terça-feira, 18 de junho de 2013

Contra o protecionismo... dos outros (o nosso pode...) - Abimaq e outras maquinacoes...

Protecionismo confronta a indústria e os importadores, em lista da Camex
Brasil Econômico, 18/06/2013

A lista de produtos que terão aumento do Imposto de Importação, a ser divulgada este ano pela Câmara de Comércio Exterior (Camex), está gerando atrito entre duas associações industriais.
De um lado, a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq); de outro, a Associação Brasileira dos Importadores de Máquinas e Equipamentos (Abimei).
Entre os 262 itens pedidos à Camex para serem onerados, 55 deles são da categoria de bens de capital - grande parte pleiteada pela Abimaq sob o argumento de proteger a indústria nacional.
Entre os produtos, constam artigos básicos da indústria de transformação de metais, como tornos, motores elétricos e máquinas para serrar.
Em sua maioria, os bens possuem poucos fabricantes nacionais. Em um dos casos, o de tornos convencionais, apenas uma empresa instalada no Brasil tem produção nacional comprovada.
No total, 100 itens deverão ter suas alíquotas elevadas para até 35%, limite imposto pela Organização Mundial do Comércio (OMC).
Segundo fontes próximas à Camex, a lista será publicada entre setembro e outubro deste ano.
Os importadores, temendo a restrição, contestaram dentro do prazo delimitado pela Câmara para tentar evitar o aumento.
Conseguiram argumentar contra a alteração da alíquota de oito itens.
Segundo o presidente da Abimei, Ennio Crispino (foto), a questão financeira impediu o questionamento de mais artigos. "A contestação de cada produto nos custou R$ 10 mil, que saíram do bolso dos associados.
Caso mais de uma empresa quisesse contestar aquele determinado produto, o custo era rateado, mas muitas se viram sozinhas e sem condições financeiras de seguir com o processo", explica.
Ele diz que se a Câmara, um órgão estritamente técnico, ceder às pressões para elevar a tarifa, ela corre o risco de ter sua imagem arranhada por "influências políticas". Segundo Crispino, a política dos "escolhidos" - prática do governo de Luiz Inácio Lula da Silva e que alçou grandes empresas brasileiras à condição de gigantes do mercado mundial - agora se volta para o mercado interno.
O principal "escolhido" em questão são as Indústrias Romi. Maior fabricante brasileira de tornos, fresadoras e centros de usinagem, a companhia pode-se ver sozinha em um mercado no qual seus antigos concorrentes caíram com a perda de competitividade do país. Uma forcinha para ela já foi dada.
No ano passado, em outra lista com cem artigos com alteração do imposto de importação, a alíquota para centros de usinagem passou de 14% para 25%.
De acordo com a Abimaq, em nenhum dos pleitos feitos por ela existe apenas um fabricante instalado no país. No caso dos tornos convencionais, Klaus Curt Müller, diretor de comércio exterior da associação, cita a Ergomat, outra tradicional fabricante.
A empresa é um caso emblemático da queda de um fabricante nacional para os importados. Atualmente, a companhia representa quatro produtores estrangeiros, além de vender seus produtos, sobre o rótulo Ergomat.
Müller diz que a complementação do catálogo de produtos com importados virou prática do mercado e por isso é tão importante o pleito da associação para elevar as alíquotas do imposto de importação.
"A pior situação é quando uma indústria se torna uma distribuidora. Se uma empresa importa, fica evidente a falta de condição da companhia em atender seus clientes", diz. 
Questionada, a Camex afirma que nem todos os pleitos industriais precisam ser atendidos. Uma série de quesitos precisa ser contemplada para que o órgão decida elevar a alíquota do imposto e essa lista pode conter menos de cem itens.
"Os critérios utilizados para essa análise são os seguintes: respeito às normas da OMC; o impacto da elevação tarifária nos preços; o aumento de importações; a capacidade produtiva; nível de utilização da capacidade instalada; a análise das cadeias produtivas; e a compatibilidade com as diretrizes do Plano Brasil Maior e outras políticas públicas prioritárias", explica a Camex.
Dentre os critérios citados, a Abimaq afirma que há 50% de capacidade instalada ociosa. Os seis tipos de máquinas ou equipamentos questionados pela Abimei tiveram um crescimento médio das importações, entre 2009 e 2012, de 40% ao ano. O item "Partes de Motores Elétricos" registrou uma alta anual de 96% no período. Curiosamente, dos seis artigos, este foi o único que não foi pleiteado pela Abimei, mas apenas pela WEG.

