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sábado, 6 de setembro de 2014

Across the Empire (9): de Twin Falls a Portland, pelo Oregon Trail - Paulo Roberto de Almeida


Across the Empire (9): de Twin Falls a Portland, pelo Oregon Trail
Paulo Roberto de Almeida

            Jornada cansativa, como soem ser os longos trajeto de carro, e autoestrada, tão somente. Hoje, sexta-feira 5 de setembro, uma semana depois que deixamos Hartford, quase na costa atlântica, fizemos quase 600 milhas (ou seja, mais de 900 km), para chegar quase na costa do Pacífico, em Portland, Oregon. Mas foi também uma jornada instrutiva, quando se está atento ao que existe pelo caminho.
            Paramos em Baker City, em plena trilha dos colonizadores do velho oeste, cidade fundada em 1874, ou seja, bem depois que tinham começado as caravanas dos pioneiros e desbravadores, carruagens pesadas puxadas a dois pares de bois ou de cavalos, as mais leves podendo ser por um par só, em terras que eram basicamente indígenas. De Baker City nos deslocamos ao Oregon Trail Interpretive Center, situado a algumas milhas dali, em Flagstaff Hill. Trata-se de um museu interativo, como sempre concebido e organizado de maneira didática, para adultos e crianças.
            Coloco apenas duas fotos, mais abaixo, das muitas que tirei, ambas de quadros retratando como era o Oregon trail realmente.
            Chegamos em Portland cerca de 21hs, mas contando com um novo deslocamento do fuso horário, o que nos deixa no último dos EUA continental, o horário do Pacífico, três horas a menos do que nosso fuso habitual do Atlântico.
            Ficamos num hotel central, Paramount, ainda com direito a filme na praça em frente: My Fair Lady, que nunca tinha visto, a não ser poucos trechos cantados.
            Cansados, fomos para o quarto, de onde também se podia assistir à sessão de cinema aberto na praça. Comi uma fruta e vim ao computador, mas já dormindo em ciam do teclado.



Paulo Roberto de Almeida
Portland, 5/09/2014

Mega-escandalo: Petrobras financiou Super-Mensalao; vai acontecer alguma coisa? Duvido...

Cada vez mais ficamos aterrados com as notícias. Depois não acontece nada.
Querem apostar como não vai acontecer nada ainda desta vez?
Desculpem o pessimismo, mas o Brasil já afundou de vez no lodaçal, e não vai sair dele tão cedo...
Paulo Roberto de Almeida

Lava-Jato

Fornecedores da Petrobras sob suspeita financiaram campanha de 121 parlamentares em atividade

Na Câmara, 96 dos deputados eleitos receberam dinheiro de empresas investigadas. Senado tem 25 integrantes com contribuições de campanha feitas por companhias ligadas ao doleiro Alberto Youssef

Daniel Haidar, do Rio de Janeiro
Sede da Petrobras, no Rio de Janeiro
Sede da Petrobras, no Rio de Janeiro (Leo Correa/VEJA)
Dos deputados e senadores da atual legislatura, pelo menos 121 receberam dinheiro oficialmente como doação de campanha de empresas investigadas pela operação Lava-Jato, da Polícia Federal. Um levantamento feito pelo site de VEJA nos registros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) revela que 96 dos parlamentares da Câmara e 25 do Senado estão na lista de beneficiados por repasses feitos por fornecedores da Petrobras. As doações foram feitas como manda o figurino, e não há até o momento qualquer suspeita sobre quem recebeu o dinheiro.
As empresas doadoras passaram a ser investigadas pela Lava-Jato porque depositaram recursos para a M.O. Consultoria - empresa de fachada do doleiro Alberto Youssef - ou porque foram cobradas a fazer doações pelo doleiro Alberto Youssef e pelo ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa. O grupo de congressistas eleitos atualmente em atividade recebeu, ao todo, 29,7 milhões de reais de um conjunto de 18 grupos empresariais sob suspeita.
Como mostrou reportagem do site de VEJA, os fornecedores da Petrobras agora investigados doaram, oficialmente, 856 milhões de reais a partidos e candidatos entre 2006 e 2012. Entre os parlamentares em atuação no Congresso, o PT desponta com 12,6 milhões de reais recebidos, seguido por PP (4,4 milhões) e PMDB (2,6 milhões). Parlamentares da oposição, como DEM e PSDB, também foram beneficiados com 2,1 milhões de reais e 2 milhões, respectivamente.
Os beneficiados pelos grupos suspeitos formam uma bancada multipartidária. E, para especialistas, isso cria riscos para o sucesso de investigações de qualquer CPI no Congresso que pretenda investigar irregularidades na Petrobras. “Não significa que todos vão defender os interesses desses grupos, mas, em qualquer decisão que se tome, tem que ser analisado se os parlamentares não servem aos interesses de financiadores. Isso só pode ser verificado na atuação concreta”, alertou o diretor-executivo da ONG Transparência Brasil, Claudio Weber Abramo.
Suspeita de ter liberado mais de 7,9 milhões de reais em propinas a Costa e Youssef, a Camargo Corrêa financiou 31 deputados federais e oito senadores em atuação no Congresso. Entre os suspeitos, é o grupo com maior quantidade de parlamentares financiados no poder. No Senado, foram beneficiados parlamentares como o líder do PT, Humberto Costa, e futuros candidatos petistas a governos estaduais, como Lindbergh Farias (RJ) e Gleisi Hoffmann (PR). Cada um recebeu 1 milhão de reais para tocar a campanha.
Leia também:
Empresas sob suspeita faturaram R$ 31 bilhões com a Petrobras na era PT
Família de ex-diretor da Petrobras comprou 13 imóveis nos últimos cinco anos

