O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Varnhagen na Brasilia (Jose e Gita Mindlin) da USP - livros disponiveis

Pesquisando para escrever meu trabalho sobre o pensamento estratégico de Varnhagen, e portanto relendo suas obras fundamentais, fui levado a examinar suas primeiras edições.
Obviamente que a Brasiliana dos Mindlin, hoje na USP, se coloca na vanguarda de todos os recursos disponíveis ao pesquisador, uma vez que a Biblioteca Nacional (por acaso pública?) não consegue se modernizar com tal rapidez.
Um levantamento de Varnhagen apenas como autor, resultou nesta lista, disponível neste link:

http://www.brasiliana.usp.br/search?filter=Varnhagen&filtertype=author_t&submit_search-filter-controls_add=Buscar

Adelante, pesquisadores, pesquisai.
Paulo Roberto de Almeida


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Corrupção no Brasil: desmorona o castelo de mentiras petralhas


O manancial de mentiras lulopetistas e petralhas (são fenômenos diferentes) chegou ao seu limite, graças à  Lava Jato. Já não era sem tempo. 
Na China comunista é conhecido o fenômeno dos "princelings", isto é, os filhos e netos dos companheiros de Mao que aproveitam a posição dos pais e avôs na hierarquia do Partido e do Estado para enriquecer à base de corrupção. Não é diferente entre os nossos comunistas-capitalistas. 
Paulo Roberto de Almeida 
 

Delator vai entregar Lula: “Sofri pressão para ajudar o filho do ex-presidente”

 

Chegou o carnaval e começa a cair a máscara do 'chefão'

Segundo a imprensa, o presidente licenciado da Andrade Gutierrez, Otávio Azevedo, decidiu revelar em delação premiada informações sobre a sociedade entre a antiga Telemar e a Gamecorp, empresa que tem como sócio o filho do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Fábio Luís Lula da Silva.

 

Três anos depois de fechar o negócio, Lula teria alterado a legislação para permitir que a Telemar/Oi se fundisse com a  Brasil Telecom.

 

Azevedo deverá dizer que a Telemar, que tinha a empreiteira entre seus controladores, comprou 30% da Gamecorp “a pedido de Lula”. E AGORA?

 

Em relato a seus advogados, Azevedo teria dito que após a mudança na lei, sócios da Gamecorp e integrantes do governo passaram a exigir mais ajuda financeira da Andrade Gutierrez.

 

A empreiteira então, por meio da Oi, teria passado a contratar serviços desnecessários da Gamecorp, estabelecendo “um canal permanente de repasse de dinheiro” para Lulinha e seus sócios, entre eles Fernando Bittar e Jonas Suassuna, donos do sítio em Atibaia reformado pela Odebrecht e frequentado pela família de Lula.

 

Revista Veja       


O Brasil vai continuar estagnado? Vai voltar a crescer. Depende! - Marcos Troyjo

O Brasil e a sabedoria do Mestre Zen

País está fadado à mediocridade? Mestre Zen responde: "depende"

MARCOS TROYJO

 Folha de S. Paulo, Quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016


O início do semestre letivo nas universidades norte-americanas é marcado por uma série de atividades multidisciplinares.

Numa delas, há alguns dias, na Universidade Columbia, onde leciono relações internacionais, sentei-me ao lado de uma colega professora da Escola de Saúde Pública.

Não nos conhecíamos – ela é nascida na Ucrânia, mas residente nos EUA desde que concluiu seu doutorado em neurologia. Eu sou brasileiro.   

Ela então me perguntou: “há alguns anos seu país pareceria destinado à grandeza, mas agora vocês estão passando por percalços de toda ordem. Você acha que o Brasil ainda é uma nação emergente?”

Meu primeiro impulso foi o de dizer “sim”.

Para sustentar tal resposta, a primeira narrativa que me passou pela mente foi a de que em fins de 2002 havia em todo o mundo uma espécie de “brasilfobia”.

Ante o temor de uma vitória de Lula nas eleições daquele ano, o risco-país havia superado 2.500 pontos.

E não eram poucos os que achavam que o Brasil, antes mesmo do pleito presidencial de outubro, entraria em graves dificuldades financeiras – de consequências politicas frangmentárias –, à semelhança do que ocorrera com a Argentina naquela época.

Nunca é demais lembrar que, no cerne do que se convencionou chamar de “Grande Depressão” argentina, a Casa Rosada acomodou quatro diferentes presidentes de dezembro de 2001 a maio de 2003.

No Brasil, já em 2009, boas políticas macroeconômicas, mobilidade social, crescimento acima da média mundial, petróleo pré-sal, pujança no agronegócio exportador, sediar Copa do Mundo e Olímpiada etc inspiravam em todos uma verdadeira “brasilmania”.   

Por essa lógica, o atual desalento com o Brasil poderia ciclicamente ser revertido. Essa mesma mecânica de pensamento, no entanto, pode apontar que o Brasil jamais conseguirá emergir.

Apenas para ficar na história dos últimos 50 anos, resta claro que nossos arranques de crescimento econômico e de importância relativa no cenário internacional são contrarrestados por corrupção, incompetência administrativa, populismo, elites disfuncionais e, sobretudo, um brutal déficit de estratégia nacional.

Para então responder à minha colega professora se o Brasil continuaria a emergir, preferi mandar um “depende”.

Inspirei-me, para tanto, num dos diálogos do filme “Jogos do Poder” (Charlie Wilson’s War, 2007). O longa-metragem retrata a atuação de um parlamentar do Texas nos anos oitenta para levantar recursos em prol dos guerreiros “mujahedin” contra a ocupação soviética do Afeganistão.

No contexto da Guerra Fria – um jogo de soma zero – fazia todo sentido a Washington buscar maneiras de desmoralizar e derrotar Moscou.

No filme, após suas iniciativas de financiar a compra de armas para os mujahedin terem sucesso e a União Soviética anunciar que abandonaria o Afeganistão, o protagonista (interpretado por Tom Hanks), comemora o “êxito” junto a um dos que ajudaram na empreitada, um funcionário da CIA (papel de Philip Seymour Hoffman).

Este último, no entanto, se manifesta contra assumir atitudes autocongratulatórias. 

Os objetivos mais profundos dos EUA não deveriam simplesmente limitar-se a desancar a URSS, mas evitar que aquela região do mundo se tornasse foco de intolerância e ódio antiocidental.

Foi exatamente o que aconteceu com a tomada do poder por parte do Talebã e a subsequente imersão da região em profundas trevas.

