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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

domingo, 3 de novembro de 2024

O que muda na política externa e na diplomacia lulopetista depois de Kazan e do conflito com a Venezuela - Paulo Roberto de Almeida

 O que muda na política externa e na diplomacia lulopetista depois de Kazan e do conflito com a Venezuela

 

Paulo Roberto de Almeida, diplomata, professor.

Nota sobre uma possível conjuntura história de transformação na postura diplomática do governo Lula 3.

 

        Durante quase 20 anos – quarenta se contarmos dos primeiros anos da existência do PT e da elaboração das suas primeiras posturas na área externa – a “política externa” e a “diplomacia” do PT, moldada não por Lula, mas pelos gramscianos que se incorporaram aos sindicalistas “alternativos” que fundaram o partido, permaneceu invariavelmente as mesmas, com as inevitáveis mudanças tópicas ou conceituais que surgiram ou se impuseram a partir do momento em que Lula e o PT assumiram o poder político federal pela primeira vez, em 2002-2003 (da eleição à posse, passando pela transição civilizada organizada pelo governo de FHC, com base em lei aprovada em meados de 2002). Desculpem as muitas aspas, mas elas são necessárias para denotar o caráter peculiar dos termos “aspeados” vis-à-vis o sentido que os termos assumem em seu uso normal no ambiente acadêmico; espero que me entendam.

        O PT surgiu como típico partido esquerdista latino-americano – socialista, na linha do socialismo latino-americano –, mas com bastante influência da experiência histórica da revolução cubana e da produção intelectual dos acadêmicos que se juntaram ao partido desde os primeiros anos, geralmente os esquerdistas que lutaram (vários morreram), foram presos e torturados, partiram para o exílio ou foram anistiados a partir de 1979, e que se juntaram à pela reconstrução da democracia no Brasil nos últimos anos do regime militar. Com base nesse tipo de origem, o PT desenvolveu um pensamento e propostas para a ação identificados com o socialismo estatizante, anti-imperialista (ou seja, antiamericano), voltados para a implantação de um regime socialista vagamente assemelhado ao modelo cubano, mais do que ao planejamento totalmente centralizado do modelo soviético. Nos primeiros vinte anos, ou seja, dos anos 1980 ao final do século, o PT, o Sindicato dos Metalúrgicos, a CUT e seus “derivados” (nos meios acadêmicos e sindicais, sobretudo) receberam fortes apoios do exterior, começando pelo governo de Fidel Castro – daí a fidelidade integral aos cubanos, permanente –, por sindicatos e partidos socialistas do mundo ocidental, a exemplo da DGB e do SPD alemães, da CGT, da CFDT e do PS francês, dos socialistas espanhóis, e até da AFL-CIO, as duas centrais unificadas dos trabalhadores sindicalizados dos Estados Unidos, passando até, muito possivelmente, até por movimentos guerrilheiros esquerdistas da região. Essa ajuda nem sempre foi transparente ou reconhecida oficialmente pelo PT ou pela CUT.

        Nessas condições, não se poderia esperar nenhuma proposta na área internacional que não fosse identificada com o socialismo estatizante, e até em suas vertentes mais radicais, retiradas do itinerário e do estilo cubano de fazer política interna e externa. A adesão de suas lideranças e de suas principais lideranças políticas (no sentido estrito, ou seja, de preferência às lideranças puramente sindicais) a esse universo limitado aos casos emblemáticos da própria região latino-americana, fez com que o PT passasse incólume de processo de mudanças e transformações profundas que afetaram os partidos e movimentos políticos da vertente socialista na Europa e em alguns outros lugares, como por exemplo, a tendência eurocomunista, que afastou as esquerdas europeias do socialismo estatizante de simpatia à União Soviética, em direção de propostas reformistas dentro do capitalismo democrático.

Já tinha sido o caso do SPD alemão desde o congresso de Bad Godesberg, no final dos anos 1950, fazendo o partido abandonar a linha marxista tradicional em favor de uma ação dentro do capitalismo matizado pelo ordo-liberalismo. O mesmo ocorreu com os partidos comunistas italiano, francês, espanhol e os socialistas nesses países com mais ênfase, a despeito do atraso do Labour nessa modernização doutrinal e programática. O PT, seguindo fielmente o PC de Cuba, resistiu às mudanças, e até organizou, a pedido dos cubanos, o Foro de São Paulo, quando da implosão do socialismo soviético e do início da grande transição ao capitalismo em quase todos os países submetidos até então ao controle da URSS. O Foro de São Paulo é uma espécie de Cominform cubano, similarmente ao papel que o Cominform criado por Stalin em 1947, no controle da ação e das políticas dos partidos tradicionalmente afiliados anteriormente à III Internacional, extinta pelo próprio Stalin em 1943, no momento da aliança com as democracias burguesas durante a guerra contra o nazifascismo.

