O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

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domingo, 31 de julho de 2022

“ O Brasil é um país que está embrutecendo.” - Maud Chirio (Journal du Dimanche)

 Brasil e suas violências

José Horta Manzano

Chumbo Gordo, 27/07/2022


…“O Brasil não é um país sob um regime ditatorial. É um regime baseado na desconstrução do Estado, que permite que a violência social floresça e seja incentivada na sociedade.”…


É interessante notar que um observador afastado, independente e não envolvido emocionalmente com nosso país consegue ter uma visão desapaixonada do drama que enreda o povo brasileiro. Para nós outros, que estamos envolvidos emocionalmente, é praticamente impossível fazer um julgamento neutro e imparcial.


O JDD (Journal du Dimanche) é um jornal semanal francês. Seu forte são entrevistas e artigos de fundo. A mais recente edição traz uma entrevista de Maud Chirio, historiadora francesa especializada em analisar a realidade brasileira.


Ela começa discorrendo sobre o aumento da violência:

“É violência urbana, mas há também uma explosão de violência feminicida, homofóbica e transfóbica e um aumento da violência política.”


E dá sua avaliação do momento político:

“O Brasil não é um país sob um regime ditatorial. É um regime baseado na desconstrução do Estado, que permite que a violência social floresça e seja incentivada na sociedade.”


E prossegue:

“Se Jair Bolsonaro for reeleito, o que é extremamente improvável, ou se ele manipular ou pressionar as eleições, estaremos em um ponto de inflexão. O Brasil poderia sair completamente do caminho democrático.”


Até chegar à impiedosa conclusão de sua análise:

 “O Brasil é um país que está embrutecendo.”


É de arrepiar. E pensar que o capitão imagina poder contar suas lorotas aos quatro ventos sem que ninguém se dê conta da feia realidade. Temos um bobão no Planalto. Um bobão perigoso.

____________________

JOSÉ HORTA MANZANO – Escritor, analista e cronista. Mantém o blog Brasil de Longe. Analisa as coisas de nosso país em diversos ângulos,  dependendo da inspiração do momento; pode tratar de política, línguas, história, música, geografia, atualidade e notícias do dia a dia. Colabora no caderno Opinião, do Correio Braziliense. Vive na Suíça, e há 45 anos mora no continente europeu. A comparação entre os fatos de lá e os daqui é uma de suas especialidades.

terça-feira, 19 de julho de 2022

Eleições 2022: Bolsonaro escolheu seu caminho na campanha: o da violência - Alberto Bombig

 

Bolsonaro escolheu seu caminho na campanha: o da violência
Alberto Bombig

A primeira metade deste mês de julho, reta final para as convenções partidárias, deixou claro que Jair Bolsonaro (PL) escolheu a violência como eixo de sua campanha para permanecer no poder:

1- Violência física. Por mais que o inquérito da Polícia Civil do Paraná tenha passado um pano para o presidente no caso do assassinato do militante petista em Foz do Iguaçu (PR), é inegável que o histórico das pregações dele pelo confronto com quem pensa diferente e toda a simbologia belicista montada em torno de suas ideias e de sua família, assim como os decretos liberatórios do governo ao acesso às armas, estimulam o confronto direto e armado contra os opositores. Neste último final de semana, houve relatos de intimidação física a apoiadores de Marcelo Freixo (PSB), adversário do clã Bolsonaro, no Rio de Janeiro.

2- Violência verbal. O presidente prossegue em sua toada de vociferar contra as instituições, os adversários políticos e a imprensa. Na sexta-feira passada (15), em um culto evangélico, atacou as minorias com falas homofóbicas. No STF (Supremo Tribunal Federal), a ministra Rosa Weber aceitou a tese de que Bolsonaro pode estar insuflando a violência e mandou a PGR se manifestar.

3- Violência parlamentar. Praticada por uma maioria eventual no Congresso, ela atropela regimentos, impõe sua vontade, como no caso da PEC Kamikaze, e joga por terra o equilíbrio do jogo legislativo, essencial em um regime democrático.

4- Violência eleitoral. Com dinheiro público, Bolsonaro segue com suas motociatas e suas visitas aos estados; a mais recente, no Ceará, é um caso descarado de abuso do poder econômico e de campanha antecipada. Além disso, o Congresso enterrou a lei eleitoral com a permissão de doações, transferências de verbas de obras e outras benesses com dinheiro público.

5- Violência diplomática. A inusitada convocação de embaixadores para acusar o sistema eleitoral brasileiro de fraude não tem precedentes na história do país.

6- Violência institucional. Prossegue, sem sinais de arrefecimento, a campanha do presidente da República e de seus apoiadores para deslegitimar as urnas eletrônicas, mesmo que, como mostrou o UOL, fraudes nesse sistema de votação são improváveis e nunca forma registradas.

Porém, é inegável que as recentes vitórias políticas obtidas pelo governo mudaram o panorama pré-eleitoral brasileiro e alteraram significativamente as projeções dos mundos político, empresarial e jurídico nos últimos dias.

No campo institucional, a despeito das mumunhas e de algumas atitudes valentes da oposição, a aprovação da PEC Kamikaze, ou PEC das Bondades, no Congresso representa um divisor de águas neste ano eleitoral. Ainda é cedo para mensurar os efeitos concretos dessa vitória, mas, por ora, a projeção é de um impacto favorável ao presidente nas pesquisas eleitorais.

E, se essa projeção se confirmar, o que poderá representar? Antes de mais nada, deverá arrastar a disputa eleitoral para o segundo turno, afastando de Bolsonaro a ameaça, registrada em maio pelo Datafolha e pelo Agregador de Pesquisas do UOL, de uma vitória de Lula ainda no primeiro turno.