O funcionário da CIA conta ao parlamentar texano que, num distante vilarejo em tempos remotos, alguns aldeões informam ao Mestre Zen que um dos garotinhos ganhara um cavalo de aniversário. “Não é um maravilhoso presente?”, perguntam, a que o Mestre Zen responde: “depende”.

Passado algum tempo, o menino cai do cavalo e quebra a perna. Todos acreditam então que o cavalo é uma maldição e, ao buscarem o parecer do Mestre Zen, ouvem o sábio afirmar: “depende”.

De repente, aquele vilarejo entra em guerra contra outra tribo. Graças à contusão, o menino não é convocado para a batalha. Todos creem então que o cavalo era uma benção disfarçada, a que o Mestre Zen comenta: “depende”.

Para muitos, as atuais agruras alimentadas pelo lulopetismo relegam o Brasil à perpétua mediocridade. As amputações institucionais e o legado de incompetência conferem ao Brasil associação vitalícia ao subdesenvolvimento. Bem, “depende”.

Para tantos outros, o processo de depuração da coisa pública que hoje se faz por meio sobretudo da Operação Lavajato constitui um verdadeiro “refundar” do país. Ora, “depende”.     

Os equívocos do período Lula-Dilma em economia e política exterior, acrescidos da corrosão moral que se alastrou no país, dão ao Brasil futuro uma verdadeira aula magna sobre o que “não fazer”.  

Os bônus em termos de lisura, transparência e respeito na condução dos assuntos de Estado e na gestão de empresas públicas que certamente resultam  da Lavajato ajudam a aprimorar o país.

Indagado sobre o futuro do Brasil, o Mestre Zen aplaudiria evitar os erros do estado-capitalismo e a adoção de ações jurídicas que curam e firmam exemplo.  

Tais realizações não bastam, contudo, para retomar a trajetória de crescimento que pode conduzir o Brasil ao núcleo das nações mais dinâmicas do século 21.

O Mestre Zen diria que o Brasil depende do que os brasileiros fizerem agora. E o sábio provavelmente perguntaria: “vocês têm um plano para o caminho adiante?”

mt2792@columbia.edu

@MarcosTroyjo

http://www1.folha.uol.com.br/colunas/marcostroyjo/2016/02/1736325-o-brasil-e-a-sabedoria-do-mestre-zen.shtml


quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

A Grande Destruicao, vista por Ilan Goldfajn (OESP)

Queda de arrecadação, muito além do PIB
ILAN GOLDFAJN*
O Estado de S. Paulo, 2 de Fevereiro de 2016

Desde 2011 o crescimento econômico vem desacelerando no Brasil, mas nos anos de 2015 e 2016 é que a economia terá a pior recessão da sua história. A situação fiscal também tem piorado, mas tornou-se ainda mais dramática desde o ano passado. Com a recessão e a queda da arrecadação, vários entes públicos estão com dificuldade para fechar o mês. O problema fiscal virou uma crise difícil de administrar. O que houve?
Infelizmente, nada que não soubéssemos que poderia ocorrer. O fim do ciclo de commodities aliado às incertezas causadas pelas políticas domésticas provocaram a queda contínua do investimento e a desaceleração do PIB. Mas foi preciso a desaceleração da atividade alcançar o mercado de trabalho e impactar o consumo e o setor de serviços para que atingisse em cheio a economia e provocasse a atual recessão.
Não faltaram alertas de que a fraqueza do PIB, a queda da indústria e a redução do investimento acabariam afetando o desemprego e a renda. Mas havia a esperança de que o Brasil tivesse descoberto uma forma de o mercado de trabalho dissociar-se da criação de valor medido pelo PIB.
O fato de a crise atingir o mercado de trabalho tem consequências. Em primeiro lugar, a piora do mercado de trabalho provoca a segunda rodada da recessão. Com queda de emprego e renda, cai a massa salarial real, reduzindo o consumo. As vendas sofrem, a produção tem de diminuir mais ainda e as demissões seguem. O círculo vicioso aprofunda a recessão. Em segundo lugar, a piora do mercado de trabalho torna o problema fiscal mais grave diretamente.
Há um diagnóstico muito claro de que o problema fiscal do Brasil tem raízes conjunturais, mas também estruturais pelo lado dos gastos. Houve um excesso de gastos e subsídios nos últimos anos, que transformou um superávit primário de 3%, 4% do PIB no início da década em quase -2% no ano passado. A tentativa de corrigir essa piora esbarra em dificuldades políticas, mas também de ordem estrutural. Boa parte das despesas é de natureza obrigatória e de difícil compressão no curto prazo. Há um conjunto de benefícios que não cabem mais no PIB. O exemplo mais claro são as despesas da Previdência. A aposentadoria média em torno de 55 anos de idade não encontra paralelo no mundo. Na ausência de correção de rumo, o déficit primário no Brasil deve piorar 0,3% a cada ano, elevando continuamente a dívida do governo. É necessário instituir uma idade mínima de aposentadoria para corrigir essa tendência insustentável.
O problema dos gastos crescentes no Brasil é da maior importância, até porque deve conviver com um período mais prolongado de fraca arrecadação pública. No ano passado, a queda de arrecadação foi o principal problema do governo federal, dos Estados e municípios. Sem receitas, os entes públicos têm tido dificuldades crescentes para pagar seus compromissos, alguns mesmo para pagar a folha, manter hospitais e outros serviços básicos.
Está claro que o aprofundamento da recessão é a causa principal da crise de arrecadação. Não haveria como escapar da pior recessão da História no Brasil.
Mas o fato de o mercado de trabalho ter sido atingido nesta crise tem tido impacto duplo sobre as contas públicas, talvez ainda não completamente entendido. O impacto mais óbvio é que a perda de emprego e renda aprofunda a recessão e tem impacto maior na arrecadação.
Mas muitos analistas estão surpresos que a arrecadação esteja caindo muito além do PIB (mesmo levando em conta que o PIB caiu quase 4%). Como se a sensibilidade da arrecadação ao PIB tivesse aumentado bem agora, no meio da recessão. Os economistas calculam que a elasticidade (impacto do PIB na arrecadação) está muito maior que o histórico. Consideram haver uma “quebra estrutural” nessa relação que não conseguem entender.
Uma tese recente de Luka Barbosa (orientada por Gino Olivares no Insper) mostra que não está havendo quebra estrutural na arrecadação. O que acontece é que a arrecadação depende muito mais da massa salarial e das vendas no varejo que do PIB, e essas variáveis estão recuando mais fortemente que o PIB (cerca de 10% em termos reais): 43% da arrecadação depende da massa salarial e 30%, das vendas.
Olhando o comportamento histórico (e mais recente) fica evidente a relação da arrecadação com o recuo na massa salarial formal e nas vendas no varejo. A elasticidade histórica (e mais recente) é unitária (para cada 1% de queda desses itens, a arrecadação também cai 1%).
Em suma, a fraqueza do mercado de trabalho e, portanto, das vendas tem causado outro efeito menos evidente nas contas públicas: atinge a arrecadação de forma mais potente que o próprio PIB. Não chega a surpreender que a queda da arrecadação e as dificuldades fiscais se tenham intensificado no ano passado.
O problema é que a arrecadação pode demorar mais a se recuperar por depender do mercado de trabalho. A retomada da economia deve ocorrer primeiramente no mercado de bens, o que significa que o PIB deve recuperar-se antes que o desemprego volte a cair. A retomada do investimento, quando se der, talvez seja mais vigorosa que a do consumo, que dependerá da recuperação da massa salarial. Sem falar que o ajuste atual nas contas externas favorece mais a recuperação do PIB que a do consumo.
Considero o problema fiscal/político como o núcleo da crise: sem resolver o fiscal, será difícil resolver o todo. Há o problema de excesso de gastos nos últimos anos e também do crescimento insustentável das despesas obrigatórias. No entanto, existe também um problema persistente na arrecadação, que depende da massa salarial (e, portanto, das vendas), cuja recuperação deve ser mais lenta que a do PIB. Administrar a escassez de arrecadação nos próximos anos vai ser um desafio e tanto. Mais um motivo para acelerar as medidas de contenção de gastos obrigatórios.

