A MALDIÇÃO DA CONIVÊNCIA
Nivaldo Cordeiro: um espectador engajado
28 de janeiro de 2010
Não deu outra. Hoje a Folha de São Paulo noticiou (“Teles ameaçam ir à Justiça contra a banda larga estatal”) que Lula vai ativar mais uma estatal, a Telebrás, de triste memória, para fornecer serviços de banda larga no varejo. Não adiantou as empresas de Telecom aderirem ao circo da Confecom, a fim de ficar de bem com o governo Lula. Os revolucionários no poder são insaciáveis e implacáveis na busca da implantação das bandeiras do socialismo, entre elas a destruição da economia de mercado. Quando eu escrevi durante a Confecom que a aliança da Telebrasil com o PT era muito estranha foi porque, para mim, estava claro que o setor estava sendo usado para legitimar o projeto petista de revolução social e nada iria levar em troca do apoio pouco refletido.
No mesmo período estava sendo discutido o Plano Nacional de Banda Larga, projeto elaborado pela equipe do ministro Hélio Costa, com a ajuda da Telebrasil. Lula o recusou por favorecer a economia de mercado e mandou preparar novos estudos. Estava óbvio que o tal plano revisto nasceria como produto das “propostas” aprovadas na Confecom. O dito e o feito. Estava óbvio também que a ala radical, porém sincera, do petismo não iria perder a oportunidade de ativar mais uma estatal, cheia de empregos bem remunerados para a companheirada, mesmo que tal empresa venha a concorrer frontalmente com as empresas estabelecidas no setor.
Diz a notícia que os prejudicados querem entrar na Justiça contra a decisão. Ora, argüindo o quê? Em nome dos fracos e excluídos qualquer coisa pode passar. Não podemos esquecer que as instâncias superiores do Poder Judiciário estão integralmente controladas por pessoas que, se não são petistas por adesão, são de coração e crença. Essa gente bota fé mesmo na ação do Estado para corrigir todos os males sociais e aperfeiçoar todos os defeitos que eles enxergam na economia de mercado.
Não se enfrenta o petismo na esfera judicial, essa é a maior de todas as tolices. Esses revolucionários só podem ser parados na esfera política, no voto das urnas. Os empresários do setor precisam acordar para a realidade dura e crua. Sei que eles, nos últimos anos, acomodaram-se e fizeram grandes e bons negócios com os novos governantes, na esperança vã de que a coisa fosse se manter dentro da normalidade. Cansei de escrever que era mera tática do PT e que a suposta normalidade era passageira e frágil e que, na primeira oportunidade, a onça daria o bote fatal. O dito e o feito.
Os empresários do setor, se não quiserem ser destruídos enquanto empresários, precisam parar de financiar o PT, em primeiro lugar, e passar a financiar políticos liberais e conservadores, em segundo lugar. Precisam apoiar organizações partidárias favoráveis ao livre mercado. Precisam ter organização política orgânica no mais alto nível da expressão, que de fato possa enfrentar o governo revolucionário. Livre mercado não nasce espontaneamente, é produto da institucionalização da visão política liberal-conservadora. Se os partidos governantes recusarem esse ideal as instituições serão modificadas e o livre mercado será destruído. É isso que estamos vendo no Brasil do PT e o setor de Telecom entrou na pauta da estatização. Diga-se, com seu próprio e equivocado apoio. Eu vi seus delegados na Confecom imitando os leninistas profissionais enviados pelo PT. Obviamente que não tinham nenhuma chance naquele jogo de cartas marcadas.
A Justiça de nada valerá. Na verdade, a maior parte dos operadores da nossa Justiça já segue a idéia nefasta da função “social” da propriedade e está convencida de que empresário é explorador, que merece ser expropriado. Restabelecer os justos critérios do Direito levará décadas, talvez precisemos esperar a mudança de geração dentro do Poder Judiciário. O setor de Telecom perdeu a parada, por sua própria culpa e omissão. Pagando os enormes impostos que paga deveria ter desconfiado de que estava sendo roubado pela ordem legal. Que havia alguma coisa de muita errada no nosso sistema jurídico e político. Ao contrário, preferiu pactuar com os petistas em sua assembléia leninista. Agora não tem a quem recorrer.
Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas. Ver também minha página: www.pralmeida.net (em construção).
sábado, 30 de janeiro de 2010
1897) Mais uma estatal suculenta para os abutres: Telebras
Apenas transcrevo, mas me permito agregar um comentário inicial. Deve ser por isso que está abaixo que as ações da Telebrás se movimentaram tremendamente nas últimas semanas e dias. Gente com informação privilegiada pode estar ganhando um bom dinheiro só com esses boatos...

Plano de recriação da Telebrás prevê injeção de R$ 20 bilhões do BNDES
Gerusa Marques
O Estado de S.Paulo, Sexta-Feira, 29 de Janeiro de 2010
Proposta para estatal de banda larga deve ser apresentada ao presidente Lula em 10 de fevereiro
Em uma iniciativa para voltar ao mercado de telecomunicações, o governo poderá investir R$ 20 bilhões, cedidos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), na criação de uma estatal - já chamada de InfoBrasil - para concorrer com as empresas privadas no fornecimento de serviços de banda larga. Os técnicos do governo concluíram o diagnóstico solicitado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Eles definiram o custo do investimento e asseguram que a nova estatal, ou a própria Telebrás revitalizada, atenderá à camada da população mais pobre e cidades fora dos grandes centros urbanos com o serviço de internet a preço mais baixo que os cobrados pelas teles.
Atualmente, esse mercado é dominado por empresas privadas, que, no entanto, não atenderam à expectativa do governo de estender os serviços de banda larga às classes C, D e E. As empresas demandaram isenções tributárias para compensar os pesados investimentos. Lula não gostou da reação e pediu um estudo para testar a viabilidade de uma estatal.
A Agência Estado teve acesso a esse estudo que será apresentado a Lula no dia 10 de fevereiro. O presidente poderá escolher entre duas propostas. Uma delas prevê a atuação do Estado em toda a cadeia de fornecimento dos serviços de banda larga, desde a transmissão de dados no atacado até o atendimento ao consumidor final. A outra propõe a parceria com as grandes empresas de telefonia. Na última vez que participou da discussão, em novembro passado, Lula criticou a atuação das teles que, segundo ele, "só estão interessadas no filé mignon".
A aliança com as empresas de telefonia, entre elas a Oi e a Telefônica, é defendida pelo ministro das Comunicações, Hélio Costa, para quem não é possível massificar a banda larga sem a participação da iniciativa privada. Na reunião de novembro, ele apresentou um plano para que até 2014 o País esteja com 90 milhões de acessos à internet rápida.
Isso exigiria investimentos de R$ 75 bilhões, sendo R$ 49 bilhões das empresas e R$ 26 bilhões do governo. Essa alternativa prevê, ainda, a desoneração tributária e uso de fundos setoriais, como o Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust), que arrecada aos cofres públicos R$ 1 bilhão ao ano.
REAÇÃO
"A decisão final é do presidente", disse na quarta-feira o ministro, reagindo à proposta de decreto presidencial que circulou na Esplanada dos Ministérios, em defesa da revitalização da Telebrás para ser a operadora do plano. Por essa proposta, a Telebrás ficaria sob a coordenação do Comitê Gestor do Programa de Inclusão Digital, vinculado à Presidência da República.
