terça-feira, 9 de abril de 2013

Um debate de ideias: sem justificativas, mas preservando a independencia intelectual, e individual

Não sou homem de tribos, de grupinhos ou grupelhos, de movimentos, de clãs, de corporações, enfim, de qualquer coletividade que pretenda assumir um determinado conjunto de ideias e defendê-las em quaisquer circunstâncias.
Por isso mesmo não me defino em função dos conceitos normalmente esgrimidos por polemistas, debatedores, intelectuais, tribunos, enfim, quaisquer personalidades que pretendem intervir no debate público (quando existe, o que infelizmente não é quase o caso no Brasil). Muitos se dizem, ou são acusados de, progressistas, esquerdistas, marxistas, avançados, liberais, conservadores, direitistas, livre-cambistas, radicais ou até reacionários. Que seja!
De minha parte, não sou nada disso, pois seria simplesmente redutor. Acredito que a realidade impõe determinadas escolhas, em circunstâncias dadas (e não transformáveis pelos indivíduos), que nos obrigam a definir a melhor utilidade possível, ou o menor custo de todas as demais opções, e isso é feito na prática, ainda que valores possam inspirar nossas ações. Sacrificar a liberdade individual em favor de um hipotético bem coletivo não faz parte de minhas opções, e portanto a única coisa que eu poderia ser seria a de ser um contrarianista ou um libertário radical, sempre disposta a escolher o melhor caminho, indepedentemente da afiliação ideológica de certas soluções. Algumas serão estatais, por certo, outras privadas e de mercado. Assim sou, ponto.
Por que digo isto?
Por ter recebido esta manha um comentário que de certa forma censura minha postura em relação a determinados "intelectuais" (não gosto do conceito, sendo mais um adepto de Paul Johnson, para quem os "intelectuais" são um perigo público), já que eu me distancio, de certa forma, de polemistas como Olavo de Carvalho ou Reinaldo Azevedo.
Vou explicar minha posição e postar o que recebi (e que exclui da zona dos comentários para postar aqui, com distinção), para facilitar o debate futuro. Não defendo pessoas, ou posturas de outrém: defendo ideias e debato ideias. Daí a preservação de minha independência mesmo em relação a pessoas que poderiam comungar do mesmo universo mental que o meu, que defendem mais ou menos os mesmos princípios e valores. Mas nunca abdico de minha independência para julgar eu mesmo o que é melhor do ponto de vista individual e social.
Dito isto, vou postar aqui o que recebi, e preparar o terreno para um debate futuro. Agora preciso trabalhar.
Voltarei ao assunto.
Paulo Roberto de Almeida

Eduardo Leite deixou um novo comentário sobre a sua postagem ""Debate" de ideias: miseria da academia, e do jorn...":

Não entendo porque um homem como o senhor, de reconhecida erudição e inteligência, também demonstra esta necessidade juvenil de se justificar por ler este ou aquele autor.

A fraqueza perante a opinião é sem dúvida um dos grandes causadores da decadência cultural, intelectual e educacional que hoje enfrentamos. E se ela atinge até mesmo homens de coragem e brilhantismo como o senhor, que esperança podemos ter em algo que um dia mereceu a alcunha de cultura brasileira?

Publicar
Excluir
Marcar como spam

Moderar comentários para este blog.
Postado por Eduardo Leite no blog Diplomatizzando em 09/04/13 03:28

Coreia do Norte pede que estrangeiros deixem a Coreia do Sul (e o CSNU nao faz nada?)

Que boazinha: ela não quer matar estrangeiros; só sul-coreanos, japoneses e americanos.
Em condições mormais, um país como esse já teria sido objeto de sanções por parte do CSNU e possivelmente expulso da organização.
O que o CSNU está esperando para agir? Uma tragédia?
Paulo Roberto de Almeida

Pyongyang demande aux étrangers d'évacuer la Corée du Sud
Le Monde.fr avec Reuters | 09.04.2013 à 02h54

L'armée japonaise a été autorisée à détruire tout missile nord-coréen qui menacerait le territoire nippon.

La Corée du Nord a renouvelé mardi 9 avril la menace d'une guerre "thermo-nucléaire" sur la péninsule Coréenne et appelé les étrangers présents sur le territoire sud-coréen à considérer leur départ du pays. "Nous ne souhaitons aucun mal aux étrangers qui se trouvent en Corée du Sud si la guerre éclate", a déclaré un porte-parole du Comité coréen pour la paix dans la région Asie-Pacifique, relayé par l'agence de presse officielle KCNA.

Plus tôt dans la matinée, deux lanceurs de missiles Patriot ont été installés au ministère de la défense japonais au cœur de Tokyo, afin d'intercepter un éventuel missile nord-coréen, a-t-on appris auprès du ministère. D'après la presse japonaise, des missiles similaires vont être déployés sur deux autres sites aux alentours de la capitale nippone.

