas.  É assim nos EUA e em vários países da Europa.  Tal arranjo mantém o dinheiro longe das mãos do governo e dos demais parasitas, e garante que a produção e a distribuição sempre ocorrerão estritamente de acordo com interesses de mercado, e não de acordo com conveniências políticas.
Sendo assim, qual a maneira efetiva de se desestatizar o setor petrolífero do Brasil?  Legalizando a concorrência.  Para isso, bastaria o estado se retirar do setor petrolífero, deixando a Petrobras à sorte de seus próprios funcionários, que agora não contariam com nenhum monopólio, nenhuma proteção e nenhuma subvenção.  O estado não venderia nada para ninguém.  Apenas sairia de cena, aboliria a ANP e nada faria para impedir a chegada concorrência estrangeira.  
A Petrobras é do povo?  Então, nada mais coerente do que colocar este mantra em prática: após a retirada do governo do setor petrolífero, cada brasileiro receberia uma ação da Petrobras que estava em posse do governo.  E só.  Ato contínuo, cada brasileiro decidirá o que fazer com esta ação.  Se quiser vendê-la, que fique à vontade.  Se quiser mantê-la, boa sorte.  Se quiser comprar ações das outras empresas petrolíferas que agora estarão livres para vir operar aqui, sem os onerosos fardos da regulamentação da ANP, que o faça.  Se a maioria dos acionistas brasileiros quiser vender suas ações para investidores estrangeiros, quem irá questionar a divina voz do povo?  Se o povo é sábio o bastante para votar, então certamente também é sábio o bastante para gerenciar as ações da Petrobras. 
O objetivo supremo é fazer com que o dinheiro do petróleo vá para as mãos do povo, e não para o bolso de políticos e burocratas.  É assim que acontece em outros países, principalmente nos EUA, onde não há autossuficiência e a gasolina é bem mais barata que a nossa.
Conclusão
É claro que isso nunca será feito.  Isso significaria capitalismo genuíno.  Significaria cidadãos privados participando ativamente da riqueza gerada pela indústria petrolífera, e se beneficiando dela — algo proibido em arranjos socialistas como o que vigora no Brasil. 
Sem o estado participando ativamente do setor petrolífero, não mais seria possível ocorrer as manipulações, as indicações políticas e os jogos de favorecimento a companheiros no alto comando da Petrobras. 
Mas nenhum governo de nenhum partido fará esse tipo de reforma.  Imaginar que políticos irão voluntariamente abrir mão dos privilégios gerados pela Petrobras é tão lógico quanto imaginar que cupins irão voluntariamente abdicar da madeira. 
O governo é naturalmente formado por insaciáveis praticantes da espoliação pública.  Tais pessoas não apenas querem utilizar o dinheiro do petróleo para financiar seus próprios projetos eleitoreiros, como também querem ter o governo subsidiando esses seus buracos sem fundo.  Só nos resta aguentar.

Leandro Roque é o editor e tradutor do site do Instituto Ludwig von Mises Brasil.

Educacao brasileira: Pensadora promete se esforcar para merecer o titulo

Mais um pouco, com mais ou menos três livros, ela poderá voltar e dizer:
-- Oi gente! Agora eu já sou uma pensadora.
Paulo Roberto de Almeida 

Professor defende questão com a 'grande pensadora' Valesca Popozuda

Docente diz que usou pergunta da prova para chamar a atenção da imprensa

Professor de filosofia chama Valesca Popozuda de "grande pensadora contemporânea" em prova do ensino médio
Professor de filosofia chama funkeira Valesca Popozuda de "grande pensadora contemporânea" em prova do ensino médio (Reprodução/Facebook)
Uma prova de filosofia do Centro de Ensino Médio 3 de Taguatinga, no Distrito Federal, rodou a internet esta noite. No teste, o professor Antônio Kubitschek questiona os alunos sobre o que diz a "grande pensadora contemporânea" Valesca Popozuda em sua música "Beijinho no Ombro", hit de funk lançando há três meses.

