domingo, 16 de outubro de 2016

Meus "metodos" de leitura (tenho algum?) - Paulo Roberto de Almeida

Meus "métodos" de leitura...

Paulo Roberto de Almeida 

Não tenho propriamente “um” método de leitura, ou melhor tenho vários, flexíveis, adaptáveis às circunstâncias de tempo e lugar, de conforto e luminosidade, de pressa ou urgência, e, last but not the least, em função da natureza e da “grossura” (isto é, do volume) do livro.

Nos tempos da brilhantina, isto é, na era pré-computador, eu mantinha vários cadernos de leitura, geralmente quadriculados (são os que apresentam maior densidade de escritura por centímetro quadrado), nos quais eu ia anotando minhas leituras, fazendo transcrições de trechos das obras, agregando meus comentários críticos, enfim, guardando resumos para utilização futura. Eu tinha um caderno para cada área de conhecimento: sociologia, antropologia, história, problemas brasileiros (vários cadernos), marxismo, filosofia etc. Tomava o cuidado de encapá-los e até de fazer um índice. Eles me foram de uma preciosa ajuda quando da elaboração da tese de doutoramento.

Mas esse método é útil quando se tem a sorte de ser estudante em tempo integral, quando se pode passar dias e dias em bibliotecas agradáveis, percorrendo estantes, ou quando se está no recesso do lar, sem maiores obrigações do que as propriamente acadêmicas. Na vida profissional, a disponibilidade para leituras cuidadosamente anotadas se torna mais rara. Por isso, fui também adquirindo o hábito de fazer breves anotações em cadernetas pequenas, geralmente uma referência ou outra para registro rápido e lembrança futura, esperando que a oportunidade para a "grande leitura anotada" possa vir algum dia (que ilusão!).

Na era do computador, passei obviamente a fazer os registros diretamente em arquivos de texto, organizando as minhas leituras e anotações em pastas eletrônicas, divididas por assuntos (dezenas deles), numa grande pasta chamada de “Working”. Tenho centenas, provavelmente milhares de “working files”, esperando nova consulta no computador. De toda forma, quando preciso de algo, basta fazer um “search” no meu computador – agora no sistema “Spotlight” da Apple – e encontro coisas fantásticas, que nem eu mesmo suspeitava existir e das quais não me lembrava mais.

Não preciso dizer que estou lendo o tempo todo, de manhã, de tarde, no almoço, na janta, de noite, de madrugada e nos intervalos também, às vezes até dirigindo o carro (o que sinceramente não recomendo a ninguém). Só não leio durante a ducha porque ainda não inventaram livros impermeáveis, mas os “audio-books” podem ser uma solução a isto (mas ainda não encontrei Max Weber ou Adam Smith em audio).

Agora que desisti de fazer grandes leituras anotadas, leio rápido, muito rápido mesmo, pois minha grande familiaridade com os livros me habilitou a ler aquilo que é relevante em cada livro, de maneira a “liquidar” com um volume em muito pouco tempo, e nele selecionar aquilo que interessa de fato na obra, para apresentação a outros.

Sim, devo dizer que sempre estou lendo com o propósito de fazer alguma resenha, o que é uma maneira prática de ir realmente ao essencial do livro, e de me obrigar a acompanhar o que se publica de mais importante em minhas áreas de interesse.

Voilà, o que escrevi acima pode não ser uma exposição metodológica muito adequada para outros candidatos a leituras intensas, mas representa o meu método anárquico de leitura e de registro do conteúdo dos livros. Espero que seja útil...

Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 18 dezembro 2005

Pensando no pior: do que eu tenho escapado? Parece incrivel, mas a idiotice sobrevive...

Eu recebo muitos convites (que não posso aceitar todos) para falar para estudantes, geralmente universitários (mas não recusaria tampouco para outras categorias, dos diversos ciclos, do pré-primário ao pós-doc).
Habitualmente, se trata de questões de relações internacionais, política externa brasileira, mas também de políticas econômicas ou problemas atuais do Brasil.
Tenho tido sorte: os convites costumam vir de pessoas sensatas, grupos ou movimentos já identificados com certo universo conceitual, ou filosófico, que se aproximam daquilo que eu mesmo penso sobre os diferentes problemas que me requerem discutir.
Mas não considero isso uma vantagem, ao contrário. Não ser contestado em meus argumentos representa, de certa forma, algo como chover no molhado, falar para os já convertidos, para os like-minded guys, pessoas (estudantes, professores, curiosos) que geralmente partilham das mesmas convicções e tendem a concordar comigo (até aplaudir, o que me constrange, pois preferiria debate, contestação, contrarianismo).
Pois é, recebendo boletins diários de gregos e goianos, das mais diversas fontes, do bom, do mau e do feio, posso fazer uma ideia do que anda pela cabeça desses goianos (sem preconceito aqui, apenas para não falar mal dos troianos, dos persas, sei lá).
Agora imaginem se eu tivesse de debater com pessoas que leem estas coisas, que concordam com estas coisas, que acreditam nestas coisas?
Será que o debate político e econômico no Brasil continua subdesenvolvido?