Na Câmara, o conglomerado financiou também a candidatura do líder do PMDB e comandante dos rebeldes na base do governo, Eduardo Cunha (RJ), com 500.000 reais. Oposicionistas como Beto Albuquerque, líder do PSB, e Mara Gabrilli (PSDB) também levaram recursos da empreiteira.
No Senado, Gleisi e Lindbergh são os parlamentares com maior volume recebido desse gupo de empresas. Cada um recebeu de cinco fornecedores envolvidos na operação. Só da OAS, que depositou 1,6 milhão de reais em contas da empresa de fachada comandada por Youssef, Gleisi recebeu um milhão de reais em doações oficiais na eleição de 2010, enquanto Lindbergh angariou 200.000 reais. A OAS financiou, no total, 24 deputados federais e sete senadores em exercício. É o segundo grupo em quantidade de parlamentares financiados.
Outra empresa diretamente ligada à empresa fantasma de Youssef é a Arcoenge, que depositou 491.000 reais em contas operadas pelo doleiro, e ajudou a eleger três deputados federais e um senador. Entre os beneficiados estão o líder do PT na Câmara, deputado Vicentinho (SP), o oposicionista Onyx Lorenzoni (DEM-RS) e o senador Magno Malta (PR-ES). Vicentinho ganhou 116.000 reais do grupo, Malta embolsou 100.000 e, Lorenzoni, 50.000 reais. Conheça a lista de parlamentares que receberam doações do grupo:
Nome Sigla UF Cargo Doações recebidas
ALEXANDRE LEITE DEM SP DEPUTADO FEDERAL R$420.000,00
BETINHO ROSADO PP RN DEPUTADO FEDERAL R$60.000,00
GUILHERME CAMPOS PSD SP DEPUTADO FEDERAL R$450.000,00
IRAJA ABREU PSD TO DEPUTADO FEDERAL R$250.000,00
JORGE TADEU MUDALEN DEM SP DEPUTADO FEDERAL R$400.000,00
JULIO CAMPOS DEM MT DEPUTADO FEDERAL R$20.000,00
JULIO CESAR PSD PI DEPUTADO FEDERAL R$50.000,00
JUNJI ABE PSD SP DEPUTADO FEDERAL R$100.000,00
LAEL VARELLA DEM MG DEPUTADO FEDERAL R$50.000,00
ONOFRE SANTO AGOSTINI PSD SC DEPUTADO FEDERAL R$15.000,00
ONYX LORENZONI DEM RS DEPUTADO FEDERAL R$100.000,00
PAUDERNEY AVELINO DEM AM DEPUTADO FEDERAL R$250.000,00
RODRIGO GARCIA DEM SP DEPUTADO FEDERAL R$466.000,00
RODRIGO MAIA DEM RJ DEPUTADO FEDERAL R$300.000,00
JANDIRA FEGHALI PC do B RJ DEPUTADO FEDERAL R$260.000,00
ADEMIR CAMILO PROS MG DEPUTADO FEDERAL R$100.000,00
PAULO PEREIRA DA SILVA SDD SP DEPUTADO FEDERAL R$80.000,00
SEBASTIAO BALA ROCHA SDD AP DEPUTADO FEDERAL R$20.000,00
ANIBAL GOMES PMDB CE DEPUTADO FEDERAL R$270.000,00
ARTHUR OLIVEIRA MAIA SDD BA DEPUTADO FEDERAL R$200.000,00
CELSO MALDANER PMDB SC DEPUTADO FEDERAL R$20.000,00
EDUARDO CUNHA PMDB RJ DEPUTADO FEDERAL R$500.000,00
FABIO TRAD PMDB MS DEPUTADO FEDERAL R$100.000,00
GERALDO RESENDE PEREIRA PMDB> MS DEPUTADO FEDERAL R$100.000,00
HENRIQUE EDUARDO ALVES PMDB RN DEPUTADO FEDERAL R$150.000,00
LEANDRO VILELA PMDB GO DEPUTADO FEDERAL R$100.000,00
MANOEL JUNIOR PMDB PB DEPUTADO FEDERAL R$50.000,00
PEDRO PAULO PMDB RJ DEPUTADO FEDERAL R$100.000,00
RAUL HENRY PMDB PE DEPUTADO FEDERAL R$65.000,00
ROSE DE FREITAS PMDB ES DEPUTADO FEDERAL R$20.000,00
THIAGO PEIXOTO PSD GO DEPUTADO FEDERAL R$240.000,00
ALINE CORREA PP SP DEPUTADO FEDERAL R$863.000,00
JOSE OTAVIO GERMANO PP RS DEPUTADO FEDERAL R$620.000,00
JULIO LOPES PP RJ DEPUTADO FEDERAL R$350.000,00
LUIZ FERNANDO FARIA PP MG DEPUTADO FEDERAL R$600.000,00
NELSON MEURER PP PR DEPUTADO FEDERAL R$500.000,00
REBECCA GARCIA PP AM DEPUTADO FEDERAL R$250.000,00
ROBERTO BRITTO PP BA DEPUTADO FEDERAL R$150.000,00
ROBERTO TEIXEIRA PP PE DEPUTADO FEDERAL R$500.000,00
ARNALDO JARDIM PPS SP DEPUTADO FEDERAL R$350.000,00
ROBERTO FREIRE PPS SP DEPUTADO FEDERAL R$250.000,00
STEPAN NERCESSIAN PPS RJ DEPUTADO FEDERAL R$30.000,00
AELTON FREITAS PR MG DEPUTADO FEDERAL R$100.000,00
ARACELY DE PAULA PR MG DEPUTADO FEDERAL R$200.000,00
BERNARDO SANTANA DE VASCONCELLOS PR MG DEPUTADO FEDERAL R$100.000,00
HENRIQUE OLIVEIRA SDD AM DEPUTADO FEDERAL R$100.000,00
JOSE ROCHA PR BA DEPUTADO FEDERAL R$90.000,00
LUCIANO CASTRO PR RR DEPUTADO FEDERAL R$50.000,00
SANDRO MABEL PMDB GO DEPUTADO FEDERAL R$100.000,00
ABELARDO CAMARINHA PSB SP DEPUTADO FEDERAL R$100.000,00
ANTONIO BALHMANN PROS CE DEPUTADO FEDERAL R$230.000,00
BETO ALBUQUERQUE PSB RS DEPUTADO FEDERAL R$40.000,00
DOMINGOS NETO PROS CE DEPUTADO FEDERAL R$200.000,00
FERNANDO COELHO FILHO PSB PE DEPUTADO FEDERAL R$65.000,00
CARLOS EDUARDO CADOCA PC do B PE DEPUTADO FEDERAL R$50.000,00
MARCELO AGUIAR DEM SP DEPUTADO FEDERAL R$100.000,00
ANTONIO IMBASSAHY PSDB BA DEPUTADO FEDERAL R$100.000,00
BRUNA FURLAN PSDB SP DEPUTADO FEDERAL R$400.000,00
