Diplomatizzando

Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas. Ver também minha página: www.pralmeida.net (em construção).

segunda-feira, 29 de junho de 2020

Atenção: livros de homônimos que a Amazon credita como meus: nem todo PRA é o PRA

ATENÇÃO!
Já escrevi diversas vezes para a Amazon para que eles retirem de meu nome os livros abaixo, que aparecem sempre que se coloca o meu nome na janela de busca.
Não adiantou nada até aqui.
Por isso já vou avisando.
Não tenho NADA A VER com os livros abaixo: 



PROALCOOL Uma Avaliacao GLobal

PROALCOOL Uma Avaliacao GLobal

by Joao Paulo de Almeida Magalhaes, Nelson Kuperman, et al. | Jan 1, 1991
Paperback
Currently unavailable
REGULAMENTOS DE TRAFEGO AEREO PARA VOOS VFR

REGULAMENTOS DE TRAFEGO AEREO PARA VOOS VFR

by PAULO ROBERTO DE ALMEIDA | Jan 1, 1986
Board book
Currently unavailable.

Pensar la salud mental: Aspectos clínicos, epistemológicos, culturales y políticos (Spanish Edition)

Pensar la salud mental: Aspectos clínicos, epistemológicos, culturales y políticos (Spanish Edition)

by Manuel Desviat, Sardi Ximena Castro, et al. | Dec 1, 2016
Kindle Edition
$7.99$7.99



Desenvolvimento, justiça e meio ambiente (Portuguese Edition)

Desenvolvimento, justiça e meio ambiente (Portuguese Edition)

by Ricardo Bielschowsky, Maurício Andrés Ribeiro, et al. | Jan 1, 2009
Kindle
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Que a vida Espere (Portuguese Edition)

Que a vida Espere (Portuguese Edition)

by Paulo Roberto de Almeida Felix and Maria Cristina Curvello de Guanabara | Feb 17, 2013
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3 (Três) Momentos - Poesias (Portuguese Edition)

3 (Três) Momentos - Poesias (Portuguese Edition)

by Paulo Roberto de Almeida Felix | Feb 25, 2013
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A Grande Aventura de Brunio (Portuguese Edition)

A Grande Aventura de Brunio (Portuguese Edition)

by Paulo Roberto de Almeida Felix and Maria Cristina Curvello de Guanabara | Feb 25, 2013
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Análise do Protocolo TCP em Redes Assimétricas: Comportamento das Redes de Computadores (Portuguese Edition)

Análise do Protocolo TCP em Redes Assimétricas: Comportamento das Redes de Computadores (Portuguese Edition)

by Paulo Roberto Almeida | Jul 18, 2019
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Simulações Numéricas aplicadas no estudo comportamental de córneas: Uma aplicação Computacional

Simulações Numéricas aplicadas no estudo comportamental de córneas: Uma aplicação Computacional

by Paulo Roberto Almeida | Jun 13, 2019
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Movimento Operário, e lutas políticas no Brasil nos anos 80.: A criação da Central Unica dos Trabalhadores (Portuguese Edition)

Movimento Operário, e lutas políticas no Brasil nos anos 80.: A criação da Central Unica dos Trabalhadores (Portuguese Edition)

by Paulo Roberto de Almeida Almeida | Jul 18, 2012
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Análise Sistêmica  de Competitividade: Cadeia exportadora de feijões brasileira (Portuguese Edition)

Análise Sistêmica de Competitividade: Cadeia exportadora de feijões brasileira (Portuguese Edition)

by Paulo Roberto Almeida, Alcido Wander, et al. | May 2, 2015
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Guia Prático de Engenharia Econômica (Portuguese Edition)

Guia Prático de Engenharia Econômica (Portuguese Edition)

by Reginaldo Figueiredo and Paulo Roberto de Almeida | Nov 6, 2015
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Movimento Oper????rio, e lutas pol????ticas no Brasil nos anos 80.: A cria????????o da Central Unica dos Trabalhadores (Portuguese Edition) by Paulo Roberto de Almeida Almeida (2012-07-18)

