segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Representacao turistico-parlamentar brasileira no Mercosul: os candidatos a diarias e passagens...

Bem, a repetição das reuniões em Montevidéu pode ser aborrecida, mas eu proporia uma moção para que as reuniões sejam itinerantes, cada uma em um resort dos países membros e associados, quem sabe até o Caribe?
Melhor ainda, talvez, um Boeing bem grande, cedido para as ocasiões, e fazer reuniões ambulantes, cada uma num lugar diverso, com direito a pouco mais do que lunch-bags?
Sempre se poderá dizer que o Mercosul é muito diverso, com paisagens naturais maravilhosas, cidades acolhedoras, praias lindas e estações de esqui (segundo as estações) equipados, and so on.
Mas precisa ser um daqueles jumbos, para caber todo esse povo...
Paulo Roberto de Almeida

Os novos representantes brasileiros no Parlasul
fonte: Representação Brasileira no Parlamento do Mercosul

A Representação Brasileira deve convocar para o início de agosto a reunião de instalação para a posse dos parlamentares brasileiros indicados ao Parlamento do MERCOSUL (Parlasul). A lista dos indicados está publicada no Diário do Congresso Nacional. A partir da posse, o Parlasul e a Representação Brasileira retomam as atividades.
O Congresso Nacional divulgou nesta quinta-feira, 14 de julho, a lista dos representantes indicados ao Parlamento do MERCOSUL. Os Parlamentares aguardam a reunião de instalação da Representação Brasileira, e a partir daí a Representação e o Parlamento retomam suas atividades. Ao todo, 27 deputados e 10 senadores - totalizando 37 parlamentares brasileiros - ocupam as cadeiras no Parlasul. O senado ainda não indicou uma vaga para titular pelo bloco das minorias. Seguem os parlamentares membros da Representação Brasileira:
Deputados Federais - Titulares

PT
Benedita da Silva (RJ)
Dr. Rosinha (PR)
Emiliano José (BA)
Jilmar Tatto (SP)
Paulo Pimenta (RS)
PMDB
Íris de Araújo (GO)
Marçal Filho (MS)
Moacir Micheletto (PR)
Raul Henry (PE)
PSDB
Eduardo Azeredo (MG)
Reinaldo Azambuja (MS)
Sergio Gerra (PE)
PP
Dirceu Sperafico (PR)
Renato Molling (RS)
DEM
Júlio Campos (MT)
Mandetta (MS)
PR
Paulo Freire (SP)
Luis Tibé - PTdoB* (MG)
PSB
José Stédile (RS)
Ribamar Alves (MA)
PDT
Vieira da Cunha (RS)

Bloco PV/PPS
Roberto Freire- PPS (PE)
PTB
Sérgio Moraes (RS)
PSC
Nelson Padovani (PR)
PCdoB
Manuela D’Avila (RS)

PRB – Titular
George Hilton (MG)
PMN
Dr. Carlos Alberto (RJ)
Senadores - Titulares

Bloco da Maioria (PMDB-PP-PSC-PMN-PV)
Pedro Simon – PMDB/RS
Roberto Requião – PMDB/PR
Wilson Santiago – PMDB/PB
Ana Amélia – PP/RS
Bloco do Governo (PT – PR-PDT-PSB-PCdoB-PRB)
Paulo Paim – PT/RS
Inácio Arruda – PcdoB/CE
Antonio Carlos Valadares – PSB/SE

Bloco da Minoria (PSDB-DEM) - Titular
Paulo Bauer – PSDB/SC
PTB
Mozarildo Cavalcanti (RR)
Deputados Federais - Suplentes

PT
Bohn Gass (RS)
Newton Lima (SP)
Sibá Machado (AC)
Weliton Prado (MG)
Zé Geraldo (PA)
PMDB
Fátima Pelaes (AP)
Gastão Vieira (MA)
Lelo Coimbra (ES)
Valdir Colatto (SC)
PSDB
Ainda não indicados
PP
Afonso Hamm (RS)
Raul Lima (RR)
DEM
Ainda não indicados
PR
Giacobo (PR)
Henrique Oliveira (AM)
PSB
Antonio Balhamann (CE)
Audifax (ES)
PDT
Sebastião Bala Rocha (AP)
Bloco PV/PPS
Antonio Roberto – PV (MG)
PTB
Paes Landim (PI)
PSC
Takayama (PR)
PCdoB
Assis Melo (RS)
PRB
Vitor Paulo (RJ)
PMN
Fábio Faria (RN)
Senadores - Suplentes