EDUARDO GOMES SDD TO DEPUTADO FEDERAL R$350.000,00
FERNANDO FRANCISCHINI SDD PR DEPUTADO FEDERAL R$10.000,00
MARA GABRILLI PSDB SP DEPUTADO FEDERAL R$100.000,00
NELSON MARCHEZAN JUNIOR PSDB RS DEPUTADO FEDERAL R$25.000,00
OTAVIO LEITE PSDB RJ DEPUTADO FEDERAL R$100.000,00
PAULO ABI ACKEL PSDB MG DEPUTADO FEDERAL R$400.000,00
RAIMUNDO GOMES DE MATOS PSDB CE DEPUTADO FEDERAL R$30.000,00
REINALDO AZAMBUJA PSDB MS DEPUTADO FEDERAL R$330.000,00
RODRIGO DE CASTRO PSDB MG DEPUTADO FEDERAL R$300.000,00
ARLINDO CHINAGLIA PT SP DEPUTADO FEDERAL R$400.000,00
BENEDITA DA SILVA PT RJ DEPUTADO FEDERAL R$3.000,00
BIFFI PT MS DEPUTADO FEDERAL R$160.000,00
CANDIDO VACCAREZZA PT SP DEPUTADO FEDERAL R$675.000,00
CARLOS ZARATTINI PT SP DEPUTADO FEDERAL R$480.000,00
DEVANIR RIBEIRO PT SP DEPUTADO FEDERAL R$150.000,00
EDSON SANTOS PT RJ DEPUTADO FEDERAL R$60.000,00
GABRIEL GUIMARAES PT MG DEPUTADO FEDERAL R$100.000,00
IRINY LOPES PT ES DEPUTADO FEDERAL R$15.000,00
JILMAR TATOO PT SP DEPUTADO FEDERAL R$50.000,00
JOAO PAULO LIMA PT PE DEPUTADO FEDERAL R$65.000,00
JORGE BITTAR PT RJ DEPUTADO FEDERAL R$75.000,00
LUCI CHOINACKI PT SC DEPUTADO FEDERAL R$30.000,00
LUIZ ALBERTO PT BA DEPUTADO FEDERAL R$150.000,00
LUIZ SERGIO PT RJ DEPUTADO FEDERAL R$200.000,00
MAGELA PT DF DEPUTADO FEDERAL R$100.000,00
MARCO MAIA PT RS DEPUTADO FEDERAL R$80.000,00
NEWTON LIMA PT SP DEPUTADO FEDERAL R$100.000,00
ODAIR CUNHA PT MG DEPUTADO FEDERAL R$320.000,00
PAULO TEIXEIRA PT SP DEPUTADO FEDERAL R$123.000,00
PEDRO EUGENIO PT PE DEPUTADO FEDERAL R$125.000,00
RUI COSTA PT BA DEPUTADO FEDERAL R$2.000,00
VICENTE CANDIDO PT SP DEPUTADO FEDERAL R$130.000,00
VICENTINHO PT SP DEPUTADO FEDERAL R$116.000,00
ZE GERALDO PT PA DEPUTADO FEDERAL R$50.000,00
ZECA DIRCEU PT PR DEPUTADO FEDERAL R$150.000,00
JORGE CORTE REAL PTB PE DEPUTADO FEDERAL R$60.000,00
JOVAIR ARANTES PTB GO DEPUTADO FEDERAL R$150.000,00
SILVIO COSTA PSC PE DEPUTADO FEDERAL R$75.000,00
INACIO ARRUDA PC do B CE SENADOR R$100.000,00
VANESSA GRAZZIOTIN PC do B AM SENADOR R$500.000,00
CRISTOVAM BUARQUE PDT DF SENADOR R$50.000,00
JAYME CAMPOS DEM MT SENADOR R$25.000,00
EUNICIO OLIVEIRA PMDB CE SENADOR R$1.000.000,00
JOSE SARNEY PMDB AP SENADOR R$50.000,00
LUIZ HENRIQUE PMDB SC SENADOR R$40.000,00
ANA AMELIA PP RS SENADOR R$50.000,00
BENEDITO DE LIRA PP AL SENADOR R$400.000,00
CIRO NOGUEIRA PP PI SENADOR R$150.000,00
MAGNO MALTA PR ES SENADOR R$200.000,00
MARCELO CRIVELLA PRB RJ SENADOR R$100.000,00
LIDICE DA MATA PSB BA SENADOR R$200.000,00
CICERO LUCENA PSDB PB SENADOR R$25.000,00
FLEXA RIBEIRO PSDB PA SENADOR R$150.000,00
ANGELA PORTELA PT RR SENADOR R$1.000.000,00
GLEISI HOFFMANN PT PR SENADOR R$2.420.000,00
HUMBERTO COSTA PT PE SENADOR R$1.530.000,00
JOSE PIMENTEL PT CE SENADOR R$1.000.000,00
LINDBERGH FARIAS PT RJ SENADOR R$2.300.000,00
PAULO PAIM PT RS SENADOR R$2.000,00
WALTER PINHEIRO PT BA SENADOR R$200.000,00
WELLINGTON DIAS PT PI SENADOR R$250.000,00
ARMANDO MONTEIRO PTB PE SENADOR R$300.000,00
EPITACIO CAFETEIRA PTB MA SENADOR R$50.000,00
As doações para campanha
Grupo Parlamentares financiados Cargo Total em doações
ARCOENGE 3 DEPUTADO FEDERAL R$ 266.000,00
ARCOENGE 1 SENADOR R$ 100.000,00
GRUPO ALUSA 7 DEPUTADO FEDERAL R$ 1.160.000,00
GRUPO ALUSA 3 SENADOR R$ 420.000,00
GRUPO ANDRADE GUTIERREZ 1 DEPUTADO FEDERAL R$ 10.000,00
GRUPO ANDRADE GUTIERREZ 1 SENADOR R$ 100.000,00
GRUPO CAMARGO CORREA 31 DEPUTADO FEDERAL R$ 6.245.000,00
GRUPO CAMARGO CORREA 8 SENADOR R$ 5.900.000,00
GRUPO EGESA 14 DEPUTADO FEDERAL R$ 1.350.000,00
GRUPO EIT 8 DEPUTADO FEDERAL R$ 784.000,00
GRUPO ENGEVIX 11 DEPUTADO FEDERAL R$ 475.000,00
GRUPO ENGEVIX 2 SENADOR R$ 90.000,00
GRUPO GALVAO 11 DEPUTADO FEDERAL R$ 600.000,00
GRUPO GALVAO 4 SENADOR R$ 630.000,00
GRUPO HOPE 1 DEPUTADO FEDERAL R$ 30.000,00
GRUPO IESA 1 SENADOR R$ 200.000,00
GRUPO JARAGUA 4 DEPUTADO FEDERAL R$ 600.000,00
GRUPO MENDES JUNIOR 7 DEPUTADO FEDERAL R$ 552.000,00
GRUPO MENDES JUNIOR 1 SENADOR R$ 50.000,00
GRUPO OAS 24 DEPUTADO FEDERAL R$ 2.043.000,00
GRUPO OAS 7 SENADOR R$ 3.200.000,00
GRUPO QUEIROZ GALVAO 12 DEPUTADO FEDERAL R$ 1.862.000,00
GRUPO QUEIROZ GALVAO 1 SENADOR R$ 2.000,00
GRUPO TOME 1 DEPUTADO FEDERAL R$ 30.000,00
GRUPO TOYO SETAL 2 DEPUTADO FEDERAL R$ 43.000,00
GRUPO UTC 14 DEPUTADO FEDERAL R$ 1.963.000,00
GRUPO UTC 3 SENADOR R$ 1.150.000,00
RAUL ANDRES ORTUZAR RAMIREZ 1 DEPUTADO FEDERAL R$ 10.000,00
WILSON DA COSTA RITTO FILHO (sócio do grupo Hope) 1 DEPUTADO FEDERAL R$ 10.000,00