Jogará ainda mais pressão sobre Ciro Gomes (PDT), o pré-candidato mais bem colocado fora da polarização entre os dois principais líderes. Estará ele, no limite, disposto a renunciar ao seu projeto de candidatura para ajudar Lula, visto que seu partido é do espectro da centro-esquerda? Ou poderá entrar para história como quem levou Bolsonaro ao segundo turno?

Para petistas próximos a Lula, a posição adotada por Ciro após o crime no Paraná indica que o pedetista não está disposto a dialogar nem sobre a defesa da democracia. No Twitter, Ciro condicionou sua adesão a um pacto de não agressão entre as campanhas, proposto pelos partidos de esquerda, a um compromisso a ser firmado pelo líder das pesquisas de comparecer a todos os debates.

O PDT tem convenção marcada para a próxima quarta-feira (20), em Brasília, para referendar Ciro. Há grande expectativa sobre o primeiro discurso oficial dele como candidato, se deixará alguma ponte em pé para eventual composição com Lula ou se dobrará a aposta em atacar o ex-presidente petista.

O acirramento da disputa presidencial entre Lula e Bolsonaro no primeiro turno também deixa em situação delicada a pré-candidatura de Simone Tebet (MDB), que está com dificuldades de decolar e ainda não definiu quem será seu vice. Nos bastidores, a leitura é de que a decisão de Rodrigo Garcia (PSDB) de abrir palanque para Luciano Bivar (União Brasil) em São Paulo pode tirar da senadora sua principal chance de crescer nas pesquisas: a máquina do PSDB no maior colégio eleitoral do país.

Por tudo isso, o nome do jogo jogado por Bolsonaro até aqui é o da guerra aberta e declarada, enquanto seus adversários ainda buscam, dentro das quatro linhas democráticas, formas de se contrapor ao presidente. No xadrez eleitoral, embora em segundo lugar nas pesquisas, o planalto joga com as brancas e mantem a iniciativa na partida.


sábado, 23 de fevereiro de 2019

Norman Gall sobre violencia no Brasil e no Mexico - Instituto Fernand Braudel

Colegas e amigos:
Enviamos dois artigos importantes sobre o auge da violência no Brasil e no México publicados nesses dias no jornal Valor. Vale destacar que essa escalada dos homicídios não é geral na América Latina. Países como Peru, Argentina, Bolívia e Equador mostram padrões de homicídios comparáveis aos países de maior riqueza do planeta. Esse desafio é nosso.
Download dos artigos:

Norman Gall
Instituto Fernand Braudel de Economia Mundial
Rua Ceará 2 São Paulo, Brasil 01243-010
(5511) 38249633/32144454/Cel 984212772/Fax 38252637
ngall@braudel.org.br / www.braudel.org.br / www.normangall.com

quarta-feira, 18 de junho de 2014

Heranca maldita dos companheiros: mais violencia, mais mortes, mais delinquencia

O Brasil caiu cinco pontos no ranking em relação a 2013, ocupando o 91º numa lista de 162 países. O governo petista é criminosamente omisso na questão da segurança pública, como disse o candidato oposicionista Aécio Neves:

O Índice Global da Paz divulgou nesta quarta-feira um novo levantamento sobre os países mais seguros do mundo. Com estatísticas que mesclam o impacto da violência na economia, e considerando ainda fatores como índices de democracia, transparência, educação e bem-estar material, além do nível de militarização e atividades criminosas ou terroristas, a organização constatou que a Islândia segue como o país mais seguro para se morar. Em contrapartida, a Síria apresentou uma drástica decaída em seus níveis de segurança e tomou a última colocação do ranking, ocupada anteriormente pelo Afeganistão. O Brasil caiu cinco posições no ranking em relação ao ano passado e ocupa a 91ª posição entre os 162 países analisados. No total, o índice é composto de 22 indicadores qualitativos e quantitativos.

Atrás de Bolívia e Guiana, por exemplo, a economia brasileira sofreu um impacto de 117 bilhões de dólares causado pela violência, conforme dados do estudo. Segundo Steve Killiliea, presidente executivo do Global Peace Index (GPI), “na preparação para a Copa do Mundo, o Brasil viveu um aumento de manifestações violentas”. Mas ele ressalta que “apesar da queda de cinco lugares na classificação no índice, o Brasil continua a ser o melhor entre os países do BRICS”.

América do Sul – A pontuação média dos países da América do Sul está um pouco acima da média global, com melhoras mais significativas vindo da Argentina, Bolívia e Paraguai, aponta o estudo. Em contraste, o Uruguai, que mantém a posição de país mais pacífico da região, vê sua posição se deteriorar um pouco. Na Colômbia e na Venezuela, tensões internas garantiram as piores colocações entre os sul-americanos no ranking. “A Colômbia continua sofrendo com o aumento das populações deslocadas, que são o produto do conflito permanente com as Farc. Negociações de paz em curso com o governo, no entanto, oferecem alguma esperança de melhora”, acredita Killiliea.

“A Venezuela continua com sua escalada militar, principalmente comprando armas russas. A isso se acrescentam os muitos casos de agitação social e repressão do governo, particularmente após os protestos que eclodiram no início de 2014”, explica o presidente da GPI. A Venezuela ocupa a 129ª posição entre os 162 países no Índice Global da Paz, piorando uma posição em relação ao ranking do ano passado. “A queda na tranquilidade pode ser atribuída principalmente ao aumento nos níveis de terror político e maior instabilidade social”, afirma.

Outra função do ranking é a apontar países que podem sofrer com a falta de segurança no futuro. A organização acendeu o alerta neste ano para Zâmbia, Haiti, Argentina, Chade, Bósnia e Herzegovina, Nepal, Burundi, Geórgia, Libéria e Catar, sede da Copa do Mundo de 2022. "O potencial de um país para a manutenção da paz engloba instituições sólidas, um governo que funciona bem, baixos níveis de corrupção e um ambiente pró-empresas, o que chamamos de 'pilares da paz'. Fatores positivos da paz tendem a se alinhar em períodos mais longos de tempo com níveis reais de violência, possibilitando, portanto, uma precisão preditiva real", disse Killelea.