* ILAN GOLDFAJN É ECONOMISTA-CHEFE E SÓCIO DO ITAÚ UNIBANCO

A criacao do Federal Reserve -- review of Roger Lowenstein's book

Roger Lowenstein, America’s Bank: The Epic Struggle to Create the Federal Reserve. New York: Penguin Press, 2015. 368 pp. $30 (hardcover), ISBN: 978-1-594-20549-1.

Reviewed for EH.Net by Gary Richardson, Federal Reserve Bank of Richmond and Department of Economics, University of California at Irvine.

Roger Lowenstein, author of a series of New York Times’ best-selling books on recent financial history, including one of my favorite homilies on hubris, When Genius Failed, has written a new book on the foundation of the Federal Reserve, America’s Bank. The book illuminates the long and painful birth of the United States’ central banking system, which involved more than a century of debate about how to structure our nation’s financial system. America’s Bank is cogent, informed, and opinionated, but also polished, enlightening, and entertaining. The book is a work of scholarship based upon primary sources and demonstrating mastery of the academic literature. It could have been submitted as a doctoral dissertation in history at most universities in the United Sates, but it captures readers’ imaginations in ways that academic writing seldom does. It tells a story with heroes, like Paul Warburg, and ghosts, like Andrew Jackson, and brings to life politicians whose names every school child in the United States remembers, like Woodrow Wilson and William Jennings Bryan, and that most people have forgotten, like Carter Glass and Nelson Aldrich.

The introduction’s first paragraph establishes that the author is not an apologist for the Fed, with some offhand skepticism about recent Fed decisions. The author notes that the Fed today has enormous influence around the world, and that it “manages, sometimes adroitly and sometimes wantingly, the supply of credit whose ebb and flow alternately buoys and batters business. It supervises — or it is supposed to supervise — the nation’s banks” (p. 1).

After that, the book describes the Fed’s creation as a crowning achievement of Progressive politics circa 1913. The Federal Reserve Act reconciled ideas and ideals of three main streams of turn-of-the-century political thought — progressive, populist, and laissez-faire. The leaders of all of these movements in both political parties contributed ideas to and advocated passage of the final legislation. This reconciliation bridged intellectual and political divides between those in favor of and hostile to centralization and federalism which had bedeviled the American republic since its birth after the revolution from England.

The book’s introduction recounts Alexander Hamilton and Thomas Jefferson’s debate over the first Bank of the United States. Their debate sets the stage for “The Road to Jeykyl Island,” which is Part One of the book. Chapter 1 tells how “national bank” and “central bank” became phrases of condemnation in America’s political lexicon. The chapter explains the monetary babel of colonial and antebellum America, when thousands of currencies, all denominated in dollars of different potential values were issued by thousands of privately owned and operated commercial banks. This monetary chaos impeded commerce and bred panics, which every fifteen years or so shut down the financial system, triggering long and painful recessions. Each recession inspired a flurry of reform proposals by businessmen and politicians. The reiteration of recession and reform fills much of Chapters 2 and 3. These chapters also introduce the protagonists of this part of the narrative: Republican senator Nelson Aldrich, the chair of the Senate Finance Committee; Frank Vanderlip, president of National City Bank of New York (now Citibank) and a former Treasury official; and Paul Warburg, a successful, German-born financier who was a partner at the leading investment bank Kuhn, Loeb, and Co (which merged with Lehman Brothers in the 1970s). While these well-intentioned men and many others hoped to reform financial institutions which they believed impeded American commerce and industry, political tensions kept all of their plans on the drawing board. Chapters 4 through 6 focus on the Panic of 1907, the political response, the National Monetary Commission, and the realization rising in the minds of many businessmen and politicians that America should and could create a central bank. These efforts culminated in the Aldrich Plan to create a National Reserve Association, which the National Monetary Commission submitted to Congress without informing them that the initial draft of the plan had been written, secretly, by a cabal consisting of Aldrich, Vanderlip, Warburg, A. Piatt Andrew (an economics professor from Harvard and Assistant Secretary of Treasury), and Henry Davison (a senior partner at J.P. Morgan, a founder of Bankers Trust, and an adviser to the National Monetary Commission). Their infamous vacation on Jekyll Island, when they pretended to be on a duck hunt but actually wrote a proposal for a central bank, is the topic of Chapter 7.

My review skims over these chapters, because the content in them is well known, at least among economic historians. Elmus Wicker (2005) details the recession-reform dynamic in his monograph entitled The Great Debate on Banking Reform. Wicker elucidates the roles of Aldrich and Warburg and the conclave at Jekyll Island. That story has been known for nearly one hundred years. In 1916, B.C. Forbes wrote about it in articles published in Leslie’s Weekly and the magazine Current Opinion. The participants themselves denied the Jekyll Island caucus had occurred for twenty years, until the publication of Aldrich’s biography in 1930, after which all of the participants revealed their roles in drafting the blueprint for the Federal Reserve. From these personal accounts and the conventional academic literature, Lowenstein has crafted a compelling narrative that is accurate, informative, and fun to read. I’ve recommend this section of the book to students and relatives, including my brother and a cousin, who received copies for Christmas and found every page fascinating. A specialist who has read Wicker or the original sources will find pleasurable prose and a source to assign to students, but few historical revelations.