Na prova de múltiplas escolhas, os alunos deveriam completar o trecho da música que diz "se bater de frente..." com as seguintes opções: A) "É só tiro, porrada e bomba"; B) "É só beijinho no ombro"; C) "É recalque" ou D)"É vida longa". Para aqueles que não conhecem o funk, a resposta é a letra A.

Segundo  Kubitschek, responsável pela prova, a pergunta foi colocada no contexto de um debate em sala de aula sobre a formação moral da sociedade e sobre a construção de valores. "Discutimos em sala que a escola só aparece na mídia em contextos ruins. Há 20 dias fizemos uma exposição de fotos e nenhum veículo de comunicação deu atenção. Eu decidi colocar uma questão como essa na prova esperando a repercussão nas redes sociais e na imprensa", afirmou em entrevista à rádio CBN.

Ainda segundo o docente, o uso do termo "grande pensadora" não foi colocado entre aspas na prova porque ele acredita que a funkeira tem influência sobre a sociedade. "Por que não posso chamar a Valesca de pensadora? Qualquer pessoa que consiga construir um conceito é um filósofo. A todo momento em que você abre sites e revistas de fofocas, aparece que fulano 'deu beijinho no ombro'. Ela acabou criando um conceito. Se ela influencia a sociedade com o que ela pensa, eu a considero sim uma pensadora".
Leia também:
Valesca Popozuda vai lançar documentário sobre a carreira
Entrevista Valesca Popozuda: ‘Não tenho inimigas. Nem amigas’


Em sua página no Facebook, Valesca comentou o fato de ter sido citada como grande pensadora. "Eu acho uma bobagem isso tudo, se ele tivesse colocado um trecho de qualquer música de MPB, ou até mesmo de qualquer outro gênero musical que não fosse o funk, talvez não tivesse provocado esse problema", declarou a funkeira.

Leia ainda: "Encino": alunos de escola pública do DF recebem uniforme com erro de grafia
Valesca disse ainda: "O que me espanta mesmo é todo mundo se preocupar com uma única questão da prova sem analisar os termos por trás disso tudo. E se o professor colocou a questão dentro do contexto da matéria? Eu fiquei foi bem honrada, tanto pela pergunta quanto com o titulo de pensadora. Mas isso eu vou ter que recusar porque é um titulo muito forte e eu ainda não me sinto pronta pra isso." Ao fim do post, a cantora ainda ironizou: "Vou ali ler um Machado de Assis e treinar para, quem sabe, um dia conseguir ser uma pensadora de elite!”

Kubitschek diz concordar com a afirmação da funkeira. "Eu concordo com ela. E digo mais: se fosse uma música do MC Catra [outro funkeiro] não teria gerado polêmica, porque ele não é mulher. A sociedade não vê a mulher como um ser pensante. Essa ação mobilizou muitas pessoas para o debate sobre o papel da escola e esse era meu intuito.”

Procurada pela reportagem, a Secretaria de Educação do Distrito Federal não comentou os fatos.

Eleicoes 2014: prometendo nao fazer nada pela terceira vez...

Dilma anuncia PAC 3 e diz que concluirá obras ‘se tiver segundo mandato’

SÉRGIO ROXO, ENVIADO ESPECIAL
O Globo, 9//04/2014
  • Presidente fez a afirmação a rádios durante visita ao interior de SP