A análise deste ano constatou que o impacto econômico de conter e lidar com as consequências da violência em 2013 foi significativa, no valor de 9,8 trilhões de dólares (21,8 trilhões de reais). Em comparação com os resultados de 2012, houve um aumento de 3,8% nos custos de contenção da violência no mundo. “Enquanto alguns gastos na contenção da violência são realmente necessários em uma sociedade, pagar por guardas de segurança privada ou gastar com câmeras e sistemas eletrônicos de vigilância não são investimentos produtivos. Gastos excedentes e programas ineficientes podem ser prejudiciais para o crescimento econômico de um país. Gastos excessivos na contenção da violência restringem os recursos que podem ser alocados para outras áreas mais produtivas, como educação e saúde ou infraestrutura”, explica o especialista. (Continua).

sexta-feira, 14 de março de 2014

Brasil: ate quando vamos ter de suportar isso? - Juan Arias (El Pais)

Não, não é da Venezuela que quero falar, ainda que pudesse ser, pois o título do post remete às mesmas circunstâncias e se aplicam perfeitamente ao caso da violência governamental assassina no país vizinho e à indiferença, complacência, ou conivência, do governo brasileiro.
É do próprio Brasil que se ocupa este artigo do correspondente espanhol do El País, o principal jornal da Espanha.
Para vergonha nossa (como aliás também no caso da Venezuela), todos os espanhóis vão ler sobre como anda o estado (se se pode dizer) da violência em nosso país, e certamente essa matéria vai atrair a atenção de outros correspondentes, que vão fazer, eles também, matérias sobre a delinquência enorme, disseminada, impune, que caracteriza atualmente o Brasil, isso às vésperas da Copa do Mundo. Muitos turistas hesitarão, certamente, outros virão, e poderão ser assaltados (e se saírem vivos, como comenta Juan Arias, deveriam se sentir muito felizes), o que nos faz sentir ainda mais vergonha.
O Brasil é um país que caminha rapidamente para o brejo, sob o governo incompetente dos companheiros.
Paulo Roberto de Almeida 

ANÁLISIS

¿Hasta cuándo?

No es posible sentirse viviendo en democracia atenazados por la violencia cotidiana