Des batteries d'intercepteurs seront aussi installées sur l'île d'Okinawa, dans le sud du Japon, a annoncé lundi le ministre de la défense, Itsunori Onodera. Lors d'une émission de télévision, il a précisé qu'Okinawa était "l'endroit le plus approprié pour répondre à toute urgence", ajoutant que des Patriot pourraient désormais être déployés sur cette île "de façon permanente".

Les forces d'autodéfense – nom de l'armée japonaise – ont été autorisées à détruire tout missile nord-coréen qui menacerait le territoire nippon, a indiqué lundi un porte-parole du ministère. Outre les batteries de Patriot, Tokyo a déployé des destroyers équipés du système d'interception Aegis en mer du Japon (appelée mer de l'Est par les Coréens), a précisé ce responsable.

La Corée du Nord a transporté en train, en début de semaine dernière, deux missiles Musudan et les a installés sur des véhicules équipés d'un dispositif de tir, selon Séoul, qui redoute que Pyongyang ne procède à un essai dans les jours à venir. Le Musudan aurait une portée théorique de 3 000 kilomètres, une capacité suffisante pour atteindre la Corée du Sud ou le Japon.

Por que me envergonho do meu pais (existem muitos motivos, mas este pertence ao momento)

O Brasil, o Rio, os brasileiros (não todos, claro, apenas uma minoria ativissima) desceram até um nível de degradação moral que é difícil de acreditar que isto esteja acontecendo em nosso país.
E, no entanto, acreditem, a realidade é muito pior do que essa aqui descrita, mas muito pior.
Por acaso ficamos sabendo, porque se trata de uma estrangeira.
Quantas mulheres brasileiras não enfrentam o mesmo destino, ou pior?
Eu me envergonho do meu país, profundamente...
Me sinto mal ao ler coisas como essa.
Paulo Roberto de Almeida

Turista estuprada foi oferecida a homem no Rio

08 de abril de 2013 | 19h 37
FÁBIO GRELLET - Agência Estado
A turista norte-americana de 21 anos estuprada dentro de uma van quando tentava seguir de Copacabana, na zona sul do Rio, para a Lapa, no centro, no último dia 30, também foi oferecida pelos criminosos a um homem, que a recusou alegando que ela estava "muito estragada". O homem, ainda não identificado, seria um criminoso morador de São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio, a quem o grupo entregou um envelope, enquanto mantinha o casal de estrangeiros refém. Ao ver a moça, já abusada pelo grupo, o homem teria feito cara de nojo. Depois que ele reclamou do estado da vítima, o grupo riu.
O episódio foi contado nesta segunda-feira pelo delegado Gilbert Stivanello, da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA). No sábado à noite, uma equipe liderada por Gilbert deteve um adolescente de 14 anos que atuava como cobrador na van onde a menina foi estuprada. Ele foi localizado em um abrigo municipal no centro do Rio. Em depoimento, segundo a polícia, o adolescente negou ter participado dos estupros, mas admitiu ter agredido com uma barra de ferro o namorado da norte-americana, um francês de 22 anos, para evitar que ele reagisse enquanto a namorada era estuprada pelos comparsas.
Três adultos que participaram do estupro estão presos e foram denunciados nesta segunda pelo Ministério Público à Justiça do Rio por estupro, roubo e corrupção de menor. Até a noite desta segunda, o juiz da 32ª Vara Criminal não havia decidido se aceita ou não a denúncia.
Segundo a polícia, o adolescente contou que, quando começou a trabalhar com o grupo, já sabia dos crimes que eles cometiam. Na noite do 30, quando chegou para trabalhar, ele teria ouvido dos colegas que iriam "caçar gringos". O grupo passou várias vezes pela avenida Nossa Senhora de Copacabana enquanto procurava suas vítimas. O casal de turistas, que morava no Rio devido a um intercâmbio para estudar, embarcou na van na altura da rua Miguel Lemos. Ao longo do trajeto, outros passageiros embarcaram, mas tiveram que sair da van depois que um comparsa, que se passava por passageiro, anunciou um assalto. O casal de estrangeiros foi obrigado a permanecer e a moça passou a ser estuprada. A van foi até São Gonçalo, onde a moça foi oferecida. O adolescente teria desembarcado antes.

Existem LUTOS e lutos (ou nao); assim sao as coisas no continente...

Existem notas e NOTAS.
Notas à imprensa:
Atuais, e antigas...

Notas à imprensa

Nota nº 103 - 03/04/2013
Tempestades na Argentina
(...)

E agora, algumas antigas: 

Nota do Planalto: 

Nota de pesar da presidenta Dilma Rousseff pelo falecimento do presidente da Venezuela, Hugo Chávez

05/03/2013 às 21h55
O governo brasileiro tomou conhecimento, com grande pesar, da morte do Presidente Hugo Chávez.
As transformações econômicas, sociais e políticas que Chávez conduziu, nos últimos 14 anos, na Venezuela, fizeram desse grande líder a mais importante referência da história daquele país e o projetaram em toda a América Latina e Caribe.
Hugo Chávez contribuiu para o fortalecimento do nosso continente, sendo responsável pela constituição da Unasul e da Celac.
O governo e o povo brasileiros perdem um grande amigo, cuja coragem, generosidade e calor humano irmanaram Venezuela e Brasil como nunca antes em nossas histórias.
Hugo Chávez viverá na memória de venezuelanos, brasileiros e latino-americanos e será uma eterna referência para toda a América Latina.