SÃO JOSE DO RIO PRETO - A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta sexta-feira que a fase três do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) deve ser lançada em agosto, a dois meses da eleição. E disse ainda que concluirá as obras “se tiver segundo mandato”.
Em visita a São José do Rio Preto, no interior de São Paulo, Dilma disse, em entrevista às emissoras de rádio locais, que a obra do contorno ferroviário da cidade poderia ser incluída no PAC. Questionada quando o programa será lançado, respondeu:
- Lá por agosto, eu acredito - disse.
A presidente não forneceu detalhes sobre outros projetos que serão incluídos da carteira do PAC 3. Perguntada sobre a possibilidade de terminar a obra do contorno ferroviário em um eventual segundo mandato, a presidente brincou com o radialista:
- Se eu tiver segundo mandato, se você votar em mim... eu concluo.
O PAC 2 foi lançado em março de 2010 pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Dilma, na época ministra da Casa Civil e pré-candidata a presidente, participou da cerimônia, que foi vista como um ato político por sua candidatura. Durante o governo Lula, Dilma foi chamada por ele de “mãe do PAC”.
Dilma está na cidade para entregar 2.508 unidades do programa Minha Casa, Minha Vida.

Eleicoes 2014: sim, quem nunca largou o osso, o tutano, e a carne - Merval Pereira

O título está errado: deve ser, só pode ser: "Lula, o presidente"
Deve ter sido distração do jornalista, aliás acadêmico...
Paulo Roberto de Almeida 

Lula e a presidente

Merval Pereira
O Globo, 9/04/2014
Acredito que o ex-presidente Lula esteja falando a verdade quando garante que não pretende se candidatar novamente à Presidência da República. O que não quer dizer que não venha a sê-lo. Nada mais verdadeiro, embora trivial, do que a comparação da política com uma nuvem que vai mudando de forma à medida que passa, feita pelo ex-governador mineiro Magalhães Pinto, muito em voga nos últimos dias devido ao seu papel no golpe militar de 1964.
Em política, o fato novo é capaz de provocar reações para que não se torne fato consumado. São tão grandes os interesses petistas, alguns até mesmo inconfessáveis, que, se a presidente Dilma continuar a cair nas pesquisas eleitorais, as pressões podem se tornar insuportáveis para que Lula entre em campo novamente para salvar o time.
Não foi assim que o ministro Gilberto Carvalho, o mais lulista dos lulistas no Palácio do Planalto, classificou Lula, o reserva de luxo que está no banco pronto para entrar em caso de necessidade? Mas será possível um jogador ganhar sozinho um jogo perdido, a poucos minutos de seu final, mesmo que seja considerado o Pelé da política?
O próprio Pelé sabiamente se recusou a esse papel quando, no governo Geisel, foi instado por assessores palacianos a voltar à seleção brasileira para jogar a Copa de 1974. Preferiu se preservar para manter a memória dos dias de glória.
Sim, porque, se Lula for escalado, é porque o jogo já está dado por perdido. O fogo amigo vem de vários lados. Uns já falam em uma chapa que teria Lula na cabeça e o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos como vice.
Outros dizem que a própria Dilma aceitaria de bom agrado não sair para a reeleição, caso Lula queira disputar, sob o argumento de que esse rodízio já estava previsto no acordo que a lançou candidata. Realmente, seria preciso que Dilma concordasse em abrir mão de sua candidatura para que a transição fosse feita de forma pacífica, sem crise política, que enterraria até mesmo a candidatura de Lula.
Mas como explicar para o eleitorado a súbita mudança de posição? Ter um acordo desse tipo sem anunciar à população na ocasião mesma em que Dilma foi lançada presidente não será sentido por muitos como uma traição, um jogo político que aparta o eleitor das decisões?
Qual será o comportamento da presidente Dilma, ainda no Palácio do Planalto, com a caneta na mão, mas sem prestígio político, obrigada a abrir mão de seu direito à reeleição, mesmo para perder?
Há quem acredite que o ex-presidente Lula está agindo na vida real como o vice-presidente Frank Underwood no seriado “House of Cards”: oficialmente, elogia e defende o presidente Garrett Walker, para nos bastidores minar suas forças políticas e tomar o seu lugar. Não creio que seja assim.
Lula está na melhor situação que poderia ter. Não tem os problemas de um presidente, mas todas as suas regalias. Manda e desmanda, nomeia e demite quem quiser, é recebido no mundo todo com honras de chefe de Estado. Além do mais, essa condição, reconhecida por todos, coloca a responsabilidade do governo Dilma em suas mãos.
Difícil não atribuir a Lula grande parte do desarranjo por que passa o governo, no mínimo por ter sido o responsável por Dilma estar onde está. Mesmo que a presidente Dilma não faça tudo que Lula sugere, as constantes reuniões de aconselhamento que dá à presidente o fazem coautor de seus atos, mesmos os que critica.
Lula vai querer arriscar seu prestígio em uma eleição difícil ou, pior ainda, um governo difícil, que terá que apertar o cinto logo no início para não ser levado de cambulhada por uma crise econômica anunciada? Melhor tentar salvar Dilma e, caso seja impossível, preservar-se para poder voltar em 2018, se for o caso, depois que o trabalho sujo tiver sido feito pelo candidato eleito este ano.