Junto con las deficiencias de la salud pública lo que más rechazan los brasileños en los sondeos es la inseguridad ciudadana. Hay un miedo visible. Se advierte en las conversaciones, en las redes sociales y en las cartas de los lectores a los periódicos. Hasta del exterior llegan recomendaciones a los extranjeros que visitan Brasil sobre cómo comportarse para no ser víctima de la violencia, sobre todo en vistas a la Copa del Mundo
¿Hasta cuándo los brasileños aceptarán vivir en la ansiedad de poder ser asaltados? Los que viajan fuera notan la diferencia de poder pasear con tranquilidad por calles y plazas cuando van, por ejemplo, a Europa. Allí no piensan en cada momento en que van a ser víctimas de la violencia. No que no haya también allí algunos episodios puntuales, sobr todo robos, en algunas ciudades más turísticas, pero aún en esos casos, no suelen tener la truculencia de la violencia brasileña.
Recuerdo una tarde en Venecia. Estaban cerrando algunas tiendas de objetos de lujo. Todo quedaba en los escaparates expuesto durante la noche. Pregunté al dueño de una de esas tiendas si no temían ser objeto de robo. Me miró extrañado: “No, aquí nadie toca nada”, me dijo, y añadió que la vigilancia policial nocturna impedía cualquier sorpresa.
¿Por qué matar a un ciudadano para poder robarle el móvil, la cartera o incluso el coche? De hecho, la súplica dolorida del brasileño asaltado en la calle o en casa es siempre la misma: “Por favor no dispare, no me mate. Le entregaré todo”. Ellos no escuchan y muchas veces matan lo mismo o apuñalan. Y cuando la víctima despojada de todo lo que tenía sale ilesa es una fiesta. Algunos hasta encienden en agradecimiento una vela a su santo preferido. El brasileño se consuela ya con salir vivo de un asalto.
Si ayer esa violencia callejera y doméstica era una plaga sobre todo de las grandes urbes, hoy vemos que se está extendiendo como una mancha de aceite incluso a pequeñas ciudades del interior donde dicho crimen apenas existía.
Llevo doce años viviendo en la pequeña y preciosa localidad de la Región de los Lagos, en el Estado de Río, donde se podía pasear de noche sin preocupaciones; donde los asaltos eran algo impensable, por ejemplo, a los pequeños bancos locales o a un restaurante, una tienda, un puesto de gasolina o al minúsculo edificio de correos.
Hoy, al revés, a pesar de contar la localidad con una policía fuerte y severa, todos esos lugares han sido ya objeto de alguna acción violenta. “Se ha acabado la tranquilidad de antaño”, me dicen mis amigos entre resignados y molestos. Y la gente empieza también a blindarse.
Y ese verbo “blindarse” es algo que debería hacer pensar a los responsables de un país que se vanaglorian y con razón de dirigir los destinos de un país “democrático”. Lo que ocurre es que la palabra democracia se ha prostituido como tantas otras y es bien sabido que al igual que no existe democracia en un país con una enseñanza precaria o una salud pública deficiente, tampoco es posible sentirse viviendo en democracia atenazados por la violencia cotidiana.
Me impresiona el uso que se hace en los periódicos o en las redes sociales del “blindaje” de los ciudadanos. Días atrás, en la crónica del diario O Globo sobre la ola de robos y asaltos en el precioso barrio de Santa Teresa de Río, que los portugueses levantaron para recordar la famosa Alfama de Lisboa, escribe Celia Costa: “Los habitantes de Santa Teresa están aterrorizados frente a la ola de robos a residencias en las últimas semanas”. Otro diario paulistano recordaba que en una calle de São Paulo ya habían sido asaltadas “todas las casas de una misma calle”, y algunas varias veces. ”. Y aceptando implìcitamente que los ciudadanos no confían ya en las fuerzas policiales para protegerlas dado que a veces hasta ellas actúan en comandita con los asaltadores, cuenta la cronista del diario carioca: “Ante el miedo, la gente está organizando la seguridad con sus propias fuerzas, instalando cercas eléctricas, sistemas de alarma, puertas dobles y colocando trozos de vidrio en los muros”. O sea, blindándose.
Jacques Schwarzestein, director de la Asociación de moradores de la comunidad de Santa Teresa (Amast) ha confesado que prefirió perder el carnaval para quedarse en casa “organizando su blindaje contra los asaltantes”.
Es sintomático que ninguno de los que viven en el temor de ser víctimas de asaltos, robos o secuestros hagan una llamada a las fuerzas políticas o policiales. No confían ya en ellas y las más de las veces ni denuncias la violencia Cada uno se arregla y blinda como puede. ¿Hasta cuándo?
El primer fruto envenenado de esa impotencia que sienten los ciudadanos ante la autoridad pública incapaz de defenderles es el tomarse la justicia por su mano cuando alguno de esos asaltadores son cogidos con las manos en la masa. Son las tristes y dramáticas ejecuciones que hemos podido observar estos últimos meses en un país cada vez más nervioso.
Ayer por primera vez en este pueblo tranquilo donde vivo pude ser testigo de una escena que hubiese preferido no vivir no tanto por su truculencia sino por lo sintomático que es del nerviosismo que empieza a aflorar hasta en los sencillos y hasta ayer pacíficos ciudadanos anónimos.
Estábamos en una agencia de un banco unas 40 personas esperando en fila rigurosa ser atendidos. Alguién que estaba en primera fila debió querer saltarse su turno. Era un hombre anciano y delgado con aspecto de un trabajador de la construcción, que quizás tenía prisa. A su lado, otro señor ya mayor pero más joven, más robusto y mejor vestido debió sentirse burlado en la fila y en vez de quejarse al cajero del banco le largo un puñetazo al anciano que cayó al suelo. Aún así siguió golpeándolo.
La gente gritaba pidiendo al policía armado del banco que interviniera, pero nadie se movía y la pelea continuaba. Y el policía tampoco parecía tener prisa en actuar.
Lo que más me chocó es que acabada la lucha nadie hizo un comentario. A muchos debió parecerles normal que el burlado de la fila tomara la justicia por su mano y la lanzara al anciano un puñetazo en la cara hasta tirarlo al suelo. Algunos hasta reían.
Casos así y más graves se multiplican cada día. “Es que la gente está molesta y nerviosa”, comentó una profesora que estaba a mi lado. “¿Nerviosos de qué si ustedes son famosos por aguantarlo todo sin nunca protestar?” le respondí, y ella: “De nada y de todo, o de muchas cosas juntas, pero el hecho es que las personas se están volviendo más violentas hasta en las pequeñas cosas”, me dijo.
¿Ese nerviosismo e insatisfacción difusa están presentes en las preocupaciones preferenciales de los políticos? ¿O siguen pensando que una democracia lo soporta todo incluso que los ciudadanos vivan en el sobresalto diario de no saber si van o no ser víctima de una falta de seguridad pública cada vez más grave, más generalizada y más dramática ?
¿Y eso, hasta cuándo?
Las elecciones están a la puerta y la gente, cuando se siente burlada, se vuelve imprevisible.


Ucrania: como a Venezuela, ou pior?

Os russos só estão ali para proteger a população, como se pode constatar.

As the standoff between Russia and Ukraine continues, supporters of both sides violently clashed in the eastern city of Donetsk late into the night on Thursday, March 13. In what resembled the front line of a battle, two rallies -- one pro-Russian, one pro-Ukrainian -- faced off with eggs, stun grenades, and firecrackers. According to the BBC, the violence was instigated by pro-Russian activists who attacked a pro-Ukrainian rally. Despite police efforts to cordon off the battling sides, the clashes left at least one person dead.
Meanwhile, thousands of Russian troops are gathering on the border with Ukraine, with the Kremlin apparently flexing its muscles before the referendum in Crimea this Sunday. The region's residents are to decide whether they prefer to stay within Ukrainian borders, or join the Russian Federation.  
Authorities from both Russia and Ukraine issued statements condemning the events in Donetsk, accusing each other of instigating the clashes.
Acting President of Ukraine, Oleksandr Turchynov did not hold back. "Dreadful things happened in Donetsk yesterday evening. As a result mothers again have to bury their children. Hospitals are again full of injured. It is a terrible tragedy.... The most cynical thing is that the victims were Ukrainian citizens who came to the rally in their hometown to support the integrity of our country. This is the true face of double agents-separatists who provoked the fight. They and their masters in Kremlin are indifferent to the lives of people whom they supposedly were willing to defend. Every Ukrainian has to understand that," Turchynov said Friday.
The Russian Foreign Ministry's (MFA) statement, translated by The Guardian is a mirror image of Turchynov's.
"Radical far-right gangs armed with traumatic firearms and clubs, who began to arrive in the city yesterday from other regions of the country, attacked peaceful protesters who came out on the streets to express their attitude toward the destructive position of the people who call themselves the Ukrainian government."
The MFA claimed that the government in Kiev had lost control of the country.
"Russia recognizes its responsibility for the lives of countrymen and fellow citizens in Ukraine and reserves the right to take people under its protection," the Foreign Ministry ominously warned.
Euromaidan PR, the information outlet of the Maidan opposition movement posted online raw footage featuring the violent melee.
Several buses and a cordon of riot police were unable to stop protesters from clashing.



Here, a group of pro-Ukrainianprotesters, huddled together, are forced to kneel. Others are chanting "On your knees!"