        Quando o PT assume o poder em 2003, houve certa acomodação na área econômica, por necessidade ditada pelo pragmatismo, mas a política externa oficial e a diplomacia do Itamaraty passaram a ser fortemente influenciadas pelas diretrizes do PT, administradas pelo próprio conselheiro presidencial para assuntos internacionais no Palácio do Planalto, junto a Lula e em estreito contato com os diplomatas escolhidos para chefiar o Itamaraty, um velho e conhecido acadêmico e militante, aparatchik do PT desde a sua origem, e encarregado desde sempre de suas relações internacionais (por ter andado pelo exterior, nos tempos mais duros do regime militar e ter conhecimento de rudimentos de línguas estrangeiras, basicamente espanhol e francês). Marco Aurélio Garcia guiou algumas grandes decisões da política externa e da diplomacia dos governos Lula 1 e 2 (2003-2010) e continuou de exercendo sob Dilma, de 2011 até o final, em 2016. Em torno dele, do chanceler Celso Amorim e do SG-Itamaraty Samuel Pinheiro Guimarães gravitavam vários ideólogos do PT, militantes da causa ou acadêmicos gramscianos, que forneciam o essencial da “expertise” ao presidente na frente externa. 

        Acompanhei a “política externa” do PT, e sua forte influência sobre a diplomacia oficial desde o início, em artigos e livros que seguiram as principais etapas e tomadas de posição desde os anos 1980 até o período recente. Posso referir-me, por exemplo, sendo sintético, a este artigo síntese da fase pré-presidencial: “A política internacional do Partido dos Trabalhadores: da fundação do partido à diplomacia do governo Lula” (Sociologia e Política (n. 20 jun. 2003, p. 87-102; disponível: https://www.scielo.br/j/rsocp/a/4nshwsp5XKC3k8rvSpxvykx/?format=html). As análises subsequentes foram consolidadas em três livros que seguiram a “política externa” do PT até uma data recente: Nunca Antes na Diplomacia…: a política externa brasileira em tempos não convencionais (Curitiba: Editora Appris, 2014); Contra a corrente: Ensaios contrarianistas sobre as relações internacionais do Brasil (2014-2018) (Curitiba: Appris, 2019) e Apogeu e demolição da política externa: itinerários da diplomacia brasileira (Curitiba: Appris, 2021).

Entre o final de 2022 e a atualidade, escrevi e publiquei diversos artigos, ou notas, acompanhando as principais tomadas de posição do governo Lula na área externa, que não são, ou até aqui não foram muito diferentes, pelo menos em intenção, das velhas propostas de políticas (bilaterais, regional e multilateral) que foram sendo explicitadas e implementadas desde o início dos anos 2000 até recentemente. 

        As novidades principais, naquele período de grande sucesso externo, foram as iniciativas regionais (Unasul e outras) e no âmbito do chamado Sul Global: primeiro o IBAS, depois o BRIC, ainda que este último não se enquadre perfeitamente nesse conceito geográfico, mas se encaixa totalmente ao espírito e à letra do antiamericanismo persistente no PT e em suas principais lideranças, sobretudo em Lula. 

        Pois foi exatamente no âmbito do BRICS ampliado que começaram a tomar forma desenvolvimentos que passaram a impactar as concepções do PT quanto à direção a ser imprimida à diplomacia brasileira no futuro de curto e médio prazo, paralelamente ao mais recente processo “eleitoral” na Venezuela chavista, ambos fenômenos que podem indicar uma tímida mudança nos cálculos de Lula e seus principais assessores no tocante às prioridades diplomáticas futuramente. Esses dois processos recentíssimos ainda não deixaram marcas decisivas nas grandes orientações doutrinas e políticas da diplomacia governamental, mas podem e promete fazê-lo de maneira ainda não muito clara, dependendo de como Lula e o PT, assim como suas forças “auxiliares” reagirão aos desafios do presente e do futuro breve. Dispenso-me de adentrar, na presente nota, nos detalhes desses processos paralelos, conectados de forma indireta, mas de maneira clara, reduzindo-a ao essencial dos fatos.

        O BRIC original e o Brics dos primeiros anos se situavam no universo conceitual que estiveram na origem de sua formação, como plataforma política com algum embasamento econômico e pretensões à consolidação como foro diplomático alternativo ao domínio do G7 e outros avatares ocidentais (Bretton Woods, OCDE, OTAN, UE, entre outros). Desde meados da década anterior, o agravamento das tensões entre China e, principalmente, Rússia de Putin contra a “hegemonia ocidental” sobre as principais organizações da governança global levou a que essas duas potências conduzissem o bloco do Brics e seus outros três membros a uma postura fortemente antiocidental, consoante uma aliança política, econômica, diplomática e militar entre ambas, o que passou a moldar os desenvolvimentos recentes do grupo, em especial sua ampliação no formato Brics+, com a adesão de novos membros – decididos na reunião de cúpula de Joanesburgo, em 2023 – e a “associação de mais de uma dezena de outros, na cúpula de Kazan, terminada ao final de outubro de 2024. 

