O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

quarta-feira, 25 de junho de 2014

Liu Xiaobo Plaza nb. 1, the House of the Chinese Big Brother - Aljazeera America


China livid over US plan to rename embassy street after dissident

Beijing slams ‘really absurd’ move to rename street in front of its Washington embassy after imprisoned Chinese activist
Chinese diplomats on Wednesday said Congress’ decision to rename the street in front of Beijing’s embassy in the U.S. capital after a Chinese dissident is "really absurd" and motivated by concerns not entirely related to human rights.
On Tuesday the House Appropriations Committee voted to rename the street outside the Chinese Embassy in Washington, D.C., to “Liu Xiaobo Plaza” — after a Chinese dissident who received the Nobel Peace Prize in absentia and is currently serving an 11-year prison term for subverting the government’s authority. Liu has called for an end to one-party rule in China.
The bipartisan move, led by Rep. Frank Wolf, R-Va., would effectively have all correspondence sent to the Chinese Embassy addressed to No. 1 Liu Xiaobo Plaza.
“This attempt driven by some personal interests runs counter to the joint efforts by and interests of the vast majority of peoples in both China and the United States to pursue a win-win cooperative partnership between our countries,” Chinese Embassy spokesman Geng Shuang said.
“This amendment is really absurd.”
Wolf had not responded to an interview request from Al Jazeera at time of publication.
U.S. trade union United Steelworkers (USW) was among the key proponents of the bid to remind Chinese diplomats of the jailed dissident, according to a statement released by Wolf’s office late Tuesday.
At the time of publication, USW had not answered questions regarding its support for the renaming effort. But according to a copy of a letter sent to Congress by USW President Leo W. Gerard, he said, “The fight for freedom, democracy and human rights depends on people like Dr. Liu and our willingness to stand by their sides.”
China has long been the world’s leading producer of crude steel and its top steel exporter, according to the World Steel Association, ahead of the European Union, Japan and the U.S. 
The USW said it has on numerous occasions mounted efforts to protect American industry and consumers from what it called subpar Chinese-produced steel and other products, ranging from green technology to tires
“What would be gained for [USW], I guess is the question,” said Elizabeth Economy, U.S.-China relations expert at the Council on Foreign Relations, adding that labor rights groups have a history of teaming up with proponents of human rights.
Regardless of intentions, Economy said that renaming a street will not do much to support political reform in China — an ongoing, albeit controversial, project of the Xi Jinping administration, which has mounted a massive crackdown on corruption in the public sector.
“By and large, what the U.S. says doesn’t really affect what the Chinese government does. The Chinese government does what it wants to do with reform in politics and human rights,” she said. “I just think you need to grant the Chinese government more autonomy in its decision-making than perhaps you are.”
Opponents of human rights advocates in China, including in Chinese state media, have often criticized homegrown reform movements for receiving support from the West. Analysts have said that Western administrations’ and activists’ criticisms of China’s human rights situation have set back the work of Chinese human rights advocates.
Gao Wenqian, New York–based senior policy adviser with the international advocacy group Human Rights in China, disagrees with the idea that gestures like Washington’s further the belief that the West has a monopoly on human rights.
“China’s human rights situation must first and foremost rely on people on the inside, but also depends on international support,” he said.
Like Economy, Gao believes that renaming the street in front of the embassy after a dissident is a major show of support for democracy advocates in China.
“This shows that [the U.S. Congress] cares about the popular movement in China,” Gao said.
Supporters of the planned renaming cited a move in the 1980s by the Washington, D.C., City Council to rename the street outside the Soviet Embassy as Andrei Sakharov Plaza, after the noted Soviet dissident and human rights advocate. The move was hailed as a major symbol of Washington’s support for human rights internationally.
But Economy believes that, as Chinese diplomats indicated, the move will not affect China’s domestic policy and will exacerbate perennial tensions between the world’s two largest economies.
“I don’t think, frankly, that this symbolic act — clearly irritating — will have any effect on Chinese policy,” she said.