What started with pro-Russia chants on one side, and waving Ukrainian flags on the other, ended in brutal beatings, shown here in a Vice Newsreport.

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Violencia urbana: as cidades mais violentas da America Latina e doBrasil

15 CIDADES BRASILEIRAS ENTRE AS MAIS VIOLENTAS DO MUNDO!

            
(Revista Forum) De acordo com relatório de ONG mexicana, 41 municípios da América Latina marcam presença no ranking.  Em 2012 eram 14 cidades; no ano de 2013, 15. Em 2014, o relatório anual da ONG mexicana Conselho Cidadão Para a Segurança Pública e Justiça Penal adicionou mais um município brasileiro ao ranking de 50 cidades com maior índice de homicídios do mundo. A maioria das “mais violentas” está no continente americano (46 cidades), e na América Latina, em particular (41). Os países latino-americanos com maior problema de violência são Honduras, Venezuela, Guatemala, El Salvador, México e Brasil.
            
2. Com uma taxa de 187 homicídios a cada 100 mil habitantes, a cidade hondurenha de San Pedro Sula ocupou pelo terceiro ano consecutivo a liderança do ranking. O segundo lugar fica com Caracas, capital da Venezuela, e, em terceiro, Acapulco, no México, com taxas de 134 e 113, respectivamente, a cada 100 mil habitantes. Saíram da lista as seguintes cidades que figuravam na lista de 2012: Brasília e Curitiba, no Brasil; Barranquilla, na Colômbia; Oakland nos EUA e Monterrey no México. Todas estas tiveram taxas inferiores ao 50° colocado, Valencia, na Venezuela.
              
3. As 16 cidades brasileiras que estão na lista são: - Maceió (AL) com 79,8; / - Fortaleza (CE) com 72,8; / - João Pessoa (PB) com 66,9; / - Natal (RN) com 57,62; / - Salvador (BA) com 57,6; / - Vitória (ES) com 57,4; / - São Luís (MA) com 57,0; / - Belém (PA) com 48,2; / - Campina Grande (PB) com 46,0; / - Goiânia (GO) com 44,6; / - Cuiabá (MT) com 44,0; / - Manaus (AM) com 42,5; / - Recife (PE) com 36,8; / - Macapá (AP) com 36,6; / - Belo Horizonte (MG) com 34,7 e - Aracaju (SE) com 33,4.

domingo, 30 de junho de 2013

O julgamento que descontentou as mulheres e arrepiou os homens...

Ops, as mulheres acharão injusto, os homens pensarão duas vezes...
Catherine Kieu decepou o membro de seu marido e o jogou no triturador de lixo
O Globo, 29/06/2013

Um juiz sentenciou à prisão perpétua com possibilidade de condicional uma mulher no sul da Califórnia que decepou o pênis de seu marido e o jogou no triturador de lixo. Catherine Kieu, 50, foi considerada culpada por um júri de Orange County em abril por mutilação grave e tortura após a agressão contra seu ex-marido em julho de 2011.
Ela drogou o ex-marido antes de atá-lo e decepar seu pênis com uma faca. Ela então jogou o órgão genital em um triturador de lixo. Um advogado de Catherine, nascida no Vietnã, argumentou no julgamento que ela havia sofrido abuso sexual em sua infância, o que a deixou com estresse pós-traumático. Ela demonstrou remorso sobre o ataque, disse ele.
Após a audiência, a vítima - identificada apenas como Glen - disse que desejava que o juiz Richard Toohey tivesse aplicado uma sentença mais dura, noticiou o City News Service.
- No fundo, eu esperava uma sentença mais pesada, mas dadas as restrições da lei, é o que ele tinha de fazer - disse ele. - Pode haver uma situação em que eu possa ser feliz. Mas completamente? Nunca - afirmou.

sexta-feira, 28 de junho de 2013

Retrato de um Brasil ordinario, repulsivo, insuportavel...

Basta a notícia...

Bandidos matam criança de 5 anos em assalto na zona leste de São Paulo

Menino chorava no colo da mãe quando levou um tiro na cabeça na casa da família, na região de São Mateus

28 de junho de 2013 | 9h 06
Luciano Bottini Filho - O Estado de S. Paulo
 
SÃO PAULO - Um assaltante matou uma criança de 5 anos na madrugada desta sexta-feira, 28, na Vila Bela, região de São Mateus, zona leste de São Paulo. Incomodado com o choro da criança, que estava no colo da mãe, e inconformado porque ela dizia não ter mais dinheiro, o bandido atirou na cabeça de Bryan Yanarico Capcha. O ladrão e outros cinco comparsas assaltavam a casa dos pais de Bryan, trabalhadores bolivianos de uma confecção que estão há seis meses no Brasil. Em entrevista à Rádio Estadão, o secretário de Segurança Pública, Fernando Grella Vieira, disse que determinou "prioridade absoluta" na apuração do crime, que classificou de "cruel".
Verônica, de 24 anos, a mãe de Bryan - Epitácio Pessoa/AE
Epitácio Pessoa/AE
Verônica, de 24 anos, a mãe de Bryan
Edelberto, de 28 anos, pai do menino, e um tio da criança entravam na garagem na casa, quando foram abordados por seis homens, por volta de 0h30 desta sexta. Dois dos assaltantes estavam armados com revólveres e os demais com facas - cinco deles usavam capuzes e um único mostrava o rosto. Os bandidos obrigaram o pai e o tio a abrir a porta da casa, que tem dois pavimentos. Três bandidos foram para o primeiro andar e os demais permaneceram no térreo. O pai foi levado para o primeiro andar, onde estavam sua mulher, Verônica, de 24 anos, e seu filho de 5.
A mulher entregou aos criminosos R$ 3.500 - no térreo, o tio havia dado aos ladrões R$ 1 mil que ele carregava. No meio do roubo, a criança começou a chorar. Um dos bandidos mandou que ela parasse. "Faz essa criança parar de chorar!", gritou para a mãe. Os assaltantes queriam ainda mais dinheiro e ameaçaram o casal. "Eu vou matar essa criança." Desesperada, a mãe se ajoelhou e apanhou a criança no colo. Em seguida, exibiu aos bandidos a carteira vazia. "Não tenho mais dinheiro", disse Verônica. A resposta dos ladrões foi atirar na criança.
A bala acertou a cabeça de Bryan. Os assaltantes fugiram da casa levando o dinheiro. Desesperados, os pais levaram o menino ao pronto-socorro do Hospital Geral de São Mateus. Bryan morreu cinco minutos depois de chegar ao hospital. Era o filho único do casal. Seus pais querem voltar à Bolívia e enterrar o menino em sua cidade natal. O casal estava aqui fazia seis meses e tabalhava em uma oficina de costura. "Não temos dinheiro para voltar. Precisamos de ajuda. Levaram todo o dinheiro que havíamos juntado", disse Verônica. O caso foi registrado no 49º DP (São Mateus).