Movimento Operario, e lutas politicas no Brasil nos anos 80.: A criação da Central Unica dos Trabalhadores (Portuguese Edition) by Paulo Roberto de Almeida Almeida (2012-07-18)

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IMPÉRIO (Portuguese Edition)

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by Paulo Roberto de Almeida Felix | Feb 16, 2013
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Marcadores: Amazon.com, atribuição indevida, livros

TecnoPopulismo - Canal do Meio, 28 Junho 2020


Quem inventou o populismo digital

Canal do Meio, 27/06/2020; (https://www.canalmeio.com.br/)

Gianroberto Casaleggio não é lá um nome particularmente conhecido. Mas foi ele quem inventou as técnicas políticas que levaram o Reino Unido a deixar a União Europeia, alçaram Donald Trump à Casa Branca e puseram Jair Bolsonaro no Palácio do Planalto. É uma história importante de compreender pois não se trata de um método complexo. Quando colocamos fake news no centro do debate, porém, cria-se a ilusão de que a tática de desmonte digital da democracia pode ser enfrentada com a correção da informação falsa. Dá a impressão de que a eleição dos populistas digitais nasce de um processo baseado na falsificação, em mentiras. Mentiras fazem parte da palheta de ferramentas, mas não estão no centro. O centro da estratégia é duplo: um ataque simultâneo a políticos e à imprensa. E isto é feito pela manipulação de diálogos em comunidades digitais para formar — artificialmente — consensos.
Essa história começa no final dos anos 1990. Recém-chegado aos 40, milanês, cabelos compridos e emaranhados, Gianroberto Casaleggio alcançara o ápice de sua carreira: era CEO da Webegg, uma joint venture das italianas Olivetti e Finsiel. A internet comercial era jovem e Casaleggio, que havia começado como programador no momento em que a fábrica de máquinas de escrever migrava para o digital mais de uma década antes, era fascinado pela cultura do Vale do Silício. Buscava uma utopia digital. Webegg era uma consultoria que pretendia ajudar seus clientes no processo de digitalização. Naqueles tempos iniciais, a Webegg dedicava-se principalmente a criar intranets. Redes internas para grandes companhias. E foi a maneira como estas intranets funcionavam que chamaram a atenção do CEO.
Na maioria das vezes, as redes eram em essência um repositório de informações. Dados de seguro de saúde, comunicados internos das empresas, ferramentas para que os empregados pudessem se orientar na vida corporativa. Em alguns casos, porém, estas redes também serviam a conversas. Os fóruns online eram adotados pelas pessoas e movimentavam diálogos por vezes emocionalmente carregados. E foi neles que Casaleggio iniciou seu grande experimento social. Queria saber se conseguiria construir consensos.
Desenvolveu um método simples. Um funcionário da Webegg publicava um post, lançava um tema em debate. Outros contribuíam para estimular que aquela conversa ganhasse tração. Funcionava. Atraía gente, cada pessoa com sua opinião. Quando o número de envolvidos já era grande o suficiente, a equipe da Casaleggio punha o arremate final, o que batizaram ‘avalanche de consenso’. Várias novas vozes, todas publicando mensagens que apontavam para uma mesma conclusão. O conjunto do fórum acompanhava em acordo. O engenheiro de software com jeitão de roqueiro hippie da Califórnia havia descoberto como manipular a formação de consensos no meio digital. E como é internet, na verdade ele sequer precisava de muita gente para construir estes consensos. Afinal, um mesmo indivíduo com várias contas pode parecer muitas pessoas.
Como negócio, a Webegg era um desastre. Vendida para a Telecom Italia em 2003, terminou quase imediatamente com a demissão do CEO por má gestão. Um ano depois, acompanhado de quatro dos executivos mais próximos a ele, Gianroberto fundou uma empresa de marketing digital. A Casaleggio Associati.
Entra Beppe Grillo