O presidente da Associação Brasileira das Concessionárias de Serviços Telefônico Fixo Comutado (Abrafix), José Fernandes Pauletti, também criticou a proposta, classificando-a de "uma loucura e um desperdício de dinheiro público". Pauletti disse que os empresários não foram chamados pelo governo para conversar sobre esse plano, e acrescentou: "Para fazer uma reunião sob a ameaça de um decreto de estatização, já está começando errado."

Plano de recriação da Telebrás prevê injeção de R$ 20 bilhões do BNDES
Gerusa Marques
O Estado de S.Paulo, Sexta-Feira, 29 de Janeiro de 2010
Proposta para estatal de banda larga deve ser apresentada ao presidente Lula em 10 de fevereiro
Em uma iniciativa para voltar ao mercado de telecomunicações, o governo poderá investir R$ 20 bilhões, cedidos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), na criação de uma estatal - já chamada de InfoBrasil - para concorrer com as empresas privadas no fornecimento de serviços de banda larga. Os técnicos do governo concluíram o diagnóstico solicitado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Eles definiram o custo do investimento e asseguram que a nova estatal, ou a própria Telebrás revitalizada, atenderá à camada da população mais pobre e cidades fora dos grandes centros urbanos com o serviço de internet a preço mais baixo que os cobrados pelas teles.
Atualmente, esse mercado é dominado por empresas privadas, que, no entanto, não atenderam à expectativa do governo de estender os serviços de banda larga às classes C, D e E. As empresas demandaram isenções tributárias para compensar os pesados investimentos. Lula não gostou da reação e pediu um estudo para testar a viabilidade de uma estatal.
A Agência Estado teve acesso a esse estudo que será apresentado a Lula no dia 10 de fevereiro. O presidente poderá escolher entre duas propostas. Uma delas prevê a atuação do Estado em toda a cadeia de fornecimento dos serviços de banda larga, desde a transmissão de dados no atacado até o atendimento ao consumidor final. A outra propõe a parceria com as grandes empresas de telefonia. Na última vez que participou da discussão, em novembro passado, Lula criticou a atuação das teles que, segundo ele, "só estão interessadas no filé mignon".
A aliança com as empresas de telefonia, entre elas a Oi e a Telefônica, é defendida pelo ministro das Comunicações, Hélio Costa, para quem não é possível massificar a banda larga sem a participação da iniciativa privada. Na reunião de novembro, ele apresentou um plano para que até 2014 o País esteja com 90 milhões de acessos à internet rápida.
Isso exigiria investimentos de R$ 75 bilhões, sendo R$ 49 bilhões das empresas e R$ 26 bilhões do governo. Essa alternativa prevê, ainda, a desoneração tributária e uso de fundos setoriais, como o Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust), que arrecada aos cofres públicos R$ 1 bilhão ao ano.
REAÇÃO
"A decisão final é do presidente", disse na quarta-feira o ministro, reagindo à proposta de decreto presidencial que circulou na Esplanada dos Ministérios, em defesa da revitalização da Telebrás para ser a operadora do plano. Por essa proposta, a Telebrás ficaria sob a coordenação do Comitê Gestor do Programa de Inclusão Digital, vinculado à Presidência da República.
O presidente da Associação Brasileira das Concessionárias de Serviços Telefônico Fixo Comutado (Abrafix), José Fernandes Pauletti, também criticou a proposta, classificando-a de "uma loucura e um desperdício de dinheiro público". Pauletti disse que os empresários não foram chamados pelo governo para conversar sobre esse plano, e acrescentou: "Para fazer uma reunião sob a ameaça de um decreto de estatização, já está começando errado."
1896) Petrobras: de volta à berlinda por corrupção...
Meus posts neste espaço aberto e democrático servem primariamente a um propósito essencial: minha própria informação, ou seja, o registro, o depósito, a eventual recuperação de materiais diversos, e dispersos, que possam servir à minha curiosidade intelectual, a algum trabalho que eu queira fazer ulteriormente, ou simplesmente para deleite e distração.
Não coloco NADA que me pedem para colocar, e não respondo a absolutamente ninguém neste mundo (em outros também), senão à minha própria consciência. Pouco me importa a opinião dos outros, na verdade, pois entendo que a liberdade é a liberdade de você escolher fazer o que lhe dá prazer. A mim me dá prazer o conhecimento, a leitura, a reflexão em torno de temas que chamam a minha atenção (geralmente nas humanidades) e que pedem minha ação ou preocupação, enquanto cidadão pagador de impostos e habitante desde país e deste planeta tão injustos e desiguais, e tão cheios de injustiças, patifarias, roubalheiras, enfim, vocês sabem o quê.
Pois bem: esses meus posts passam geralmente despercebidos -- claro, existem milhões de blogs só no Brasil e cada um cuida do seu --, salvo um ou outro comentário ocasional, quando o tema é quente ou relevante.
Um dos posts que mais despertou reações -- algumas furibundas -- foi um que tratava dos salários, aparentemente nababescos, dos "conselheiros" da Petrobrás (entre aspas porque vários deles não devem aconselhar absolutamente nada, estando ali apenas para ganhar dinheiro, posto que a direção da empresa virou uma ação entre amigos). Recebi (ainda recebo) mensagens iradas apenas porque transcrevi um comentário de um ex-funcionário da empresa, ou de um jornalista, agora não me lembro, condenando a prática. Provavelmente muitas dessas mensagens furiosas foram feitos com espírito corporativo, quando não condenatório, para ser mais explícito.
Até ouvi falar que a empresa está torrando mais um pouco do seu dinheiro (que pertence aos acionistas, obviamente) para "informar" as pessoas sobre os seus bons propósitos através de um blog milionário que criou e mantém através de uma firma especializada (que deve cobrar caro para fazer o trabalho sujo que faz). As aspas em "informar" são porque informação em causa própria não é informação e sim propaganda, ou elogio seletivo. O trabalho sujo evidentemente é porque a informação é expurgada e devidamente apresentada sob um olhar favorável.
Pessoalmente, eu acho que já está na hora da Petrobras ser privatizada, pois não existe NENHUM, repito, NENHUM risco de que o Brasil fique sem petróleo no futuro previsível, provavelmente até o final da era do petróleo.
Se me perguntarem por que sou a favor da privatização, eu teria "n" motivos, mas apenas diria: leiam abaixo.
Confusão em licitação milionária da Petrobras
Por Lauro Jardim
Site da Veja, quinta-feira, 28 de janeiro de 2010 - 16:33
Está destinado a dar uma tremenda confusão o resultado da mais esperada licitação do ano no setor de publicidade - a conta da Petrobras, no valor de 250 milhões de reais por ano.
Hoje, às 14 horas, na sede da estatal no Rio de Janeiro, foram abertos os envelopes para que as três escolhidas fossem conhecidas. Na disputa, dezoito ansiosas agências. As mais pontuadas foram a curitibana Heads (60,9 pontos de um máximo de 70 pontos), a Dentsu (55,7 pontos) e a carioca Quê (54,6 pontos).
Só que mais de duas horas antes, o site do jornal Propaganda & Marketing, numa reportagem de Paulo Macedo, divulgou o resultado num furo de reportagem. E aí começa o imbróglio.
Para evitar possíveis vazamentos ou suspeitas, a Petrobras fizera o que é praxe em concorrências públicas: as propostas não são identificadas. Ou seja, em tese, a comissão julgadora não saberia quem é quem e só na hora da abertura dos envelopes apareceriam os nomes das agências vencedoras. Não foi o que aconteceu.