Why then, do I believe Lowenstein’s work merits substantial scholarly praise? The second part of the book, entitled “The Legislative Arena,” crafts a new and coherent account of the Jekyll Island proposal’s tumultuous transition into Congressional legislation acceptable to the American electorate. Numerous accounts exist, but often disagree, even on basic points, due to the cacophony of competing claims over authorship of the Federal Reserve Act. In 1914, Edwin Seligman, a prominent professor at Columbia University, wrote that “in its fundamental features the Federal Reserve Act is the work of Mr. Warburg more than any other man.” In the 1920s in his memoir, An Adventure in Constructive Finance, in speeches, and in submissions to prominent publications including the New York Evening Post and the New York Times, Carter Glass claimed credit for the key ideas in the Act. Critics responded. One example is Samuel Untermyer, former counsel to the House Committee on Banking and Currency. He published a pamphlet titled “Who is Entitled to the Credit for the Federal Reserve Act? An Answer to Senator Carter Glass,” in which he asserted that Glass’s claim of primary authorship was “fiction,” “fable,” and a “work of imagination.” Glass, he argued, claimed credit for many ideas advocated by Senator Robert Owen and Congressional staff. Another example is Paul Warburg. In reply to Glass’s memoir, Warburg published a two-volume tome describing his “recollections of certain events in the history of banking reform,” including copies of correspondence between himself and other founders of the Federal Reserve, and a line-by-line comparison of the Aldrich Plan, originally drafted at Jekyll Island and submitted to Congress in the final report of the National Monetary Commission, and the final Federal Reserve Act, which evolved from bills introduced in the House by Carter Glass and the Senate by Robert Owen in the spring of 1913. Warburg demonstrated that much of the text of the Federal Reserve Act was identical to text of the bill submitted by the National Monetary Commission and also to text of reform proposals that he had written single-handedly and published prior to the conclave on Jekyll Island.

As a professor of economics and professional historian, I had despaired at the confusion concerning who should receive credit for the creation of the Federal Reserve, confusion literally carved in stone on statues in the foyer of the Federal Reserve Building. I knew of one account, a chapter in a biography of Woodrow Wilson, which covered part of this ground, but I feared a comprehensive and coherent account would never emerge.

The second part of Lowenstein’s book fills this void. Chapter 8, “Into the Crucible,” tells how Warburg and other allies of Aldrich advocated for financial reform. They circulated the plan among bankers, incorporated suggestions, and established the National Citizens’ League for the Promotion of a Sounding Banking System, which sought to popularize reform on Main Street as well as Wall Street. Opposition solidified among progressives and Democrats, who feared the Aldrich Plan to create a National Reserve Association was a Trojan horse destined to create a national banking monopoly. Chapters 9 and 10 cover the 1912 presidential campaign, when opposition to the creation of a central bank appeared as a key plank in the Democratic Platform, and William Jennings Byran required Woodrow Wilson to publicly repudiate the Aldrich Plan in return for political support. Chapters 10 through 13 tell how after winning the election, the Democrats adopted the mantle of reform, and turned the Republican plan to create a National Reserve Association into their own plan to create a Federal Reserve Association, based upon similar scientific principles but with a different political superstructure. President Wilson then convinced Republicans and Democrats as well as progressives and populists to vote for the proposal, which was signed into law two days before the first Christmas of Wilson’s presidency.

Lowenstein’s novel narrative is a substantial scholarly achievement. I checked many of his sources, and over the phone and in person, I questioned him about how he came to key conclusions. Future historians may revisit aspects of his story, but I believe the core of his work will stand the test of time. I recommended this part of the book to members of the Federal Open Market Committee, to my Ph.D. advisor (who told me he had learned little from the first half of the book and stopped reading) — and I recommend it to readers of my review.

The epilogue discusses how our nation’s perpetual debates about centralization versus local autonomy, Main Street versus Wall Street, and elastic versus stagnant monetary systems continue today. While reiterating these core concepts may be useful, the epilogue is the weakest part of the manuscript. It begins by stating that “The Federal Reserve System established in 1913 was identical in its framework to the system today. The federalist structure enacted a century ago remains in force; so does the essential purpose … along with setting short-term interest rates … the Fed is in charge of the nation’s monetary policy.” These statements seem misleading or incorrect. The Banking Act of 1935 replaced the Fed’s federalist structure of regional Reserve Banks with authority to operate independently with a national central bank controlled from Washington via the Board of Governors and Federal Open Market Committee. When the Fed was founded, its essential purpose was not monetary policy. The original Fed determined neither the inflation rate nor the exchange rate. Those aggregate prices were set by the gold standard, which had been de jure since the Gold Act of 1900 and de facto for several decades before. The original Fed did not alter interest rates to influence levels of employment, unemployment, or output. Despite my qualms about the epilogue (and a quibble about the inconsistent and inaccurate use of the term “fiat money” throughout the manuscript), I think America’s Bank is worth reading repeatedly. I will assign it to undergraduates when I teach about the history of the Federal Reserve, and I will keep a copy on my bookshelf next Alan Meltzer’s three-volume History of the Federal Reserve and Milton Friedman and Anna Schwartz’s Monetary History of the United States.

Reference:

Elmus Wicker, The Great Debate on Banking Reform: Nelson Aldrich and the Origins of the Fed, Columbus: Ohio State University Press, 2005.

Gary Richardson is the Historian of the Federal Reserve System, a research economist at the Federal Reserve Bank of Richmond, a professor of economics at the University of California at Irvine, and Research Associate at the National Bureau of Economic Research.

Copyright (c) 2016 by EH.Net. All rights reserved. This work may be copied for non-profit educational uses if proper credit is given to the author and the list. For other permission, please contact the EH.Net Administrator (administrator@eh.net). Published by EH.Net (February 2016). All EH.Net reviews are archived at http://eh.net/book-reviews/

Revista Brasileira de Politica Internacional - Call for Papers

Revista Brasileira de Politica Internacional - 2016
by Antonio Carlos Lessa, Editor

Revista Brasileira de Política Internacional - RBPI (http://www.scielo.br/rbpi) announces call for papers for the issues to be published in 2016.