Dilma Rousseff
Presidenta da República Federativa do Brasil


Nota nº 73 do MRE

Falecimento do Presidente da Venezuela, Hugo Chávez - 5 de março de 2013

O Presidente Chávez será lembrado como o líder venezuelano que maiores vínculos teve com o Brasil e que maior contribuição deu aos esforços de integração regional. Sob sua presidência, a Venezuela tornou-se parceiro estratégico do Brasil e sócio pleno do MERCOSUL.
06/03/2013 -
O Ministro das Relações Exteriores, Antonio de Aguiar Patriota, se associa ao momento de dor do povo venezuelano e, muito especialmente, dos familiares do Presidente Hugo Chávez.
A Venezuela, sob a liderança do Presidente Chávez, viveu processo sem precedente histórico de aproximação com o Brasil.
O Presidente Chávez será lembrado como o líder venezuelano que maiores vínculos teve com o Brasil e que maior contribuição deu aos esforços de integração regional. Sob sua presidência, a Venezuela tornou-se parceiro estratégico do Brasil e sócio pleno do MERCOSUL.
***
El Ministro de Relaciones Exteriores, Antonio de Aguiar Patriota, se asocia al momento de dolor del pueblo venezolano y, muy especialmente, de los familiares del Presidente Hugo Chávez.

Venezuela, bajo el liderazgo del Presidente Chávez, vivió un proceso sin precedente histórico de aproximación con Brasil.

El Presidente Chávez será recordado como el líder venezolano que mayores vínculos tuvo con Brasil y que más contribuyó con los esfuerzos de integración regional. Bajo su presidencia, Venezuela se convirtió en socio estratégico de Brasil y socio pleno del MERCOSUR.

 

The Iron Lady, Margareth Thatcher (1925-2013), 7 - Alistair MacDonald (WSJ)

Highlights from the former British prime minister’s political career, including her entry into Number 10 Downing Street, quoting St. Francis of Assisi, and her exit after 11 years at the helm when she was ousted by her own party.
LONDON— Margaret Thatcher, the uncompromising British prime minister who became one of the most influential global leaders of the postwar period, died on Monday, three decades after her championing of free-market economics and individual choice transformed Britain's economy and her vigorous foreign policy played a key role in the end of the Cold War.
"We've lost a great prime minister, a great leader, a great Briton," said U.K. Prime Minister David Cameron, who cut short a Europe trip to return to the U.K. on Monday afternoon. "She saved our country and I believe she will go down as the greatest British peacetime prime minister."
Mrs. Thatcher, who was 87, grew up in an apartment above her father's grocery store in Grantham, eastern England. She went on to become Britain's first female prime minister and arguably the country's most dominant political figure since Winston Churchill.

Margaret Thatcher: Iron Lady

Highlights in Margaret Thatcher's life.

Remembering Thatcher

John Glanvill/Associated Press
Mrs. Thatcher addressed her party's annual conference on Oct. 8, 1976, at Brighton, England.