        O outro processo que pode determinar mudanças nas posturas (não apenas regionais) do PT e do governo Lula na área externa tem a ver com a Venezuela e o aprofundamento de sua ditadura iniciada no início do século sob a liderança de Hugo Chávez. Observadores mais atentos já poderiam prever, com base no comportamento dos líderes chavistas, presididos por Nicolás Maduro, essa caminhada para uma ditadura aberta desde as eleições fraudadas de 2018, agora repetidas em grande escala em julho de 2024 e nos meses seguintes. O PT até chegou, igualmente de forma fraudulenta, a “atestar” a vitória do ditador chavista nessas últimas eleições, gesto “ousado” que sequer Lula e seus assessores chegaram a repetir, com base em acertos anteriores (acordo de Barbados de 2023) quanto à transparência, correção e um mínimo de confiabilidade nas eleições presidenciais. 

        O episódio do chamado “veto” brasileiro ao ingresso da Venezuela no Brics+ serviu de gatilho a uma rápida deterioração das relações entre Lula e Maduro, daí para a contaminação das relações diplomáticas e um “rompimento” entre os dois países para todos os efeitos práticos. Concorrentemente a outros episódios que já tinham marcado a diplomacia antiocidental de Lula e do governo brasileiro – guerra de agressão da Rússia contra a Ucrânia e o agravamento do conflito entre grupos terroristas pró-palestinos e Israel –, o conflito entre o governo Lula e a ditadura chavista da Venezuela pode resultar numa revisão parcial da política externa do governo e da diplomacia brasileira com respeito às relações com as duas grandes potências eurasianas e alguns regimes esquerdistas da América Latina. 

        Ainda é cedo para determinar características e consequências dessa revisão talvez conceitual, mas mais provavelmente puramente operacional, em algumas vertentes, apenas, da interface externa do governo de Lula 3, com um impacto limitado sobre a diplomacia profissional, encarregada de administrar as ações levadas a efeito nos planos bilateral, regional e multilateral. Outro evento de consequências ainda indeterminadas é representado pelas eleições americanas de 5 de novembro de 2024, cujos resultados podem ser impactantes, se por acaso o candidato populista autoritário for o vencedor, uma vez que a continuidade da liderança dos Democratas não redundará em rupturas tão dramáticas quanto as eventualmente derivadas de um segundo mandato para o candidato republicano. Uma nova reflexão prospectiva será necessária para acompanhar os desenvolvimentos derivados dos três processos aqui comentados brevemente.


Paulo Roberto de Almeida

Brasília, 4778, 3 novembro 2024, 5 p.


Rodolfo Stavenhagen: Sete Teses Equivocadas sobre o Desenvolvimento Latino-americano (1965) - Trabalho de Paulo Roberto de Almeida

Rodolfo Stavenhagen foi um grande sociólogo mexicano, cuja cobra eu conheci na Europa, publicada em francês, entre outras as Sete Teses Equivocadas sobre o Desenvolvimento Latino-americano. Por isso, quando vi o anúncio de um seminário para comemorar meio século da publicação dessa importante obra, eu logo me inscrevi. Depois enviei meu trabalho, mas ele não foi publicado neste livro. Abaixo os registros relativos ao mau trabalho. PRA (3/11/2024)

2768. “Siete Tesis Equivocadas sobre Brasil en el contexto latinoamericano: una relectura de las tesis de Stavenhagen aplicadas a Brasil”, Hartford, 9 fevereiro 2015, 2 p. Propuesta de presentación de articulo y de exposición para seminario de los 50 años de la publicación de “Siete Tesis Equivocadas sobre América Latina” de Rodolfo Stavenhagen; “Nuevas Miradas Tras Medio Siglo de La Publicación de Siete Tesis Equivocadas sobre América Latina”; Colegio de México, Centro de Estudios Sociológicos (http://ces.colmex.mx/convocatoria-siete-tesis; e-mail: seminario7tesis@colmex.mx); Resumen: 27/02/2015; Artículo hasta: 30/04/2015; Confirmada recepción de los documentos el 19/02/2015 (seminario7tesis@colmex.mx).


2795. “Sete teses equivocadas sobre o Brasil no contexto latino-americano: uma releitura das teses de Stavenhagen aplicadas ao Brasil”, Hartford, 24 março 2015, 22 p. Paper preparado para o Seminário: Nuevas Miradas Tras Medio Siglo de La Publicação Sete Teses Equivocadas sobre América Latina (Colegio de México; 25-26 junio 2015). ; enviar em espanhol, para o e-mail: seminario7teses@colmex.mx; Seminário: http://ces.colmex.mx/convocatoria-sete-teses. 