RBPI  is published by the Brazilian Institute of International Relations - IBRI three times per year. Established in 1958, the Journal is dedicated to the debate on international issues in multiple perspectives. RBPI is the most traditional scholarly journal on International Relations published in Brazil. The Journal is also one of the most influential journals in the field in Latin America and in the Global South.

The Journal is published in English. The author guidelines can be verified at http://goo.gl/r7EO2b.

RBPI is indexed at several  of high level  services, including ISI-JCR and Scopus-SJR. Submissions are made at https://mc04.manuscriptcentral.com/rbpi-scielo.

Contribuam, pesquisadores...
Paulo Roberto de Almeida

Mein Kampf de Hitler, publicado na Alemanha, proibido no Brasil

Enquanto um juiz com espírito censório proibe a venda do livro-biografia de Hitler, Mein Kampf -- com base em qual argumento legal? -- a Alemanha publica uma edição crítica dessa obra controversa (para dizer o mínimo).
Fiz uma postagem sobre essa publicação aqui: https://www.facebook.com/paulobooks/posts/1080984328631683

Justiça do Rio proíbe livrarias de vender livro Minha Luta, de Adolf Hitler
www.conjur.com.br
A 33ª Vara Criminal do Rio de Janeiro proibiu a venda do livro Minha Luta (Mein Kampf, em alemão), escrito por Adolf Hitler, em 1925. A decisão, assinada pelo juiz Alberto Salomão Junior, foi proferida em ação cautelar ajuizada pelo Ministério Público estadual. O descumprimento está sujeito a multa de R$ 5 mil.
Capa do livro Minha Luta, na versão original, em alemão
Para o juiz, a obra incita práticas de intolerância contra grupos sociais, étnicos e religiosos. Na decisão, ele destacou que a discriminação contraria valores humanos e jurídicos estabelecidos pela República brasileira, o que justifica a proibição.
"Destaco que a venda de livros que veiculam ideias nazistas ferem gravemente a ordem pública, pois afronta a norma penal insculpida no artigo 20, parágrafo 2º, da Lei 77168/89. Dessa forma, estão demonstrados o fumus boni iuris e o periculum in mora. O primeiro, na própria demonstração da existência da obra que apregoa o nazismo; o segundo, considerando a urgência em evitar a disseminação do livro com ideias contrárias aos direitos humanos, que é fundamento e objetivo fundamental da República Federativa do Brasil", afirmou Salomão Junior em sua decisão.
Mandados de busca e apreensão serão expedidos. Pela decisão, os diretores das livrarias serão nomeados depositários dos livros que forem apreendidos. A determinação vale apenas para as livrarias do Rio de Janeiro. Mas a Justiça fluminense encaminhará um ofício ao Judiciário de São Paulo pedindo que notifique a editora responsável pela obra para que não a distribua mais no Rio de Janeiro.
“Registre-se que a questão relevante a ser conhecida por este juízo é a proteção dos direitos humanos de pessoas que possam vir a ser vítimas do nazismo, bem como a memória daqueles que já foram vitimados. A obra em questão tem o condão de fomentar a lamentável prática que a história demonstrou ser responsável pela morte de milhões de pessoas inocentes, sobretudo, nos episódios ligados à Segunda Guerra Mundial e seus horrores oriundos do nazismo preconizado por Adolf Hitler”, escreveu.
Precedente
Na decisão, Salomão Junior destacou a decisão do Supremo Tribunal Federal de negar Habeas Corpus a uma pessoa condenada por publicar obra literária com conteúdo discriminatório. A pena foi fixada com base na Lei 7.716/89, que trata da punição para crimes de discriminação e preconceito.
“É importante destacar que o Supremo Tribunal Federal já se pronunciou sobre o tema, oportunidades em que se posicionou pela tutela das garantias das pessoas humanas em detrimento de atos discriminatórios e incentivadores de ódio e violência”, destacou o juiz. Com informações da Assessoria de Imprensa do TJ-RJ.
Clique aqui para ler a decisão.
Processo 0030603-92.2016.8.19.000





Democracias tem dissidentes; ditaduras possuem transfugas: China na berlinda (FT)

Democracias tem seus opositores políticos, que podem ser dissidentes de governos, denunciantes, contrarianistas (como certo blogueiro que conheço) e outros cidadãos declaradamente contrários a políticas de governo, podendo eles atuar como denunciantes, acusadores, delatores de malversações ou como simples críticos do governo em vigor.
Só ditadores possuem transfugas, pessoas que se refugiam em outros países, por temer por sua segurança ou até por suas vidas. Transfugas podem vir com informações sensíveis, e só são transfugas por isso mesmo.
Parece ser o caso deste chinês.
Paulo Roberto de Almeida

Top China defector passes state secrets to US
by  Jamil Anderlini in Hong Kong and Tom Mitchell in Beijing
The Financial Times, February 4, 2016

    US intelligence agencies interrogating the brother of a disgraced Communist official believe he is the most valuable Chinese defector to flee to America, according to two people familiar with some of the intelligence he has provided.
The defector, Ling Wancheng, is the brother of Ling Jihua, the former chief of staff to President Hu Jintao who was formally detained on suspicion of “serious violations” of Communist party rules in December 2014.
    The secrets Mr Ling has revealed to US investigators include details on Chinese procedures for launching nuclear weapons, the personal lives of China’s leaders, and arrangements for their security and for the protection of the Zhongnanhai leadership compound in central Beijing, according to one senior retired diplomat and a former leading western intelligence official who received briefings in Washington.
In a sign of how badly it wants to get him back, the Chinese government has sent several teams of security officials and agents to the US on official and covert missions to try to secure Mr Ling’s return.
    Last August the Obama administration issued a warning to Beijing after discovering that Chinese spies in the US were trying to track Mr Ling down and repatriate him.  In November an official delegation from the Chinese Ministry of Public Security travelled to the US to present accusations against Mr Ling to the Sacramento Federal Prosecutor.
The Chinese delegation initially alleged Mr Ling had laundered enormous sums of money through the US but it was unable to provide enough evidence to satisfy US prosecutors.
During a visit to Washington in early September, Meng Jianzhu, China’s top security official, also pressed the Obama administration to return Mr Ling to China to face prosecution in connection with his brother’s alleged crimes.
     The White House, the Central Intelligence Agency and the Federal Bureau of Investigation could not immediately be reached for comment.  In his position as director of the general office of the Communist party of China between 2007 and 2012, Ling Jihua was the top aide to President Hu Jintao and was responsible for categorising and archiving all of the party’s most secret and sensitive information.
     Hong Kong-based media reports alleged late last year that Ling Jihua had stolen thousands of classified documents and handed them over to his brother Wancheng, who transferred them to the mansion he owns in California, near Sacramento.
    Ling Jihua last appeared in public in October 2014 and in July last year Chinese state media reported he had been expelled by the party and charged with several crimes and violations of party discipline, including corruption, adultery and stealing state secrets.   The official government announcement at the time said he had “obtained a great deal of the party and state’s core secrets in violation of laws and discipline”, “accepted huge bribes” and “committed adultery with a number of women and traded his power for sex”.
      These charges marked the culmination of a spectacular downfall that began in early 2012 when Ling Jihua’s 23-year-old son was killed in a car crash while driving a Ferrari in Beijing city centre with two young women, one naked.
Despite a media blackout and government attempts to cover it up, the event was widely reported by international news organisations and Ling Jihua was moved to a less sensitive government position later that year.
     Until now, the most valuable Chinese defector to the US was widely believed to be Yu Qiangsheng, spymaster from China’s Ministry of State Security and son of senior party members, who fled to America in 1985.   His defection led to the arrest and conviction of CIA analyst Larry Wu-Tai Chin on charges of spying for China. Mr Chin was found dead in 1986 in his prison cell from apparent suicide just days before he was to be sentenced.   Yu Qiangsheng was later assassinated by Chinese agents, according to Chinese officials familiar with the matter. Mr Yu’s younger brother, Yu Zhengsheng, is now a member of the seven-man Politburo Standing Committee, the highest political body in China.