terça-feira, 9 de abril de 2013

Por que me envergonho do meu pais (existem muitos motivos, mas este pertence ao momento)

O Brasil, o Rio, os brasileiros (não todos, claro, apenas uma minoria ativissima) desceram até um nível de degradação moral que é difícil de acreditar que isto esteja acontecendo em nosso país.
E, no entanto, acreditem, a realidade é muito pior do que essa aqui descrita, mas muito pior.
Por acaso ficamos sabendo, porque se trata de uma estrangeira.
Quantas mulheres brasileiras não enfrentam o mesmo destino, ou pior?
Eu me envergonho do meu país, profundamente...
Me sinto mal ao ler coisas como essa.
Paulo Roberto de Almeida

Turista estuprada foi oferecida a homem no Rio

08 de abril de 2013 | 19h 37
FÁBIO GRELLET - Agência Estado
A turista norte-americana de 21 anos estuprada dentro de uma van quando tentava seguir de Copacabana, na zona sul do Rio, para a Lapa, no centro, no último dia 30, também foi oferecida pelos criminosos a um homem, que a recusou alegando que ela estava "muito estragada". O homem, ainda não identificado, seria um criminoso morador de São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio, a quem o grupo entregou um envelope, enquanto mantinha o casal de estrangeiros refém. Ao ver a moça, já abusada pelo grupo, o homem teria feito cara de nojo. Depois que ele reclamou do estado da vítima, o grupo riu.
O episódio foi contado nesta segunda-feira pelo delegado Gilbert Stivanello, da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA). No sábado à noite, uma equipe liderada por Gilbert deteve um adolescente de 14 anos que atuava como cobrador na van onde a menina foi estuprada. Ele foi localizado em um abrigo municipal no centro do Rio. Em depoimento, segundo a polícia, o adolescente negou ter participado dos estupros, mas admitiu ter agredido com uma barra de ferro o namorado da norte-americana, um francês de 22 anos, para evitar que ele reagisse enquanto a namorada era estuprada pelos comparsas.
Três adultos que participaram do estupro estão presos e foram denunciados nesta segunda pelo Ministério Público à Justiça do Rio por estupro, roubo e corrupção de menor. Até a noite desta segunda, o juiz da 32ª Vara Criminal não havia decidido se aceita ou não a denúncia.
Segundo a polícia, o adolescente contou que, quando começou a trabalhar com o grupo, já sabia dos crimes que eles cometiam. Na noite do 30, quando chegou para trabalhar, ele teria ouvido dos colegas que iriam "caçar gringos". O grupo passou várias vezes pela avenida Nossa Senhora de Copacabana enquanto procurava suas vítimas. O casal de turistas, que morava no Rio devido a um intercâmbio para estudar, embarcou na van na altura da rua Miguel Lemos. Ao longo do trajeto, outros passageiros embarcaram, mas tiveram que sair da van depois que um comparsa, que se passava por passageiro, anunciou um assalto. O casal de estrangeiros foi obrigado a permanecer e a moça passou a ser estuprada. A van foi até São Gonçalo, onde a moça foi oferecida. O adolescente teria desembarcado antes.

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Em boca fechada nao entra mosquito; e o que mais fica de fora?

Muita coisa, certamente. Cada um imagine como, por que, em que condições, pessoas e instituições escolhem aplicar um auto-zipper...
[Received from David V. Fleischer:]


Stacey Berger
Research Associate at the Council on Hemispheric Affairs
– Posted on August 24, 2012
On July 20, 2012, Brazil’s Foreign Minister, Antonio Patriota, announced the withdrawal of all Brazilian diplomats from Syria due to the intensified fighting and violence throughout the country. Though, for Brasilia, this was a note-worthy step, it should not be regarded as a clear political move intended to condemn the Bashar al-Assad regime.[1] While the situation in Syria worsens with each passing day, Brazil has yet to apply any sort of pressure on Damascus. Brazil certainly is a rising economic superpower, but the foreign policy dictated by Brasilia disappointingly indicates it has yet to achieve a similar status in the diplomatic arena.