2827. “Siete Tesis Equivocadas sobre Brasil en el contexto latinoamericano: una relectura de las tesis de Stavenhagen aplicadas a Brasil”, Brasília, 26 maio 2015, 26 p. Paper em Espanhol, com base no esquema n. 2768, escrito originalmente em Português, a partir do trabalho n. 2795, para o Seminário: Nuevas Miradas Tras Medio Siglo de la Publicación de Siete Teses Equivocadas sobre América Latina (Colegio de México; 25-26 junio 2015). Revisto por Sabrina Duque em 29/05/2015. Enviado em 30/05/2015, para o e-mail: seminario7teses@colmex.mx; Seminário: http://ces.colmex.mx/convocatoria-sete-teses. Enviado também por carta ao Diretor do Centro de Estudios Sociológicos do Colegio de Mexico, Dr. Arturo Alvarado Mendoza, com pedido de desculpas por ter ultrapassado as 20 páginas do ensaio. Revisão geral em Anápolis, em 3/06/2015, para inclusão de bibliografia. Correspondência recebida em 21/06/2015, de Serena Chew Plascencia (schewp@colmex.mx) para confirmar presença. Feito resumo do trabalho em 10 p., para ser lido, e feita carta informando sobre não comparecimento (22/06/2015). Revisão final, Hartford, 9/08/2015 (enviado a: schewp@colmex.mx). Texto original e completo disponibilizado na plataforma Academia.edu (20/08/2016; link: https://www.academia.edu/s/da95137307/siete-tesis-equivocadas-sobre-brasil-en-el-contexto-latinoamericano-una-relectura-de-las-tesis-de-stavenhagen-aplicadas-a-brasil-2015). Resumo postado no blog Diplomatizzando (20/08/2016; link: http://diplomatizzando.blogspot.com.br/2016/08/siete-tesis-equivocadas-sobre-al-de.html). Recebida comunicação em 23/11/2016, da revista Latin American Perspectives, transmitindo parecer negativo quanto à publicação nessa revista da California, mas indicando que ele seria publicado pelo Colégio de México, em volume em homenagem a Stavenhagen. Escrito em 27/11/2016 a Serena Schew. Comentários ao parecer negativo da LAP enviados a Ronald Chilcote.






Brevíssima história econômica mundial - Paulo Roberto de Almeida

Brevíssima história econômica mundial

Paulo Roberto de Almeida 

A Grã-Bretanha liderou a economia mundial entre a primeira e a segunda revoluções industriais, inclusive na dominância financeira e monetária. Os EUA assumiram esse lugar desde a segunda até a quarta, seguidos de perto pela Alemanha e Japão, que eles generosamente incorporaram à ordem econômica mundial (e às democracias de mercado) que a nação hegemônica moldou ao final da IIGM. 

A China, que perdeu todas essas revoluções industriais, só engatou na quarta, graças a Deng Xiaoping e já caminha aceleradamente pela quinta revolução industrial. O Brasil mal se encaixou na terceira e se arrasta penosamente para ficar na lista. Mas continua líder nas commodities, o que não deixa de ser uma vantagem comparativa.

Se Trump for eleito, os EUA recuarão para o mercantilismo, e arrastarão o mundo nesse inacreditável retrocesso histórico. 

Esse é o risco de se eleger um tosco capitalista trambiqueiro, totalmente ignorante em matéria econômica e politicamente autoritário.

Os EUA vão declinar apenas relativamente, mas os efeitos econômicos e políticos para o mundo seriam graves.

Paulo Roberto de Almeida

Brasília, 3/11/2024


sábado, 2 de novembro de 2024

Venezuela acusa Brasil de se “passar por vítima” e violar Carta da ONU - Tiago Tortella (CNN Brasil)

Venezuela acusa Brasil de se “passar por vítima” e violar Carta da ONU 

Comunicado do governo Maduro afirma que Itamaraty tenta enganar a comunidade internacional 

Tiago Tortellada CNN , em São Paulo 

Xi Jinping’s Axis of Losers - Stephen Hadley (Foreign Affairs)

Xi Jinping’s Axis of Losers

The Right Way to Thwart the New Autocratic Convergence

By Stephen Hadley | Foreign Affairs, November 1, 2024

The United States is contending with the most challenging international environment it has faced since at least the Cold War and perhaps since World War II. One of the most disconcerting features of this environment is the burgeoning cooperation among China, Iran, North Korea, and Russia. Some policymakers and commentators see in this cooperation the beginnings of a twenty-first-century axis, one that, like the German-Italian-Japanese axis of the twentieth century, will plunge the world into a global war. Others foresee not World War III but a slew of separate conflicts scattered around the globe. Either way, the result is a world at war—the situation is that serious.

What should be done about this cooperation is another matter. Some strategists argue for ruthless prioritization, focusing on the members of the axis that represent the greatest threats. Others believe that only a comprehensive effort will succeed. But the best strategy would borrow elements of both approaches, acknowledging that China is the primary long-term concern for U.S. national security strategy—“the pacing threat,” in the U.S. Defense Department’s framing—but also a different kind of global actor than its rogue-state partners. Accordingly, Washington’s aim should be to make clear to Chinese President Xi Jinping how counterproductive and costly to Beijing’s interests these new relationships will turn out to be. That means effectively countering Iran, North Korea, and Russia in their own regions, thereby demonstrating to China that tethering itself to a bunch of losers is hardly a path to global influence.