TCC faz ameaças contra este blogueiro: que coisa! Toquei num ponto sensivel?

No dia 7 de março de 2015, fiz a postagem abaixo, por encontrar nessa oferta de "fazer o TCC" em apenas tês dias e a dissertação "em 7", uma perversão completa do sentido do Trabalho de Conclusião de Curso.
Eis a postagem, que transcrevo tal qual, a partir do link:
http://diplomatizzando.blogspot.com.br/2015/03/deseducacao-no-brasil-terra-de-todos-os.html

"Eu me pergunto que máquina poderosa de reflexão, de pesquisa, de redação, revisão, correção e finalização de trabalhos acadêmicos é capaz de produzir um TCC em três dias e uma dissertação inteira em apenas uma semana, sendo que os clientes não precisam fazer nada, nem pensar, apenas pagar.
Suponho que este serviço que me está sendo oferecido a partir de Brasília (uma das capitais do crime de colarinho branco no Brasil), deva existir em todas as capitais igualmente, mas na verdade ele prescinde de locais físicos, podendo ser praticado a partir de qualquer lugar do planeta.
Suponho também que uma boa investigação, pelo lado dos pagamentos (não do telefone ou do site, que podem ser virtualizados facilmente), possa chegar aos responsáveis pela poderosa empresa de fabricação de trabalhos acadêmicos.
Para prepararem "originais inéditos", e não cópias que possam ser detectadas facilmente como fraudes, os empresários do crime devem contar com vários professores, especialistas em muitas áreas de conhecimento. Que tipo de acadêmico colabora com um empreendimento desses?
Seria este o caminho do ensino no Brasil?
Não vamos nos cansar de novidades nessa área.
Paulo Roberto de Almeida

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Enquanto o desorientador só exige para depois tentar corrigir (e enrola) o eficiente orientador apresenta as dicas para depois corrigir (e desenrola)"

[Fim de transcrição]

O que aconteceu desde então?
Um indivíduo, cujo IP é facilmente identificável, mas que responde justamente pelo nome TCC TCC passou a ofender este blogueiro e a ameaça-lo de processo.

Transcrevo o que foi escrito, em sua linguagem refinada (mas outros comentários do mesmo teor foram apagados por mim):
"TCC TCC
1 mês atrás  -  Compartilhada publicamente
Enquanto seus imundos comentarios permanecerem aqui vc vai receber o que merece, sua moleca, bichona, invejosa. Vai lavar roupa que vc ganha mais, paula roberta de almeida."
 
E mais esta: 
"TCC TCC
1 mês atrás  -  Compartilhada publicamente
Tentar induzir o leiror ao erro, fazendo-o crer que o mais eficiente orientador de TCCs do Brasil está associado à corrupção e ao vício uma tremenda vergonha, sra. Paula Roberta. Precisa voltar ao antigo primário também para aprender a acentuar os vocábulos e evitar erros de concordância dentre outros deslizes inaceitáveis a um adolescente. Imagine a quem alega ter mestrado ou doutorado. Que nível, Brasil!"
 
Agora uma denúncia contra um concorrente?: 
"TCC TCC
3 semanas atrás  -  Compartilhada publicamente
Olha. Em Brasília, tem um professor que ensina e vc faz todo o TCC em 3 dias, sobretudo na área jurídica. O telefone dele é (61) 8272-1000. Parece que desde 1999 é eleito o + eficiente orientador de TCCs do Brasil. Já socorreu procuradores, juízes, advogados. O site dele: melhoroSUAmonografia.com.br"
 
E a ameaça: 
"TCC TCC
6 dias atrás  -  Compartilhada publicamente
Após nove meses solicito que seja retirada em 48h essa matéria 'totalmente fora da realidade, sem qualquer fundamento, vivendo no mundo do achismo e está denegrindo indevidamente a imagem do mais eficiente orientador de TCCs do Brasil' sob pena de responder a duas demandas judiciais nas esferas cível e criminal. Capital Federal, 29 de janeiro de 2016"
 
E ainda esta: 
"TCC TCC
1 hora atrás  -  Compartilhada publicamente
Vamos aguardar iniciarem as aulas para ingressar com demanda, cujo endereço inicial será no UNICEUB, depois ITAMARATY e RIO BRANCO."
 
Concluindo: vamos aguardar a denúncia...
Suponho que o tal de TCC TCC terá de revelar sua identidade para me processar...
Assim é a vida...
Paulo Roberto de Almeida 
Brasí´lia, 4 de fevereiro de 2016

 

O estado moribundo, quase morrendo, da economia - Roberto Macedo

No hay gobierno? Soy contra!

ROBERTO MACEDO*

A expressão “hay gobierno? Soy contra” costuma ser associada ao anarquismo, uma filosofia que vê todas as formas de autoridade governamental como desnecessárias e indesejáveis. Defende uma sociedade baseada em cooperação voluntária e livre associação de indivíduos e grupos.