Source: The Economist
When Brazil originally served on the 15-member United Nations Security Council in 2011, it abstained from voting on the first draft resolution condemning Syria, while 9 of 15 members of the council members voted in favor.[2] Brazilian officials have provided various reasons as to why the government abstained from voting, one of which involves the concept of “Responsibility while Protecting.” Brazilian President, Dilma Rousseff, developed this notion to express concerns within the framework of the associated but substantially different “Responsibility to Protect” doctrine. This concept espouses that Brasilia understands its responsibility to protect civilians in armed battle abroad, but must think of its own civilians first and foremost.[3]
Although it is a priority for Brasilia to protect the highest interest of its populace, Brazil sees itself as rising into a role of global leadership, and therefore must face up to conflicts such as the one encountered in the Syrian uprising. And if Brasilia truly wishes to see itself gain a permanent seat on the UN Security Council—a desire frequently heard in Brasilia—it will have to take a hard stance on Syria, especially because President Assad has committed a deplorable level of UN human right violations, “from arrests of political activists to torture and killings on a massive scale.”[4]
The ability to strike a severe posture toward the Assad regime should come easily enough for President Rousseff, due to her history as a leading political adversary against Brazil’s military dictatorship. In 1970, the government jailed Rousseff for three years where interrogators tortured her on numerous occasions. Despite her harsh personal experiences, Rousseff still claims to be unashamed of her past as a guerrilla.[5][6] Therefore, Rousseff, due to this evolutionary background, does not seem like the leader that would readily shirk from conflict, particularly when a possible outcome could relate directly to Brazil’s strategic interests. Yet, Rousseff first introduced the “Responsibility while Protecting” concept, and then has adhered to the policy of silence.[7]
Alongside the notion of “Responsibility while Protecting,” some Latin American experts have justified Brazil’s abstention on the Syrian vote by claiming the draft resolution will lead to foreign intervention. Regarding Syria, this type of direct action has been off the negotiating table, as many worry that the vote can be seen as just another instance of imperialist motivation that might generate anti-Western sentiments and conjure up a negative backlash from Russia and China, both important trading partners for Brazil.[8] But the Brazilian concept to preserve westernization in a noble light as well as to maintain strategic alliances pays the price of countless lives lost.

Source: The Washington Post
In August of 2011, the India-Brazil-South Africa dialogue forum (IBSA), composed of the nations with non-permanent seats on the U.N. Security Council in 2011, sent a delegation to speak with the Syrian foreign minister and president. This discussion proved to be unfruitful and Nadim Houry, Deputy Middle East Director of Human Rights Watch, observed, “Their efforts at private dialogue have achieved nothing, and hundreds more Syrians have died in the meantime.”[9] Shortly after the Security Council vetoed the draft resolution, IBSA engaged in a Heads of State and Government Dialogue Forum on October 17, 2011, but failed to even mention Syria.[10]
As of now, Brazil has only reduced trade with Syria; the Brazil-Syria trade volume decreased by $178 million USD from 2010 to 2011. But this figure does not include the indirect trade Brazil has been able to maintain with Syria. The president of the Arab-Brazilian Chamber of Commerce reported, “from experience, some Brazilian companies have sold to Lebanon, and from there, follow the goods to Syria.”[11] The Brazilian government has condemned the violence in Syria, but actions speak louder than words. In that sense, the most bold action Brazil has taken has been voting in favor on the most recent resolution passed by the United Nations General Assembly, A/RES/66/253 B, which demands an end to violence in Syria, a completely unenforceable initiative.[12]
It is clear by now that Brazil has maintained nothing but a passive position toward the Syrian regime, but it still has a chance to prove itself as a rising global leader, obtain a spot on the U.N. Security Council, and help mend the desperately tangled situation in Syria.  In October of this year, the third ASPA summit, composed of the heads of state and government from South America and Arab nations, will be in Lima, a forum where a discussion on the catastrophic Syrian situation is scheduled to take place.[13] Brazil should lead by example by cutting off all diplomatic and trade relations with the Syrian government, and urge other countries to do the same. This would be a great chance to send the Syrian government a strong message about their human rights violations as well as positively influence Brazil’s reputation as a serious rising power.
Please accept this article as a free contribution from COHA, but if re-posting, please afford authorial and institutional attribution.
Exclusive rights can be negotiated.

[1] Jordan, Lucy. “Brazil Removes Diplomats from Syria.” The Rio Times, June 24, 2012. Accessed August 16, 2012 http://riotimesonline.com/brazil-news/front-page/brazil-removes-diplomats-from-syria/#
[2] Charbonneau, Louis. “Russia, China veto U.N. resolution condemning Syria.” Reuters, October 4, 2011. Accessed August 16, 2012. http://www.reuters.com/article/2011/10/05/us-syria-un-idUSTRE7937M220111005
[3] Maria Luiza Ribeiro Viotti. “Responsibility while Protecting: Elements for the Development and Promotion of a Concept.” Paper presented to the U.N Security Council, November 11, 2011.
[4] Mohamed, Saira. “The U.N. Security Council and the Crisis in Syria.” Insights 16.11 (2012) Accessed August 16, 2012. http://www.asil.org/pdfs/insights/insight120326.pdf
[5] O’Shaugnessy, Hugh. “Former Guerrilla Dilma Rousseff Set to be the World’s Most Powerful Woman.” The Independent, September 26, 2010. Accessed August 16, 2012 http://www.independent.co.uk/news/world/americas/former-guerrilla-dilma-rousseff-set-to-be-the-worlds-most-powerful-woman-2089916.html
[6] Romero, Simon. “Leaders Torture in the ‘70s Stirs Ghosts in Brazil.” The New York Times, August 4, 2012. Accessed August 16, 2012. http://www.nytimes.com/2012/08/05/world/americas/president-rousseffs-decades-old-torture-detailed.html?ref=world
[7] Foley, Conor. “Welcome to Brazil’s Version of ‘Responsibility to Protect.’” The Guardian, April 10, 2012. Accessed August 16, 2012. http://www.guardian.co.uk/commentisfree/cifamerica/2012/apr/10/diplomacy-brazilian-style
[8] Spektor, Matias. “The Arab Spring, Seen From Brazil.” The New Y.ork Times, December 23, 2011. Accessed August 16, 2012. http://latitude.blogs.nytimes.com/2011/12/23/the-arab-spring-seen-from-brazil/
[9] “IBSA: Push Syria to End Bloodshed.” Human Rights Watch, October 16, 2011. Accessed August 16, 2012 http://www.hrw.org/news/2011/10/16/ibsa-push-syria-end-bloodshed
[10] “Africa: India-Brazil-S.A (IBSA) Dialogue Forum Fifth Summit of Heads of State and Government Tshwane Declaration.” All Africa, October 18, 2011. Accessed August 16, 2012. http://allafrica.com/stories/201110190947.html
[11] “Brazilian Trade with Syria Declines.” Nuqudy, February 2, 2012. Accessed August 16, 2012. http://english.nuqudy.com/Levant/Brazilian_Trade_wit-1065
[12] “Brazil Slowly Moves Towards Condemning Syria Violence.” Ya Libnan, February 10, 2012. Accessed August 16, 2012. http://www.yalibnan.com/2012/02/10/brazil-slowly-moves-towards-condemning-syria-violence/; “General Assembly, In Resolution, Demands All in Syria ‘Immediately and Visibly’ Commit to Ending Violence That Secretary-General Says is Ripping Country Apart.” Resolution Presented to the U.N. General Assembly, NY, New York, August 3, 2012.
[13] “Peru Will Host Leaders’ Summit of Arab and South America Countries in October.” Mecro Press, August 11, 2012. Accessed 16, 2012. http://en.mercopress.com/2012/08/11/peru-will-host-leaders-summit-of-arab-and-south-america-countries-in-october