Mas esta não é uma história que possa ser contada sem Beppe Grillo. Casaleggio nasceu em 1954. Grillo, um genovês grandalhão, de cabelos fartos e barba, era seis anos mais velho — de 1948. No final dos anos 1970, se tornou famoso como um comediante ácido que misturava técnicas de stand-up com música, sempre acompanhado dum violão. Já era uma estrela na RAI, a TV estatal de maior audiência na Itália, quando foi demitido na virada da década de 80 para 90. Seu humor tinha cada vez mais, por alvo, os políticos no comando da Itália. Estava ficando incisivo, monotemático. Num determinado momento, a emissora não resistiu à pressão vinda de Roma.
Para Grillo, de certa forma, foi uma libertação. Tendo de ganhar sustento sem o salário da TV, jogou-se no circuito das apresentações ao vivo. Passou a intercalar comédia e música, sempre mantendo a acidez que era sua marca, com indignação voltada para a política, para o jornalismo e para o mundo dos negócios. Ávido leitor até dos resultados financeiros de companhias, entremeava suas piadas com críticas para todo lado. E, pelas piadas, tornou-se um denunciador contumaz. Denunciava quem estava no comando do país, esquemas de burla de impostos, executivos de toda sorte de companhias — Parmalat, Fiat, Fininvest. Denunciava o que considerava mau jornalismo. Fora da televisão, Grillo se tornou ainda mais conhecido. E admirado. Atraía contra si processos, o que só reforçava a imagem de dom Quixote.
A Itália do início do século não era muito diferente do Brasil. O Estado havia sido tomado por um corporativismo profundo no qual todo cargo com algum comando, mesmo os mais baixos, tornava-se moeda de troca em negociações políticas. A corrupção era imensa e uma série de escândalos sucessivos, com a Operação Mãos Limpas no centro, havia levado dezenas de parlamentares à prisão. O sistema caíra em descrédito. E, desde sempre, estava lá Beppe Grillo o denunciando.
Os dois, Grillo e Casaleggio, se conheceram no ano de 2004. Blogs estavam explodindo na internet mundial e o executivo tornado marqueteiro digital queria botar o comediante online. Beppegrillo.it, seu blog, tornou-se rapidamente um dos sites mais visitados do mundo.
Cinco Estrelas
Tendo ao seu lado o carisma de Grillo e contando com uma profunda compreensão de Teoria das Redes, Casaleggio sabia o que fazer. E fez. Uma rede não é uma estrutura hierárquica. É formada, isto sim, por nós e conexões. Cada indivíduo é um nó que se conecta a outros. Um nó pode ter poucas ou muitas conexões a outros nós. Neste sentido, o blog de Grillo foi construído para congregar o maior número possível de conexões. Porque, desta forma, dispararia o chamado Efeito de Rede. Quanto mais conexões um nó tem, mais novas conexões formará. É por esta lógica que segue a economia de influenciadores digitais. Quanto mais gente segue, mais gente seguirá.
Assim, o conteúdo do blog foi construído para fortalecer a estratégia. Nos discursos em público de Grillo eram inseridas frases de efeito, pílulas de ideias, que poderiam ser transformadas em vídeos curtos de fácil viralização. O mesmo conceito se deu na formação de slogans, pensados para serem repetidos em série, distribuídos na forma daquilo que hoje chamamos memes. Tinham de divertir e, ao mesmo tempo, canalizar a indignação que pairava na sociedade. Casaleggio identificou também outros influenciadores, embora na época ainda não fossem chamados por esta palavra. Mas pessoas com alguma relevância na web italiana que compartilhariam o conteúdo de Grillo. Para quem vê de fora, a ilusão é de um movimento popular. Indivíduos que vêm de baixo e falavam verdades às elites. Era — e continua sendo — tudo construído para ter este efeito.
Numa tese de mestrado apresentada para o Departamento de Ciência Política da Universidade da Carolina do Norte em Chapel Hill, Edward Harrison Leavy batizou este tipo de movimento de tecnopopulismo (PDF). É uma palavra possível — ainda não há, na literatura, um termo consensual.