Apenas uma pequena seleção do que estava no boletim que recebi hoje (16/10/2016) de uma dessas fontes muito usadas por professores e alunos em nossas academias, e que tem orgulho de se colocar num espaço etéreo chamado "pós-capitalismo" (onde está, quem já viu?, como posso chegar lá?):

O Ocidente declina, mas os EUA conservam o poder militar decisivo. A crise do capitalismo arrasta-se, espalha insegurança, corroi a democracia. Onde encontrar a esperança? Por Ignacio Ramonet

Surreal: ao divulgar a lista dos estabelecimentos com melhores notas no exame, ministério não tabulou 275 Institutos Federais de excelência. "Equívoco"? Ou interesse em valorizar ensino privado? Por Helena Borges

Venezuela:há saída à esquerda?
Há quem pense que o problema não é rebeldia demais -- mas de menos


Tem mais, muito mais. O que está acima é apenas de um boletim. Todos os dias me chegam maravilhas desse tipo.
O que eu faria com gente assim? Como conseguiria discutir com trues believers?
Desafio...
Paulo Roberto de Almeida

Marcos Lisboa discute os problemas econômicos correntes, no Brasil e no mundo


Seminário PEC 241 e a dimensão fiscal da crise
Publicado em 28 de set de 2016
Marcos Lisboa. 23/09/2016

Parte 1 (de 8):
 22.678 visualizações (até 16/10/2016)

Parte 2 (de 8): 
https://www.youtube.com/watch?v=zRSMu7Adfj4&list=PLSp7l06tKgYBNNVIOgu4nxfs64t-K4yn9&index=2

Parte 3 (de 8), aqui com uma contraposição por parte de Laura Carvalho: 

https://www.youtube.com/watch?v=_TKdx6vgO9g&list=PLSp7l06tKgYBNNVIOgu4nxfs64t-K4yn9&index=3

etc....

Nos videos 6 e 9, o economista Marcos Lisboa desmantela os argumentos canhestros da economista Laura Carvalho, uma típica representante do desenvolvimentismo primário, maniqueista, falsamente progressista, e notoriamente pobre em fundamentos empíricos de suas opiniões impressionistas. Dá até dó da moça. E isso é uma professora da prestigiosa FEA-USP, que já tem uma outra do gênero, ou pior, marxista primária, que é a Leda Paulani. Pobres alunos...
Paulo Roberto de Almeida 


O que economistas historiadores, ou historiadores econômicos, discutem em seus congressos? Grandes temas de 2008 a 2017

A list of main subjects at each History of Economy Societies Sessions at academic meetings from 2008 to 2017:

2017
Friedman, Chile, and the Chicago Boys
Game Theory’s Booming Decade, 1977-1987. A Historical Account
The Political Economy of Development Economics - A Historical Perspective
The History of Psychology in Economics: The Cases For and Against Psychology

2016
Becoming Applied: The Transformation of Economics after 1970
Ruling the Market: Neoliberal Reasoning in Germany and Beyond
200 Years of Women Economists
Public Choice: Origins and Perspectives

2015
Keynes and Keynesian Economics in Light of the Financial Crisis
Histories of Behavioral Economics
Shakespeare and Economics
History of Discrimination in Economics


Market Failure in Context
Experiments in Economics: Historical and Methodological Perspectives
Financial Crises and Their Resolution in the History of Economic Thought
New Perspectives on Malthus: What Was He Really Saying about Population Growth and Human Societies?

2013
Real Business Cycle after three decades: Past, Present and Future
Keynes and the International Monetary System: The Centennial of Keynes (1913) Indian Currency and Finance
Writing MIT's History
Looking for Best Practices in Economic Journalism: Past and Present

2012
David Hume on Normative Economics
The History of Financial Economics: A Session in Memory of Peter Bernstein
Reflecting on Twenty-Five Years of the Economic Science Association
Chicago and Democracy

2011
The Histories of Scientific Observation in Economics
Rational Expectations, Retrospect and Prospect: On the 50th Anniversary of John Muth's "Rational Expectations and the Theory of Price Movements"
Irving Fisher and Modern Economics: 100 Years After The Purchasing Power of Money
Selling Economics to the Foundations

2010
The Integration of Micro and Macroeconomics From a Historical Perspective Complexity in the History of Economic Thought
100 years of Walras's Death
Financial Crises and the History of Economic Thought

2009
The Role of Oral History in the Study of Economics
Theory of Moral Sentiments After 250 Years
The Real Debate of the 1950's: Marshallian versus General Equilibrium Approaches
Growth Theory in Historical Perspective