É uma utopia concretizável só no âmbito grupal. Em geral, governos são desejáveis e indispensáveis. Mas onde está o do nosso país? Há tempos tenho a sensação de que governo digno do nome não existe no Executivo federal e no Congresso. Em particular, nos últimos 40 dias foram de uma ausência gritante, em contraste com a ululante necessidade de ação rápida diante da imensa crise em que o País afunda.

Anarquismo e anarquia têm outro significado: falta de organização e/ou liderança, confusão, bagunça. Assim vejo o Executivo federal, tamanha a bagunça que a presidente aprontou na economia, causando imensos prejuízos ao Brasil. É o custo Dilma, coisa de centenas de bilhões de reais. Calculá-lo com maior precisão é bom tema para pesquisadores em geral.

A bagunça envolve várias dimensões e a maior é a fiscal, ou nas contas públicas federais, cujos resultados de 2015 foram divulgados há poucos dias pelo Banco Central. Neles fica claro que a gestão anárquica, via ciclismo fiscal – com aceleração de gastos e pedaladas no seu financiamento –, causou uma situação calamitosa.

Equivocadamente, o noticiário concentrou-se no resultado primário dessas contas, o saldo entre receitas e despesas sem incluir os juros da dívida pública. Esse resultado foi passando de positivo – o seu padrão usual – a negativo e chegou a uma enormidade no ano passado. Assim, no governo central ele caiu de 2,13% do PIB (2011) para 1,79% (2012), 1,42% (2013), -0,36% (2014) e -1,97% (2015).

Imagine o leitor se tivesse uma dívida e seu próprio resultado primário fosse zero, ou seja, não cobrisse nem parte dos juros. Sua dívida seria ampliada para pagá-los. E mais um tanto para cobrir um déficit primário, caso ocorresse. Essa foi a dramática situação do governo federal em 2015 e permanece sem solução à vista.

As porcentagens citadas significam muito, pois o PIB esteve perto de R$ 6 trilhõesem 2015 e, nele, o valor em reais do déficit primário foi de 117 bilhões, equivalente a cerca de quatro vezes o do programa Bolsa Família.

Mas noutra e bem mais relevante dimensão, o quadro fiscal é ainda muito pior. O déficit final do governo central, chamado de déficit nominal ou fiscal, que inclui os juros e o déficit primário, foi de R$ 514 bilhões em 2015, 4,4 vezes o déficit primário, ou 8,7% do PIB! Internacionalmente, um número aceitável para tal déficit é em torno de apenas 2,5% do PIB.

Se o déficit primário foi chamado de rombo por alguns jornais, o que dizer desse déficit final? Explosivo seria um bom nome, e veio-me à mente um artefato nuclear. Ele fez com que a dívida pública bruta do governo como um todo se expandisse fortemente. Impulsionada principalmente pelas necessidades de financiamento do governo central, depois de aumentar de 51,7% para 57,2% do PIB entre 2013 e 2014, em 2015 ela passou a 66,2% (!) do PIB, ou R$ 3,927 trilhões.

E os Estados e municípios? Ao contrário do governo federal, têm limite para suas dívidas. Seu desempenho fiscal é totalmente diferente, espelhado no fato de que continuaram a fazer superávits primários em 2015, que totalizaram 0,16% do PIB, enquanto seus déficits finais alcançaram apenas 1,47% do PIB. Como a anarquia fiscal federal prejudicou o PIB e a arrecadação de impostos em geral, seus governos passam por sérias dificuldades, alguns até atrasando o pagamento de salários. Enquanto isso, o federal, anárquico e sem limites, segue se endividando fortemente. A continuar assim, poderá tornar-se inadimplente.

Não me iludo quanto aos efeitos do pacote de crédito anunciado na semana passada, no valor de R$ 83 bilhões, para estimular a economia via bancos oficiais, mas sem “combinar com os russos”. Ou seja, não há garantia de que haverá interessados nesse endividamento. Ademais, é pequeno e prevê-se que os bancos privados emprestem menos em 2016. E há que enfrentar o que é muitíssimo mais relevante, essa gravíssima questão fiscal. Quanto a isso, a presidente vem fazendo apelos pelo retorno da CPMF, além de defender uma reforma da Previdência. Esta é muito menos provável do que esse retorno, mas, fiscalmente anárquico, o governo não se credencia a um imposto a mais. Soy contra a CPMF também.

Aí entra em cena outro Poder anárquico, o Legislativo, do qual dependem medidas como essas. É mais preocupado, salvo raras exceções, em defender interesses nada republicanos. E vive um clima conflagrado pela discussão do impeachment da presidente da República, enquanto o da Câmara luta para evitar o dele. Usualmente, o Congresso só sabe distribuir benesses e se acovarda diante da necessidade de aprovar medidas impopulares, como essa necessária reforma.

E o Judiciário? Não é anárquico, mas tem seus próprios males, como a lentidão e uma exagerada liturgia nos seus trabalhos. Dele, em particular do Supremo Tribunal Federal (STF), o País continua a esperar decisões importantes e rápidas que poderão reduzir a anarquia no Executivo e no Congresso.

Esta semana marcou o reinício das atividades do Congresso e do STF, mas na próxima já vem o carnaval. Ao ver as escolas de samba a desfilar, percebe-se que funcionam melhor que o governo do País.

Minha série de artigos sobre uma estratégia diante da atual crise política, econômica e social continuará, e com este voltei a escrever também sobre outros temas. Faço isso na primeira e na terceira quintas-feiras de cada mês e os artigos estão em opiniao.estadao.com.br/artigo-de-opiniao/. Os da série começaram em 19 de novembro de 2015, com títulos iniciados pela palavra estratégia.

* ROBERTO MACEDO É ECONOMISTA (UFMG, USP E HARVARD), CONSULTOR ECONÔMICO E DE ENSINO SUPERIOR


Milton Friedman, Free To Choose (em portugues) no YouTube

Segue o link para um dos capítulos (1) da série A liberdade de escolher do renomado Milton Friedman, com comentários agregados por personalidades da atualidade, que não constavam no seriado original.

 
Grato ao colega da Rede Liberal

                 Uilson de Jesus Carvalho              Arquiteto Reg.CAU - A12676-4/RJ
          Consultor Imobiliário - CRECI RJ 49742/O

 

Um companion book ao pensamento de Raymond Aron, por mais de 100 dolares!!??