Alo! Voce vai para a Copa? Um video semi-demagogico para uma realidade incontornavel...

O video que recebi tem seus méritos, entre eles o de não esconder os problemas naquele ar de propaganda otimista com que somos confrontados a cada discurso oficial.
Ele tem partes ingênuas, ou até mesmo desinformadas, ou demagógicas.
Mas, os pontos que ele toca são reais: falta de segurança, falta de educação, falta de saude, destruição ambiental, desrespeito aos direitos humanos nas cadeias e delegacias, enfim, uma infinidade de problemas que parece passar longe das preocupações de políticos e dirigentes, apenas interessados em faturar politicamente com os grandes eventos desportivos que foram atraídos para o Brasil por razões puramente eleitoreiras, quando não corruptoras.
Em resumo: a Copa, e as Olimpíadas serão feitas, custando provavelmente o triplo, o quádruplo, talvez até mais, do que os valores inicialmente anunciados. Os problemas também vão continuar.
Não creio que a solução seja sabotar os eventos, como parece sugerir esse vídeo, mas cabe conscientizar a população para os trade-offs, todos eles negativos, que estão sendo feitos com esses megaeventos.
Vamos gastar um dinheiro que não existe -- ou se existe deveria ser gastos em projetos bem mais prioritários -- e depois vamos ficar com vários elefantes brancos que vão continuar pesando nos orçamentos por nada, para nada, apenas para o prestígio inútil de tantos políticos demagogos.
Parece que as manifestações correntes tocam nesse ponto, e as pessoas estão percebendo os erros monumentais que estão sendo cometidos por governantes incompetentes, equivocados, ingênuos ou despreparados, quando não comprometidos com o imenso balcão de negócios em que parece ter se convertido a política brasileira atualmente.
Com todas essas minhas ressalvas, coloco aqui o link para esse vídeo. Não é o meu preferido, volto a dizer, e mantenho várias restrições a ele, mas acredito que toca nos problemas reais do Brasil atual...
Paulo Roberto de Almeida

https://www.facebook.com/photo.php?v=282057565272808

Terror Economico no Brasil: o grande terrorista e'... o proprio Terrorista Grande

Quem, no Brasil, tem poder para determinar as principais variáveis do jogo econômico?
Quem determina juros, aplica tarifas, corrige tabelas, concede subsídios, dá isenções, atende demandas de proteção, subvenciona movimentos ditos sociais?
Quem impede brasileiros de legitimamente se abastecer no exterior, cobra impostos e contribuições abusivos sobre todos os bens e serviços comercializáveis, quem promete segurança, saúde, educação, transportes e uma infinidade de outras coisas e não cumpre?
Quem diz que toda essa carga fiscal é para melhor atender à população?
Quem tenta nos enganar dizendo num dia que não permitirá a volta da inflação e no outro dia introduz uma medida demagógica e eleitoreira de subsidiar eletrodomésticos para os já contemplados dos subsídios da casa própria, aumentando a dívida pública em dezenas de bilhões de reais?
Quem abusa da nossa paciência mentindo deliberadamente nos meios de comunicação e fazendo propaganda enganosa o tempo todo?
Quem nos trata como bebês irresponsáveis e pretende ser a babá incontornável em todos os aspectos da vida privada?
Que alimenta esse fascismo corporativo que inferniza a nossa vida com agências governamentais que pretendem decidir por nós o que é melhor para nós mesmos?
Sim, você já descobriu: é ele mesmo, o ogro famélico que se alimenta de nossos recursos para tentar saciar sua fome inaudita. Por acaso ele também disponibiliza as informações que nos permitem confirmar que, se o Estado brasileiro foi, algum dia, um promotor do crescimento brasileiro, ele se tornou, atualmente, no mais formidável obstrutor do processo brasileiro de desenvolvimento.
Ele é o próprio terror econômico...
Paulo Roberto de Almeida