Bloco da Maioria (PMDB – PP-PSC-PMN-PV)
Cassildo Maldaner – PMDB/SC
Waldemir Moka – PMDB/MS
Valdir Raupp – PMDB/RO
Bloco do Governo (PT – PR-PDT-PSB-PCdoB-PRB)
Eduardo Suplicy – PT/SP
Humberto Costa – PT/PE
Cristovam Buarque – PDT/DF
Magno Malta – PR/ES
Bloco da Minoria (PSDB-DEM)
José Agripino – DEM/RN
PTB – Suplente
Fernando Collor (AL)

domingo, 14 de agosto de 2011

Onde esta a "nova classe media"? - José Lemos

Onde Está a “Nova Classe Média”?
José Lemos (*)

Há um bombardeio midiático tentando fazer-nos crer, que uma “nova classe média” surgiu no Brasil a partir de 2003. Afirmam que trinta (30) milhões de brasileiros deixaram de ser pobres e passaram a fazer parte dessa “nova classe média”. Sendo curioso da área, tentei confirmar essas informações. A investigação se apóia na hipótese de que a “nova classe média” deve ter emergido dos estratos de menor renda. A tentativa é de contabilizar esse novo grupo social ávido de consumo.

Buscamos fazer a comparação entre o último ano do Governo que se encerrou em 2002 com aquele que começou em 2003 e terminou em 2010. Os dados brutos que utilizamos são da PNAD de 2002 e 2009, tendo em vistas que este é o ultimo ano para o qual o IBGE disponibiliza informações atualmente.
Tomemos a população que sobrevivia em domicílios cuja renda varia de zero a dois (2) salários mínimos. Este contingente tem renda média domiciliar de aproximadamente 1,2 salários mínimos. Como cada domicílio abriga quatro pessoas, em média, segue-s que a renda per capita domiciliar é de 1/3 do salário mínimo. Em 2002 a população estimada para o Brasil era de 173,4 milhões. Para aquele ano o contingente sobrevivendo em domicílios sob aquelas condições de renda representava 32,5%, o que somava 55,5 milhões de brasileiros.

Em 2003 assumiu o novo governo que teve como herança, plantada no Governo Itamar Franco e consolidada nos dois Governos de FHC, a estabilidade monetária. Estabilidade que se assentava em fundamentos macroeconômicos que, se seguidos dariam condições para o novo governo deslanchar.

Não foi isso o que se observou. Entre 2003 e 2010 o PIB brasileiro apresentou crescimento pífio, se comparado às economias do mesmo porte do Brasil. A escolaridade media dos brasileiros ficou abaixo de oito (8) anos, e a taxa de analfabetos estabilizou em elevados 10%. Alem disso, houve retrocesso no acesso a esgoto, e avanço apenas modesto no aceso à água encanada. Mas o que aconteceu com aqueles brasileiros de renda domiciliar situada entre zero e dois salários mínimos?

Em 2003 este segmento já havia ascendido para 33,3% da população do Brasil. Atingiu 36,1% em 2009. Portanto, em termos relativos, houve um acréscimo de 3,6% da população que sobrevivia com renda domiciliar de até dois salários mínimos. Como a população cresceu entre 2002 e 2009, o contingente sobrevivendo sob aquelas condições de renda também cresceu. De fato, o IBGE estimava em 191,8 milhões a população de 2009. Assim, a população sobrevivendo naquela baixa faixa de renda somava 69,2 milhões. Isto significa que entre 2002 e 2009 um total de 16,5 milhões de brasileiros foi incorporado ao grupo da população que sobrevive em domicílios cuja renda varia de zero a dois salários mínimos. Migraram dos estratos superiores de renda.

A pergunta que não pode ficar sem resposta é: Como explicar a explosão de consumo que aconteceu neste período, sobretudo entre esse segmento de menor renda?