Educacao brasileira: indo de mal a pior - IDEB mostra recuo no desempenho


Alguma supresa com essas notícias?
Acho que nenhuma...
Paulo Roberto de Almeida




O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), órgão ligado ao Ministério da Educação, divulgou na tarde desta sexta-feira os resultados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) relativos a 2013. O Ideb mede a qualidade do ensino nos ciclos fundamental (1º a 9º ano) e médio de escolas públicas e privadas de todo o Brasil.

Os dados revelam que há estagnação nas duas etapas. Nos anos finais do fundamental e no médio, todos os indicadores gerais ficaram abaixo das metas previstas: isso inclui as médias nacional e das redes públicas (estaduais e municipais) e privadas. A exceção foi registrada nos anos iniciais do ensino fundamental, em que a única constatação negativa ficou na rede privada, que não atingiu a meta estabelecida (confira os dados nos gráficos abaixo).

O Ideb tem dupla função. Por um lado, avalia (em uma escala de 0 a 10) a qualidade da educação que já é oferecida. Por outro, propõe metas que escolas e redes de ensino devem atingir até 2021. As metas, contudo, são modestíssimas. O Ideb prevê, por exemplo, que o conceito médio nos primeiros anos do ensino fundamental atinja só em 2021 a nota 6 — correspondente, segundo cálculo do Inep, à média alcançada em 2003 pelos alunos de nações desenvolvidas noPisa, mais importante avaliação educacional do planeta. Ou seja, se o brasileiro médio chegar a esse patamar em 2021, estará quase duas décadas atrasado.

Dentro das limitações desse cenário, o Ideb 2013 confirmou tendências dos anos anteriores. Na média, o ensino avança vagarosamente, em geral atingindo metas propostas ao país e redes de ensino. Outra tendência clara é o rebaixamento das médias a cada ciclo escolar. Assim, as notas do 5º ano são superiores às do 9º, que, por sua vez, superam as do ensino médio. "De maneira geral, o Brasil está se organizando no ensino primário. Depois disso, no segundo ciclo, quando exige-se mais sofisticação, professores mais preparados, estamos patinando", diz Ilona Becskeházy, mestre e consultora em educação, sobre a tendência já delineada em anos anteriores.

"A melhora nas notas do ensino fundamental se deve, em primeiro lugar, à própria existência do índice. As escolas estão cada vez mais conscientes da importância das avaliações nacionais e preocupadas em não ter uma pontuação ruim. Há Estados como Minas Gerais em que a nota é divulgada na porta da escola: ninguém quer passar vergonha", diz Claudio de Moura Castro, especialista em educação e colunista de VEJA. "Se observarmos os dados detalhadamente, contudo, veremos que as iniciativas para melhorar a qualidade do ensino e aumentar a aprovação são pulverizadas. Ou seja, nem todo mundo está avançando." (Continua).

Miseria da Oposicao: Os dois grandes males do PSDB - Rubem Novaes

O PSDB parece ter perdido o rumo, e não corre o risco de encontrar o rumo certo, pois fica tentando disputar espaços à esquerda contra o PT, e não consegue se entender como direita que deveria ser no cenário político brasileiro: uma direita reformista, liberal, destruidora de mitos.
Concordo com os argumentos de Rubem Novaes.
Paulo Roberto de Almeida


Os 2 Grandes Males do PSDB
Rubem Novaes

1- A vaidade incontrolável dos tucanos de alto coturno, ou pavões.
Eles nunca se apóiam de verdade. Alckmin tem quase 50% dos votos em São Paulo, Serra já tem uma vantagem confortável sobre Suplicy na disputa pelo Senado, mas Aécio está num terceiro lugar longe de Marina e Dilma. O mesmo aconteceu quando Serra e Alckmin precisaram do prestígio de Aécio para desempenhar bem em Minas. Deu PT na cabeça e ficou famosa a dobradinha Dilmasia, folgada na dianteira. Mais recentemente, um novo fenômeno corroborou a tese: Aécio escolheu para seu vice um candidato ligado a Serra, esperançoso de de obter seu apoio entusiasmado. E o que vemos? Marina dá a entender que Serra poderá vir a compor sua equipe de governo e Serra deixa o boato correr esperando dele tirar vantagens eleitorais. É cada um por si e ninguém por todos. FHC parece querer ficar na história como o único do Partido a bater Lula e seu PT. E por duas vezes. Serra e Alckmin, por seu lado nunca defenderam os governos de FHC. Os líderes que se seguiram a FHC muito pouco ou nada fazem uns pelos outros. Parecem estar contentes em ver que os outros também não ganharam nem ganharão o cetro presidencial.

