sábado, 26 de outubro de 2013

Os que espionam, os que sao espionados e os que nao sao,,,

Nova divisão geopolítica do mundo: os que podem, sabem e se dedicam à espionagem e bisbilhotice; os que estão na parte passiva, com perdão da má palavra; os que não tem importância suficiente para estar na segunda posição.
Paulo Roberto de Almeida

Cenas de mentira explicita: "FMI nao deixava o Brasil investir"

O que é difícil suportar, aceitar, ouvir, são esses flagrantes, esses momentos de mentiras deslavadas, sendo repetidas ad nauseam (e bota nausea nisso):

"A gente tinha de pedir autorização ao FMI [para investir]. Por isso foi tão bom a gente ter pagado a dívida com o FMI, que não supervisiona mais as nossas contas."

E o nosso jornalismo (já nem falo da oposição, que não existe) é tão medíocre que sequer consegue desmentir mentiras como essas, e outras, pelo guia genial dos povos, disseminadas da forma mais desavergonhada possível, que acabam passando por verdades, quando são fraudes monumentais.
Paulo Roberto de Almeida

Arabia Saudita: mulheres (ainda) proibidas de dirigir veiculos

Certos governos, e sociedades, não têm medo do ridículo:

Saudi Arabia Warns Online Backers of Women Drivers
Saudi officials stepped up warnings Friday over a planned protest that will see women get behind the wheel to challenge male-only driving rules, saying that even online support for the demonstration could be grounds for arrest.

Da serie "perguntas irrespondíveis": como foi que chegamos a este estado?

Realmente, eu não consigo saber como tudo isso foi possível:

http://www.youtube.com/watch?v=v6S1RPkHHp8

My God, diria alguém...

Governo finalmente consegue implodir a Lei de Responsabilidade Fiscal: licenca para gastar, e a bolha da divida

Inacreditável herança maldita que vem sendo criada dia a dia, e que deve pesar sobre a vida de TODOS os brasileiros, de agora em adelante, como diriam os hermanos. Todos seremos chamados a pagar esse crime econômico, mais um, que vem sendo cometido pelo Congresso com a conivência do governo.
Eles estão desmantelando um a um os tijolos da estabilidade fiscal e da responsabilidade emissionista, pois rasgam todos os dias suas promessas de estabilidade e aderência aos novos padrões de governança.
Ainda vamos sentir saudades dos tempos de hiperinflação...
Paulo Roberto de Almeida

Licença para emitir moeda

25 de outubro de 2013
Editorial O Estado de S.Paulo
Numa operação abençoada pela presidente Dilma Rousseff, em que o interesse nacional sucumbiu às conveniências políticas do PT e de governadores e prefeitos de todos os partidos, a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) sofreu um golpe decerto sem precedentes em seus 13 anos de existência - ao longo dos quais foi arrimo indispensável para a estabilidade macroeconômica e a credibilidade do País perante governos estrangeiros e instituições financeiras internacionais. Sem a LRF, isto é, sem a fixação de limites rigorosos para o endividamento público no âmbito da Federação, os fundamentos que a presidente diz endossar teriam de há muito se esfarinhado.
Nada disso foi levado em consideração pela Câmara dos Deputados ao aprovar, na quarta-feira, projeto de lei complementar de autoria do líder peemedebista na Casa, Eduardo Cunha, do Rio de Janeiro, que muda o indexador das dívidas estaduais e municipais com a União. A versão final da proposta, acertada com o Planalto, abre caminho para que 180 prefeituras, a começar de São Paulo, nas mãos do petista Fernando Haddad, possam tomar empréstimos em valores superiores a que estariam autorizadas no sistema anterior. "Nunca se aprovou um texto com tanta unidade com prefeitos e governadores", exultou o líder petista José Guimarães, do Ceará. Ele poderia ter dito também que nunca se fez tanto de uma só tacada para alavancar a votação de Dilma na capital paulista no próximo ano e a reeleição de Haddad em 2016 - graças ao aumento da gastança no Município.
Desde o final dos anos 1990, quando o então governo Fernando Henrique assumiu os débitos dos entes federativos, acertou o seu pagamento escalonado e limitou futuros empréstimos, ficou estabelecido que seriam corrigidos pelo IGP-DI, com juros entre 6% e 9% conforme a natureza dos contratos. Doravante, se o Senado endossar a decisão risonha e franca da Câmara, o indexador será ou o IPCA, mais 4% de juros, ou a taxa Selic - o que for menor. A Selic, que está em 9,5% ao ano, é o que o governo federal paga por seus empréstimos. A mudança, ainda por cima, é retroativa, abrangendo o estoque das dívidas. Sempre que o novo esquema se revelar mais vantajoso para os tomadores, o saldo devedor será reduzido, como se os contratos originais já contivessem a fórmula agora instituída.
Graças à canelada na LRF, a Prefeitura paulistana - cujas dívidas equivalem a cerca de 70% daquelas assumidas pelo conjunto dos municípios favorecidos - terá a pagar à União R$ 30 bilhões, em vez dos R$ 54 bilhões contratados. Com isso recupera o poder de assinar novos papagaios, estimados em R$ 4 bilhões, pois ficará dentro do limite de 120% da arrecadação anual exigido pela lei para conter o estouro dos empréstimos literalmente impagáveis. Computando o que teria a haver de todos os Estados e municípios - R$ 468 bilhões -, caso as regras do jogo não tivessem sido profundamente alteradas e com efeito retroativo, o Planalto terá de disfarçar o espanto quando descobrir na ponta do lápis quanto custará ao Tesouro a bondade eleitoreira da presidente.
Desdenhando da inteligência alheia, os promotores da festança alegam, sem corar, que a Lei de Responsabilidade Fiscal permanece ilesa, porque o que ela proíbe - a renegociação das dívidas dos entes federados com a União - proibido continua. Uma breve visita ao artigo 35 do documento expõe a mentira na sua inteireza. O que ali se lê não dá margem a dúvidas ou interpretações conflitantes: "É vedada a realização de operação de crédito entre um ente da Federação, diretamente ou por intermédio de fundo, autarquia, fundação ou empresa estatal dependente, e outro, inclusive suas entidades da administração indireta, ainda que sob a forma de novação, refinanciamento ou postergação de dívida contraída anteriormente". Foi o que os deputados fizeram.
Se o Senado também fizer a vontade de 264 deles, ante 111 que devem ter achado que assim é demais, o liberou geral se generalizará de vez com a inclusão, no texto, de dívidas contratadas conforme outros indexadores. Mas o que foi aprovado já equivale a uma licença para Estados e municípios emitirem moeda. É o que se chama de esbórnia.