Para responder a esta instigante questão, buscamos informações no Banco Central (BC). Segundo o (BC), o crédito consignado com desconto em folha, entre os meses de janeiro e novembro de 2009, correspondeu a 80% do crescimento total do empréstimo pessoal. A “Nota de Política Monetária” divulgada pelo Banco Central em dezembro de 2010, ensina que o volume total de crédito consignado alcançou R$ 137,42 bilhões. Um avanço de 27,4% relativamente a dezembro de 2009.

Depreende-se que a explosão de consumo observada nesse segmento populacional, não ocorreu devido a uma mudança de status socioeconômico, como quer fazer crer a propaganda oficial. Mas devido ao endividamento em larga escala dos trabalhadores que tem vinculo empregatício. Na verdade os grandes beneficiados com essa ciranda foram os banqueiros, tendo em vistas que são empréstimos com riscos praticamente nulos para eles, e com taxa de inadimplência praticamente nula. Não é por acaso que há brigas intensas entre banqueiros para participarem desse banquete.

E a “Nova Classe Media”? Bom, se ter renda domiciliar de até dois salários mínimos caracterizar esses brasileiros, a propaganda oficial está corretíssima, pois acrescentamos mais 16,5 milhões em 2009, comparativamente ao que se observava em 2002. Falta apenas dizer na campanha publicitária que são brasileiros “felizes”, mas endividados como nunca antes na historia desse (sic) país. Nenhum Governo é perfeito.

(*) Professor Associado na Universidade Federal do Ceará.

Irlanda, da felicidade aos problemas - Colm Tóibín

Ao contrário do que o editor da revista afirma, a Irlanda não voltou à pobreza. Ela representa um dos mais extraordinários exemplos de desenvolvimento econômico e social, arrancando a si mesma da pobreza por políticas corretas. Recentemente, cometeu uma grande bobagem, devido ao excesso de riqueza, justamente: foi garantir a 100% depósitos bancários, atraiu mais capital do que deveria, e foi prejudicada pela crise dos derivativos americanos. Uma bobagem que não deveria ter feito. Mas ela não voltará à pobreza, e sim terá de administrar o buraco financeiro pelos próximos anos. Tem inteligência suficiente para superar um problema conjuntural, e continua a ter boas políticas em outras áreas.
Paulo Roberto de Almeida

O preço da felicidade, o custo da desgraça
por Colm Tóibín
Revista piauí, agosto 2011

Em texto exclusivo para a piauí, o escritor irlandês narra a trajetória de seu país, da pobreza à prosperidade e de volta à pobreza, em apenas quinze anos

Devia ser o verão de 1965, ou talvez um ano antes, e estávamos na praia na costa leste da Irlanda. Eu tinha 9 ou 10 anos. Minha mãe e meus irmãos provavelmente tinham ido nadar e isso significa que eu estava deitado no tapete escutando a conversa do meu pai com a irmã da minha mãe. A irmã da minha mãe gostava de discutir grandes assuntos como religião e política. Agora ela estava perguntando a meu pai, que era um membro ativo do partido do governo, o Fianna Fáil – que desde 1932 esteve quase sempre no poder – se ele apoiava todas as políticas e decisões de seus correligionários. Meu pai disse que sim, e isso me pareceu certo, pois nunca imaginara que ele pudesse pensar de outro modo. Eu sabia a opinião dele sobre o outro partido – o Fine Gael, principal partido oposicionista – que era a de que você podia cumprimentar seus membros quando cruzava com eles na rua, mas se alguma vez votasse neles sua mão direita gangrenaria e seria amputada.

O pai do meu pai era um nacionalista irlandês e tinha lutado contra os britânicos. Participou da rebelião de 1916, que, mesmo sendo derrotada, tornou-se o início do fim do domínio britânico na Irlanda. Em 1922, quando finalmente se retiraram, os ingleses decidiram dividir a Irlanda, ficando com o norte do país, que tinha uma população protestante maior e não queria se separar da Grã-Bretanha. E homens como meu avô eram totalmente contrários a esse arranjo. Meu avô e seus amigos queriam tudo ou nada, uma república formada por toda a ilha; os da outra facção, até ali seus camaradas na luta contra o domínio britânico, queriam aceitar a proposta britânica de uma Irlanda dividida. As duas facções, incluindo irmãos, travaram uma feroz guerra civil. Noventa anos depois, os dois principais partidos – Fianna Fáil e Fine Gael – descendem dessa guerra.