Apartheid racial: um racista negro faz uma tese falsa e concede uma entrevista mentirosa - Adilson Moreira

As afirmações e argumentos desse pesquisador são falsos como duas notas de 3 e 4 reais.
Relaciono aqui as falsidades e mentiras desse professor:

Nós vivemos em uma sociedade racialmente estratificada. A população dos afrodescendentes sofre todo tipo de discriminação e de exclusão social. 

O racismo não é apenas um comportamento individual. É um sistema de dominação social e seu objetivo sempre foi o mesmo: garantir a hegemonia do grupo racial dominante.

No Brasil nós temos a ideia de que as pessoas negras são inerentemente inferiores, então elas podem ter o acesso ao mesmo espaço que as pessoas brancas mas sempre em uma condição subordinada.

Mas ele não faz apenas afirmações falsas, ele também faz prescrições equivocadas, como esta, por exemplo:

Precisamos de um processo de formação de professores que os torne capazes de tratar da questão racial dentro da sala de aula.

O professor é um típico produto das políticas racialistas, e racistas, do grupo no poder, cujo resultado mais evidente é a criação de um Apartheid oficial, no qual se tem de um lado os autodesignados afrodescendentes e, do outro, todos os demais...
Paulo Roberto de Almeida 


ADILSON JOSÉ MOREIRA | PROFESSOR DE DIREITO NA FGV

“No Brasil, temos a ideia de que os negros são inerentemente inferiores”

Para estudioso, um dos maiores problemas do racismo é o modo “recreativo” como é encarado

 São Paulo - El País, 21 JUN 2014 - 17:00 BRT

Adilson José Moreira, professor de Direito na Fundação Getúlio Vargas apresentou, no ano passado, sua tese no doutorado de Direito de Harvard Law School sobre a questão racial no Brasil. Sua conclusão acadêmica vai direto ao ponto. “O racismo é um sistema de dominação social e o seu objetivo sempre foi o mesmo: garantir a hegemonia do grupo racial dominante”, disse, durante entrevista concedida ao EL PAÍS. “No Brasil, nós desenvolvemos essa ideia de um racismo recreativo”, diz ele, ao falar sobre os casos de preconceito racial no futebol, por exemplo. Sua tese expõe um país dominado pela hegemonia branca, cheio de preconceitos e muito longe de uma real igualdade racial, embora haja esforços para mudar o quadro. “A percepção é de que o país tem progredido, em função de várias políticas que promoveram a distribuição de renda, como o Bolsa Família, mas essas políticas ainda não conseguiram promover a inclusão social da mulher negra”, explica. Para Moreira, a justiça racial está diretamente ligada à justiça de gênero. “Sem isso nós nunca vamos conseguir chegar à justiça racial”.

Pergunta. Você é a favor da implementação de cotas raciais no Brasil, que privilegiam o acesso de negros a universidades ou empregos públicos. Por quê?

Resposta. Eu sou favorável às ações afirmativas e, especificamente, às cotas raciais, por vários motivos. Nós vivemos em uma sociedade racialmente estratificada. A população dos afrodescendentes sofre todo tipo de discriminação e de exclusão social. As ações afirmativas nas universidades públicas não são a única forma de se promover a integração e a justiça racial, mas elas são um meio, reconhecido por tribunais brasileiros. Antes de 2002, menos de 2% dos alunos das universidades públicas eram pessoas negras. Após as cotas esse percentual aumentou significativamente, embora ainda seja menor do que 15%.

P. As cotas não são uma medida paliativa?

R. O racismo não é apenas um comportamento individual. É um sistema de dominação social e seu objetivo sempre foi o mesmo: garantir a hegemonia do grupo racial dominante. Por isso precisamos de políticas públicas. Precisamos de um processo de formação de professores que os torne capazes de tratar da questão racial dentro da sala de aula. Precisamos promover a educação cultural do povo brasileiro, no que diz respeito à história do Brasil, da África e da população negra no Brasil.