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

O Forum de Davos no pais das sauvas freireanas - Brasil fica na rabeira em educacao

Este editorial do Estadão já é um pouco antigo, do começo do mês, e eu estava aguardando abrir um espaço na agenda para poder tecer algumas considerações a respeito. Mas fui atropelado, literalmente, por tarefas muito mais urgentes, como diria um campeão da fala gestual e oral, e não pude fazer. Melhor, portanto, postar e deixar os comentários mais elaborados para outra ocasião. Ou então insistir no que tenho dito.
O Brasil não aparece tão mal nesta foto relativa ao nosso sistema educacional calamitoso apenas porque é um país que acumulou atrasos seculares, e vem muito de longo, muito de baixo.
Não, de forma alguma.
O Brasil já tinha conseguido construir uma escola pública de qualidade, entre os anos 1940 e 1960, que depois começou a cair de qualidade lentamente, com a expansão do recrutamento (a democratização do ensino, que antes só "recolhia" classe média urbana, e deixava miseráveis urbanos e todos os pobres rurais de fora) e com a concentração de recursos, pelos militares, nos ciclos superiores e na pós-graduação. Foi um erro, correto, mas não com más intenções.
Mas o fato é que, depois de se ter completado a expansão qualitativa -- enrollment tax -- sob FHC, a qualidade do ensino, que não não era grande coisa, pois as saúvas freireanas já dominavam as metodologias e conteúdos pedagógicos desde os anos 1960 pelo menos, sob o reinado do nunca antes, no proto-totalitarismo dos companheiros, a qualidade despencou de vez, pois ao lado das saúvas entraram novos bárbaros, com a deformação completa dos padrões de ensino: tome estudos afrobrasileiros para cá, portunhol para lá, oportunidades para os marxistas desempregados sob a forma de sociologia e filosofia no ciclo médio, enfim, um festival de horrores que só fez afundar ainda mais rapidamente a educação do Brasil.
Ele não está atrasada; ela está retrocedendo, piorando, ficando um rebotalho de metodologias ultrapassadas e de conteúdo idiota dia a dia, o que significa que ainda não chegamos no fundo do poço, ainda vamos recuar muito mais, até onde a vista alcança e não alcança, pois os companheiros mesmo derrotados politicamente no plano federal, estão deixando todas as suas saúvas para comprometer o futuro da educação por pelo menos uma geração inteira. Vamos ter de recuar muito, até as pessoas perceberem que estamos fazendo, continuamos a fazer, coisas erradas o tempo todo, e insistimos no erro.
Os debilóides que dirigem a educação brasileira vão deixar uma terra arrasada...
Paulo Roberto de Almeida