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Lei das consequencias involuntarias...

Tem gente que detesta que eu coloque notícias desabonadoras do ponto de vista dos responsáveis políticos, sobretudo quando o foco das más notícias se situa mesmo nos últimos anos. 
Mas, como já disse alguém, fatos são fatos, por mais que não se goste deles.
E o fato é que houve um progresso fantástico da criminalidade no Brasil. 
E a mais danosa para a nacionalidade, para a cidadania, se refere mesmo à criminalidade de alto coturno, aquela que se situa nas altas esferas do poder, e que envolvem gatunos profissionais, alguns até homenageados por certo partido, que não se dá conta que o gatuno em questão se utiliza dos aparelhos partidários para enriquecer, continuando a corromper com cobertura política, entronizando a imoralidade como prática normal.
Pois é, tem gente que acha a corrupção uma coisa normal, assim tão bem distribuída entre todos que se torna algo aceitável... Eu não acho e acredito que a maioria dos meus leitores tampouco.
Só os patrulheiros a soldo, os mercenários partidários, os adesistas profissionais, ou os muito ingênuos a ponto de serem estúpidos é que aceitam esse tipo de tese podre...
Para desespero desses coniventes e tolerantes com a corrupção, a criminalidade diminuiu justamente ali onde ele não PODERIA diminuir, e aumentou lá onde eles não gostariam que ela aumentasse. Tristes fatos, não é?
Paulo Roberto de Almeida 



Brasil ha registrado más de un millón de homicidios en los últimos 30 años

El País, 15/12/2011.
Cadáver en el Complejo do Alemao, en Río de Janeiro. / EFE
Podría apellidarse “la guerra de Brasil”. Los números son estremecedores. En los últimos 30 años, los índices de violencia en el país han aumentado de 11,7 asesinatos por cada 100.000 habitantes a 26,2. En total, las muertes violentas en el país fueron 1.100.000, con una media de 137 por día y cuatro por hora. Salvo en São Paulo, Río de Janeiro y Santa Catarina, en casi todos los demás Estados del país, el índice de asesinatos ha ido creciendo año por año en los tres últimos decenios. Según Julio Jacobo Waiselfisz, responsable de la mayor investigación sobre la violencia brasileña registrada hasta hoy y llevada a cabo por el Instituto Sangari de São Paulo, por lo menos en 67 municipios con población superior a 10.000 habitantes se han registrado proporcionalmente más homicidios entre 2008 y 2010 que en todo el conflicto de Irak.
El Instituto Sangari ha utilizado para esta investigación cifras del Ministerio de Sanidad. “A pesar de no registrar conflictos étnicos, religiosos o políticos, la violencia homicida en Brasil es una de las mayores del mundo”, afirma Weilsfisz. El estudio revela datos interesantes y sorprendentes. Por ejemplo, los dos mayores Estados del país, como São Paulo y Río de Janeiro han sido los únicos que han registrado una disminución drástica de la violencia, mientras que las ciudades y municipios menores, sobre todo del noreste de Brasil, como los Estados de Bahía o Pará, han sido los que más asesinatos han sufrido. Por otro lado, los Estados pobres del noreste, que han recibido durante estos 10 últimos años las mayores inversiones económicas y donde se han volcado las políticas sociales, han sido los más golpeados por la violencia.
Mientras en São Paulo, en efecto, el número de homicidios por cada 100.000 habitantes ha descendido de 42,2 a 13,9, y en Río de Janeiro, de 51 a 26,2, en el noreste, el crecimiento ha sido astronómico. En Bahía, el aumento del índice de homicidios ha crecido un 303% y en Pará, el crecimiento ha sido de 252%. Los responsables del estudio apuntan tres posibles motivos para explicar la disminución de los homicidios en São Paulo y Río: las campañas de desarme de la población que llevó a entregar voluntariamente cientos de miles de armas; las inversiones en seguridad pública y las políticas estatales contra la violencia.
Según explica José María Nóbrega, catedrático de la Universidad Federal de Campo Grande y autor de Los homicidios en el noreste brasileño, el aumento de la criminalidad en esta región, pese a su avance en desarrollo, se debe precisamente al crecimiento económico. La mayor riqueza, según Nóbrega, ha atraído a la criminalidad organizada al aumentar el consumo de drogas pesadas. Al mismo tiempo, las políticas duras de represión en las grandes ciudades como São Paulo y Río, han hecho que muchos narcotraficantes hayan emigrado.
Por último, el informe pone de relieve el descuido de los políticos locales en los territorios más pobres del país en promover campañas eficientes contra el aumento de la violencia.
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