O mercado publicitário está em polvorosa. Todos os derrotados prometem chiar alto com a Petrobras e possivelmente na Justiça.
Entre os vencedores, duas agências (Quê e Heads) já detêm a conta da Petrobras. A Dentsu é a novata (de origem japonesa, desfez sua parceria com a DPZ há dois meses), tirando o espaço que hoje é da F/Nazca. Isso se o resultado for mantido.
(Atualização, às 17h53: A Petrobras não tomou ainda qualquer decisão em relação ao episódio. Na cúpula da estatal, a palavra de ordem é esperar até a semana que vem quando o processo licitatório termina - hoje, foi definida a proposta técnica, que vale 70 pontos; na semana que vem, será julgada a apresentação da proposta e a estrutura das agências, que vale 30 pontos. O problema é que o caso ganhou contornos de favorecimento e fraude. Fatalmente a Petrobras terá que tomar uma posição antes disso. Provavelmente, é o que irá acontecer).
=====
Retomo PRA: Obviamente não tenho nenhuma ilusão quanto a isto: não existe NENHUM risco de que este assunto venha a ser propriamente esclarecido, assim como não foram esclarecidas nenhuma das denúncias que motivaram a recente CPI a elas dedicadas, e devidamente manipulada pelos sabujos do poder no Congresso. Transparência em negócios públicos sempre é bom, mas não existe NENHUMA possibilidade de que isso venha a ocorrer neste governo, ou em qualquer um que pretenda manter essa empresa sob domínio estatal. Por isso, volto a dizer: está na hora de privatizar a Petrobrás. Como não sou maluco, também sei que isso NÃO vai ocorrer any time soon...
Não coloco NADA que me pedem para colocar, e não respondo a absolutamente ninguém neste mundo (em outros também), senão à minha própria consciência. Pouco me importa a opinião dos outros, na verdade, pois entendo que a liberdade é a liberdade de você escolher fazer o que lhe dá prazer. A mim me dá prazer o conhecimento, a leitura, a reflexão em torno de temas que chamam a minha atenção (geralmente nas humanidades) e que pedem minha ação ou preocupação, enquanto cidadão pagador de impostos e habitante desde país e deste planeta tão injustos e desiguais, e tão cheios de injustiças, patifarias, roubalheiras, enfim, vocês sabem o quê.
Pois bem: esses meus posts passam geralmente despercebidos -- claro, existem milhões de blogs só no Brasil e cada um cuida do seu --, salvo um ou outro comentário ocasional, quando o tema é quente ou relevante.
Um dos posts que mais despertou reações -- algumas furibundas -- foi um que tratava dos salários, aparentemente nababescos, dos "conselheiros" da Petrobrás (entre aspas porque vários deles não devem aconselhar absolutamente nada, estando ali apenas para ganhar dinheiro, posto que a direção da empresa virou uma ação entre amigos). Recebi (ainda recebo) mensagens iradas apenas porque transcrevi um comentário de um ex-funcionário da empresa, ou de um jornalista, agora não me lembro, condenando a prática. Provavelmente muitas dessas mensagens furiosas foram feitos com espírito corporativo, quando não condenatório, para ser mais explícito.
Até ouvi falar que a empresa está torrando mais um pouco do seu dinheiro (que pertence aos acionistas, obviamente) para "informar" as pessoas sobre os seus bons propósitos através de um blog milionário que criou e mantém através de uma firma especializada (que deve cobrar caro para fazer o trabalho sujo que faz). As aspas em "informar" são porque informação em causa própria não é informação e sim propaganda, ou elogio seletivo. O trabalho sujo evidentemente é porque a informação é expurgada e devidamente apresentada sob um olhar favorável.
Pessoalmente, eu acho que já está na hora da Petrobras ser privatizada, pois não existe NENHUM, repito, NENHUM risco de que o Brasil fique sem petróleo no futuro previsível, provavelmente até o final da era do petróleo.
Se me perguntarem por que sou a favor da privatização, eu teria "n" motivos, mas apenas diria: leiam abaixo.
Confusão em licitação milionária da Petrobras
Por Lauro Jardim
Site da Veja, quinta-feira, 28 de janeiro de 2010 - 16:33
Está destinado a dar uma tremenda confusão o resultado da mais esperada licitação do ano no setor de publicidade - a conta da Petrobras, no valor de 250 milhões de reais por ano.
Hoje, às 14 horas, na sede da estatal no Rio de Janeiro, foram abertos os envelopes para que as três escolhidas fossem conhecidas. Na disputa, dezoito ansiosas agências. As mais pontuadas foram a curitibana Heads (60,9 pontos de um máximo de 70 pontos), a Dentsu (55,7 pontos) e a carioca Quê (54,6 pontos).
Só que mais de duas horas antes, o site do jornal Propaganda & Marketing, numa reportagem de Paulo Macedo, divulgou o resultado num furo de reportagem. E aí começa o imbróglio.
Para evitar possíveis vazamentos ou suspeitas, a Petrobras fizera o que é praxe em concorrências públicas: as propostas não são identificadas. Ou seja, em tese, a comissão julgadora não saberia quem é quem e só na hora da abertura dos envelopes apareceriam os nomes das agências vencedoras. Não foi o que aconteceu.
O mercado publicitário está em polvorosa. Todos os derrotados prometem chiar alto com a Petrobras e possivelmente na Justiça.
Entre os vencedores, duas agências (Quê e Heads) já detêm a conta da Petrobras. A Dentsu é a novata (de origem japonesa, desfez sua parceria com a DPZ há dois meses), tirando o espaço que hoje é da F/Nazca. Isso se o resultado for mantido.
(Atualização, às 17h53: A Petrobras não tomou ainda qualquer decisão em relação ao episódio. Na cúpula da estatal, a palavra de ordem é esperar até a semana que vem quando o processo licitatório termina - hoje, foi definida a proposta técnica, que vale 70 pontos; na semana que vem, será julgada a apresentação da proposta e a estrutura das agências, que vale 30 pontos. O problema é que o caso ganhou contornos de favorecimento e fraude. Fatalmente a Petrobras terá que tomar uma posição antes disso. Provavelmente, é o que irá acontecer).
=====
Retomo PRA: Obviamente não tenho nenhuma ilusão quanto a isto: não existe NENHUM risco de que este assunto venha a ser propriamente esclarecido, assim como não foram esclarecidas nenhuma das denúncias que motivaram a recente CPI a elas dedicadas, e devidamente manipulada pelos sabujos do poder no Congresso. Transparência em negócios públicos sempre é bom, mas não existe NENHUMA possibilidade de que isso venha a ocorrer neste governo, ou em qualquer um que pretenda manter essa empresa sob domínio estatal. Por isso, volto a dizer: está na hora de privatizar a Petrobrás. Como não sou maluco, também sei que isso NÃO vai ocorrer any time soon...
1895) Dicas para a carreira diplomatica: alguns posts dispersos...
Como reparei através do software Sitemeter, recentemente instalado neste blog, muitos dos visitantes estão curiosos para saber sobre a carreira diplomática. Para dizer a verdade, nem eu sei quanto eu já escrevi sobre isso, ao longo dos últimos anos, sempre atendendo algum pedido de informações, entrevista, questionário, esclarecimentos de candidatos, obviamente, mas também de jornalistas ou simples curiosos.