P. Essa mudança já começou a acontecer ou ainda estamos muito longe disso?

A luta contra o racismo é também contra o sexismo porque a mulher negra ganha até 75% a menos do que o homem branco

R. O que as pessoas que são contrárias às ações afirmativas e às cotas dizem? Que o que precisamos é criar escola pública de qualidade. Isso não é o suficiente, porque a estratificação racial não é produto apenas de uma questão de classe. As políticas sociais precisam tratar especificamente do problema da mulher negra, por exemplo, que é o grupo mais discriminado, vilipendiado que existe na nossa sociedade. A percepção é de que o país tem progredido, em função de várias políticas que promoveram a distribuição de renda, como o Bolsa Família, mas essas políticas não conseguiram promover a inclusão social da mulher negra. A luta contra o racismo é também contra o sexismo porque a mulher negra ganha até 75% a menos do que o homem branco.

P. Qual é o papel do ministro Joaquim Barbosa nesse contexto de democracia racial?

R. Quando você vê um número cada vez maior de pessoas negras ocupando papeis de destaque, desperta nos jovens negros a ideia de que eles também terão a capacidade de chegar a algum lugar. Um outro elemento importante é o papel do Supremo na discussão sobre a questão racial no Brasil. Nós tivemos durante cerca de 50, 60 anos, um discurso oficial baseado na ideia de que o Brasil é um país que conseguiu transcender a questão racial. A decisão do STF [de apoio] sobre as ações afirmativas teve uma importância muito grande porque é a primeira vez que a corte máxima rejeita essa imagem falsificada sobre a realidade do país.

P. E o que falta acontecer no Brasil?

R. Faltam muitas coisas (risos). Precisamos ter debate público sobre a desigualdade geral no Brasil. E isso já começou desde a década de 90, quando os movimentos sociais começaram a pressionar o Governo e a ir aos tribunais, solicitando proteção jurídica. A implementação de leis de inclusão e os programas de ações afirmativas são produto dessa articulação dos movimentos sociais. Hoje, após dez anos dessas políticas, já temos um número significativo de homens e mulheres negras inseridos no mercado de trabalho. Da mesma forma que é importante que nós tenhamos mulheres participando da tomada de decisões que afetam as mulheres, precisamos de negros tomando decisões que afetam a população negra.

P. E por que há tantos casos de racismo no futebol?

R. No Brasil nós temos a ideia de que as pessoas negras são inerentemente inferiores, então elas podem ter o acesso ao mesmo espaço que as pessoas brancas mas sempre em uma condição subordinada. Desenvolvemos essa ideia de um racismo recreativo, então as pessoas não veem o racismo ou o sexismo ou a homofobia como uma ofensa, como um atentado à dignidade das pessoas, elas acham que é realmente algo engraçado, que eu posso chegar para qualquer pessoa e chamá-la de macaco, de bicha ou de veado e que isso não representa nenhum animus de violência. A ideia é de que você pode ir ao campo de futebol, jogar uma banana ou chamar alguém de preto, macaco, veado e que está tudo bem.

O PIB dos companheiros (Pibinho) e o PIB dos economistas, e do mundo - Roberto Macedo

Por que um PIB bem maior?
Roberto Macedo
O Estado de S.Paulo, 20/06/2014

Este artigo é sobre algo que deveria ser óbvio, ao menos para economistas. Mas vi até uma conhecida economista menosprezando o crescimento do produto interno bruto (PIB), a professora Maria da Conceição Tavares.