Thatcher's Impact

Associated Press
Margaret Thatcher served as the U.K.'s prime minister from 1979 to 1990. During this time her policies—some popular, some not—transformed Britain. A look at Mrs. Thatcher's impact on the U.K.
She was a key ally and close friend of President Ronald Reagan, sharing with him a view on free-market, monetarist solutions to the economic problems of the day, as well as an implacable stance toward the former Soviet Union, earning her the nickname the Iron Lady. The two led a rightward shift in Western politics that extolled the virtues of economies with little government intervention that has largely endured, though aspects, such as the deregulation of financial services, have been questioned since the credit crisis.
In moves that were widely copied, Mrs. Thatcher took on Britain's powerful trade unions and privatized state-run industries, governing with a take-no-prisoners style that earned her both admiration and dislike.
"She showed everyone what a political leader with a powerful agenda could accomplish," said George Shultz,
Former Secretary of State Henry Kissinger says Margaret Thatcher courageously addressed issues from missile deployment in Europe to the Falkland Islands changing British foreign policy and geo-politics. Photo: Kevin Hagen for The Wall Street Journal
who was secretary of state to Mr. Reagan.
"She was the last outlier from the ideological wars against Marxism, an epoch-making politician, but an incredibly polarizing force," said Patrick Dunleavy, professor of political science at the London School of Economics.
Downing Street said funeral services for Mrs. Thatcher will be held next week at St. Paul's Cathedral in London and will be followed by a private cremation. It will be a ceremonial funeral with military honors.
Mrs. Thatcher is remembered within Britain mostly for her role in revolutionizing the fading economy, in a process that caused huge social change and division, and for the successful retaking of the Falkland Islands, the British South Atlantic territory invaded by Argentina in 1982—after which she declared "We have ceased to be a nation in retreat."
In Europe, she is remembered as a prickly leader who thrived on confrontation, but who ultimately agreed to foster some of the European Union's most significant developments, such as the creation of a single EU market.
Mrs. Thatcher was forced from office in 1990 following a rebellion within the Conservative Party after more than 11½ years in power, making her the longest-serving 20th-century British prime minister. By the time the opposition Labour Party took power in 1997, its leader, Tony Blair, had forced his party to accept much of her legacy, dropping its commitment to nationalized industries and embracing free markets.
Even many of her ideological enemies admired Mrs. Thatcher as a person of conviction who eschewed the focus-group politics that characterizes many in her line of work.
"She said what she meant and meant what she said and did what she said she would do," said Tony Benn, a radical left-wing minister in the Labour governments that preceded Mrs. Thatcher.
Mrs. Thatcher herself described consensus as the process of "abandoning all beliefs, principles, values and policies…something in which no one believes and to which no one objects."
Born Margaret Roberts on Oct. 13, 1925, in the Lincolnshire market town of Grantham to Alfred and Beatrice Roberts, Mrs. Thatcher was schooled from an early age in an ethic of hard work and self-reliance. She grew up in a house with no hot water and an outdoor toilet. Her father, a Methodist lay preacher, was active in local politics and a major early influence.
"He taught her, don't go with the herd if you think that the herd is wrong," said Sir Bernard Ingham, who served as Mrs. Thatcher's press secretary for 11 years.
Her father's interest in politics provided the books and newspapers that would stimulate her own. The brutalities of World War II and the accounts of a young Austrian Jew for whom her father had arranged shelter in Grantham filled her with a hate of all totalitarianism. She later recalled in her autobiography that as a 13-year-old she took on a group of adults, to their astonishment, in a prewar fish-and-chip shop line after one said that at least Adolf Hitler had given Germany back its self-respect.
Margaret Thatcher, Britain’s prime minister from 1979 to 1990, died of a stroke Monday morning. She will be remembered for her free-market economics, her close friendship with President Reagan and her role in bringing an end to the Cold War. Photo: AP
Mrs. Thatcher attended local state schools at a time when Conservative politicians were still mainly drafted from Britain's elite private schools. She studied chemistry at Oxford University and spent her early career in research laboratories.
Mrs. Thatcher took power following Britain's "winter of discontent" of 1978-1979, in which nationwide strikes over pay by public-sector workers from gravediggers to garbage collectors brought an economy that had for years been growing at half the rate of its peers close to a standstill. In her first full two years as prime minister, the nation's economy shrank around 3.5% and unemployment rose by a million, hovering at three million until the mid-1980s. There was widespread rioting in inner cities as both these conditions and racial tensions fomented dissent.
Mrs. Thatcher responded with radical reforms, shaped by the ideas of free-market economists Friedrich Hayek and Milton Friedman on minimizing government control and allowing markets free rein in deciding the shape of the economy. "Without economic liberty, there could be no true political liberty," she told European leaders in 1979.
She took on Britain's labor unions and whittled the size of the state through sweeping privatizations and the closure of unprofitable state-owned enterprises from coal mines to steel plants. The resulting long showdown between striking coal miners and Mrs. Thatcher split the country.
Mrs. Thatcher said those who stood in the middle of the road risked getting hit by traffic coming both ways. "I'm not here to be liked," she often said.
"It was obvious by the late '70s and early '80s that change was absolutely essential but there was no effort to try and manage the change with an expansion of vocational education or training for people whose whole economic life was being shattered," said Neil Kinnock, who was leader of the opposition Labour Party for most of Mrs. Thatcher's reign.
Ian Lavery, who worked in coal pits in Ashington, a town in northeast England, watched his father, two brothers and several uncles all lose their jobs as miners. Mrs. Thatcher "ripped the heart out of the place in a short few years," said Mr. Lavery, now a Labour Party lawmaker. "There was never anything put in place to replace what was lost."
Mrs. Thatcher relished an argument, and got so bored on vacations that young Conservative politicians were dispatched to join her family so she could argue politics, colleagues remember.
"I watched some people in her presence who were intimidated and [would] not say much and I don't think she liked that. She enjoyed a good argument," said Mr. Shultz, a key figure in the Reagan administration.
Britain's economy recovered, in part as a result of the more flexible, U.S.-style labor markets she ushered in, helped by revenue from oil discoveries in the North Sea. In addition, the widespread privatization program she drove through—amid often-fierce public opposition—put inefficient, unprofitable state giants into private hands and provided a template for many other countries in Europe. By the end of 2009, state-run industry accounted for only 2% of the U.K. economy, compared with 10% in 1979.
Her deregulation of the financial industry helped turn London from an increasingly obsolete financial center into a rival to Wall Street. Known as the "Big Bang," for the many changes made at once, the 1987 deregulation moved trading from the floor to electronic screens and blew away barriers to entry, bringing in bankers and businesses from around the world. Critics said it also kicked off the process of scaling back regulation that contributed to the credit crisis.
Mrs. Thatcher's term was punctuated by several recessions. The worst, in the early 1980s, saw a peak-to-trough decline in output of 6%. While her government reduced annual inflation from the double-digit figures of the 1970s, it was only in the 1990s that inflation came under control.
During Mrs. Thatcher's decade in power, the economy grew at an average annual rate of 2.46%, above the 2.1% average in the troubled 1970s but lower than some European peers, including Germany and France. Unemployment was 7.5% when she left, in 1990, up from 5.3% in the quarter she took office in 1979.
"On macroeconomic policy, the record was patchy, but the theme throughout had been pro-business, pro-market," which laid the foundation for later successes, said Ken Clarke, a minister in the current government, who was in Mrs. Thatcher's cabinet throughout her time in power and became Treasury chief under her Conservative successor, John Major.
The close and candid relationships Mrs. Thatcher formed with both Soviet leader Mikhail Gorbachev and Mr. Reagan, and her vocal support of the uncompromising U.S. position toward the Soviet Union, proved an important element in the end of the Cold War.
At her first meeting with Mr. Gorbachev, she leaned over the table to tell her Soviet counterpart over lunch: "Welcome to the United Kingdom. I want our relationship to get off to a good start, and to make sure there is no misunderstanding between us—I hate Communism," said Sir Bernard, her press secretary at the time.
"Thatcher was a politician whose words carried big weight," Mr. Gorbachev said Monday in a statement on the Gorbachev Foundation's website.
"In the end we managed to achieve mutual understanding, and this was a contribution to the changing atmosphere between our country and the West, and to the end of the Cold War," he said.
In her later years in power, the woman who famously said "the lady's not for turning" was criticized for her inflexibility while the introduction of a new and widely disliked local tax system further sapped her popularity. In November 1990, the longest-serving member of her cabinet, Geoffrey Howe, resigned over her hostile position on a process of European integration, under which more national powers, on issues from banking regulation to working practices, were moving to Brussels.
In a resignation speech that kicked off a Conservative Party leadership contest—which Mrs. Thatcher lost—Mr. Howe told Parliament she seemed to "look out on a continent that is positively teeming with ill-intentioned people."
Her former Defense Minister Michael Heseltine challenged her for the party leadership. He failed to win, but garnered enough votes from Conservative members of Parliament to show they wanted a change. Mrs. Thatcher, who had won three national elections, was persuaded by her party and advisers to resign before a second ballot. Mr. Major, her Treasury chief, became prime minister.
An emotional Mrs. Thatcher left No. 10 Downing Street on Nov. 28, 1990, and went to sit in the House of Lords, the upper house of the U.K. Parliament. As Baroness Thatcher, she continued to attack old enemies for a while, such as the European Union, and to exert a sometimes divisive influence within the Conservative Party.
After a series of small strokes in March 2002 and the death of her husband, retired oil executive Denis Thatcher, Mrs. Thatcher largely withdrew from public life in 2003. In a rare public appearance in 2007, she unveiled a bronze statue of herself in the House of Commons. "I might have preferred iron," she said, "but bronze will do."