Books and Culture

Daniel DiSalvo
The Savior of French Liberalism
Raymond Aron’s work holds lessons for the future of Islam and the West.
February 3, 2016
Photo by Keystone/Hulton Archive/Getty Images
The Companion to Raymond Aron, edited by José Cohen and Elisabeth Dutartre-Michaut (Palgrave Macmillan, 304 pp., $110)

Liberalism—defined broadly as a democratically elected regime with a limited government and a market economy that protects individual rights—remains a hotly contested political persuasion in France. Today, libéralisme is associated with “savage capitalism” and the “Anglo-Saxon model.” If someone calls you a liberal in a Left Bank café, he likely means it as an insult.
Such attitudes have deep roots. Over the course of the twentieth century, liberalism had few defenders in Paris and was overshadowed by seductive varieties of nationalism, existentialism, structuralism, surrealism, and Marxism. It wasn’t until the end of the century that the non-liberal alternatives were spent and interest in liberalism was renewed—at least among scholars.
It would be nearly impossible to speak about French liberalism today if Raymond Aron had not kept the flame alight while other philosophical fashions tried to blow it out. Therefore, The Companion to Raymond Aron, edited by José Cohen and Elisabeth Dutartre-Michaut, is a welcome new addition to the work on Aron available in English. It brings to light Aron’s characteristic mode of political reflection, which remained close to political actors’ realistic options and the concerns of citizens—rather than elaborating the sort of high-minded theoretical schemas that often typify French thinking.
Aron’s life tracked the “short” twentieth century. He was born in 1905 just prior to the Great War and the Bolshevik Revolution. He died in 1983 just prior to the fall of the Berlin Wall and the collapse of the Soviet Union. In between, his political judgment was extraordinary. Calling him the “Thucydides of the twentieth century” isn’t an overstatement.
After studying in Germany just prior to the rise of Hitler, Aron adopted the position that Nazism had to be unequivocally opposed. After Paris fell to the Wehrmacht, Aron went into exile in London to join General Charles de Gaulle and the French Resistance. After the war, he consistently championed Western democracy over Soviet totalitarianism. He endorsed the Cold War strategy of undermining and outlasting the Soviet Union. He favored decolonization of French North Africa. During the events of May 1968, he rejected the students’ fantastical utopianism. Throughout his career he championed the basic liberal values of Western civilization. Compared with Jean-Paul Sartre, who got almost all of these questions wrong, Aron looks prophetic.
Of course, no good deed goes unpunished. Aron paid for his good judgment with isolation from French intellectual circles. The Left regularly derided him as a “Cold Warrior,” especially after his most famous book, The Opium of the Intellectuals (1955), exploded the cherished myths of the Left, the proletariat, and the revolution. Soon thereafter, the French Right abandoned him because he favored Algerian independence. Aron’s caustic analysis of the “psychodrama” of May 1968 once again placed him firmly outside the fashionable trends of his time.
Sartre—a former schoolmate and friend, whom he had introduced to German existentialism—quipped that Aron was “unworthy to teach.” Others censured Aron for the “icy clarity” of his analyses, which supposedly lacked compassion. It became a commonplace in French intellectual circles that “it is better to be wrong with Sartre than to be right with Aron.” In that light, Aron’s intellectual fortitude and independent-mindedness were truly remarkable. It was only near the end of his life, in the late 1970s, with publication of Alexander Solzhenitsyn’s work on the Soviet gulag and the revelation of the horrors of Communism in Cambodia and Vietnam, that French opinion shifted in Aron’s favor. He now appeared to have been right all along about the nature of Communism—and much else. Claude Lévi-Strauss called Aron a “teacher of intellectual hygiene.”
The Companion to Raymond Aron is an excellent introduction to the main events of his life and the core themes of his work. The various authors reveal how and why Aron became recognized as one of the world’s most thoughtful analysts of the moral, political, economic, military, and sociological dimensions of modern democracy. His interests ranged from nuclear strategy to Tocqueville.
Primarily known outside France as an analyst of international relations, Aron was one of the first to develop the idea of totalitarianism. He argued that the Nazi and Stalinist regimes were without precedent in human history because they were based on “secular religions.” Each expressed a notion of providential destiny: for the Nazis, the victory of a race; for the Soviets, the victory of a class. These totalizing ideologies were what made these regimes so dangerous. Aron concluded that Marxist-Leninism “as an ideology is the root of all (in the Soviet regime), the source of falsehood, the principle of evil.” Ultimately, the Soviet regime’s attempt to make man into an angel in fact “create a beast,” while the Nazi’s experience showed that “man should not try to resemble a beast of prey because, when he does so, he is only too successful.”
The lessons that Aron drew from the twentieth century were that history is tragic, human freedom fragile, and theories of historical determinism pernicious. In his defense of liberal principles, Aron described himself as an adherent of “democratic conservatism.” Compared with the totalitarian regimes, “we are all the more conservatives because we are liberals who want to preserve something of personal dignity and autonomy.”
Aron sought to distinguish politics as a prosaic activity from the quest for salvation. “Modern society is a democratic society that must be observed without transports of enthusiasm or indignation,” he once remarked. “It is not the ultimate fulfillment of human destiny.” Aron’s outlook was characterized by modesty about what politics could achieve and what one should thereby expect from it. His liberalism fits into the French historical tradition more than the classical liberalism of England or the United States. For instance, Aron did not stress ideas of natural rights, which are the root of American liberal principals.
The recent terrorist attacks in Paris raise profound questions for both France and the Western democracies. How can the West develop a foreign policy that addresses the threats of Islamic terrorism and the reality of evil in the world but doesn’t get trapped trying to transform other regimes through nation-building and social engineering? Aron’s hostility to philosophies of history—such as recent claims about the “end of history” and the democratization of the world—is a powerful reminder that a hard-headed realism about what needs to be done can be combined with a balanced notion of how much can be achieved through political action. The presence in Europe of large numbers of Muslims citizens along with immigrants from the Middle East and Africa means that domestic and foreign policy are closely intertwined. How can France, which has the largest Muslim population in Europe, simultaneously preserve its own traditions and values and address increasing cultural and religious diversity? How can France integrate its Muslim population while simultaneously taking military action in the very regions from which its immigrant population hails?
These are enormous questions, but Aron provides some helpful guideposts. His skepticism about historical determinism casts doubt on the reigning “secularization” thesis—or dogma. This thesis holds that, as society modernizes, citizens will slowly lose their religious convictions, and those that cling to them will agree to do so exclusively in private. Reading Aron helps to break such spells. A broad understanding of his work would temper optimism about what laïcité (or secularism) can do to transform Europe’s Muslims. Europeans in general—and the French in particular—need to come to terms with the fact that Islam is not likely to follow Christianity’s historical trajectory in Europe. Only then can realistic approaches to religious diversity begin to be developed.