Em artigo recente, A Era das Distopias, que pode ser encontrado pelo Google, ela disse: "Na verdade, se o PIB é 'pibinho' ou não, qual o problema? Vai ser 2%, 3% ou 4%? O problema é ter emprego. Para mim, os critérios clássicos são emprego, salário mínimo e ascensão social das bases. E também é sempre importante olhar os investimentos". Desta última frase não discordo. E numa entrevista ao jornal O Globo (14/3) também afirmou: "Ninguém come PIB, come alimentos".

Para aferir o grau de desenvolvimento econômico de um país o que conta é o PIB per capita, ou por habitante. O do Brasil deixa-nos no meio da corrida mundial por esse desenvolvimento, na qual se empenha a esmagadora maioria dos países.

Para prosseguir, tomarei dois países para mostrar diferenças de grandeza econômica, recorrendo a dados de 2012 do Banco Mundial (BM), os últimos disponíveis nessa fonte. O Brasil, que o BM classifica com de "renda média alta", mostrava então um PIB total de US$ 2,253 trilhões, e 198,7 milhões de habitantes, com o que seu PIB por habitante era de US$ 11.339. O Reino Unido (RU), que engloba Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte, considerado pelo BM como de alta renda, tinha então um PIB total de US$ 2,476 trilhões, bem próximo do brasileiro, mas uma população de 63,6 milhões, ou cerca de um terço da nossa, e assim um PIB por habitante de US$ 38.931, perto de 3,5 vezes o do Brasil (!).

Não nos podemos conformar com essa diferença, e como o RU e outros ricos seguirão em frente, o Brasil precisa acelerar bastante o seu PIB para encurtá-la. Um PIB por habitante bem maior levaria os brasileiros a um padrão de vida médio bem superior ao atual. Sei de um economista brasileiro que viveu um ano no RU (Inglaterra) e relatou que lá, entre outros aspectos, as condições de educação, segurança e saúde eram muitíssimo melhores que as nossas. E não ficou só olhando. Embora estrangeiro, uma de suas filhas ingressou no ensino fundamental de uma excelente escola pública gratuita, em tempo integral. Para facilitar a adaptação da nova aluna à língua inglesa ela teve um professor para tutorá-la individualmente. Outra filha dele nasceu lá, num hospital do Serviço Nacional de Saúde do país, e por um mês houve várias visitas de enfermeiras à sua residência para examinar a criança e saber se vivia em boas condições. Na área da segurança ele ficou só olhando, mas sem a apreensão com que se vive no Brasil.

Com o PIB, a população e a carga tributária que o Brasil tem, não há como ele oferecer serviços públicos desse nível. Assim, predomina em vários círculos a visão de que faltam recursos para isto ou aquilo, o que poderia ser efetivamente melhorado se aumentadas as porcentagens da receita pública ou do PIB destinadas a este ou àquele serviço.

Por exemplo, o Congresso Nacional aprovou recentemente um Plano Nacional de Educação que tem como meta principal elevar o gasto público total em educação dos atuais 6% para 10% do PIB em dez anos. E há o Movimento Saúde + 10, que pressiona o Congresso a elevar o dispêndio do governo federal em saúde para um montante igual ou superior a 10% de suas receitas correntes brutas.

Com propostas desse tipo se vende a ilusão de que poderão resolver nossos problemas. Muitas vezes não se explicita de onde virá o dinheiro, mas o existente já está curto e há outros interessados a gritar "me dá (mais) um dinheiro aí", como empresários, juízes, professores, policiais, Estados e municípios. Na educação a aposta é no dinheiro que viria do pré-sal, que também não vejo suficiente, além depender de outra hipótese: a de que ele saia lá do fundo do fundo do mar e seja eficazmente utilizado.

O que ainda sustenta a reduzida expansão dos serviços públicos vem das taxinhas do PIB e do contínuo aumento da já enorme carga tributária que sobre ele incide. Em 2012 estava bem perto de 36% do PIB, o mesmo ocorrendo com a carga tributária do RU.