2- O complexo de rejeição pela esquerda.
Os tucanos não se conformam de terem perdido o voto da esquerda e estão sempre sonhando em reconquistá-lo. Em diversos momentos, como agora, tiveram a chance de engrossar substancialmente suas fileiras com o voto conservador/liberal e não o fizeram. Toda a direita torcia para que Aécio escolhesse para ser seu vice alguém com o perfil de um Ronaldo Caiado, capaz de bater duro nas teses da esquerda. Mas Aécio foi buscar como companhia Aloísio Nunes, um ex militante da esquerda armada, sem qualquer charme e possibilidade de agregar votos. A verdade é que o espaço à esquerda no espectro político já está plenamente ocupado: PT, PSD, PDS, PDT, PSOL, PCO, PSTU etc. se bastam. É no espaço a sua direita que o PSDB pode crescer, mas resiste. O país já mostrou com Carlos Lacerda, Jânio Quadros, Collor e Maluf que, com candidatos assertivos, a direita pode ter força eleitoral capaz de ganhar eleições majoritárias. Mas, o que fazer com o complexo? O que pensarão os professores da PUC e os jornalistas ainda simpáticos ao Partido? No way.

Conclusão: O PSDB prefere manter a sua pose de Partido Social Democrata europeu a correr atrás de um voto que seus líderes intelectuais desprezam. Teve, nestas eleições, a grande chance de vencer, considerada a crise econômica e a fraqueza da candidata petista, mas preferiu vestir as luvas de pelica que o caracterizam e contentar-se com os aplausos minguados de um segmento da população que talvez nunca mais lhe permita vôos mais altos.


[recebido em 5/09/2014]

Piada da semana: animais sob risco de desaparecimento do cenario politico

Marina Silva poderá ficar inelegível!
É que, segundo o Ibama, ela abateu um tucano e liquidou uma anta em uma semana.

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Eleicoes 2014: o curral eleitoral vai ficando cada vez mais caro

50 reais para ser claque em comício dos mafiosos? Muito pouco...
Paulo Roberto de Almeida 

Eleições 2014

Comício com Lula tem drone, militantes pagos e Dilma 'esquecida'

Em Recife, presidente-candidata virou coadjuvante durante discurso de seu cabo eleitoral. Na plateia, beneficiários do Bolsa Família pagos para estar lá

Felipe Frazão, de Recife
04/09/2014 - A candidata do PT à reeleição, Dilma Roussef, o ex-presidente Lula e o candidato ao governo de Pernamabuco, Armando Monteiro, durante comício em Recife
04/09/2014 - A candidata do PT à reeleição, Dilma Roussef, o ex-presidente Lula e o candidato ao governo de Pernamabuco, Armando Monteiro, durante comício em Recife   (Alexandre Gondim/Folhapress)
O comício que o ex-presidente Lula e a presidente-candidata Dilma Rousseff promoveram na noite desta quinta-feira no Recife (PE) foi o maior evento da campanha petista até o momento. Com ares de superprodução, o ato político teve queima de fogos e foi gravado para a propaganda de Dilma no horário eleitoral gratuito com um drone, que captou imagens aéreas da multidão aglomerada à beira-mar na favela Brasília Teimosa. Apesar de ser reduto petista, o local vive sob influência do PSB de Marina Silva, candidata à Presidência, e Paulo Câmara, candidato ao governo do Estado escolhido pelo ex-governador Eduardo Campos, morto em acidente aéreo em 13 de agosto. Bandeiras amarelas do partido flamulavam entre as do PT. Era só o primeiro sinal de que a mobilização em prol de Dilma não era tão espontânea.
À tarde, dezenas de ônibus vindos do Agreste, da Zona da Mata e da Região Metropolitana do Recife desembarcaram cabos eleitorais na orla de Brasília Teimosa. Parlamentares e prefeitos de PT e PTB organizaram as caravanas com a missão de levar 20.000 pessoas ao comício. O acesso foi tumultuado. Beneficiárias do Bolsa-Família, as donas de casa Edneuza Alcides, de 42 anos, e Santa Maria da Silva, de 44 anos, disseram ter recebido 50 reais para ir ao comício noturno. Elas relataram ter sido arregimentadas por correligionários de João da Costa (PT), ex-prefeito de Recife e candidato a deputado federal. As duas moram em bairros pobres na periferia da cidade: Casa Amarela, maior favela pernambucana, e Dois Irmãos, e pediram para não serem fotografadas com medo de perder o bico que lhes complementa a renda em época eleitoral. "Aqui veio gente de várias favelas. Pagam 50 [reais]. Dando um 'troquinho' fica mais fácil", disse Edneuza esfregando o indicador no polegar. "Eu quero mudança. Já são 12 anos de PT e nada. Quero ver aumentar o Bolsa-Família", cobrou Santa Maria.
Elas empunhavam bandeiras por João da Costa e contaram que equipes pediram que amarrassem nas costas a bandeira branca de Dilma, como se vestissem uma capa. Admiradoras de Lula, Miguel Arraes e Eduardo Campos, não demonstraram afinidade com a presidente-candidata, que foi a última a discursar para um público já esvaziado e disperso. Não havia mais tanta aglomeração nas janelas e nas lajes das casas, como os que pararam para ouvir o ex-presidente. Lula chegou a ofuscar Dilma no início do ato, que começou com duas horas de atraso. Ele foi aclamado e "convocado" pelo público a vestir um chapéu de sertanejo. Desceu do palco para abraçar eleitores e buscar o chapéu. Quando voltou ao palanque, onde Dilma "esquecida" batia palmas tímidas, deu um jeitinho de colocar a sucessora em evidência: pôs o chapéu nela, em vez de vesti-lo. Lula tentou aproximar Dilma do público. Chamou-a de "essa moça" ou "essa mulher". Apresentou Dilma como uma defensora dos pobres, dentro da retórica do "nós contra eles". "Essa mulher pode fazer o pobre subir mais alguns degraus na escada social desse país. Ela sabe que um quinhãozinho maior tem que ser dado aos mais pobres". O ex-presidente também lembrou de dizer que "pobre vale mais no dia da eleição" e que o "povo sem sabedoria é tangido como se fosse gado".