Como escrevi em post anterior:
Reparei que grande parte dos clicks de entrada e saída do blog se referem a assuntos da carreira diplomática, dicas do concurso, bibliografia, curiosidades da carreira, enfim, angustias e pesquisas de jovens desejosos de ingressar no charme discreto (nem sempre) da diplomacia.
Muito bem, para contemplá-los, vou consolidar, mais uma vez, a imensa quantidade de escritos (notas, ensaios, entrevistas, questionários) que já perpetrei em torno do assunto, de maneira a saciar, pelo menos parcialmente, as necessidades de meus jovens leitores.
Aguardem, pois a despeito de eu manter um registro relativamente fiável de tudo o que escrevo (não tudo, apenas o que está acabado e pode ser considerado publicável, mas existem muitos inéditos e incógnitos, também, deliberadamente), nem sempre é fácil de localizar tudo isso, posto que simplesmente arrolado numa lista de Word, sem indexação e sob títulos e referências diversas, nem todas bem identificadas.
Assim, vou tentar postar uma relação de meus escritos, a começar pelos próprios posts que fui jogando aqui.
Sinto não poder linkar cada um, mas isso me daria um trabalho infernal, quando sequer tenho tempo para tarefas mais urgentes. Vou simplesmente relacionar e, pelo número, ou pelo instrumento de busca ali do lado, cada um poderá talvez encontrar o que procura.
Carreira diplomática, algumas dicas e simples esclarecimentos
Do blog Diplomatizzando...:
1748) Carreira diplomática: salário e promoção - Jan 22, 2010
1700) Carreira diplomatica: especializacao e ... - Jan 16, 2010
1112) Carreira Diplomatica: respondendo a um ... - May 21, 2009
1144) Como avaliar um professor; carreira ... - Jun 06, 2009
1192) Diplomacia: dicas gerais para candidatos ... - Jul 02, 2009
667) Um autodidata na carreira diplomática - Dec 26, 2006
669) Carreira Diplomatica: dicas - Dec 28, 2006
897) Carreira Diplomática: dicas - Jun 25, 2008
1012) Concurso para a carreira diplomatica 2009 - Jan 20, 2009
559) Informações sobre a carreira diplomatica ... - Jul 05, 2006
560) Informações sobre a carreira diplomatica ... - Jul 05, 2006
561) Informações sobre a carreira diplomatica ... - Jul 05, 2006
759) Preparação à carreira diplomática: novo ... - Jul 31, 2007
1023) Ser diplomata: para os candidatos à carreira - Feb 07, 2009
1034) concurso para a carreira diplomática - Mar 15, 2009
1054) um candidato à carreira altamente motivado - Apr 02, 2009
762) candidatos à carreira diplomática: seleção de leituras - Aug 11, 2007
769) carreira diplomatica: informações - Aug 21, 2007
811) para os candidatos à carreira diplomática: clásssicos da ... - Nov 25, 2007
960) concurso para a carreira diplomática: algumas observações - Dec 06, 2008
1460) Concurso para o Itamaraty: 108 vagas - Oct 30, 2009
No site www.pralmeida.org, uma simples pesquisa através do instrumento Google, resultou nesta resposta:
"Results 91 from www.pralmeida.org for carreira diplomatica"
Acredito que cada um poderá aplicar suas palavras de busca e tentar achar o que lhe interessa.
Boa sorte e bons estudos...
Como escrevi em post anterior:
Reparei que grande parte dos clicks de entrada e saída do blog se referem a assuntos da carreira diplomática, dicas do concurso, bibliografia, curiosidades da carreira, enfim, angustias e pesquisas de jovens desejosos de ingressar no charme discreto (nem sempre) da diplomacia.
Muito bem, para contemplá-los, vou consolidar, mais uma vez, a imensa quantidade de escritos (notas, ensaios, entrevistas, questionários) que já perpetrei em torno do assunto, de maneira a saciar, pelo menos parcialmente, as necessidades de meus jovens leitores.
Aguardem, pois a despeito de eu manter um registro relativamente fiável de tudo o que escrevo (não tudo, apenas o que está acabado e pode ser considerado publicável, mas existem muitos inéditos e incógnitos, também, deliberadamente), nem sempre é fácil de localizar tudo isso, posto que simplesmente arrolado numa lista de Word, sem indexação e sob títulos e referências diversas, nem todas bem identificadas.
Assim, vou tentar postar uma relação de meus escritos, a começar pelos próprios posts que fui jogando aqui.
Sinto não poder linkar cada um, mas isso me daria um trabalho infernal, quando sequer tenho tempo para tarefas mais urgentes. Vou simplesmente relacionar e, pelo número, ou pelo instrumento de busca ali do lado, cada um poderá talvez encontrar o que procura.
Carreira diplomática, algumas dicas e simples esclarecimentos
Do blog Diplomatizzando...:
1748) Carreira diplomática: salário e promoção - Jan 22, 2010
1700) Carreira diplomatica: especializacao e ... - Jan 16, 2010
1112) Carreira Diplomatica: respondendo a um ... - May 21, 2009
1144) Como avaliar um professor; carreira ... - Jun 06, 2009
1192) Diplomacia: dicas gerais para candidatos ... - Jul 02, 2009
667) Um autodidata na carreira diplomática - Dec 26, 2006
669) Carreira Diplomatica: dicas - Dec 28, 2006
897) Carreira Diplomática: dicas - Jun 25, 2008
1012) Concurso para a carreira diplomatica 2009 - Jan 20, 2009
559) Informações sobre a carreira diplomatica ... - Jul 05, 2006
560) Informações sobre a carreira diplomatica ... - Jul 05, 2006
561) Informações sobre a carreira diplomatica ... - Jul 05, 2006
759) Preparação à carreira diplomática: novo ... - Jul 31, 2007
1023) Ser diplomata: para os candidatos à carreira - Feb 07, 2009
1034) concurso para a carreira diplomática - Mar 15, 2009
1054) um candidato à carreira altamente motivado - Apr 02, 2009
762) candidatos à carreira diplomática: seleção de leituras - Aug 11, 2007
769) carreira diplomatica: informações - Aug 21, 2007
811) para os candidatos à carreira diplomática: clásssicos da ... - Nov 25, 2007
960) concurso para a carreira diplomática: algumas observações - Dec 06, 2008
1460) Concurso para o Itamaraty: 108 vagas - Oct 30, 2009
No site www.pralmeida.org, uma simples pesquisa através do instrumento Google, resultou nesta resposta:
"Results 91 from www.pralmeida.org for carreira diplomatica"
Acredito que cada um poderá aplicar suas palavras de busca e tentar achar o que lhe interessa.
Boa sorte e bons estudos...
1894) FSM e a situacao na Venezuela: a quadratura do circulo
Bem, a esperança que tinham os organizadores do Forum Social Mundial de Porto Alegre de receber os principais líderes do altermundialismo e da antiglobalização se desvaneceu rapidamente. Nenhum deles apareceu, no caso da Venezuela por razões muito evidentes, como todos podem deduzir das manifestações desta semana (e antes e as que estão por vir, infelizmente com perda de vidas humanas, provavelmente). Se Chávez sair do seu país agora, por qualquer motivo, corre o risco de não mais poder voltar, a menos de instalar um aparelho repressivo que vai aumentar ainda mais o derramamento de sangue.