No Brasil, essa semelhança de carga tem levado a uma percepção enganosa. Ela é sintetizada na visão de um país imaginário que poderia ser chamado de Runganda, com carga tributária do RU e serviços públicos de Gana.

Ora, com um pouco de reflexão se percebe que, além do PIB, é indispensável levar em conta o tamanho da população dos países comparados. Ou seja, calcular quanto seus governos arrecadam por habitante e têm ao seu dispor para prover serviços públicos. Voltando aos números, como foi visto o Brasil e o RU têm PIBs totais de valor aproximado e sobre estes incidem cargas tributárias de porcentagem semelhante.

Mas, calculando essa carga de 36% sobre o PIB por habitante, em 2012 o setor público do RU contava com US$ 14.015 por habitante, enquanto o Brasil dispunha de apenas US$ 4.082. Em reais à taxa comercial de ontem, R$ 31.632 e R$ 9.213 respectivamente. Uma enorme diferença, que explica os melhores serviços públicos providos pelo RU.

Em conclusão, o povo brasileiro não come os números do PIB, mas come uma fatia dele em alimentação, recorre à do vestuário e faz uso dos serviços de saúde, educação e transporte - entre outras fatias.

Assim, há muito, muitíssimo que fazer pelo PIB brasileiro. Enquanto não crescer a taxas dignas das necessidades de seus habitantes o Brasil continuará nessa ilusória classe média alta, que só é alta quando se miram os países que estão lá muito abaixo do nosso, que ainda é bem pobre se comparado com os que permanecem por cima, como o RU. Estes são os que devemos mirar e correr mais rápido para alcançá-los, ou pelo menos para não ficarmos, como hoje, tão distantes deles.


ROBERTO MACEDO, ECONOMISTA (UFMG, USP E HARVARD), É CONSULTOR ECONÔMICO E DE ENSINO SUPERIOR

Academia.edu: textos PRA mais vistos, no mes, e cumulativamente

Por acaso revisando alguns textos meus na plataforma Academia.edu, verifiquei quais eram os textos mais acessados, para ter uma ideia do que buscam os visitantes, ou membros, desse foro de cooperação e interação acadêmica, como forma de até aperfeiçoar as postagens que ali efetuo.
Com exceção do primeiro, campeão absoluto, mas que não me pertence -- uma vez que apenas colaborei com esse estudo, respondendo as questões formuladas -- todos os demais textos são meus, inclusive o último aqui destacado, um pequeno texto de adolescência, de um jornalzinho do secundário.
Há um pouco de tudo...
Paulo Roberto de Almeida

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Politica brasileira: PR, um partido exemplar (comandado a partir da cadeia?)

Apenas uma pequena foto, instantânea, de um partido exemplar, exemplar nas práticas e nos costumes, em tudo e por tudo absolutamente conformes ao estado atual da política brasileira:

Apesar de ser filiado ao PR, Cesar Borges é considerado no partido uma indicação da cota pessoal de Dilma. A insatisfação maior com o ministro é da bancada da Câmara e do ex-presidente do partido Valdemar Costa Neto, que está preso, condenado no processo do mensalão, mas mantém forte ascendência sobre as decisões da sigla. Borges está no exterior e retorna amanhã ao país. 

A decisão sobre o caminho que o PR vai tomar nas eleições está marcada para segunda-feira, em reunião da Executiva Nacional. A sigla está rachada. A ala liderada por Valdemar defende o apoio a Aécio Neves. Já o grupo do presidente Alfredo Nascimento defende o apoio à reeleição de Dilma, mas aproveita para negociar mais espaço no governo 

Mais um pouco da política brasileira:

A cúpula do PP, que em 2010 não se aliou a ninguém oficialmente, diz ter o apoio de mais de 20 Estados à chapa de Dilma. 

Pesaram para essa adesão a decisão do Palácio do Planalto de entregar cargos a indicados pelo partido em órgãos como a Chesf (Companhia Hidro Elétrica do São Francisco) e a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres). O partido também comanda o Ministério das Cidades. 