Across the Empire (8): tinha um Yellowstone no caminho

Apenas para registrar, sem maiores comentários, pois não tenho competência nem gosto especial pela natureza, embora eu a ache bonita, por vezes (destruidora, por outras).
Saímos de Cody, no Wyoming, passamos o dia no parque de Yellowstone, mas achamos que não valia a pena passar a noite num daqueles hoteis cabana com dezenas, centenas de outros aficionados pela natureza. Saímos, envergamos pelo estado do Idaho e chegamos ao meio do estado, em Twin Falls, a 600 milhas do Pacífico. Esta noite chegamos lá. Teremos feito, então, cerca de 3.500 milhas.
Abaixo, algumas fotos para registrar a entrada no parque, em foto tirada pelo cônsul japonês em Denver, um bisão (ou búfalo, como queiram), em foto tirada por Carmen Lícia, com um pouco de medo, e depois o velho geyser, começando e em full blow. Aliás, ele começou exatamente na hora marcada: 15h08, exatamente no horário em que estávamos chegando. Faitfhful, como se deve...
Agora, vamos para a estrada novamente.
Paulo Roberto de Almeida




Suicidios no mundo: a OMS ficou de porre ou sao os jornalistas que meteram os pes pelas maos?

Primeiro leiam a matéria que saiu na Folha de S.Paulo desta quinta-feira 4 de setembro (mas se presume que o jornal apenas copiou despachos de agências internacionais).
Reparem no conceito de taxas, que está em negrito.
Volto depois.
Paulo Roberto de Almeida

Brasil é o 8º país com mais suicídios, aponta relatório da OMS
Mais de 800 mil pessoas cometem suicídio por ano no mundo -ou uma pessoa a cada 40 segundos–, segundo o primeiro relatório global sobre prevenção de suicídio da OMS (Organização Mundial da Saúde).
Na lista, o Brasil é o 8º país com mais suicídios por ano, com 11.821 casos em 2012. Na frente estão, na ordem de países com maiores taxas, Índia, China, EUA, Rússia, Japão, Coreia do Sul e Paquistão.
De acordo com o documento, cerca de 75% dos suicídios acontecem entre pessoas de países pobres ou nível socioeconômico médio. A entidade pediu mais ações para reduzir o acesso às formas mais comuns de suicídio.
A análise aponta que os suicídios acontecem no mundo todo e em qualquer idade. No mundo todo, as taxas são maiores entre pessoas com mais de 70 anos, mas, em alguns países, os maiores índices foram encontrados entre jovens.
Na faixa dos 15 aos 29 anos, o suicídio é a segunda causa de morte no mundo.
De acordo com a OMS, os governos deveriam colocar em prática planos nacionais de prevenção, estratégia que existe hoje em apenas 28 países, e restringir o acesso a métodos mais comuns usados para suicídio, como armas de fogo e pesticidas.
DIFERENÇAS
O relatório mostra que, em geral, homens cometem mais suicídio do que as mulheres. Em países ricos, o número de homens que tiram a própria vida é 3 vezes maior do que o de mulheres, e os homens com mais de 50 anos são particularmente mais vulneráveis.
Em países mais pobres ou em desenvolvimento, pessoas jovens e mulheres mais velhas têm taxas mais altas de suicídio.
Medidas preventivas incluem a identificação precoce e o tratamento de pessoas com doenças mentais e que abusam de drogas e evitar o sensacionalismo ou glamorização do suicídio na mídia ou a descrição detalhada da maneira utilizada por uma pessoa famosa para se suicidar.
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Voltei (PRA):
A OMS ficou doida, ou sempre foi assim?
A Índia, por ser um dos países mais populosos do mundo (e um dos mais pobres) teria forçosamente de ter um maior número de suicídios, certo?
Reparem nos demais países, todos com populações na faixa de centenas de milhões.
Onde um jornalista debiloide escreveu taxa (e outros debiloides foram atrás),deveria ser número, ou seja, um valor absoluto, nominal, linear e direto.
Taxa é uma relação, e essa relação deveria ter sido empregada pela OMS para saber quais os países que exibem efetivamente o maior número de suicídios por 100 mil habitantes, ou qualquer outro percentual RELATIVO.
Talvez a Índia tenha uma alta TAXA de suicídios, mas de fato não sabemos; o seu número absoluto deve ser dividido pelo número de habitantes (e a Índia tem 1,2 bilhões, se não mais), para saber qual a sua taxa, provavelmente inferior a de vários outros países não mencionados na lista dos de maior NÚMERO de suicídios.
Isso é primário, elementar, de uma lógica bovina.
A OMS deve saber disso. Jornalistas também deveriam saber...
Paulo Roberto de Almeida

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Socialismo bolivariano: fazendo o que sabem fazer, reprimir oposicao democratica

Um exemplo do arbitrio, da cumplicidade, da solidariedade repressiva que podem exibir regimes próximos ao modelo stalinista-cubano, muito apreciado em certas paragens, inclusive no Brasil.
Está claro que o regime orteguista agiu a mando dos ditadores bolivarianos e seus mestres cubanos, impedindo a oposição venezuelana de dizer a verdade sobre o governo chavista.
A Unasul não vai dizer nada ao abrigo de sua cláusula democrática?
Claro que não: ela está a serviço dos proto-ditadores, nisso apoiada totalmente pelos companheiros.
Paulo Roberto de Almeida 