Abaixo um post do conhecido jornalista Reinaldo Azevedo a propósito de um video da RCTV (aquela que foi fechada por Chávez), no qual se vê e se ouve que "este governo vai cair" e "1,2,3, Chavez fora do jogo".
O mais interessante seria conhecer a opinião dos líderes e dos participantes do FSM sobre o que vem ocorrendo na Venezuela, a começar pelas manifestações do próprio governo brasileiro, obviamente: ele sempre emite uma nota de pesar, cada vez que alguma pessoa é vítima da violência do terrorismo ou de algum governo em qualquer parte do mundo. O silêncio agora poderia dar a impressão de que, em nome de uma tal não-ingerência nos assuntos internos de outro governo, se observa, de fato, uma política de dois pesos e duas medidas (talvez um só peso, e duas medidas).
É ESTE O OUTRO MUNDO POSSÍVEL DOS FEDORENTOS DO FÓRUM SOCIAL MUNDIAL?
Reinaldo Azevedo, sexta-feira, 29 de janeiro de 2010 | 4:49
Vídeo da RCTV: 1 2 3 Chavez ta' ponchao
Acima, há um vídeo impressionante. Não li nada a respeito na chamada “grande imprensa” no Brasil — que, na média, cobre mal a crise na Venezuela. Trata-se de uma final de beisebol, esporte tão importante para os venezuelanos quanto é o futebol no Brasil, entre os times Caracas e Magallanes, de Valencia. O evento ocorreu no domingo passado, dia 24, no Estádio Universitário, em Caracas. Um grupo de estudantes começa a gritar “1, 2, 3, Chávez tas ponchao”, gíria que quer dizer “fora do jogo”. A palavra de ordem toma o estádio e é repetida num coro de milhares de vozes. Esse grito é intercalado com outro: “Sucio/ sucio/ sucio”: “Sujo/ sujo/sujo”. Manifestação semelhante já havia acontecido em Valencia, e a polícia desceu o sarrafo. No domingo, apesar da presença de policiais da tropa de choque (vê-se um deles no vídeo), nada pôde ser feito. Era impossível descer o porrete no estádio inteiro.
Imagens assim não podem mais ser exibidas na TV da Venezuela. Chávez tem o controle de 75% da radiodifusão. E o que resta de transmissão privada está subordinada a uma lei ditatorial, que dá ao tirano o poder de simplesmente retirar a emissora do ar, como fez na semana passada com seis TVs a cabo, inclusive a RCTV Internacional. A TV de sinal aberto do grupo já havia sido cassada. E Chávez pode alegar o que bem entender. No caso em particular, afirmou que elas desrespeitaram a lei quando se negaram a transmitir um discurso seu a militantes bolivarianos. Mas há também a possibilidade de acusá-las de incitamento à subversão. Em suma: o Bandoleiro de Caracas intervém quanto e onde quiser.
Sufocados, levando porretada nas ruas (ver posts de ontem), impedidos de se organizar institucionalmente, proibidos de se reunir em praça pública sem prévia autorização, os venezuelanos que discordam do governo encontraram uma maneira de informar ao mundo a sua luta por democracia: o jogo de beisebol. Os protestos são filmados e ganham o mundo. Também tem sido assim no Irã, onde a imprensa vive sob severa censura. Nesse caso, as novas tecnologias, como celulares, acabam sendo aliadas da democracia.
O governo Chávez está derretendo, e o regime assume, cada vez mais, características de um ditadura militar — a despeito de todos os truques vagabundos por ele empregados para alegar que está no poder porque foi eleito. A infra-estrutura venezuelana entrou em colapso. O país enfrenta racionamento de água e de energia. Os mercados “estatais” estão desabastecidos, e a população corre para estocar comida; a inflação, que já era alta, cresceu por causa da desvalorização da moeda; Chávez prossegue com suas nacionalizações, o que se tem traduzido por aumento da ineficiência; a indústria está desaparecendo, e a agricultura, na prática, acabou. Ele se sustenta com o assistencialismo agressivo que a receita do petróleo permite, o apoio de milícias armadas e o suporte, por enquanto ao menos, dos militares. Acuado pelo óbvio desastre que é seu governo e por rachas na cúpula bolivariana, ele ameaça radicalizar.
Há três dias, ao visitar o Fórum Social Mundial, reunido em Porto Alegre, Lula saudou os “governos progressistas” da América Latina. Certamente a Venezuela estava entre eles. Demonstrei aqui como a categoria exaltada pelo demiurgo reunia, na verdade, ditaduras e protoditaduras. Embora tente negar às vezes, o petista é hoje o mais importante aliado incondicional de Hugo Chávez no mundo. “Incondicional”, sim; não adianta negar. Não há maluquice que este delinqüente tenha proclamado que não tenha recebido o apoio sem reservas do governo do Brasil: do alinhamento escancarado com as Farc, fornecendo-lhe dinheiro e armas, à tentativa de patrocinar um golpe em outro país, com tentou fazer em Honduras. A mais recente contribuição de Lula ao tirano foi patrocinar a aprovação no Senado do ingresso da Venezuela no Mercosul — que, note-se, dispõe de uma cláusula que exclui países que não respeitem a democracia.
O mais curioso e que os delinqüentes nativos — refiro-me aos nossos — que pregam a “democratização” dos meios de comunicação querem uma legislação semelhante à venezuelana. E, sendo assim, é claro que sonham com uma democrata à moda Chávez para poder aplicá-la com eficiência. Vejam ali no que deu a democracia chavista: a população opta por protestar em estádios porque, nas ruas, tem de enfrentar os brucutus armados com ferros medievais.
A Venezuela é a pátria dos sonhos daqueles fedidos e fedidas do Fórum Social Mundial. Eles dizem: “Um outro mundo é possível”. É claro que é. A depender dessa gente, pode ser muito pior. Chávez é a prova. A minha fórmula é outra: outros mundos são sempre possíveis, mas nenhum é aceitável fora da democracia representativa e do estado de direito.
Abaixo um post do conhecido jornalista Reinaldo Azevedo a propósito de um video da RCTV (aquela que foi fechada por Chávez), no qual se vê e se ouve que "este governo vai cair" e "1,2,3, Chavez fora do jogo".
O mais interessante seria conhecer a opinião dos líderes e dos participantes do FSM sobre o que vem ocorrendo na Venezuela, a começar pelas manifestações do próprio governo brasileiro, obviamente: ele sempre emite uma nota de pesar, cada vez que alguma pessoa é vítima da violência do terrorismo ou de algum governo em qualquer parte do mundo. O silêncio agora poderia dar a impressão de que, em nome de uma tal não-ingerência nos assuntos internos de outro governo, se observa, de fato, uma política de dois pesos e duas medidas (talvez um só peso, e duas medidas).
É ESTE O OUTRO MUNDO POSSÍVEL DOS FEDORENTOS DO FÓRUM SOCIAL MUNDIAL?