Onde está o terror econômico

Editorial O Estado de S.Paulo, 18 de junho de 2013
 
Continuam piorando as perspectivas da economia brasileira para este ano, segundo a pesquisa realizada semanalmente pelo Banco Central (BC) com cerca de cem instituições do mercado financeiro e do setor de consultoria. Os economistas aumentaram suas projeções de inflação, agora estimada em 5,83%, e reduziram as do crescimento econômico (2,49%), da produção da indústria (2,5%) e do saldo comercial (reduzido para pífios US$ 6,55 bilhões).
Elevaram para US$ 73,66 bilhões, ao mesmo tempo, a previsão do buraco na conta corrente do balanço de pagamentos. Basta ler esses números para identificar um dos focos do terrorismo econômico denunciado pela presidente Dilma Rousseff. Um dos principais aliados desse foco é naturalmente o BC, responsável pela divulgação de tanto pessimismo.
Outros focos devem estar nas entidades representativas da indústria, em organizações acadêmicas, como a Fundação Getúlio Vargas (FGV), e até no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), fontes de informações pouco animadoras sobre a evolução dos preços, a recuperação da atividade, o emprego industrial e a disposição dos empresários de se arriscar em novos investimentos.
Auxiliares próximos da presidente já identificaram uma crise de confiança. Evitam falar disso publicamente, mas já se esforçam para embelezar a imagem do governo. O BC elevou os juros básicos, intensificando e tornando mais sério o combate à inflação, e seu presidente, Alexandre Tombini, promete agir sem restrições para conter a alta de preços. Não basta, no entanto, restabelecer a confiança na política monetária, quando o lado fiscal permanece uma barafunda.
O ministro da Fazenda promete alcançar a meta de superávit primário equivalente a 3,1% do PIB, enquanto o secretário do Tesouro desqualifica esse objetivo e o condiciona a uma estratégia de gastos anticíclicos. Mesmo a promessa do ministro pouco significa em termos de austeridade.
O governo ainda se mostra disposto a abater investimentos e desonerações da meta fiscal e anuncia, além disso, a intenção de incluir na conta receitas de concessões e os bônus do leilão de blocos do pré-sal. Usará, portanto, receitas eventuais para ajeitar uma contabilidade formada, em um dos lados, por despesas permanentes cada vez maiores.
Em 30 dias investidores de fora tiraram da Bovespa R$ 8 bilhões, reduzindo a R$ 3,4 bilhões o saldo de aplicações estrangeiras. A fuga de capitais tem afetado muitas economias emergentes e é motivada, na maior parte dos casos, pela perspectiva de uma política monetária menos folgada nos Estados Unidos e, portanto, de mudanças no mercado financeiro internacional.
Mas fatores internos também minam a confiança no Brasil e isso é reconhecido sem dificuldade entre especialistas. A Standard & Poor's já ameaçou rebaixar a classificação do Brasil. Há um sério risco de rebaixamento pelas agências de classificação até o começo de 2014, segundo informe do Banco Barclays divulgado em Nova York. O crescimento permanece baixo e a inflação continua alta, de acordo com o informe.
Mesmo no governo poucas pessoas parecem levar a sério a conversa sobre terrorismo econômico. O problema de credibilidade é reconhecido, mas a única mudança relevante, até agora, foi a da política monetária. Demonstrando mais preocupação com as eleições, a presidente Dilma Rousseff lançou mais um programa de estímulo ao consumo, o Minha Casa Melhor, apesar do comprovado fracasso dessa estratégia nos últimos dois anos e meio.
Os problemas de produção e de oferta, amplamente reconhecidos por especialistas como os mais importantes, continuam sendo atacados com ações desarticuladas, claramente improvisadas e de alcance limitado.
Além disso, o ativismo do governo - de fato, hiperativismo -, apontado como um dos fatores de desconforto e desconfiança do empresariado, tanto nacional quanto estrangeiro, será mantido, como deixou claro a ministra chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann. Eis aí uma promessa aterrorizante.
 