BROTHERS IN ARMS

Cooperation among the members of this twenty-first-century axis has been heavily centered on military, industrial, and economic support for Russia in its war on Ukraine, which could not be sustained without such help. The resulting defense industrial cooperation and incipient integration is likely to go well beyond what existed among the twentieth-century axis partners. North Korea is providing artillery shells, other munitions, military personnel, and industrial workers to Russia and getting oil and missile and space technology in return. Iran is providing missiles and drones produced in its defense plants as well helping build such plants in Russia itself, and getting assistance with its own missile, drone, and space programs and perhaps with civil nuclear power as well. China is so far providing everything short of actual weapons: dramatically increased trade and purchases of oil, gas, and other natural resources; dual-use technology that is being integrated into Russian air-defense, electronic-warfare, drone, and other weapons and communications systems; and as of recently, actual components for Russian weapons. There is even talk of producing drone and weapons systems for Russia in Chinese factories. What China is getting in return is not fully clear at this point, aside from discounted energy—and potentially unrivaled influence over Russia. Beyond the war in Ukraine, China and Russia and their axis partners have increased joint training and operations, including with bombers, ships, and even ground forces.

The axis partners have also accelerated their diplomatic coordination, with Beijing and Moscow using their veto power in the UN Security Council to protect each other and Tehran and Pyongyang from adverse resolutions. Reciprocal high-level visits by leaders and top officials have yielded a series of agreements to cooperate in economic, technological, and other fields

This twenty-first-century axis may not be a formal alliance, but it nonetheless represents an increasingly close, highly functional, and flexible alignment of interests that does not need to become an alliance to advance its members’ aims or undermine the interests of the United States and its allies in Europe, the Middle East, and Asia. Even without real ideological affinity, there is a shared anti-Westernism, opposition to democracy, and embrace of authoritarian alternatives. What truly binds the axis is not ideology but a common opposition to U.S. power and the international system it sustains—fueled by a belief that this power represents a mortal threat to their regimes’ interests, aspirations, and even survival.

The link between China and Russia is especially important. It is built on the strong personal relationship between Xi and Russian President Vladimir Putin, forged in more than 60 meetings during their time in office. There are, of course, both historical and contemporary sources of tension between China and Russia: a long common border with lots of empty space on the Russian side and a large population on the Chinese side; Beijing’s suspicion of Moscow’s revived relationship with North Korea, and Moscow’s suspicion of Beijing’s growing economic influence in Central Asia; and considerable xenophobia in both countries. But these tensions, although real, are unlikely to be allowed to disrupt the relationship between the two governments as long as Putin and Xi are in charge

THE CHINA CARD

Although some commentators have recommended trying to pull the members of the axis apart, former U.S. Secretary of State Condoleezza Rice leans in the opposite direction, proposing that policymakers seek to “slam them together and make them deal with the consequences of the fact they don’t actually have all that much in common.” There is much to be said for this approach. Any effort to pry Putin away from the axis will most certainly fail; he is too dependent on these partners for support in Ukraine. To try to separate North Korea or Iran from the axis would require concessions that no U.S. administration is likely to be willing to make.

But China may be a different matter. Unlike its axis partners, China is integrated into the global economy. The prospect of broad secondary sanctions—which have been limited and targeted to date—in the event that China crosses Western redlines by providing weapons to Russia could threaten to exact real economic costs. Meanwhile, the war on Israel being waged by Iran and its proxies threatens to disrupt China’s critical oil supplies and other trade with the Middle East. And North Korea’s increasingly bellicose attitude toward its neighbors has roiled China’s diplomatic and economic relations with South Korea and Japan.

More fundamentally, China has made its prestige hostage to the success of its axis partners. If they should be seen to be failing in their respective efforts to impose their will on their neighbors by force, it would become clear to the world that Beijing has cast its lot with losers. That would not only undermine China’s effort to project itself as the global leader of a new kind of international order; it would also damage Xi’s personal standing, at home and abroad.

Washington should demonstrate to China that tethering itself to a bunch of losers is hardly a path to global influence.

How might this goal be accomplished? With respect to Russia, it means preventing Putin from achieving his strategic objectives in Ukraine. This will require enough sustained Western diplomatic, economic, and military support to enable Ukrainian forces to stop the current Russian advance and, if not win back occupied territory, at least establish a stable line of contact between Ukrainian and Russian forces. Such an outcome would allow Kyiv to get on with the job of building a sovereign, prosperous, noncorrupt, and democratic state increasingly integrated with European economic and security institutions.

With respect to Iran, it means quashing Tehran’s hegemonic ambitions in the Middle East. In part, this can be done by supporting Israel in delivering strong blows against both Iran and its proxies—Hamas, Hezbollah, the Houthis, and more—to reestablish deterrence and open the way to a more stable Middle East. Stability will allow continued reconciliation between Israel and its Arab neighbors, the beginning of a more promising future for the Palestinians, and the chance for the people of Lebanon to free their country from domination by Hezbollah.

And with respect to North Korea, it means demonstrating that Pyongyang’s fixation on nuclear weapons and the means to deliver them will not bring the country security or leverage over its neighbors. That will require strengthening the diplomatic, economic, and military capabilities of Australia, Japan, South Korea, and other regional allies and partners to work with the United States to deter North Korea and defend against any military action it might undertake—all with the aim of continued progress toward a free, open, and peaceful Indo-Pacific.