Eleicoes 2014: a volta de quem nunca antes tinha ido... - Elio Gaspari

Vem, Lula

Elio Gaspari
O Globo, 9/04/2014
Quem viu a final do vôlei masculino das Olimpíadas de Londres há de se lembrar. O Brasil ganhara dois sets e faltava só fechar um ponto para levar o ouro, quando o técnico russo botou Dmitry Muserskiy (2,1 metros) na quadra. Resultado: a Rússia fez o ponto, levou os dois sets seguintes e ficou com o ouro. Se o PT achar que a reeleição de Dilma corre perigo, deixará Lula no banco para agradar a seus adversários?
Tudo ficaria melhor se Lula saísse como candidato a presidente. Por cinco razões:
1) Porque é maior de idade e está no exercício de seus direitos políticos.
2) Porque o “Volta Lula” vem enfraquecendo o governo do poste que ele ajudou a botar no Planalto.
3) Porque uma parte do desgaste que está corroendo a doutora Dilma é dele e foi-lhe jogado no colo. Afinal, o mensalão e as petrorroubalheiras nasceram na sua administração.
4) Porque a outra parte do desgaste da doutora está associada ao mito da gerentona, criado por ele. Afinal, é a “Mãe do PAC”.
5) Porque a transformação do PT num aparelho arrecadador de fundos teve o seu permanente beneplácito, tanto durante os oito anos em que esteve na Presidência, como depois. O deputado André Vargas não é um ponto fora da curva, mas uma luzinha dentro da estrela vermelha.
As urnas decidirão se o PT deve receber um novo mandato presidencial. Quatro anos de Dilma mostraram que o poder é mais do partido do que do ocupante do Planalto. Isso não deriva de qualquer malignidade intrínseca do comissariado, mas do fato que ele é o único partido organizado do país. Se os outros não se organizaram e o máximo que fazem é combinar jantares, o problema é deles.
Vitorioso, o PT terá 16 anos ininterruptos de poder. Isso jamais aconteceu na História brasileira e não fará diferença se esse mandato for exercido por Lula ou Dilma. Pelo contrário, para o bem ou para o mal, ele representa melhor a estrela que fundou do que ela, uma convertida tardia.
A entrada de Lula na disputa daria maior clareza à escolha. Se ele é um político prestigiado, com 37% dos entrevistados pelo Datafolha dispostos a votar em quem tiver seu apoio, torcer para que fique no banco de reservas é uma ilusão.
Chegou-se a abril e os dois candidatos da oposição produziram apenas listas de celebridades e palavrório. Sabe-se mais das diferenças entre os prováveis candidatos republicanos para a eleição americana de 2016 do que das plataformas de Aécio Neves e Eduardo Campos.
Há pouco a Câmara aprovou uma medida provisória com centenas de contrabandos. Entre eles, mais uma estia para sonegadores de impostos e um mimo para os planos de saúde que não cumprem os contratos que vendem aos clientes. Isso só foi conseguido por um acordo de lideranças parlamentares, com o apoio das bancadas oposicionistas.
Nas três últimas eleições presidenciais os candidatos tucanos escondiam Fernando Henrique Cardoso, sem explicar por quê. Agora, Aécio Neves e Eduardo Campos escondem que fazem oposição a Lula. Talvez acreditem que só devem falar claro às vésperas da eleição, seguindo protocolos estabelecidos pelos marqueteiros. Nas eleições anteriores fizeram isso e, derrotados, procuraram culpar essa nova modalidade de astrólogos.