Reinaldo Azevedo, sexta-feira, 29 de janeiro de 2010 | 4:49
Vídeo da RCTV: 1 2 3 Chavez ta' ponchao
Acima, há um vídeo impressionante. Não li nada a respeito na chamada “grande imprensa” no Brasil — que, na média, cobre mal a crise na Venezuela. Trata-se de uma final de beisebol, esporte tão importante para os venezuelanos quanto é o futebol no Brasil, entre os times Caracas e Magallanes, de Valencia. O evento ocorreu no domingo passado, dia 24, no Estádio Universitário, em Caracas. Um grupo de estudantes começa a gritar “1, 2, 3, Chávez tas ponchao”, gíria que quer dizer “fora do jogo”. A palavra de ordem toma o estádio e é repetida num coro de milhares de vozes. Esse grito é intercalado com outro: “Sucio/ sucio/ sucio”: “Sujo/ sujo/sujo”. Manifestação semelhante já havia acontecido em Valencia, e a polícia desceu o sarrafo. No domingo, apesar da presença de policiais da tropa de choque (vê-se um deles no vídeo), nada pôde ser feito. Era impossível descer o porrete no estádio inteiro.
Imagens assim não podem mais ser exibidas na TV da Venezuela. Chávez tem o controle de 75% da radiodifusão. E o que resta de transmissão privada está subordinada a uma lei ditatorial, que dá ao tirano o poder de simplesmente retirar a emissora do ar, como fez na semana passada com seis TVs a cabo, inclusive a RCTV Internacional. A TV de sinal aberto do grupo já havia sido cassada. E Chávez pode alegar o que bem entender. No caso em particular, afirmou que elas desrespeitaram a lei quando se negaram a transmitir um discurso seu a militantes bolivarianos. Mas há também a possibilidade de acusá-las de incitamento à subversão. Em suma: o Bandoleiro de Caracas intervém quanto e onde quiser.
Sufocados, levando porretada nas ruas (ver posts de ontem), impedidos de se organizar institucionalmente, proibidos de se reunir em praça pública sem prévia autorização, os venezuelanos que discordam do governo encontraram uma maneira de informar ao mundo a sua luta por democracia: o jogo de beisebol. Os protestos são filmados e ganham o mundo. Também tem sido assim no Irã, onde a imprensa vive sob severa censura. Nesse caso, as novas tecnologias, como celulares, acabam sendo aliadas da democracia.
O governo Chávez está derretendo, e o regime assume, cada vez mais, características de um ditadura militar — a despeito de todos os truques vagabundos por ele empregados para alegar que está no poder porque foi eleito. A infra-estrutura venezuelana entrou em colapso. O país enfrenta racionamento de água e de energia. Os mercados “estatais” estão desabastecidos, e a população corre para estocar comida; a inflação, que já era alta, cresceu por causa da desvalorização da moeda; Chávez prossegue com suas nacionalizações, o que se tem traduzido por aumento da ineficiência; a indústria está desaparecendo, e a agricultura, na prática, acabou. Ele se sustenta com o assistencialismo agressivo que a receita do petróleo permite, o apoio de milícias armadas e o suporte, por enquanto ao menos, dos militares. Acuado pelo óbvio desastre que é seu governo e por rachas na cúpula bolivariana, ele ameaça radicalizar.
Há três dias, ao visitar o Fórum Social Mundial, reunido em Porto Alegre, Lula saudou os “governos progressistas” da América Latina. Certamente a Venezuela estava entre eles. Demonstrei aqui como a categoria exaltada pelo demiurgo reunia, na verdade, ditaduras e protoditaduras. Embora tente negar às vezes, o petista é hoje o mais importante aliado incondicional de Hugo Chávez no mundo. “Incondicional”, sim; não adianta negar. Não há maluquice que este delinqüente tenha proclamado que não tenha recebido o apoio sem reservas do governo do Brasil: do alinhamento escancarado com as Farc, fornecendo-lhe dinheiro e armas, à tentativa de patrocinar um golpe em outro país, com tentou fazer em Honduras. A mais recente contribuição de Lula ao tirano foi patrocinar a aprovação no Senado do ingresso da Venezuela no Mercosul — que, note-se, dispõe de uma cláusula que exclui países que não respeitem a democracia.
O mais curioso e que os delinqüentes nativos — refiro-me aos nossos — que pregam a “democratização” dos meios de comunicação querem uma legislação semelhante à venezuelana. E, sendo assim, é claro que sonham com uma democrata à moda Chávez para poder aplicá-la com eficiência. Vejam ali no que deu a democracia chavista: a população opta por protestar em estádios porque, nas ruas, tem de enfrentar os brucutus armados com ferros medievais.
A Venezuela é a pátria dos sonhos daqueles fedidos e fedidas do Fórum Social Mundial. Eles dizem: “Um outro mundo é possível”. É claro que é. A depender dessa gente, pode ser muito pior. Chávez é a prova. A minha fórmula é outra: outros mundos são sempre possíveis, mas nenhum é aceitável fora da democracia representativa e do estado de direito.
1893) The Economist constata falta de liberalismo no Brasil
Bem, não é propriamente uma novidade, desde sempre aliás. Acho que o liberalismo nunca teve passado no Brasil, e corre o risco de não ter futuro tampouco. Não na esperança de vida da geração presente, talvez em mais duas ou três, quem sabe?
Liberalism in Brazil
The almost-lost cause of freedom
The Economist, January 28th, 2010
Why is economic liberalism so taboo in socially liberal Brazil?
“ADMITTING to liberalism explicitly,” wrote Roberto Campos, a Brazilian politician, diplomat and swimmer against the tide who died in 2001, “is as outlandish in a country with a dirigiste culture as having sex in public.” His observation still holds for Brazil, where economic liberals (in the British, free-market sense, not the socialistic American one) are as scarce as snowflakes. Government revenue as a share of GDP has risen steadily in the past decade, and is now closer to the level in rich European countries than that of Brazil’s middle-income peers. Despite this, none of the likely candidates in the presidential election due in October talks about cutting taxes. The two leading candidates are both on the tax-and-spend centre-left.
Brazil’s shortage of economic liberals is even stranger given the country’s history. In Chile economic liberalism was tainted by association with military rule. But Brazil’s 1964-85 military dictatorship chose an economic model built around state planning and restricted imports. It is necessary to go back to the 19th century, when Brazil’s then monarchy was briefly in thrall to Scottish economists, to find something like classical liberalism there.
One reason why liberals have been so muted since Brazil became a democracy again is that voting in elections is compulsory. This means that a large number of poor voters, who pay little tax but benefit from government welfare spending, help to push the parties in the direction of a bigger state. If the same system were to be applied to America, the Democrats might well enjoy a permanent majority.
Also, many of today’s leading Brazilian politicians played a part in the opposition to military rule. This world of intellectual and sometimes violent resistance was dominated by various shades of left-wing thought, seasoned with anti-Americanism (the United States welcomed the 1964 coup that brought the generals in). During the dictatorship today’s president, Luiz Inácio Lula da Silva, was a trade-union boss; his predecessor, Fernando Henrique Cardoso, was a Marxist academic. The front-runner in the presidential polls, José Serra (from Mr Cardoso’s Social Democrats), was an exiled former student leader. His main rival, Dilma Rousseff (from Lula’s Workers’ Party), was a Trotskyist.
That said, all of these people have proved to be pragmatists when in office. Mr Cardoso’s government, in which Mr Serra was health minister, mixed liberalism and social democracy in similar quantities to Tony Blair’s government in Britain. Lula’s, in which Ms Rousseff is his chief of staff, has continued in like vein.
What will happen when this generation is succeeded by a younger one? Carlos Alberto Sardenberg, a broadcaster and author of a recent plea to rehabilitate liberalism, called “Neoliberal, no. Liberal”, fears that Brazil’s schools and publicly funded universities are so ideologically skewed that their worldview is likely to reproduce itself in the next generation.