Pergunto, inocentemente:
Por que um partido que se diz progressista, precisa comandar agências públicas como essas?
Não precisa responder...
Paulo Roberto de Almeida 

O TSE nao pretende fazer nada contra a utilizacao ilegal de locais do Estado para fins partidarios?

Mais uma vez, ante a indiferença da cidadania e, não surpreendentemente, da autoridade eleitoral, o partido totalitário zomba dos brasileiros, abusa dos recursos públicos, ao mobilizar meios e recursos do Estado para fins totalmente partidários e eleitorais.
Num país sério, talvez normal, isso seria objeto de sanção, mas não aparentemente no Brasil.
A relação "criador-criatura", ou entre o mestre e seu poste, tornou-se agora oficial, e o guia genial dos povos continua a usar e abusar dos recursos do Estado brasileiro para seus fins pessoais.
Ao que se sabe, o Palácio da Alvorada também pertence ao Estado e não ao partido totalitário.
Paulo Roberto de Almeida

Partidos da base da presidente Dilma Rousseff decidiram usar os últimos dias de definição das coligações para ameaçar abandonar o governo. Após a defecção do PTB, que anunciou apoio ao tucano Aécio Neves na semana passada, PR, PP e PSD protagonizam agora uma “guerra fria” para obter melhores condições na aliança da reeleição. As exigências são diversas: recursos financeiros para as campanhas, garantias de ampliação de espaços em um eventual segundo mandato da petista e até a derrubada de um ministro: César Borges, dos Transportes.
Embora filiado ao PR, o partido diz que ele não o representa e exige sua saída. A pressão pode surtir efeito. Dilma alterou sua agenda para recebê-lo hoje no Alvorada para tratar do seu futuro político. Tudo para evitar que o aliado deixe a base para apoiar a candidatura do senador Aécio Neves (PSDB-MG).
O prazo para uma decisão é curto, já que as convenções, que decidem pelas alianças, têm de ser realizadas até segunda-feira.
Diante da possibilidade de que esses partidos migrem ou apoiem informalmente Aécio, o comando da campanha petista se reuniu ontem à noite em caráter emergencial no Palácio da Alvorada para traçar um plano de contenção. Dilma e seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva, estavam presentes, além dos ministros Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência), Aloizio Mercadante (Casa Civil), o presidente do PT, Rui Falcão, e o marqueteiro João Santana.
O PR, que tem atualmente o Ministério dos Transportes, foi o mais explícito na ameaça ontem. Líderes do partido exigiram a substituição de Borges.
Pela manhã, o senador Antônio Carlos Rodrigues (PR-SP) esteve no Planalto acompanhado de outros líderes do partido para falar de sua insatisfação a Mercadante e ao ministro das Relações Institucionais, Ricardo Berzoini. Mercadante levou a notícia a Dilma e depois disse que o assunto “está sendo conversado”.
À tarde, no Planalto, Dilma respondeu com um “não” ao ser questionada por repórteres se atenderia à demanda da sigla.
O Planalto também está negociando com o PP, que tem hoje o Ministério das Cidades. Os petistas esperam garantir o apoio do partido do ex-prefeito Paulo Maluf ao projeto de reeleição de Dilma hoje, quando a legenda realiza a sua convenção nacional. A aliança nacional tem boas possibilidades de ser fechada, mas os palanques de candidatos em Estados estratégicos já estão perdidos. No Rio, em Minas e no Rio Grande do Sul, o PP prefere o nome de Aécio.
A ala contra Dilma defende pelo menos a “neutralidade” da sigla, ou seja, não se coligar a ninguém. “Eu defendo a candidatura de Aécio. Acho que o caminho mais inteligente para o partido é votar pela neutralidade”, disse a senadora Ana Amélia (PP), que disputa o governo do Rio Grande do Sul com o atual governador, o petista Tarso Genro.
Diante do impasse, a cúpula do partido aproveita para ganhar tempo e melhorar as condições da aliança. O presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI), que defende o apoio à reeleição, trabalhava ontem com a ideia de aprovar hoje um documento que remeteria a decisão final da legenda para a Executiva Nacional, em encontro na próxima segunda-feira. Com isso, ganha tempo para conter rebeldes e reivindicar aos petistas mais “estrutura” para os correligionários nos Estados, além de tirar do Planalto a garantia de que o Ministério das Cidades ficará com o partido em caso de reeleição de Dilma.
O menor risco entre os partidos que tentam se cacifar, na avaliação do Planalto, é com o PSD do ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab. A sigla também realiza sua convenção hoje em Brasília, e deverá oficializar apoio à campanha da presidente por “aclamação”. Nos bastidores, o partido quer ampliar a partir de 2015 seu espaço na Esplanada, uma vez que ocupa hoje a pequena Secretaria da Micro e Pequena Empresa, comandada por Afif Domingos. Há, porém, quem defenda a aprovação da “neutralidade” na convenção. (Estadão).