Elio Gaspari é jornalista.


BRIC, BROC, BRUC? A degringolada da America Latina sera' a do Brics tambem?

Banco Mundial vê 'nuvens negras' no horizonte econômico da América Latina

Segundo estudo, a desaceleração do motor chinês e a mudança na política monetária dos EUA trouxeram volatilidade e incerteza aos mercados em desenvolvimento, entre eles o Brasil

Veja.com, 9/04/2014
Bird: emergentes estão desacelerando e Brasil deve crescer 2% ou menos
Bird: emergentes estão desacelerando e Brasil deve crescer 2% ou menos (Sabelo Mngoma/AP)
O Banco Mundial vê "nuvens negras" no horizonte econômico da América Latina devido à incerteza e volatilidade geradas pela mudança na política monetária dos Estados Unidos e pela desaceleração da economia chinesa. "Os mercados financeiros globais seguem nervosos e voláteis", afirmou o organismo internacional, em um estudo divulgado nesta quarta-feira. 
O Banco Mundial destacou que o crescimento nos países emergentes passa por "uma desaceleração bastante generalizada", de cerca de três pontos porcentuais em comparação com os níveis pós-crise de 2008 e 2009. A previsão de crescimento para o Brasil é de 2%, ou pouco menos, este ano. Para a América Latina e o Caribe, espera-se um crescimento de 2,3%, abaixo dos 2,5% divulgados anteriormente pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).
Na terça-feira, o Fundo Monetário Internacional (FMI) e a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) já haviam alertado para os crescentes riscos econômicos nos países emergentes. O FMI chegou a reduzir sua projeção de crescimento para a economia brasileira em 2014, de 2,3% para 1,8%.
O estudo divulgado nesta quarta-feira ainda chamou atenção para a "heterogeneidade" da região. Se, por um lado, estimativas apontam para uma contração de 1% na Venezuela em 2014, por outro, expectativas para o Panamá e o Peru indicam um crescimento de 7% e 5,5%, respectivamente. Chile e Colômbia também seguem acima a média regional, com avanços na ordem de 3,5 %. Já no México, a previsão é de alta de cerca de 3%, impulsionado pelas últimas reformas econômicas realizadas no país.
(com agência EFE)

Politica brasileira: companheiros totalitarios sempre fazem o que mandao partido totalitario

A despeito do que diz a matéria abaixo, o companheiro cumpriu pelo menos uma ordem do partido totalitário: renunciou ao cargo que tinha na câmara (desculpem a falta de maiúscula).
Não deu tempo de renunciar ao mandato, ou ele preferiu apostar na absolvição dos colegas: pode ser que funcione. A câmara nunca deixou de nos surpreender.
Paulo Roberto de Almeida 

POLÍTICA

‘Não vou renunciar a nada’, diz André Vargas

O Globo
A pouco menos de três horas do prazo final para decidir, o deputado licenciado André Vargas (PT-PR) reafirmou nesta quarta-feira sua disposição de não renunciar ao mandato para se defender das acusações de que estaria envolvido com o doleiro Alberto Youssef em negócios suspeitos no Ministério da Saúde.
Ele tem até esta quarta-feira, antes das 14h, para renunciar ao mandato parlamentar se quiser evitar o processo, no Conselho de Ética da Câmara, por quebra de decoro parlamentar, no qual pode ser cassado. Em resposta dada por mensagem ao GLOBO, que indagava se ele renunciaria ao mandato de deputado federal ou, pelo menos, ao cargo de vice-presidente da Câmara, André Vargas afirmou:
- Não vou renunciar a nada.