Casaleggio e Grillo tinham o ambiente: um país que se tornara descrente do sistema que o governava. A partir de 2008, uma crise econômica violenta que catalisava as frustrações. Rapidamente, eles centraram em dois alvos. A política e a imprensa. Por corruptos, os políticos que existiam não serviam mais aos italianos. Era preciso algo radicalmente novo. Mas como também era necessário criar uma nova percepção de realidade — uma nova narrativa que desse conta de explicar uma visão do problema e sugerir uma solução que viesse de fora, era fundamental desacreditar a imprensa. Porque era fundamental desacreditar críticos.
O uso das ferramentas digitais para formar comunidades e se comunicar era útil. Permitia um discurso no qual o novo suplantava o velho. A velha democracia liberal em oposição a uma nova democracia digital, na qual o povo manda. A velha mídia perante a nova mídia, que realmente representa a voz do povo.
Populismo, por definição, são movimentos políticos que se alavancam no discurso de que há uma conspiração das elites contra o povo. O líder populista é quem se ergue, tal qual salvador, para enfrentar esta batalha em nome deste povo. Com o surgimento das redes sociais, no final da primeira década do século, o trabalho de construir estes nós fortes de uma rede se tornou mais fácil para a equipe de Casaleggio. Permitiu, por exemplo, o uso de robôs para facilitar a ‘avalanche de consensos’. E porque de fora é difícil perceber que os discursos são construídos nas mesas de marqueteiros assim como na política tradicional, a impressão geral é de que há um movimento popular.
Fake news é uma das ferramentas para compor a narrativa. Mas é o manipular da formação de consensos o truque real. Grillo se tornou líder do Movimento Cinco Estrelas. Foi da cultura pop-californiana de Casaleggio que o personagem Guy Fawkes lido pelo quadrinista Alan Moore na graphic novel V de Vingança entrou no léxico político contemporâneo. O ‘V’ feito com as mãos em discursos para praças cheias era de vingança contra o sistema, mas também de vaffanculo. Dispensa tradução. Em 2013, o M5S teve um quarto dos votos na eleição nacional. Em 2018 passou dos 30% e se tornou o maior partido italiano.
Casaleggio morreu de câncer no cérebro em 2016. Estava rompido com Grillo. Mas seu método de fazer política encontrou, no mundo, observadores atentos. No Reino Unido, Nigel Farage, que promoveu o Brexit. Nos EUA, Steve Bannon, que pensou a eleição de Donald Trump.
No Brasil, teve alguns observadores.
Vídeo: Em um 2008, Casaleggio apresentou sua visão de uma nova política. E, sem muitos pudores, incluiu o monge radical Girolamo Savonarola, que incensou a Florença renascentista, e Benito Mussolini como seus antecessores. Assista.
Relatório: A Comissão Europeia encomendou um relatório de estudo da eleição italiana de 2018 que detalha as técnicas do novo populismo. Leia.
A desinformação era uma praga mesmo antes da Covid-19. Agora é uma questão de vida e morte - e de persuasão política. Tom Wainwright, editor da The Economist, aborda o assunto nesse podcast.
É informação pra dar e vender. Verdadeira. Falsa. Para segmentar interesses. Para eleger candidatos. Para difamar pessoas. Para evitar acidentes. Mas existem algumas que muitos preferem não saber. Um estudo apontou que 90% das pessoas prefere não saber quando, nem como, seus parceiros morrerão. Sobre a data de sua própria morte, 87% opta pelo desconhecido. Um experimento de laboratório descobriu que indivíduos classificados como menos atraentes estavam dispostos a pagar para não descobrir sua classificação exata. Sobre os eventos positivos da vida, a maioria também escolheu a ignorância. Mais de 60% não quer saber o que vai ganhar de Natal. Pode ter a ver com a possibilidade de decepção, mas o maior problema, segundo esta pesquisa, é que as pessoas gostam do suspense. É a tal mágica do talvez.