—Cassell Bryan-Low contributed to this article. Write to Alistair MacDonald at alistair.macdonald@wsj.com
A version of this article appeared April 9, 2013, on page A1 in the U.S. edition of The Wall Street Journal, with the headline: Margaret Thatcher 1925-2013.

A Dama de Ferro, Margareth Thatcher (1925-2013), 6 - Paulo Roberto de Almeida, Reinaldo Azevedo

Antes de transcrever o que vai abaixo, o que subscrevo quase inteiramente (mas daria uma coloração ainda mais histórica e econômica, digamos assim), quero apresentar a minha visão, não da Margareth Thatcher, como pessoa, mas da Inglaterra que eu conheci, antes e depois dela.
Não tenho porque elogiar Margareth Thatcher: nunca fui seu admirador incondicional, inclusive porque considero que estadistas devem fazer seu papel de estadistas, quando o são, e a maioria não é.
A maioria dos homens (e mulheres) políticos são oportunistas, demagogos, mentirosos, distributivistas, irresponsáveis, especialistas em gastar o dinheiro dos outros em projetos eleitoreiros, para si, e sempre para si. Ela conduziu a mais importante reforma econômica e social que a Inglaterra conheceu desde a Revolução Gloriosa (1688), e isso não é pouco, mas não precisava, em minha visão, ser complacente com um ditador como Pinochet (ainda que defendendo o direito internacional e os princípios pelos quais se organiza um país democrático como o Reino Unido).
Ou seja, não confio em políticos, quase nunca e minha opinião sobre ela é crítica.
Alguns, mas muito poucos, são estadistas: Churchill, Roosevelt, De Gaulle, Gorbatchev, Thatcher, justamente, ou seja, homens (e uma única mulher, ao que saiba) que souberam se elevar acima do seu tempo, acima de seus interesses eleitoreiros e deixar uma obra que representou, sim, uma mudança histórica, qualquer que seja o motivo, a circunstância ou o contexto em que tenham atuado. Eles fizeram a diferença, porque foram líderes, e líderes para o bem (e aqui entram os valores). Isso exclui, obviamente, outros "grandes homens" que só causaram destruição e miséria (e alguns podem estar ainda entre nós), mas a maioria é de uma mediocridade exemplar, infelizmente.