EXISTENTIAL RECONSIDERATIONS

Each of these steps would advance the interests of the United States and its friends and allies, leaving aside the message they would send China. But if pursued successfully, they could cause Beijing to limit and ultimately reduce its commitment to the failing adventurism of its renegade partners.

There is good reason to think such a reconsideration is possible, since Xi has adjusted course under pressure before. Faced with street demonstrations and other clear expressions of public dissatisfaction, he abruptly abandoned his “zero COVID” policy. In response to the China strategy forged over the course of the Trump and Biden administrations, he changed his approach to the United States. Early in his tenure, Xi seemed to have concluded that the United States and the West more generally were in terminal decline, presenting an opportunity for China to assert itself on the global stage; a strong U.S. response backed by a clear bipartisan consensus, real strategic investment, and a common front with friends and allies prompted Xi to reconsider. The result was a decision to reengage with the United States, including by meeting with President Joe Biden in San Francisco last November, in an attempt to arrest the decline in U.S.-Chinese relations.

By decisively curbing the adventurism of Xi’s axis partners, Washington could cause him to change course once again. It would surely be in his interest to do so. For if the recklessness of his partners brings sustained global instability and conflict, Xi himself would bear much of the blame for preventing the Communist Party from fulfilling its pledges to make China a “moderately developed economy” by 2035 and a “strong, democratic, civilized, harmonious, and modern socialist country” by 2049. The right U.S. strategy could make Xi understand that he can best serve his own interests by breaking with the axis of losers.

ABOUT THE AUTHOR:

STEPHEN HADLEY is a Principal at the international consulting firm Rice, Hadley, Gates, & Manuel and served as U.S. National Security Adviser from 2005 to 2009.


Maduro e Lula: relações perigosas, por Janaina Figueiredo - Clara Simão (CBN)

'Nunca foi tão ruim a relação de Lula com o chavismo e tende a piorar', afirma correspondente

No programa Viva Voz, comandado por Vera Magalhães, a colunista do O Globo e correspondente Janaina Figueiredo analisa as tensões entre Brasil e Venezuela, principalmente após a cúpula do BRICS.


Por Clara Simão, CBN, 1/11/2024

Em um novo episódio de tensões diplomáticas, nesta quarta-feira (30), Nicolás Maduro convocou o embaixador da Venezuela no Brasil para retornar a Caracas, além de chamar o encarregado de negócios brasileiros na capital venezuelana para expressar seu mal-estar em relação a declarações do assessor especial da Presidência, Celso Amorim.

O governo venezuelano afirmou que Amorim está se comportando como um mensageiro do imperialismo norte-americano e fazendo julgamentos de valor sobre processos que dizem respeito apenas à população da Venezuela e às instituições democráticas do país. 

No Viva Voz, comandado por Vera Magalhães, a colunista do O Globo e correspondente Janaina Figueiredo analisa a questão, destacando a quebra de confiança entre os países e as tensões após a cúpula do BRICS em Kazan. Ela apontou que o governo de Lula nunca esteve tão mal relacionada com o chavismo. 

Janaina afirmou que, neste momento, não existe interlocução do Brasil com a Venezuela, uma vez que Lula já está 'sem paciência' com o país desde as eleições de 28 de julho, que teve resultado contestado após Maduro se autodeclarar vencedor.

'Eu conversei com várias fontes e me disseram que o diálogo desde a cúpula de Kazan, na semana passada, na Rússia, é zero. Não há diálogo hoje entre Brasil e Venezuela. A interlocução está absolutamente suspensa, até que isso possa ou não ser recuperado. Eu acho que o presidente Lula perdeu totalmente a paciência com a Venezuela. Isso não é de hoje, isso já vem se arrastando. Eu acho que a eleição de 28 de julho foi o auge dessa irritação de Lula'

Figueiredo contou que, em reunião cordial em Caracas, entre o encarregado de negócios do Brasil na Venezuela e altas autoridades da chancelaria venezuelana foi afirmado que a relação com o Brasil é de grande importância para o país. No entanto, eles dizem não entender a posição de Celso Amorim. 

'Pelo que eu reconstruí da reunião, foi cordial, onde foi dito a eles que a relação com o Brasil é importante, mas que eles não entendem a posição de Celso Amorim. Então, a relação realmente está numa situação crítica para o governo Lula. Nunca foi tão ruim a relação de Lula com o chavismo e tende a piorar. Eu acho que ainda não é possível, nem realista, pensar numa ruptura. O Brasil não quer essa ruptura e a Venezuela também não quer, mas está escalando.