However, things may not be so bad. For a start, the institutions that carry out economic policy are more liberal, in the sense of being free from government interference, than they have been for a long time. The Central Bank is independent in practice if not in law and the real floats freely against other currencies. Since President Fernando Collor eased restrictions on imports in 1990 Brazil has become more open to trade. Just as in India, which saw a similar opening at the same time, companies have improved productivity as a result of foreign competition, and some big firms have expanded successfully abroad.
This recent advance has encouraged those who would like Brazil to move further in this direction to make more noise. The Liberty Forum, an annual gathering in the southern city of Porto Alegre, attracts the most dedicated members of this tribe. But they can also be found in the Movement for a Competitive Brazil, a lobby group founded by Jorge Gerdau Johannpeter, a steel baron; within the influential economics faculty of PUC-Rio, a university; and among the bankers and senior managers of Brazilian firms engaged in trade.
No home to call their own
As in many democracies, Brazil’s liberals lack a party where their views are welcome. The fading Democrat party (previously called the Liberal Front) tried to become this, but struggled to escape its origins as an old-fashioned, pork-barrel, machine party. The latest blow to its attempt at transformation came in November when police launched an investigation into an alleged kickback scheme involving José Roberto Arruda, the Democrat governor of Brasília (he denies wrongdoing). Brazil’s small band of economic liberals, marginalised in politics, can console themselves that at least their country is among the most socially liberal. All sorts of religious minorities worship freely; São Paulo hosts the world’s largest gay-pride march. Cultural conservatives pushing in the opposite direction are disorganised and uninfluential. For now, though, people who want to practise economic liberalism are advised to do so in private. Roberto Campos’s critics often dismissed him as “Bob Fields”, an English translation of his name, implying his ideas were foreign. A politician pushing his ideas now would still be viewed as a bit eccentric.
Liberalism in Brazil
The almost-lost cause of freedom
The Economist, January 28th, 2010
Why is economic liberalism so taboo in socially liberal Brazil?
“ADMITTING to liberalism explicitly,” wrote Roberto Campos, a Brazilian politician, diplomat and swimmer against the tide who died in 2001, “is as outlandish in a country with a dirigiste culture as having sex in public.” His observation still holds for Brazil, where economic liberals (in the British, free-market sense, not the socialistic American one) are as scarce as snowflakes. Government revenue as a share of GDP has risen steadily in the past decade, and is now closer to the level in rich European countries than that of Brazil’s middle-income peers. Despite this, none of the likely candidates in the presidential election due in October talks about cutting taxes. The two leading candidates are both on the tax-and-spend centre-left.
Brazil’s shortage of economic liberals is even stranger given the country’s history. In Chile economic liberalism was tainted by association with military rule. But Brazil’s 1964-85 military dictatorship chose an economic model built around state planning and restricted imports. It is necessary to go back to the 19th century, when Brazil’s then monarchy was briefly in thrall to Scottish economists, to find something like classical liberalism there.
One reason why liberals have been so muted since Brazil became a democracy again is that voting in elections is compulsory. This means that a large number of poor voters, who pay little tax but benefit from government welfare spending, help to push the parties in the direction of a bigger state. If the same system were to be applied to America, the Democrats might well enjoy a permanent majority.
Also, many of today’s leading Brazilian politicians played a part in the opposition to military rule. This world of intellectual and sometimes violent resistance was dominated by various shades of left-wing thought, seasoned with anti-Americanism (the United States welcomed the 1964 coup that brought the generals in). During the dictatorship today’s president, Luiz Inácio Lula da Silva, was a trade-union boss; his predecessor, Fernando Henrique Cardoso, was a Marxist academic. The front-runner in the presidential polls, José Serra (from Mr Cardoso’s Social Democrats), was an exiled former student leader. His main rival, Dilma Rousseff (from Lula’s Workers’ Party), was a Trotskyist.
That said, all of these people have proved to be pragmatists when in office. Mr Cardoso’s government, in which Mr Serra was health minister, mixed liberalism and social democracy in similar quantities to Tony Blair’s government in Britain. Lula’s, in which Ms Rousseff is his chief of staff, has continued in like vein.
What will happen when this generation is succeeded by a younger one? Carlos Alberto Sardenberg, a broadcaster and author of a recent plea to rehabilitate liberalism, called “Neoliberal, no. Liberal”, fears that Brazil’s schools and publicly funded universities are so ideologically skewed that their worldview is likely to reproduce itself in the next generation.
However, things may not be so bad. For a start, the institutions that carry out economic policy are more liberal, in the sense of being free from government interference, than they have been for a long time. The Central Bank is independent in practice if not in law and the real floats freely against other currencies. Since President Fernando Collor eased restrictions on imports in 1990 Brazil has become more open to trade. Just as in India, which saw a similar opening at the same time, companies have improved productivity as a result of foreign competition, and some big firms have expanded successfully abroad.
This recent advance has encouraged those who would like Brazil to move further in this direction to make more noise. The Liberty Forum, an annual gathering in the southern city of Porto Alegre, attracts the most dedicated members of this tribe. But they can also be found in the Movement for a Competitive Brazil, a lobby group founded by Jorge Gerdau Johannpeter, a steel baron; within the influential economics faculty of PUC-Rio, a university; and among the bankers and senior managers of Brazilian firms engaged in trade.
No home to call their own
As in many democracies, Brazil’s liberals lack a party where their views are welcome. The fading Democrat party (previously called the Liberal Front) tried to become this, but struggled to escape its origins as an old-fashioned, pork-barrel, machine party. The latest blow to its attempt at transformation came in November when police launched an investigation into an alleged kickback scheme involving José Roberto Arruda, the Democrat governor of Brasília (he denies wrongdoing). Brazil’s small band of economic liberals, marginalised in politics, can console themselves that at least their country is among the most socially liberal. All sorts of religious minorities worship freely; São Paulo hosts the world’s largest gay-pride march. Cultural conservatives pushing in the opposite direction are disorganised and uninfluential. For now, though, people who want to practise economic liberalism are advised to do so in private. Roberto Campos’s critics often dismissed him as “Bob Fields”, an English translation of his name, implying his ideas were foreign. A politician pushing his ideas now would still be viewed as a bit eccentric.
1892) Volta ao mundo em materia de visitantes
Contando e localizando os curiosos (e alguns espiões)
Por imitação ao blog do meu caro amigo embaixador Francisco Seixas da Costa (Duas ou Três Coisas...), fui levado a instalar, mais por curiosidade do que por necessidade, um sitemeter neste meu blog.
Nem bem acabei de instalar, cliquei novamente no link de home, e busquei minhas estatísticas: primeiro um mapa do mundo, muito bonito, com vários pontos iluminados aqui e ali, verde, vermelho, seja lá o que for.