Pois bem, não vou elogiar a MThatcher, apenas dizer algo que eu observei, pessoalmente.
Estava começando o meu doutoramento, ainda cheio de ideias marxistas, socialistas, modelos típicos da academia para examiar as "revoluções burguesas" e seu papel na transição ao capitalismo e à democracia, bem ao estilo florestânico que ainda era o meu no final dos anos 1970.
Fui à Inglaterra, berço de duas revoluções burguesas e do primeiro capitalismo e da única democracia contínua nos últimos quatro ou cinco séculos, basicamente para comprar livros, para me abastecer dessa rica bibliografia marxista de que os historiadores ingleses são os mais dignos representantes (a começar por Thompson, Hobsbawm, Dobb e outros).
Bem, comprei livros é verdade, mas reparei que a maior parte da literatura sociológica estava contaminada pela atmofesra do declinismo, da decadência, de uma sensação de "fim de época".
E a Inglaterra que eu vi, com estes olhos que a terra..., era uma Inglaterra de terceira classe, suja, proletarizada, paralizada por greves, enfim, um país do Terceiro Mundo quase, o que me surpreendeu bastante. Então, o glorioso império estava reduzido a um país decadente, cuja renda per capita seria logo mais superada pela de sua colônia "chinesa", Hong Kong?
A Inglaterra de fato estava sendo superada pela Itália no G7, e ficando para trás, sem qualquer esperança de recuperação.
Fui embora da Europa dois anos antes da emergência do fenômeno Thatcher, e só voltei lá, como um observador crítico, depois que ela tinha sido traída pelos seus colegas de partido e largado o poder. Estive lá, sim, no meio do seu governo, no início dos anos 1980, mas para uma estada rápida, como turista, e sem tempo para refletir sobre realidades que ainda não se tinham modificado plenamente. A  MThatcher ainda brigava com os sindicatos e a situação ainda não tinha mudado dramaticamente, como ocorreu a partir de meados dessa década.
Fui novamente lá no final de 1994, depois, portanto, que ela tinha saído do poder. A Inglaterra era outra: tinha metade do desemprego do continente, e o dobro da taxa de crescimento da UE, com investimentos asiáticos e tudo mais. A sujeira que eu tinha visto espalhada por todos os cantos em 1977 tinha desaparecido, e o país estava limpo e próspero.
Bem, nessa altura eu já não era mais socialista, apenas um reformista liberal, pois tinha aprendido pela experiência como funcionam as democracias de mercado e como não funcionam os regimes socialistas e os diversos regimes capitalistas estatizados, dirigistas, distributivistas, exatamente os que provocaram a crise de 2008.
Ainda vou elaborar mais a esse respeito por que é importante.
Políticos "normais", ordinários, fazem distributivismo demagógico até quando sobrevier a crise. Estadistas preparam o país para o médio e longo prazo, atuando para consolidar o crescimento. Quem faz apenas distributivismo caolho, e oportunismo, acaba precipitando o país nas crises. Mas isso não depende apenas de estadistas e sim de uma organização social e política compatível com o crescimento e a produtividade. É por isso que os EUA, com toda a sua desigualdade (e na ausência completa de estadistas, com políticos medíocres), consegue criar riquezas e crescer mais do que a Europa: porque mira produtividade, não distributivismo barato. Por isso também que os escandinavos, com todo o seu "distributivismo", assistencialismo e enorme carga tributária, ainda assim têm um desempenho melhor que a Europa continental (mas a Alemanha poderia ser integrada ao bloco dos escandinavos): porque miram na produtividade, na educação, no desempenho, não apenas na demagogia barata, à la francesa, ou mediterrânea.
Vou elaborar a respeito.
Por enquanto fiquem com o texto desse jornalista.
Paulo Roberto de Almeida

A principal obra de Thatcher foi ter enterrado o “socialismo” do Partido Trabalhista. Ou: Grã-Bretanha está sob seu governo há 34 anos!
Reinaldo Azevedo, 8/04/2013

Sem Margaret Thatcher, a Inglaterra estaria no buraco. Como eu sei? Era o mais estatista e estatizado dos países europeus, decorrência das “conquistas” do Partido Trabalhista, uma agremiação surgida em 1900, criada por socialistas dos mais diversos matizes, por sindicalistas e por intelectuais marxistas. Era socialista, mas não revolucionário. O PT, 80 anos depois, apareceu em terras brasileiras com discurso semelhante — já explico por que isso tem lá a sua ironia. Em 1918, os trabalhistas incorporaram a seu programa a chamada Cláusula IV, que estabelece como norte a propriedade coletiva dos meios de produção. Atenção! O texto só foi mudado na convenção nacional de 1992, 74 anos depois! Se você clicar aqui, terá acesso às duas versões da cláusula, a anterior e a que está em curso, que defende a colaboração entre o capital privado e o estado.