Republica Surrealista da Bolivia: relogios ao contrario...

Parece que é verdade...
Grato ao André Eiras pelo envio da matéria.
A Bolívia nunca vai deixar de nos surpreender.
Eu gostaria de ter a oportunidade de perguntar ao chanceler, que pertence a um dos "povos originários", dentre três outras dezenas mais de povos originários (parece que eles têm 36 línguas "originais", e "oficiais", ou seja, estão na Constituição), em que a inversão do relógio ajuda os bolivianos, originários ou não, a aumentar o seu padrão de vida.
Suponho que a partir de agora passe a ocorrer desencontros na vida, como aqueles referidos pelo nosso poetinha maior...
Paulo Roberto de Almeida

Bolivia pone el reloj del revés como símbolo de identidad

El Gobierno desafía a la física y dice que el cambio se debe a la recuperación del camino de los pueblos del cono sur

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Reloj del Congreso en la plaza Murillo de La Paz. / M. ALIPAZ (EFE)
La descolonización que promueve el Gobierno boliviano ha llegado a los relojes oficiales. Desde la celebración del nuevo año amazónico andino, las manecillas giran hacia la izquierda. El ministro de Asuntos Exteriores de Bolivia, David Choquehuanca, ha explicado que el cambio se debe a la recuperación de la identidad de los pueblos de esa parte del mundo.
“Estamos en el sur y, como estamos en tiempos de recuperar nuestra identidad, el Gobierno boliviano está recuperando nuestro sarawi, que significa camino (en aimara). De acuerdo a nuestro sarawi, de acuerdo a nuestro Nan (en quechua), nuestros relojes deberían girar a la izquierda”, ha explicado el canciller.
El mejor ejemplo de este cambio descolonizador es el reloj que corona el frontis de la Asamblea Legislativa Plurinacional en la concurrida plaza Murillo de la ciudad de La Paz. Sus clásicos números romanos han sido sustituidos por los arábigos que, del uno al cinco, están a la izquierda y, del siete al once a la derecha. Los transeúntes que consultan la hora se quedan sorprendidos por el cambio y a más de uno le ha dado sensación de vértigo.
Para mostrar mayor convicción, Choquehuanca ha señalado que “el reloj solar, que es un reloj natural, gira a la izquierda en el sur y en el norte gira al otro lado”. Pero el físico Francesco Zaratti, dice que el sentido horario forma parte de convenciones universales, ajenas a ideologías, y menos a un significado discriminatorio. “La Tierra gira en sentido horario”, añadió.
No es la primera vez que el canciller Choquehuanca hace declaraciones que levantan polémica. En una ocasión consideró importante que los escolares incluyeran en su desayuno la hoja de coca, por tratarse de un vegetal con muchos valores nutricionales.