Pois é… o corpo geral de pesquisa sugere que a ignorância deliberada, aquela consciente, é uma preferência. Para o bem e para o mal, informação potencialmente desagradável, mas útil, também é evitada principalmente no campo da saúde. Mesmo com tratamentos que aliviam sintomas, possíveis portadores de doenças crônicas preferem não saber sobre sua condição.
Pesquisadores da Northwestern University desenvolveram recentemente uma escala para medir esse tipo de aversão. Eles projetaram cenários em três domínios (saúde pessoal, finanças e percepção dos outros sobre si). Os seriamente avessos à informação eram minoria, embora substancial: em média, os participantes relataram que definitivamente ou provavelmente não gostariam de receber essas informações 32% do tempo. Cerca de 45% evitariam descobrir quanto ganhariam escolhendo um fundo de investimento mais lucrativo no passado. Entre os que estavam mais abertos, havia pelo menos um domínio no qual optavam permanecer desinformados. Mais sobre o teste aqui

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O novo retraimento americano (esperando que não seja isolacionismo) -H. R. McMaster (Foreign Affairs)

Foreign Affairs, Nova Iorque – Julho-Agosto 2020
The Retrenchment Syndrome
A Response to “Come Home, America?”
H. R. McMaster

In the decades after the U.S. withdrawal from Vietnam, the simplistic but widely held belief that the war had been unjustified and unwinnable gave way to “the Vietnam syndrome”—a conviction that the United States should avoid all military interventions abroad. The mantra of “no more Vietnams” dominated foreign policy, muting more concrete discussions of what should be learned from that experience. Instead, the analogy was applied indiscriminately; U.S. military operations in the Balkans, the Horn of Africa, Latin America, and the Middle East prompted assertions that the use of force would lead to “another Vietnam.” It was not until the United States won a lopsided victory over the military of Iraqi President Saddam Hussein in the 1990–91 Gulf War that President George H. W. Bush could declare that the United States had finally “kicked the Vietnam syndrome.” 
Nearly three decades later, however, a new mantra of “ending endless wars” has emerged from frustrations over indecisive, protracted, and costly military interventions abroad.These frustrations have reproduced the Vietnam syndrome in a new guise: the Afghanistan-Iraq syndrome. Across the political spectrum, many Americans have come to believe that retrenchment would not only avoid the costs of military operations overseas but also improve U.S. security. They have found support for this belief in analyses like those that appeared in this magazine’s lead package for its March/April 2020 issue, titled “Come Home, America?” 
The authors of the articles in that package offered different variations on the retrenchment theme. But what some of the articles have in common is an appeal that reflects strong emotions rather than an accurate understanding of what went wrong in the wars that followed the 9/11terrorist attacks. Proponents of a U.S. withdrawal from its military commitments play to visceral feelings of war weariness and argue that the difficulties of those wars were the inevitable consequence of the United States’ misguided pursuit of armed domination. Some retrenchers depict U.S. foreign policy since the end of the Cold War as a fool’s errand, impelled by a naive crusade to remake the world in the United States’ image. And although advocates of retrenchment often identify as realists, they subscribe to the romantic view that restraint abroad is almost always an unmitigated good. In fact, disengagement from competitions overseas would increase dangers to the United States; the paltry savings realized would be dwarfed by the eventual cost of responding to unchecked and undeterred threats to American security, prosperity, and influence. 
In their critiques of the post-9/11 wars, retrenchers fail to acknowledge the hidden costs of their recommendations. Although a majority of Americans now agree that the decision to invade Iraq in 2003 was a mistake, retrenchment advocates ignore the consequences of the withdrawal of U.S. forces from Iraq in 2011 and of the broader disengagement from the Middle East that accompanied it. Those steps ceded space to jihadi terrorists and Iranian proxies, thereby creating an ideal environment for the return of sectarian violence and the establishment of the self-declared caliphate of the Islamic State (or ISIS). The Obama administration made similar mistakes in Libya earlier in 2011, after pushing for a NATO air campaign that helped depose the dictator Muammar al-Qaddafi. Although it was determined to avoid the mistakes of the George W. Bush administration’s war in Iraq, the Obama administration paradoxically exceeded them, failing to shape Libya’s political environment in the wake of Qaddafi’s demise; nearly a decade later, the Libyan civil war rages on, and the country remains a source and a transit point for millions seeking escape from turmoil in northern Africa and the Sahel.