A maior obra da conservadora Thatcher foi mudar o Partido Trabalhista, pondo um ponto final à ilusão, ao menos nas democracias europeias, de que o estado-empresário é o melhor indutor do desenvolvimento. Ela chegou ao poder em 1979 e deu início a um processo de desestatização da economia que tirou a Grã-Bretanha do impasse, refém que era do sindicalismo barra-pesada e da ineficiência. É vista como a precursora do que pode ser considerado mais uma invenção da esquerda do que da direita: o tal “neoliberalismo”, que encontraria em Ronald Reagan, que assumiu a Presidência dos EUA em 1981, o outro protagonista.

Não havia nada de “novo” no liberalismo de Thatcher e de Reagan, sempre lembrando que atuaram em ambientes bastante distintos no que respeita à presença do Estado na economia; ela teve muito mais trabalho. A novidade ficou por conta, talvez, da revalorização das forças de mercado, tidas, então, pelas esquerdas intelectuais como uma fase superada da civilização.

Thatcher comprou todas as brigas contra o sindicalismo brucutu e não cedeu. Foi primeira-ministra por mais de 11 anos (de maio de 1979 a novembro de 1990; seu sucessor, o também conservador John Major, ficou no poder até maio de 1997. As mudanças que ela operou na economia garantiram aos conservadores 18 anos de poder.

E agora voltamos aos trabalhistas. Em 1992, o partido decidiu mudar o conteúdo da Cláusula IV. A ideia de uma Grã-Bretanha socialista, organizada segundo a propriedade coletiva dos meios de produção, se parecia, vá lá, utópica no papel, havia se tornado ridícula quando confrontada com a realidade. Em 1997, um Partido Trabalhista, se me permitem a brincadeira, “thatcherista” vence a eleição e conduz Tony Blair ao poder por 10 anos — mais três de seu correligionário Gordon Brown. Nos 13 anos de trabalhismo pós-Thatcher, os marcos da economia continuaram rigorosamente os mesmos. Houve uma inflexão ou outra mais “social” na saúde e na educação e só.

Não é nenhum exagero afirmar que a Grã-Bretanha está há 34 anos sob os fundamentos que Thatcher reintroduziu na economia. E não há recuo possível. A sua última grande — enorme contribuição! — ao país foi dizer um sonoro “não” à Zona do Euro, que antevia como uma usina de crises, que teria de ficar sob a permanente regência da Alemanha. Como um único Banco Central haveria de arbitrar demandas de economias tão distintas? O presente, é evidente, lhe dá razão.

Fora do tempo
Thatcher se torna primeira-ministra em 1979, quando se ensaiava por aqui a formação do PT, fundado um ano depois. Em 1981, Reagan se elege nos EUA. Em 1982, Lula disputa o governo de São Paulo com uma plataforma socialista, discurso repetido em 1989, na eleição presidencial. Estávamos, obviamente, na contramão da história. A Constituição de 1988 vem à luz pautada, em muitos aspectos, por um estatismo xucro, com aversão clara ao capital. A Grã-Bretanha estava no 10º ano de suas reformas.

O Plano Real nos salvou do abismo, e não só pela virtude em si de ter posto a inflação sob controle. É que esse bem teve um desdobramento político importante: a eleição de FHC em 1994, com a reeleição em 1998.  Atenção! Dezesseis anos depois da chegada de Thacher ao poder e 14 depois da chegada de Reagan, o Brasil optou por umas poucas privatizações — enfrentando a tropa de choque sindical e o lulo-petismo — que fizeram do Brasil, apesar de tudo, um país contemporâneo, ainda que sempre na rabeira, como hoje.

As reformas que o Brasil empreendeu na década de 1990 só foram possíveis porque Thatcher e Reagan haviam recuperado, muito antes, o prestígio das leis de mercado e demonstrado, na prática, que o Estado, quando refém de corporações de ofício, produz mesmo é atraso orgulhoso.

Aqui e ali vocês lerão que a crise de 2008 ainda é desdobramento da desregulação da economia promovida pela dupla e coisa e tal. Bobagem! Isso é só ideologia chinfrim. Aos respectivos governos de ambos se sucederam gestões ditas “progressistas”, com inflexões à esquerda — a possível em cada país. Por que não se operaram, então, mudanças de rumo? De resto, a bolha imobiliária americana não se formou porque se seguiram as leis de mercado; ela só se tornou gigantesca porque essas leis não foram seguidas.

Começo a encerrar com mais umas considerações sobre o Brasil,. Também o PT, no poder, abandonou o seu credo socialista de antes, a exemplo do Partido Trabalhista inglês. Só que aquele teve a decência de mudar seus estatutos, não é? O PT continua com a sua cantilena dita socialista, o que é mera propaganda. Socialista não é, mas autoritário sim! O país opera segundo as leis de mercado, mas o sindical-estatismo tem peso crescente não exatamente na economia, mas no custo Brasil.