 El embajador Alcalay fue deportado por Nicaragua


El exrepresentante de Venezuela ante la ONU fue montado en un avión con destino a Panamá sin darle explicaciones, cuando intentó ingresar a Managua para participar como ponente en un foro de la Liga Mundial de la Libertad y la Democracia.
El embajador Milos Alcalay, antiguo representante de Venezuela ante la Organización de las Naciones  Unidas (ONU), fue deportado este martes por las autoridades nicaragüenses cuando intentó ingresar a ese país para participar como ponente en un foro de la Liga Mundial de la Libertad y la Democracia.
El exdiplomático explicó que al llegar al aeropuerto de Managua le preguntaron a qué venía y respondió que al foro sobre libertad y democracia y mostró la invitación.  "Empezaron entonces a llevar y traer el pasaporte y  a hacer las consultas", narró.
A pesar que las autoridades nicaragüenses le ofrecieron que solucionarían su situación, Alcalay comentó que lo llevaron a un avión sin informarle la causa y le entregaron el pasaporte al piloto y lo mandaron a Panamá. Para ello anticiparon su boleto de regreso previsto para el viernes.
En Panamá no acabó el mal rato. Según el embajador, lo mantuvieron aislado en una sala junto con delincuentes. "Expliqué que era un caso político y me dijeron que no les constaba". Además relató que le impidieron hacer una llamada y lo obligaron a comprar un boleto para venirse a Venezuela, porque de lo contrario tendría que pasar tres días confinado.
Alcalay dijo que la Liga de la Libertad y la Democracia es un organismo que tiene su sede en Taiwán y como Nicaragua es uno de los países que tiene relación con ese país, fue seleccionado como sede del foro.
Añadió que parlamentarios y magistrados de toda Latinoamérica se reunieron hoy en el foro en Managua y "dónde al único que agarraron fue al venezolano, lo que demuestra la discriminación contra los demócratas  de Venezuela".
Considera que "ese vínculo tan negativo con las autoridades venezolanas" privó para su deportación y recordó que hace un año y medio le hicieron lo mismo al exgobernador de Carabobo, Henrique Salas Feo.

Elecoes 2014: o estado (miseravel) do debate politico no Brasil - Reinaldo Azevedo

Cada vez que leio sobre como anda o debate político no Brasil -- salvo alguns colunistas ainda sensatos como Merval Pereira, José Nêumane e poucos outros -- fico deprimido ao constatar quão baixo descemos no estado da situação.
Se depender dos jornalistas medíocres que fazem a cobertura desses debates, e são eles que, junto com blogueiros ainda mais medíocres, pautam as perguntas e as questões aos candidatos, que depois são intensamente repercutidas nos instrumentos de comunicação social, parece que os únicos grandes problemas do Brasil atual seriam a causa gay e as opções religiosas dos candidatos, ambos unidos, aliás, na mesma rede de preconceitos e deformações.
Candidatos decentes, e racionais, deveriam simplesmente dizer: determinadas questões pertencem à esfera privada e ao arbítrio pessoal de cada um. O Brasil é um estado laico e a religião não deve fazer parte do debate. Vamos nos ocupar dos grandes problemas que temos pela frente!
Acho lamentável ter de ler, toda vez, sobre essas questões ridículas numa campanha presidencial.
Repito: religião e causa gay são questões ridículas para uma campanha presidencial. 
Nunca deveriam fazer parte do debate.
Paulo Roberto de Almeida 


Reinaldo Azevedo, 03/09/2014
 às 15:58

Contestar Marina é uma obrigação; recorrer ao preconceito religioso é uma boçalidade

Escrevi ontem neste blog que achava saudável que Dilma Rousseff e Aécio Neves tivessem acordado para a realidade, questionando os postulados e as afirmações da candidata do PSB à Presidência, Marina Silva, que hoje aparece como favorita nas pesquisas eleitorais. O texto está http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/dilma-e-aecio-fazem-o-certo-e-o-esperado-e-questionam-marina-ou-debate-nao-e-baixaria/. Não mudei de ideia. Continuo a pensar a mesma coisa.
Os seguidores da candidatura de Marina estão chamando de terrorismo a lembrança de que dois presidentes brasileiros, no passado, foram eleitos acima dos partidos políticos: Jânio Quadros e Fernando Collor, ambos com desdobramentos desastrosos. Eu nem poderia ser contra essa lembrança porque fui o primeiro a tratar do assunto. O PT colou um argumento meu. Não ligo. Não se trata de terrorismo, mas de história. E esta precisa ser levada em consideração. Mais ainda: Marina tem de aprender a ser confrontada. Afinal, a vida pública é distinta da militância numa ONG, em que todos partilham do mesmo propósito. É forçoso lidar com o contraditório.
Quando Aécio traz à tona o passado de Marina, intimamente ligado ao petismo, destacando que a agora defensora do tripé macroeconômico votou contra o Plano Real e a Lei de Responsabilidade Fiscal, ele está cumprindo um dever com o seu eleitorado e com os eleitores do Brasil, inclusive os que não votam nele. Afinal, a nossa história é constituída do nosso passado; as promessas dizem respeito ao futuro; não é certo que se realizem.
Assim, que fique claro: Dilma e Aécio têm o dever de confrontar Marina, porque não é menos verdade que Marina os confronta, dizendo por que tem de ser ela, não eles, a assumir a Presidência da República em 2015. Mas vamos com calma aí.
Uma coisa é o debate político, outra, distinta, é a baixaria em que petistas e parte da imprensa engajada no petismo tentam enredar a candidata do PSB. Mais uma vez, tira-se do armário eleitoral a causa gay para colar na candidata a pecha de homofóbica. Isso, com efeito, não é campanha política, mas oportunismo da pior espécie.
O programa de Dilma defende o casamento gay, com essas palavras? O programa de Aécio defende o casamento gay, com essas palavras? Por que tentam fazer com que tal defesa vire uma imposição moral para Marina? Porque ela é cristã? Porque ela é evangélica? Então se cobra dela que vá além dos outros justamente porque se desconfia que tal proposição possa se constituir, para ela, numa cláusula de consciência? Ora, vão plantar batatas!
Mais: tenta-se fazer blague com ela, ridicularizá-la, porque leria a Bíblia antes de tomar decisões. Se ela lesse bula de remédio, seria melhor? E se lesse os Diários de Che Guevara ou alguma obra sobre budismo? Aí poderia ser incensada ou por esquerdistas ou por cultores de orientalismos?
Qual será o paradigma do PT? Combater o suposto preconceito contra gays com o preconceito contra evangélicos? Dilma Rousseff ficou quatro anos no poder. Por que não se empenhou pessoalmente na aprovação do tal PLC 122, a dita lei anti-homofobia?
Já fiz aqui — e farei enquanto julgar pertinente — severas restrições à candidatura de Marina. Há, sim, coisas em seu programa que estão mal explicadas. E campanha eleitoral existe para que essas dúvidas sejam trazidas à luz. Mas alto lá! Tentar discriminá-la porque é cristã e lê a Bíblia, aí não dá. O preconceito religioso é tão odiento como qualquer outro. De resto, é bom que os petistas se lembrem. Segundo o Datafolha apurou em 2013, 85% dos entrevistados disseram que a crença em Deus torna a pessoa melhor. Mais: 97% dizem acreditar.
Quando Dilma e o PT avançam nesse terreno, estão é dando mais um tiro no pé.
Por Reinaldo Azevedo