Alemanha, 1948: o inicio da recuperacao economica - Ludwig Erhard


How the Revival of Postwar Germany Began


DESCRIPTION
Bruce Bartlett held senior policy roles in the Reagan and George H.W. Bush administrations and served on the staffs of Representatives Jack Kemp and Ron Paul. He is the author of “The Benefit and the Burden: Tax Reform – Why We Need It and What It Will Take.”
Sixty-five years ago this week, in June 1948, a remarkable economic transformation took place in Germany. Almost overnight, the economy went from stagnation to revival. Most of the credit goes to the German economist Ludwig Erhard.
Ludwig Erhard in 1963.
ReutersLudwig Erhard in 1963.
TODAY’S ECONOMIST
Perspectives from expert contributors.
In 1948, the German economy was a basket case, not merely because of the damage from war but because economic policy was thoroughly confused. Some in the West, including the United States Treasury secretary, Henry Morgenthau, thought Germany’s industrial capacity should becompletely dismantled to prevent it from ever again becoming a military threat.
This was a minority point of view, however. The rising Soviet threat overwhelmed any desire for vengeance against Germany and required that it be built up as quickly as possible. The big problem was that Germany was divided into four occupation zones after the war, one each controlled by Britain, France, the Soviet Union and the United States.
Action required agreement among the four powers, which was difficult not only because of Soviet intransigence. In 1945, Prime Minister Winston Churchill of Britain’s Conservative Party had lost his position to Clement Attlee of the Labor Party, who quickly moved to nationalize industry in Britain and adopt other socialist policies. Some new British leaders wanted their socialist ideas implemented in Germany as well.
Thus there were political, ideological and diplomatic divisions among the allies that prevented action in Germany, with economic policy remaining on automatic pilot. Ironically, this led to the continuation of Nazi economic controls, because there was no agreement on what should replace them.
In 1947, the United States and Britain decided to unify the administration of their occupation zones into an area called Bizonia. Mr. Erhard, a respected German business economist from Bavaria, was named economic minister.
In 1948, Britain, France and the United States agreed to end their occupation and establish an independent German state with or without inclusion of the Soviet zone. The handover of power was set to begin on June 15, thus setting up a confrontation with the Soviets.
As soon as German economic autonomy was restored, Mr. Erhard wanted to institute sweeping economic reforms, especially currency reform. Because of inflation, the Germany currency was virtually worthless and the economy largely functioned on barter, which was extremely inefficient and severely hindered the growth of industry.
Introduction of a new German mark was set for June 20, 1948. As word of the currency reform leaked out, stores closed until the effects of the new currency could be determined. Simultaneously, the Soviets cut off supplies for Berlin, which was deep in their zone of occupation but administered jointly by the four powers. The Western powers responded by airlifting supplies to the city, the beginning of the famous Berlin Airlift, one of the most dramatic events in postwar history.
A key part of Mr. Erhard’s plan was the elimination of price controls, which was essential for the currency reform to be effective. He needed permission from the allies to change any of the price controls, but Mr. Erhard concluded that he did not need their consent to simply abolish them. As he wrote in his 1958 book “Prosperity Through Competition”:
It was strictly laid down by the British and American control authorities that permission had to be obtained before any definite price changes could be made. The Allies never seemed to have thought it possible that someone could have the idea, not to alter price controls, but simply to remove them.
Gen. Lucius D. Clay, the United States commander in Germany, was well aware of what Mr. Erhard was up to and could have stopped him. But General Clay’s personal economic adviser, the American businessman Joseph Dodge, urged him not to and the general wisely followed his advice, turning a blind eye to Mr. Erhard’s actions. (Mr. Dodge, an extraordinarily important but virtually unknown figure in postwar economic policy, also played a key role inadvising Gen. Douglas MacArthur, the United States commander in Japan, on reforming its economy as well.)
Mr. Erhard instituted many other reforms as well, including a 33 percent cut in income taxes. On June 26, the French, British and American authorities ratified Mr. Erhard’s actions. This led the Soviets to tighten the isolation of Berlin, creating a severe political and economic crisis. The allied airlift quickly ratcheted up. By July 4, 362 American and British planes brought 3,000 tons of food into the city in a single day, an amazing accomplishment given the limited landing and takeoff facilities in Berlin.
By August, the Communists were organizing demonstrations against Mr. Erhard and his reforms, but General Clay stood behind him. Fortunately, tangible signs of economic recovery were becoming evident. Rationing was ended completely in September. In October, a bumper crop of potatoes was cheered, with production up 60 percent over 1947.
By November, it was clearly apparent that the western zone of Germany was taking off, economically, leaving the eastern zone, still under Soviet control, behind. According to an article in The New York Times, industrial production was “far better than even the most optimistic economic planners envisaged when currency reform went into effect.”
The strong economic growth in the west was a major factor leading the Soviet Union to call off its blockade of Berlin on May 12, 1949, and the airlift ended.
A year after the Erhard reforms, they were generally viewed as an unqualified success. C.L. Sulzberger of The New York Times interviewed Mr. Erhard in July 1949 and he pointed with pride to the fact that the quality of German goods was rising, prices were falling and the standard of living was improving. On July 20, Mr. Sulzberger wrote, “Germany is coming back.”
The West German economy continued to expand, aided by the Marshall Plan, and Mr. Erhard remained as the nation’s economics minister until 1963, when he became West Germany’s second chancellor. He died in 1977.