 Para a correspondente, é surpreendente ouvir os venezuelanos surpresos com a decisão do Brasil de fechar a porta do BRICS para o país: 

"Então, para mim, é surpreendente ouvir os venezuelanos, fontes minhas, pessoas que eu conheço: 'nossa, mas que absurdo! O Brasil fechou a porta do BRICS para a Venezuela, mas que absurdo! Como é que o Celso Amorim faz isso com a gente?'. Mas como não fazer? Ou seja, a Venezuela deu todos os elementos para que o Brasil dissesse, nessas condições: 'não aceitamos a Venezuela no BRICS'. Não é uma situação, não é uma incorporação oportuna. Celso Amorim, numa entrevista que eu fiz com ele semana passada, foi muito claro: 'quebrou-se a confiança entre Brasil e Venezuela'. Isso é muito, é uma declaração muito forte"

Ouça a análise completa:




Seminário sobre direitos humanos de crianças em situações de guerra - Brasília, 6/11/2024

 Seminário sobre direitos humanos com entrada gratuita no próximo dia 06 terá a participação de palestrante internacional e convidados

 

Dmytro LubinetsComissário para os Direitos Humanos do Parlamento Ucraniano, falará sobre o sequestro de crianças pelas forças russas e da atuação da força-tarefa de resgate Bring Kids Back UA. Mesa redonda com mediação do jornalista Clébio Cavagnolle contará com a presença das advogadas Adriana Mangabeira e Márcia Tranquillini e do especialista em relações internacionais Ricardo Seitenfus

 

Brasília, 30 de outubro de 2024  –  O seminário internacional “Direitos Humanos de Crianças e Jovens em Situação de Guerra”, evento com entrada gratuita que acontece no próximo dia -6 de novembro a partir das 08h30 na Casa Thomas Jefferson, Unidade Asa Sul, contará com a palestra de Dmytro Lubinets, Comissário para os Direitos Humanos do Parlamento Ucraniano. Integrante da ação humanitária global Bring Kids Back UA (“Tragam as crianças de volta à Ucrânia”, em tradução livre), Lubinets trará ao público as informações mais recentes sobre o sequestro e deportação forçada de crianças pelas forças russas e sobre as ações de resgate. A entrada é gratuita e haverá emissão de certificado.

Com mediação do jornalista Clébio Cavagnolle, a apresentação será seguida por mesa redonda com convidados. Já estão confirmadas as presenças da advogada e ativista social Adriana Mangabeira, da advogada e vice-presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Criança, Adolescente e Juventude da OAB/DF, Márcia Tranquillini, e do especialista em relações internacionais Ricardo Seitenfus, autor de mais de 40 livros e que foi representante da Organização dos Estados Americanos (OEA) no Haiti e na Nicarágua.

De acordo com dados de organismos humanitários internacionais e observadores independentes, quase 20 mil crianças ucranianas já foram sequestradas e deportadas à força para a Rússia durante as sucessivas invasões do território ucraniano nos últimos anos.  Uma vez levadas ilegalmente para território russo, passam por nova violência ao terem sua identidade e cultura descaracterizadas. Muitas delas possuem familiares na Ucrânia, mas assim mesmo são colocadas para adoção. 

O seminário “Direitos Humanos de Crianças e Jovens em Situação de Guerra” integra uma série de ações promovidas pela Bring Kids Back UA no Brasil para dar visibilidade à causa e ajudar a trazer as crianças de volta às suas famíliasAlém de intervenções artísticas em São Paulo e em Brasília, uma petição global está disponível no link https://bit.ly/seminarioBSB e pode ser assinada por todos que desejam apoiar a ação humanitária. 

 

Biografia dos participantes do Seminário Internacional “Direitos Humanos de Crianças e Jovens em Situação de Guerra”

Palestrante Dmytro Lubinets

Advogado e doutor em Filosofia, desde 2022 é Comissário para os Direitos Humanos do Parlamento Ucraniano. Em 2019, foi eleito deputado do Conselho Supremo da Ucrânia (poder legislativo unicameral da Ucrânia), onde foi eleito também para o cargo de presidente do Comitê de Direitos Humanos, Desocupação e Reintegração de Territórios Temporariamente Ocupados nas regiões de Donetsk, Luhansk e na República Autônoma da Crimeia, a Cidade de Sebastopol, Minorias Nacionais e Relações Interétnicas. Em 2014, já havia sido eleito Membro do Parlamento Ucraniano pelo 60º distrito e assumiu o cargo de Secretário do Comitê de Regulamentação e Organização do Trabalho. É Membro da Delegação Permanente do Conselho Supremo da Ucrânia na Assembleia Parlamentar da União Europeia (PA EURONEST). Dmytro apoia as ações internacionais da força-tarefa Bring Kids Back UA desde sua criação em 2023.


Integrantes confirmados da mesa redonda:

Adriana Mangabeira

Advogada tributarista com quase 30 anos de atuação, Adriana Mangabeira é triatleta e ativista social. Formada em Direito pela Universidade Federal de Alagoas, é uma das empresárias mais bem-sucedidas do Brasil, com suas empresas sediadas tanto no país quanto no exterior. Os trabalhos de Adriana são ligados às causas sociais, sobretudo as que defendem crianças, adolescentes e mulheres em situação de risco. Sua relação com esportes e causas sociais está diretamente ligada à trajetória familiar, e nasceu para Adriana Mangabeira como uma forma de manter vivo os ensinamentos de seus familiares. Jamais desistir é seu lema, e auxiliar na proteção de crianças, adolescentes e mulheres que estejam em situação de risco é seu propósito.