2008
What Was/Is Financial Economics?
Keeping the Faith: The Continuing Engagement of Economics with Religion
Thorstein Veblen at 150: Rethinking a Survivor
Rawls and the Economists

Lula: o patife que construiu a maior crise no Brasil e na Venezuela - Leonardo Coutinho (Veja)

A miséria atual da Venezuela, a crise monumental de que padece o país caribenho, a ditadura ali instalada, todos os seus males, são sem dúvida alguma imputáveis a Hugo Chávez.
Mas o caudilho fascista não teria chegado tão longe se não fosse pelo enorme apoio que recebeu de um outro bandido político, o mafioso que deve ir para a cadeia dentro em breve, na chamada República de Curitiba.
O maior patife político da história do Brasil também envergonhou a diplomacia brasileira ao apoiar as mais execráveis ditaduras do continente e em todas as partes.
Paulo Roberto de Almeida 

Documento mostra como Lula atuou na reeleição de Hugo Chávez

Papéis sigilosos da Embaixada da Venezuela em Brasília dão detalhes de como o ex-presidente brasileiro fez lobby em favor de João Santana

“Eu durmo tranquilo porque sei que Chávez está ali (na presidência), mas também, às vezes, perco o sono pensando que Chávez poderia perder as eleições de dezembro de 2012”, foi assim que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva manifestou sua preocupação com o desfecho das eleições na Venezuela, conforme relatou o então embaixador da Venezuela no Brasil Maximilien Arveláiz em um e-mail enviado para Caracas. O texto faz parte de um conjunto de documentos da diplomacia venezuelana ao qual VEJA teve acesso.

A conversa relatada por Arveláiz ocorreu na manhã do dia 24 de fevereiro de 2011, em um hotel de São Paulo. Lula havia deixado a presidência menos de dois meses antes. Segundo registrou o diplomata venezuelano, para Lula “uma derrota de Chávez em 2012 seria igual ou pior que a queda do muro do Berlim”. A revelação que sugere que o petista se ressentia do evento que marcou a derrocada do comunismo.

Como estratégia para tentar fortalecer Chávez na disputa eleitoral, Lula planejou a criação de um comando de campanha sediado no Brasil que ele coordenaria pessoalmente ao lado de José Dirceu. Além disso, Lula definia como “fundamental” a entrada da Venezuela no Mercosul. “Se conseguirmos o ingresso seria uma grande vitória política”, anotou Arveláiz.

O diplomata afirma que, além do lobby pelo ingresso no Mercosul, Lula avisou que enviaria João Santana (equivocadamente grafado nos documentos como Joel Santana) para coordenar a campanha presidencial de Chávez.

arte-venezuela

Trechos de telegrama diplomático redigido pelo então embaixador da Venezuela no Brasil Maximilien Arveláiz, em 2011. Lula plantou o marqueteiro João Santana (grafado como Joel no documento) na campanha chavista (Arte VEJA/Documento mostra como Lula atuou na reeleição de Hugo Chávez)

Em maio de 2011, Arveláiz enviou ao então chanceler Nicolás Maduro um telegrama que voltava a tratar das questões eleitorais registradas pela diplomacia venezuelana quatro meses antes. Ele ressaltava que Lula desembarcaria em Caracas para um evento patrocinado pela Odebrecht que seria aproveitado pelo brasileiro para uma reunião privada para tratar da eleição.

Deu certo. Em 2012, João Santana comandou a vitória de Chávez, que não chegou a tomar posse por causa de um câncer terminal. No ano seguinte, o marqueteiro fez a campanha de Nicolás Maduro, o atual presidente da Venezuela.

Relatório produzido pelo embaixador Arveláiz sobre encontro com o ex-presidente Lula

Relatório produzido pelo embaixador Arveláiz sobre encontro com o ex-presidente Lula (Arte VEJA/Documento mostra como Lula atuou na reeleição de Hugo Chávez)

O lobby internacional de Lula em favor de empreiteiras envolvidas no escândalo da Lava-Jato já é alvo de investigações das autoridades brasileiras. O que os documentos venezuelanos sugerem é que o ex-presidente fez muito mais que simplesmente indicar João Santana para a campanha venezuelana. Lula atuou como lobista em favor do marqueteiro.

Em agosto, uma reportagem de VEJA revelou que Santana prometeu ao MPF, dentro das negociações de sua delação premiada, informações que comprovariam como as empreiteiras OAS e Odebrecht, investigadas no escândalo do Petrolão e que possuíam contratos bilionários com o país vizinho, pagaram clandestinamente as despesas de campanha dos chavistas.

Na semana passada, Veja.com publicou trechos de um telegrama da diplomacia brasileira que comprovaram como Dilma Rousseff e Lula atuaram para cooptar o Congresso do Paraguai para que aprovasse a entrada da Venezuela no Mercosul.