Elecoes 2014: o estado (miseravel) do debate politico no Brasil - Reinaldo Azevedo

Cada vez que leio sobre como anda o debate político no Brasil -- salvo alguns colunistas ainda sensatos como Merval Pereira, José Nêumane e poucos outros -- fico deprimido ao constatar quão baixo descemos no estado da situação.
Se depender dos jornalistas medíocres que fazem a cobertura desses debates, e são eles que, junto com blogueiros ainda mais medíocres, pautam as perguntas e as questões aos candidatos, que depois são intensamente repercutidas nos instrumentos de comunicação social, parece que os únicos grandes problemas do Brasil atual seriam a causa gay e as opções religiosas dos candidatos, ambos unidos, aliás, na mesma rede de preconceitos e deformações.
Candidatos decentes, e racionais, deveriam simplesmente dizer: determinadas questões pertencem à esfera privada e ao arbítrio pessoal de cada um. O Brasil é um estado laico e a religião não deve fazer parte do debate. Vamos nos ocupar dos grandes problemas que temos pela frente!
Acho lamentável ter de ler, toda vez, sobre essas questões ridículas numa campanha presidencial.
Repito: religião e causa gay são questões ridículas para uma campanha presidencial. 
Nunca deveriam fazer parte do debate.
Paulo Roberto de Almeida 


Reinaldo Azevedo, 03/09/2014
 às 15:58

Contestar Marina é uma obrigação; recorrer ao preconceito religioso é uma boçalidade

Escrevi ontem neste blog que achava saudável que Dilma Rousseff e Aécio Neves tivessem acordado para a realidade, questionando os postulados e as afirmações da candidata do PSB à Presidência, Marina Silva, que hoje aparece como favorita nas pesquisas eleitorais. O texto está http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/dilma-e-aecio-fazem-o-certo-e-o-esperado-e-questionam-marina-ou-debate-nao-e-baixaria/. Não mudei de ideia. Continuo a pensar a mesma coisa.
Os seguidores da candidatura de Marina estão chamando de terrorismo a lembrança de que dois presidentes brasileiros, no passado, foram eleitos acima dos partidos políticos: Jânio Quadros e Fernando Collor, ambos com desdobramentos desastrosos. Eu nem poderia ser contra essa lembrança porque fui o primeiro a tratar do assunto. O PT colou um argumento meu. Não ligo. Não se trata de terrorismo, mas de história. E esta precisa ser levada em consideração. Mais ainda: Marina tem de aprender a ser confrontada. Afinal, a vida pública é distinta da militância numa ONG, em que todos partilham do mesmo propósito. É forçoso lidar com o contraditório.
Quando Aécio traz à tona o passado de Marina, intimamente ligado ao petismo, destacando que a agora defensora do tripé macroeconômico votou contra o Plano Real e a Lei de Responsabilidade Fiscal, ele está cumprindo um dever com o seu eleitorado e com os eleitores do Brasil, inclusive os que não votam nele. Afinal, a nossa história é constituída do nosso passado; as promessas dizem respeito ao futuro; não é certo que se realizem.
Assim, que fique claro: Dilma e Aécio têm o dever de confrontar Marina, porque não é menos verdade que Marina os confronta, dizendo por que tem de ser ela, não eles, a assumir a Presidência da República em 2015. Mas vamos com calma aí.
Uma coisa é o debate político, outra, distinta, é a baixaria em que petistas e parte da imprensa engajada no petismo tentam enredar a candidata do PSB. Mais uma vez, tira-se do armário eleitoral a causa gay para colar na candidata a pecha de homofóbica. Isso, com efeito, não é campanha política, mas oportunismo da pior espécie.
O programa de Dilma defende o casamento gay, com essas palavras? O programa de Aécio defende o casamento gay, com essas palavras? Por que tentam fazer com que tal defesa vire uma imposição moral para Marina? Porque ela é cristã? Porque ela é evangélica? Então se cobra dela que vá além dos outros justamente porque se desconfia que tal proposição possa se constituir, para ela, numa cláusula de consciência? Ora, vão plantar batatas!
Mais: tenta-se fazer blague com ela, ridicularizá-la, porque leria a Bíblia antes de tomar decisões. Se ela lesse bula de remédio, seria melhor? E se lesse os Diários de Che Guevara ou alguma obra sobre budismo? Aí poderia ser incensada ou por esquerdistas ou por cultores de orientalismos?
Qual será o paradigma do PT? Combater o suposto preconceito contra gays com o preconceito contra evangélicos? Dilma Rousseff ficou quatro anos no poder. Por que não se empenhou pessoalmente na aprovação do tal PLC 122, a dita lei anti-homofobia?
Já fiz aqui — e farei enquanto julgar pertinente — severas restrições à candidatura de Marina. Há, sim, coisas em seu programa que estão mal explicadas. E campanha eleitoral existe para que essas dúvidas sejam trazidas à luz. Mas alto lá! Tentar discriminá-la porque é cristã e lê a Bíblia, aí não dá. O preconceito religioso é tão odiento como qualquer outro. De resto, é bom que os petistas se lembrem. Segundo o Datafolha apurou em 2013, 85% dos entrevistados disseram que a crença em Deus torna a pessoa melhor. Mais: 97% dizem acreditar.
Quando Dilma e o PT avançam nesse terreno, estão é dando mais um tiro no pé.
Por Reinaldo Azevedo