O crescimento das relações internacionais do Brasil - livro do IBRI, disponível na Funag

Acabo de descobrir que um livro do qual participei encontra-se inteiramente disponível no site da Funag, para download, neste link:

http://www.funag.gov.br/biblioteca/dmdocuments/0265.pdf

O  crescimento  das  relações  internacionais  no Brasil
Obra comemorativa dos cinqüenta anos do Instituto Brasileiro de Relações Internacionais: 1954-2004
Organizadores:  José Flávio Sombra Saraiva e Amado Luís Cervo (Brasília: Instituto Brasileiro de Relações Internacionais, 2005, 308 p.; ISBN: 85-88270-15-3).

Paulo Roberto de Almeida: Finanças internacionais do Brasil: uma perspectiva de meio século (1954-2004)” (pp. 231-270)

Sumário:
Introdução - Amado Luiz Cervo       7
PARTE I – Conhecimento e ensino das relações internacionais no Brasil       15
1. A evolução da produção intelectual e dos estudos acadêmicos de relações internacionais no Brasil - Paulo G. F. Vizentini      17
2. O ensino de Relações Internacionais no Brasil - Antônio Carlos Moraes Lessa      33
PARTE II – Poder nacional e segurança      51
3. Entre a retórica e o realismo: o peso da política exterior do Brasil de Vargas a Lula (1954-2005) - José Flávio Sombra Saraiva        53
4. O lugar do Brasil na geopolítica global - Antônio Jorge Ramalho da Rocha      79
PARTE III - Brasileiros e o mundo: fluxos humanos, de idéias e de conhecimento        109
5. O Brasil nas migrações internacionais - Dinair Andrade da Silva     111
6. Turismo e indústria cultural no Brasil - Maria Thereza Negrão de Mello      145
7. O Brasil e a evolução da cooperação científica internacional - Isabel Canto      173
PARTE IV – O Brasil e as estruturas econômicas internacionais   195
8. Internacionalização da economia e dependência política: o caso brasileiro- Dércio Munhoz     197
9. Finanças internacionais do Brasil: uma perspectiva de meio século (1954-2004) - Paulo Roberto de Almeida     231
10. Da deterioração dos Termos de Intercâmbio à Consolidação do Modelo Substitutivo de Exportações: a política de comércio exterior brasileira de 1954 aos nossos dias - Heloisa C. Machado e Silva      271
Conclusão - José Flavio Sombra Saraiva        303

FIFA gosta mesmo de ditaduras...

Sem comentários...