Mr. Putin goes to war (and it seems serious) - Joshua Yaffa (The New Yorker)


PUTIN, SYRIA, AND WHY MOSCOW HAS GONE WAR-CRAZY

sábado, 15 de outubro de 2016

Congresso Brasil Paralelo: como refundar a republica, a nacao, a sociedade - Paulo Roberto de Almeida


A política externa paralela do lulopetismo diplomático

Paulo Roberto de Almeida
 [Video-entrevista, Congresso Brasil Paralelo, novembro 2016]

3047. “A política externa paralela do lulopetismo diplomático”, Brasília, 14 outubro 2016, gravação de entrevista (a ser oportunamente transcrita), em vídeo, para servir como depoimento no quadro do Congresso Brasil Paralelo (https://www.facebook.com/brasilparalelo/), a realizar-se online no Brasil, em novembro, com a participação de diferentes personalidades, em suporte puramente virtual (http://www.brasilparalelo.com.br/congresso/). Link da entrevista a ser fornecido oportunamente.

Na sexta-feira 14 de outubro de 2016, sob solicitação de seus organizadores, concedi entrevista em vídeo gravação para os promotores de um congresso a ser realizado virtualmente, online, no Brasil, no próximo mês de novembro, por meio de um conjunto enorme, centenas, de gravações com diferentes personalidades, todas elas contatadas para oferecer sua visão pessoal sobre os problemas atuais do Brasil e os meios de resolver alguns desses problemas.

O que é o “Brasil Paralelo”? Segundo a informação dos organizadores, se trata de uma “startup que está desenvolvendo uma plataforma para revolucionar a forma como cuidamos da nossa sociedade, sem que tenhamos de depender de políticos. Essa ferramenta ajudará a financiar projetos ligados à saúde, educação, segurança e infraestrutura social do Brasil. Nela, iniciativas com potencial de impacto são cadastradas para captar recursos de pessoas físicas, que podem acompanhar o progresso e o retorno destas ações.” (ver: https://www.facebook.com/brasilparalelo/)

O moto principal, introdutório, da página informativa do Congresso Brasil Paralelo no Facebook é: “Onde há vontade, há um caminho” (ver: https://www.facebook.com/brasilparalelo/). A página no Facebook contém, ademais dos contatos com os organizadores e fotos de entrevistados e links para as organizações participantes (https://www.facebook.com/pg/brasilparalelo/photos/?ref=page_internal), informações diversas sobre a própria iniciativa (https://www.facebook.com/pg/brasilparalelo/about/?ref=page_internal), links para cadastro e para enviar mensagem, e muitos vídeos já disponíveis (https://www.facebook.com/pg/brasilparalelo/videos/?ref=page_internal).
Na própria página do Congresso (http://www.brasilparalelo.com.br/congresso/), por sua vez, existe um link para cadastro e para participação, assim como informações sobre os 7 dias de transmissão em novembro (totalmente online), constante de mais de 30 painéis, nos mais variados formatos: debates, entrevistas, palestras, mesas redondas. workshops, tudo inteiramente gratuito. Existem também pequenas células com fotos e informações sobre os principais convidados, vários com vídeo-entrevistas já realizadas.
Não apenas concedi entrevista, sobre os temas de minha especialidade, como pesquisador, profissional e professor, como também inscrevi-me para as transmissões, e enviei, pelo Facebook do site, a seguinte mensagem aos organizadores:
Meus cumprimentos pela iniciativa, extremamente importante nesta fase de transição, entre um velho Brasil, distributivista, quase socialista, para um Brasil baseado numa economia livre de mercado, competitiva, produtiva, inserido na globalização. O Brasil está singularmente despreparado para enfrentar seus desafios, mas esperamos, a partir de exemplos como este, possamos incutir na sociedade a vontade necessária de enfrentar os desafios, empreendendo as reformas necessárias. Tive o prazer de participar, gravando um vídeo, em 14/10/2016, sobre os temas de política externa e diplomacia, mas que se estendeu igualmente em assuntos de política econômica e de inserção na globalização.”

Espero continuar contribuindo com essa brilhante iniciativa, e formulo, desde já, meus melhores votos de pleno sucesso ao evento (ou sucessão de eventos no formato virtual), e que ele tenha continuidade, não apenas em suas virtudes didáticas (ou seja, de educação em cidadania para o conjunto da população), mas sobretudo como estímulo à formulação de políticas de reformas contínuas no Brasil, em todos os setores.

Paulo Roberto de Almeida 
Brasília, 15 de outubro de 2016

Postagem em destaque

Livro Marxismo e Socialismo finalmente disponível - Paulo Roberto de Almeida

Meu mais recente livro – que não tem nada a ver com o governo atual ou com sua diplomacia esquizofrênica, já vou logo avisando – ficou final...