A política de ambos os lados era nacionalista, anti-imperialista e não propriamente de esquerda. O ideário não ia além da vaga noção de uma Irlanda autossuficiente. A guerra que travaram não foi uma guerra de classes. Assim, enquanto alguns ingleses partiram e perderam suas propriedades, a burguesia irlandesa não foi afetada pela independência. Os proprietários rurais mantiveram suas terras; os lojistas, suas lojas; os banqueiros, seus bancos. E a revolução irlandesa foi também comandada principalmente por católicos. O fim da guerra civil viu crescer, ao sul da fronteira, um Estado católico insular profundamente conservador e, ao norte, numa imagem especular, um estado protestante insular profundamente conservador. O partido do meu avô, Fianna Fáil, do qual meu tio também era membro, e no qual meu pai logo ingressaria, tomou o poder no sul em 1932; tornou-se ainda mais conservador e mais católico do que o outro partido, Fine Gael. O Partido Trabalhista continuou pequeno, sempre a terceira força; o movimento sindical também era conservador, e quase não tinha influência.

O problema para o novo Estado irlandês era como proporcionar trabalho à população. Os melhores empregos eram no funcionalismo público. Quase não havia indústria; a Irlanda era ainda um país basicamente agrícola. Dos anos 20 em diante muitos jovens emigraram para a Grã-Bretanha e Estados Unidos em busca de trabalho. Em 1939 Seán Lemass, que se tornaria primeiro-ministro vinte anos mais tarde, disse que os problemas econômicos da Irlanda tinham “criado uma situação em que o desaparecimento da raça era uma possibilidade que não podia ser ignorada”. O isolamento do país se acentuou ainda mais por causa da posição de neutralidade que assumiu durante a Segunda Guerra Mundial. Depois da guerra, enquanto a Europa era reconstruída com dinheiro do Plano Marshall, a Irlanda ficou, assim como a Espanha e Portugal, à margem da nova prosperidade.
Era, nos anos 50, um lugar atrasado, do qual era um alívio, quase um prazer, emigrar. Quatro em cada cinco crianças nascidas na Irlanda entre 1931 e 1941 emigraram. No final daquela década estava claro que era preciso fazer algo para modernizar o país. Em 1958 foi publicado o Primeiro Programa para a Expansão Econômica. A Irlanda tinha sido admitida no Banco Mundial e no Fundo Monetário Internacional em 1957. A partir de 1958, o país se abriu para o investimento estrangeiro e para o capital externo, predominantemente americano.

(leia a íntegra deste artigo neste link)

Cartazes sovieticos do realismo socialista (alguns surreais, na verdade)

A Rede Histórica selecionou 50 posters e pediu para que Irina Starostina traduzisse para o português. Confira o resultado!
http://historica.me/profiles/blogs/50-posters-sovieticos
Nós exigimos paz!

Ubiratan Iorio lanca seu novo livro: Escola Austriaca de Economia

Livraria da Vila - Al. Lorena, 1731 - São Paulo - 24/08/2011 19:00

Algumas frases permanentes, com verdades elementares...

O Socialismo dura até acabar o dinheiro dos outros.
Margaret Thatcher

É impossível levar o pobre à prosperidade através de legislações que punem os ricos pela prosperidade.
Por cada pessoa que recebe sem trabalhar, outra pessoa deve trabalhar sem receber.
O governo não pode dar para alguém aquilo que tira de outro alguém.
Quando metade da população entende a ideia de que não precisa trabalhar, pois a outra metade da população irá sustentá-la, e quando esta outra metade entende que não vale mais a pena trabalhar para sustentar a primeira metade, então chegamos ao começo do fim de uma nação.
É impossível multiplicar riqueza dividindo-a
.
Adrian Rogers (1931)

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Quantos países com governo socialista restam agora em toda a União Européia?
Apenas 3:
- Grécia
- Portugal
- Espanha.
Os 3 estão endividados...

Forum Liberdade e Democracia - Instituto Millenium (BH, 29/08/2011)


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Livro Marxismo e Socialismo finalmente disponível - Paulo Roberto de Almeida

Meu mais recente livro – que não tem nada a ver com o governo atual ou com sua diplomacia esquizofrênica, já vou logo avisando – ficou final...