Excesso de democracia afeta organização da Copa, diz Valcke

  • Fabrice Coffrini/AFP
    Secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, espera que seja mais fácil organizar a Copa na Rússia de Putin
    Secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, espera que seja mais fácil organizar a Copa na Rússia de Putin

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O secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, afirmou nesta quarta-feira durante um simpósio que é mais fácil organizar uma Copa do Mundo em países com menos democracia. Por isso, ele espera ter mais facilidade na Rússia, comandada pelo presidente Vladimir Putin, que organizará o Mundial em 2018.
"Vou dizer algo que é maluco, mas menos democracia às vezes é melhor para se organizar uma Copa do Mundo. Quando você tem um chefe de estado forte, que pode decidir, assim como Putin poderá ser em 2018, é mais fácil para nós organizadores do que um país como a Alemanha, onde você precisa negociar em diferentes níveis", declarou Valcke.
"A principal dificuldade que temos é quando entramos em um país onde a estrutura política é dividida, como no Brasil, em três níveis: federal, estadual e municipal. São pessoas diferentes, movimentos diferentes, interesses diferentes e é difícil organizar uma Copa nessas condições", completou o secretário-geral. 
O assunto foi estendido pelo presidente da Fifa, Joseph Blatter, que relembrou sua experiência na Argentina em 1978, quando os anfitriões foram campeões mundiais jogando em casa, durante o regime ditatorial do país. O dirigente disse ter ficado aliviado com o título argentino em meio à tensão política.
"A minha primeira Copa do Mundo com envolvimento direto foi a da Argentina, e eu diria que fiquei feliz com o título dos argentinos. Houve uma reconciliação do povo com o sistema político militar da época. Não sei o que poderia ter acontecido se eles tivessem perdido a final, e foi quase, porque os holandeses bateram na trave nos últimos minutos. O esporte e o mundo mudaram, e essa era a minha impressão na época", afirmou Blatter.
Não é a primeira vez que os cartolas da Fifa fazem declarações polêmicas sobre a Copa ou deixam implícitas críticas aos entraves burocráticos do Brasil para realizar o evento.
No ano passado, Valcke disse que o país deveria "levar um chute no traseiro" para acelerar a preparação do Mundial. A declaração causou uma forte reação no Brasil, levou a um atrito entre governo federal e Fifa e teve que se seguida de um pedido de desculpas do dirigente francês.
As críticas da Fifa ao processo de decisão de governos brasileiros também têm sido constantes. Há reclamação de que contratações e licitações são mais demoradas o que reduz o ritmo de obras. E também há protesto em relação ao trâmite de aprovação de legislação, como a lei geral da Copa que facilitou a vida dos patrocinadores e outros parceiros da Fifa.  
Valcke, por exemplo, também fez ironias com a grande quantidade de cidadãos que tinham direito a meia entrada. O Ministério do Esporte tinha incluído até beneficiários da bolsa família entre os beneficiados com bilhetes com preços menores.
A Fifa também tem um histórico de ligação com ditaduras, ou estados pouco democráticos, como é a Rússia. A Copa da Argentina é um exemplo, quando o então presidente da Fifa João Havelange foi acusado de ter ligações com o regime militar do país sul-americano.
Também são comuns fotos de Blatter com ditadores em que recebe honrarias. Um exemplo é uma foto famosa do presidente da Fifa, em 1999, ao lado do ex-presidente da Libéria Charles Taylor, que foi condenado pelo Tribunal de Haia por crimes de guerra e contra a humanidade. Na época, quando os crimes de Taylor já eram conhecidos, o cartola suíço recebeu uma placa de honra do então presidente da Libéria, cujo país posteriormente votou pela reeleição do dirigente na Fifa.
Blatter tentou descrever a Fifa como uma entidade conservadora, liberal e socialista ao mesmo tempo: "Somos conservadores, como os católicos, quando se trata de mudar as regras do jogo e os árbitros. Somos liberais quando nos relacionamos com o mercado. E somos Marx e Engels no que diz respeito à distribuição do dinheiro, com 70% de toda a receita distribuída entre as federações nacionais".

Relatorio anual da OMC 2013 - Brasil erratico, ao que parece...

Leiam o relatório da OMC para 2013: não muito otimista quanto ao futuro do comércio internacional:

http://www.wto.org/english/res_e/booksp_e/anrep_e/anrep13_e.pdf

Sempre se pode aprender alguma coisa...
Paulo Roberto de Almeida

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Livro Marxismo e Socialismo finalmente disponível - Paulo Roberto de Almeida

Meu mais recente livro – que não tem nada a ver com o governo atual ou com sua diplomacia esquizofrênica, já vou logo avisando – ficou final...