As esquerdas, especialmente em nosso país, foram hábeis na campanha de demonização do chamado “neoliberalismo”, especialmente depois da crise de 2008. Querem o Estado como patrão da sociedade. É claro que o modelo não vai dar certo. Já não está dando, diga-se. País que cresce menos de 1% com inflação renitente e baixo investimento está encalacrado. Mas, por enquanto, fica ancorado no consumo e na criação de empregos de baixa qualidade. Popular, o governo dá Bolsa Família de um lado e Bolsa Empresário de outro. Aloizio Mercadante, candidato a pensador desse novo momento brasileiro, filosofou em entrevista ao Estadão que, para o povo, PIB se traduz por emprego e consumo. O crescimento não tem tanta importância. Se o país cresce 1% e se o que importa, como quer o mestre, é emprego e consumo, esse desajuste se alimenta de alguma seiva. No caso, alimenta-se do nosso futuro.

Uma Margaret Thatcher no Brasil parece coisa impossível. Há alguns dias, Dilma anunciou a criação de uma estatal das águas, “Hidrobras” ou coisa assim. O Estado gerenciando a sociedade, em vez de a sociedade gerenciando o estado, está se tornando nossa segunda natureza.

Morreu uma grande mulher. Foi uma das principais personagens de uma mudança na economia de efeitos planetários.

Margaret Thacher morreu pobre.

segunda-feira, 8 de abril de 2013

The Iron Lady, Margareth Thatcher (1925-2013), 4: Peter Whittle

Even her adversaries knew that Margaret Thatcher meant what she said.

Within hours of Margaret Thatcher’s death, some concerned voices on the Left expressed hope that their comrades would have the self-possession to remain reasonably dignified in reacting to the news, bearing in mind that this was not just the passing of an obviously towering political figure, but also of a frail 87-year-old lady. You’d think such an appeal to decency would be unnecessary, but that is to be unfamiliar with the more unhinged elements of the British Left, which, in the former prime minister’s declining years, have boasted of the parties they would throw when the day finally came. As I write, the ugliness is already evident: the hard-left Member of Parliament George Galloway has taken to Twitter with the message “Tramp the dirt down,” and the Durham Miners Association has declared Thatcher’s death “a great day” for coal miners. Not far from where I sit, the long-running stage musical of the film Billy Elliott—set during the 1984 miners’ strike—features a song celebrating the future death of the hated lady. I wonder what will happen when it gets performed tonight. Will it be left out of the show from a sense of decorum, if nothing else? Or will it be sung with even greater gusto? Perhaps the latter, given the cultural and artistic establishment’s abiding hatred for a woman whose greatness often seemed better appreciated outside Britain.
That Margaret Thatcher inspired loathing as well as adoration—that she was what the media habitually call “a divisive figure”—is beyond doubt. But the nature of that loathing is revealing. Its intensity derives not just from opposition to her policies, or even to the fact that she trounced her opponents in three straight elections. It stems from bitterness among the formerly entrenched Left about something more fundamental: a realization that it has lost the argument.
Some of the criticisms of Thatcher by the great and good of the cultural elite went beyond pure political antipathy. They were marked by naked, unashamed snobbery and sexism. They hated her not just for what she believed, but also for what she was, a grammar-school-educated meritocrat from lower-middle-class origins. This is partly a characteristic of British society. Whereas few, if any, Americans knew what Ronald Reagan’s father did for a living, everybody in Britain knew Thatcher was a grocer’s daughter.
Her name is still spat out in London’s bien-pensant circles. While still in office, she was famously denied an honor by her own university, Oxford. Being knee-jerk liberals of the typical European sort, establishment movers and shakers had an instinctive antipathy for her. But the obsessiveness of their hatred had also to do with their own fragile egos—for Thatcher not only didn’t agree with them, she also didn’t care what they thought. Since she was politically terminated by her own party in 1990, those who have always wielded cultural influence in Britain have done their best to strike back. Their narrative of the Thatcher years as a time of shocking social and economic degradation has made some headway.
But it will not take. The public has longer memories than it’s often given credit for. You do not have to be especially old to remember Britain before Thatcher: the accepted, managed decline, the sense that we were living among the ruins, the sordidness of our national landscape. You do not have to be old to recall the sudden, renewed sense of national purpose, the almost palpable sense of coming back from the dead, the dawning realization that Britain was, within the span of a decade, no longer regarded as a tatty afterthought on the world stage, but was once again a serious country.
And there is this: a genuine admiration, and possibly an increasing nostalgia, for a leader who said what she believed and believed what she said. Even her most implacable enemies have never criticized Thatcher for her political insincerity, for she had none. She was a conviction politician before the term was coined, a leader motivated by a love for Britain and its people and a desire that they should once again achieve the heights she knew them capable of. As leaders across the British political spectrum prepare to line up at her funeral in Saint Paul’s Cathedral, they might ponder this: hardly a British voter would believe such a claim if made of them.

Postagem em destaque

Livro Marxismo e Socialismo finalmente disponível - Paulo Roberto de Almeida

Meu mais recente livro – que não tem nada a ver com o governo atual ou com sua diplomacia esquizofrênica, já vou logo avisando – ficou final...