 

Marcia Tranquillini

Advogada e Pós-Graduada em Direito Civil e Processo Civil, ocupou o cargo de Secretária-Geral da Comissão de Defesa dos direitos da Criança, Adolescente e Juventude da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção DF (OAB/DF) e atualmente é vice-presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Criança, Adolescente e Juventude da OAB/DF e assessora jurídica da Procuradoria do Distrito Federal.

Ricardo Seitenfus

Ricardo Seitenfus é Doutor em Relações Internacionais pela Universidade de Genebra, com Pós-Doutorado no Centre d’Études en Droit International (CEDIN), Panthéon-Sorbonne, em Paris. Professor aposentado da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Ricardo Seitenfus é um dos maiores especialistas mundiais em Relações Internacionais. Autor de mais de 40 livros, foi representante da Organização dos Estados Americanos (OEA) no Haiti e na Nicarágua. Durante todo seu período de atuação internacional, Ricardo Seitenfus acompanhou de perto a situação dramática de crianças e adolescentes em regiões de conflito, transformando a defesa das vítimas em uma das suas bandeiras de atuação.


Apresentação do evento e mediação do debate:

Clébio Cavagnolle

Jornalista e radialista há quase 20 anos, atuou em todas as mídias, incluindo a imprensa, como o Estado de S. Paulo e Jornal da Tarde. Foi apresentador da Record News e há sete anos atua na cobertura do Poder Judiciário, principalmente no Supremo Tribunal Federal e cortes superiores.

 

Serviço - Seminário Internacional “Direitos Humanos de Crianças e Jovens em Situação de Guerra”
Quando: 6 de novembro de 2024, a partir das 8h30.
Onde: Auditório da Casa Thomas Jefferson (unidade Asa Sul) 

Inscrições gratuitas devem ser realizadas pelo link bit.ly/seminarioBSB

Observações: Haverá serviço de tradução simultânea inglês/português e o local conta com estacionamento fácil gratuito, além de recursos de acessibilidade. As vagas são limitadas à capacidade do auditório. Haverá a emissão de certificado aos participantes. 

Serviço – assinatura da petição

Para assinar a petição, acesse https://bit.ly/resgateascrianças 


Sobre a Bring Kids Back UA

Bring Kids Back UA é uma força-tarefa criada para tentar trazer as crianças sequestradas pela Rússia e deportadas à força durante as sucessivas invasões à Ucrânia de volta para suas famílias. Ela une os esforços do governo ucraniano, países parceiros e organizações humanitárias internacionais. É viabilizada pelo Partnership Fund for a Resilient Ukraine (PFRU), um fundo global com múltiplos países doadores, incluindo Canadá, Estônia, Finlândia, Holanda, Suécia, Suíça, Reino Unido e Estados Unidos. Até o momento, cerca de 388 crianças foram resgatadas com sucesso. Assine a petição global e siga os perfis da força tarefa nas redes sociais e compartilhe a #resgateascrianças . Acesse www.resgateascriancas.com.br

https://www.instagram.com/resgateascriancas/

https://www.facebook.com/resgateascriancas/

 

Informações para a imprensa:
Eliane Rocha
imprensaBSB@fundamento.com.br
+55 61 99987-0916


Livro: Petrobras: A luta pela transformação - Roberto Castello Branco (LVM)

Um livro relevante, de quem foi presidente da Petrobras, tentou fazê-la funcionar como empresa submetida a critérios de mercado e aos interesses dos seus acionistas (sendo que o maior é o Estado brasileiro), mas que foi demitindo sumariamente quando se opôs a ordens contraditórias e nocivas para a empresa e para o país, pelo então presidente Jair Bolsonaro, que trocou mais três vezes de presidente, apenas para satisfazer seus propósitos eleitoreiros rasteiros. (PRA)

Petrobras: A luta pela transformação
por Roberto Castello Branco
São PauloL LVM, 2024
Lançamento: 28 outubro 2024
A história da experiência do autor na Petrobras revela claramente quão prejudicial pode ser a interferência do Estado na atividade econômica, principal responsável pelo lento crescimento de nossa economia e por uma verdadeira fábrica de pobres. Uma empresa estatal de grande porte exercendo atividades típicas da iniciativa privada é prejudicial para a economia, sendo a melhor alternativa privatizar. Sob controle estatal, a Petrobras continuará a se comportar como uma nau sem rumo num mar de desperdício de recursos.
Roberto Castello Branco é doutor em Economia pela Escola Brasileira de Economia e Finanças (EPGE) da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e fez pós-doutorado no Departamento de Economia. Foi Professor de Economia da EPGE e Diretor do Centro de Crescimento e Desenvolvimento Econômico da FGV. Possui vasta experiência executiva. Entre outras posições, foi Presidente Executivo do Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (IBMEC), Diretor Executivo dos bancos Boavista e Inter Atlântico, Diretor do Banco Central do Brasil e Diretor da Vale S.A. Foi também membro do Conselho de Administração de várias empresas, como Vale e Petrobras.