Curioso, cliquei no locations e aí percebi que, descontando os "incógnitos" -- serviços secretos talvez, que ficam vigiando o meu trabalho, por ordem de impérios poderosos, ou mais simplesmente gente acessando via VPN -- os visitantes e voyeurs eram das mais diferentes localidades, como transcrevo aqui (eliminando os desconhecidos, sempre indicados como Unknown na lista):
Recent Visitors by Location
Detail Country Location
1 Unknown
2 Brazil Curitiba, Parana
4 Brazil Sao Paulo, Sao Paulo
5 Brazil
6 France Paris, Ile-de-France
8 Brazil Braslia, Distrito Federal
9 Portugal Sao Domingos De Rana, Lisboa
10 Brazil Sao Paulo, Sao Paulo
11 Brazil
12 United States Santa Barbara, California
14 France Moulineaux, Haute-Normandie
16 Brazil Brasilia, Distrito Federal
19 Brazil
20 Brazil
21 Brazil
22 Brazil
23 Brazil
24 Brazil Braslia, Distrito Federal
25 Brazil Salvador, Bahia
26 United States Los Angeles, California
27 Brazil Sao Paulo, Sao Paulo
28 Brazil Sao Paulo, Sao Paulo
29 Brazil Santana De Parnaba, Sao Paulo
31 Brazil Belem, Para
32 Brazil Campo Grande, Mato Grosso do Sul
33 Brazil
34 Brazil Belo Horizonte, Minas Gerais
35 United States Mountain View, California
37 Brazil Brasilia, Distrito Federal
38 Brazil Sao Paulo, Sao Paulo
40 Brazil
41 Brazil Sao Paulo, Sao Paulo
43 Brazil
44 Brazil Sao Paulo, Sao Paulo
49 Brazil
50 Brazil Santo Andre, Sao Paulo
51 Brazil Belem, Para
52 Venezuela Caracas, Distrito Federal
53 Cape Verde
55 Brazil Viamao, Rio Grande do Sul
58 Brazil Rio De Janeiro, Rio de Janeiro
59 Brazil Rio De Janeiro, Rio de Janeiro
60 Brazil Rio De Janeiro, Rio de Janeiro
61 Brazil Rio De Janeiro, Rio de Janeiro
63 Mexico Veracruz, Veracruz-Llave
64 Brazil Niteroi, Rio de Janeiro
65 Brazil Belo Horizonte, Minas Gerais
67 Spain Madrid
69 Brazil Vitoria, Espirito Santo
70 Brazil Viamao, Rio Grande do Sul
71 Brazil Varzea Grande, Mato Grosso
72 Brazil Braslia, Distrito Federal
Na verdade, esse instrumento de medição não serve apenas para alimentar o narcisismo do autor do blog, mas é uma importante ferramenta para saber o quê, exatamente, as pessoas estão buscando, quando visitam o meu blog, e possivelmente o meu site, também.
Reparei que grande parte dos clicks de entrada e saída do blog se referem a assuntos da carreira diplomática, dicas do concurso, bibliografia, curiosidades da carreira, enfim, angustias e pesquisas de jovens desejosos de ingressar no charme discreto (nem sempre) da diplomacia.
Muito bem, para contemplá-los, vou consolidar, mais uma vez, a imensa quantidade de escritos (notas, ensaios, entrevistas, questionários) que já perpetrei em torno do assunto, de maneira a saciar, pelo menos parcialmente, as necessidades de meus jovens leitores.
Aguardem, pois a despeito de eu manter um registro relativamente fiável de tudo o que escrevo (não tudo, apenas o que está acabado e pode ser considerado publicável, mas existem muitos inéditos e incógnitos, também, deliberadamente), nem sempre é fácil de localizar tudo isso, posto que simplesmente arrolado numa lista de Word, sem indexação e sob títulos e referências diversas, nem todas bem identificadas.
Vai vir...
Em todo caso, quero agradecer ao SiteMeter a gentileza do free lunch...
Paulo Roberto de Almeida (30.01.2010)
Por imitação ao blog do meu caro amigo embaixador Francisco Seixas da Costa (Duas ou Três Coisas...), fui levado a instalar, mais por curiosidade do que por necessidade, um sitemeter neste meu blog.
Nem bem acabei de instalar, cliquei novamente no link de home, e busquei minhas estatísticas: primeiro um mapa do mundo, muito bonito, com vários pontos iluminados aqui e ali, verde, vermelho, seja lá o que for.
Curioso, cliquei no locations e aí percebi que, descontando os "incógnitos" -- serviços secretos talvez, que ficam vigiando o meu trabalho, por ordem de impérios poderosos, ou mais simplesmente gente acessando via VPN -- os visitantes e voyeurs eram das mais diferentes localidades, como transcrevo aqui (eliminando os desconhecidos, sempre indicados como Unknown na lista):
Recent Visitors by Location
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1 Unknown
2 Brazil Curitiba, Parana
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5 Brazil
6 France Paris, Ile-de-France
8 Brazil Braslia, Distrito Federal
9 Portugal Sao Domingos De Rana, Lisboa
10 Brazil Sao Paulo, Sao Paulo
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14 France Moulineaux, Haute-Normandie
16 Brazil Brasilia, Distrito Federal
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24 Brazil Braslia, Distrito Federal
25 Brazil Salvador, Bahia
26 United States Los Angeles, California
27 Brazil Sao Paulo, Sao Paulo
28 Brazil Sao Paulo, Sao Paulo
29 Brazil Santana De Parnaba, Sao Paulo
31 Brazil Belem, Para
32 Brazil Campo Grande, Mato Grosso do Sul
33 Brazil
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35 United States Mountain View, California
37 Brazil Brasilia, Distrito Federal
38 Brazil Sao Paulo, Sao Paulo
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44 Brazil Sao Paulo, Sao Paulo
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50 Brazil Santo Andre, Sao Paulo
51 Brazil Belem, Para
52 Venezuela Caracas, Distrito Federal
53 Cape Verde
55 Brazil Viamao, Rio Grande do Sul
58 Brazil Rio De Janeiro, Rio de Janeiro
59 Brazil Rio De Janeiro, Rio de Janeiro
60 Brazil Rio De Janeiro, Rio de Janeiro
61 Brazil Rio De Janeiro, Rio de Janeiro
63 Mexico Veracruz, Veracruz-Llave
64 Brazil Niteroi, Rio de Janeiro
65 Brazil Belo Horizonte, Minas Gerais
67 Spain Madrid
69 Brazil Vitoria, Espirito Santo
70 Brazil Viamao, Rio Grande do Sul
71 Brazil Varzea Grande, Mato Grosso
72 Brazil Braslia, Distrito Federal
Na verdade, esse instrumento de medição não serve apenas para alimentar o narcisismo do autor do blog, mas é uma importante ferramenta para saber o quê, exatamente, as pessoas estão buscando, quando visitam o meu blog, e possivelmente o meu site, também.
Reparei que grande parte dos clicks de entrada e saída do blog se referem a assuntos da carreira diplomática, dicas do concurso, bibliografia, curiosidades da carreira, enfim, angustias e pesquisas de jovens desejosos de ingressar no charme discreto (nem sempre) da diplomacia.
Muito bem, para contemplá-los, vou consolidar, mais uma vez, a imensa quantidade de escritos (notas, ensaios, entrevistas, questionários) que já perpetrei em torno do assunto, de maneira a saciar, pelo menos parcialmente, as necessidades de meus jovens leitores.
Aguardem, pois a despeito de eu manter um registro relativamente fiável de tudo o que escrevo (não tudo, apenas o que está acabado e pode ser considerado publicável, mas existem muitos inéditos e incógnitos, também, deliberadamente), nem sempre é fácil de localizar tudo isso, posto que simplesmente arrolado numa lista de Word, sem indexação e sob títulos e referências diversas, nem todas bem identificadas.
Vai vir...
Em todo caso, quero agradecer ao SiteMeter a gentileza do free lunch...
Paulo Roberto de Almeida (30.01.2010)
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