Nosso calcanhar de aquiles

Editorial O Estado de S.Paulo, 07 de outubro de 2013
Um novo estudo do Fórum Econômico Mundial mostra que o estado lastimável da educação talvez seja o mais grave entre todos os entraves ao pleno desenvolvimento profissional e pessoal dos brasileiros.
O Fórum mediu pela primeira vez o chamado "capital humano" de 122 países. A expressão resume a capacidade, os talentos e o conhecimento dos trabalhadores para gerar valor.
Para essa mensuração, os pesquisadores criaram o Índice de Capital Humano, baseado em quatro pilares: saúde e bem-estar, que indica a situação física e mental da população, desde a infância até a idade adulta; educação, que avalia a qualidade do ensino em todos os níveis e diz respeito não apenas aos trabalhadores de hoje, mas aos do futuro; força e mercado de trabalho, que quantifica o preparo intelectual e o nível de treinamento da população em idade de trabalhar; e, por último, a existência de infraestrutura e de parâmetros legais para que os três pilares anteriores não apenas se desenvolvam, mas também que sejam bem explorados.
No ranking criado a partir dessas informações, o Brasil aparece em 57.º lugar entre os 122 países - a Suíça lidera, e há 8 europeus entre os dez primeiros. Embora não seja motivo de festa, a colocação brasileira tampouco deve ser vista como desastrosa, para um país com a vasta quantidade de problemas que o Brasil tem. Há Brics em pior situação, como a Índia (78.º) e a África do Sul (86.º), mas, na América Latina, o Chile (36.º) e o Uruguai (48.º) estão à nossa frente.
No desdobramento do índice, observa-se que o Brasil está em posição razoável no quesito saúde e bem-estar da população - aparece em 49.º lugar, bem próximo dos Estados Unidos (43.º). No que diz respeito ao emprego, o Brasil está em 45.º.
Quando o tema é educação, no entanto, o Brasil despenca para a 88.ª colocação. Entre os latino-americanos, perde até mesmo da Venezuela (75.º) e da Bolívia (86.º), países que, no ranking geral, aparecem entre os últimos - os venezuelanos em 101.º e os bolivianos em 99.º.
Tal resultado desastroso não surpreende. A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2012 mostrou que o analfabetismo no Brasil voltou a crescer, após apresentar constante queda desde 1998. Segundo o IBGE, ainda há 27,8 milhões de brasileiros acima de 15 anos de idade, ou 18,3% do total, que têm menos de quatro anos de estudo. Além disso, 11,9% da população com mais de 25 anos tem menos de um ano de estudo ou nenhuma instrução.
Esse quadro atesta o fracasso da educação brasileira ante o desafio de preparar o País para os tempos ultracompetitivos que se avizinham. Essa vergonhosa situação não passou despercebida pelos pesquisadores do Fórum Econômico Mundial.
Ao abordar esse pilar, o estudo sobre capital humano mostra o Brasil em 105.º lugar quando se mede a qualidade de todo o sistema educacional. A colocação é igualmente constrangedora no que diz respeito à qualidade das escolas primárias (109.º) e do ensino de matemática e ciências (112.º).
Desse modo, mesmo que o Brasil esteja razoavelmente bem colocado quando a pesquisa do Fórum mede a força de trabalho e o emprego, constata-se grande dificuldade de encontrar trabalhadores qualificados - nesse item, o País aparece apenas em 101.º lugar.
Trata-se de um problema que o Brasil deve resolver o quanto antes, pois "a chave para o futuro de qualquer país está no talento, na capacidade e nas habilidades de sua população", conforme escreveu Klaus Schwab, presidente executivo do Fórum, na introdução da pesquisa.
Investir em capital humano, diz Schwab, não é um luxo. "Pode ser mais determinante para o sucesso econômico no longo prazo do que virtualmente qualquer outro recurso", afirma o estudo, que salienta o fato de que o mundo está entrando numa era de escassez de talentos.
Observando-se sob esse aspecto, fica ainda mais claro o tamanho do problema que o Brasil tem a resolver, principalmente na área da educação, antes de considerar-se realmente apto a encarar a cada vez mais acirrada competição internacional.

Da serie: eu so queria entender (nao, nao precisa explicar...)


“Se nós apostamos num país que nós queremos ver como uma nação desenvolvida, e não só como um país que a economia cresce e se desenvolve, mas um país em que também cresce junto com a sua economia a sociedade, e cresce, sobretudo, a nação”.

Juro que eu continuo querendo entender, mas minha interação com lógica formal, desde os bancos escolares, foi muito precária, assim que eu tenho dificuldades em entender certas coisas: quem deve crescer: a nação, a economia, o país? Please, explain...

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