Retrenchers ignore the fact that the risks and costs of inaction are sometimes higher than those of engagement. In August 2013, the Syrian regime used poison gas to kill more than 1,400 innocent civilians, including hundreds of children. Despite U.S. President Barack Obama’s declaration in 2012 that the use of these heinous weapons to murder civilians would cross a redline, the United States did not respond with military force. U.S. inaction enabled the regime’s brutality, emboldening Syrian President Bashar al-Assad and his Iranian and Russian supporters to intensify their mass homicide. In 2017–18, U.S. President Donald Trump finally enforced the Obama administration’s redline, retaliating against the use of chemical weapons by Assad with strikes against the Syrian military. But Trump’s decision in 2019 to withdraw U.S. forces from eastern Syria complicated efforts to eliminate ISIS and bolstered the influence of Assad and his sponsors in an area whose control would give them a significant advantage in the war. Almost nine years since the Syrian civil war began, a humanitarian catastrophe continues in Idlib Province, which, at the end of 2019, generated over a million more refugees, many of whom succumbed to extreme cold or the novel coronavirus. 
Despite evidence that U.S. disengagement can make a bad situation worse, retrenchers have pushed for a withdrawal of U.S. forces from Afghanistan. The agreement signed between the United States and the Taliban in February 2020 will allow the Taliban, al Qaeda, and various other jihadi terrorists to claim victory, recruit more young people to their cause, gain control of more territory, and inflict suffering through the imposition of draconian sharia. Just as the Syrian civil war and the rise of ISIS generated a refugee crisis that reached into Europe, the establishment of an Islamic emirate in a large portion of Afghanistan would generate another wave of refugees and further destabilize Pakistan, a nuclear-armed nation of over 220 million people. Terrorist organizations that already enjoy safe haven in the Afghan-Pakistani border region will increase their profits from illicit activities such as the narcotics trade and apply those resources to intensify and expand their murderous campaigns. Retrenchers do not acknowledge that U.S. withdrawal often leaves a vacuum that enemies and adversaries are eager to fill.
Retrenchment advocates are relatively unconcerned about enemies gaining strength overseas because they assume that the United States’ geographic blessings—including its natural resources and the vast oceans that separate it from the rest of the world—will keep Americans safe. But in today’s interconnected world, threats from transnational terrorists (or viruses, for that matter) do not remain confined to particular regions. The humanitarian, security, and political consequences of the conflicts in Afghanistan, Iraq, Libya, Syria, and Yemen have reached well beyond the Middle East and South Asia. Just as China’s concealment of the coronavirus forestalled actions that might have prevented a global catastrophe, the United States’ withdrawal of support for its partners on the frontlines against jihadi terrorists could generate staggering costs if the terrorists succeed in penetrating U.S. borders as they did on September 11, 2001. And a reduction of U.S. support for allies and partners along the frontiers of hostile states, such as Iran and North Korea, or revisionist powers, such as China and Russia, could result in a shift in the balance of power and influence away from the United States. Retrenchment could also result in a failure to deter aggression and prevent a disastrous war.  
Retrenchers also overlook the trend that the security associated with the United States’ geographic advantages has been diminishing. In 1960, the historian C. Vann Woodward observed that technologies such as the conventional aircraft, jet propulsion, the ballistic missile, and the atomic-powered submarine marked “the end of the era of free security.” Those technologies overtook “Americans so suddenly and swiftly that they have not brought themselves to face its practical implications.” Retrenchers are out of step with history and way behind the times.

FALSE PROPHECIES

Even the most compelling arguments for sustained engagement overseas are unlikely to convince hardcore retrenchers, because they believe that an overly powerful United States is the principal cause of the world’s problems. Their pleas for disengagement are profoundly narcissistic, as they perceive geopolitical actors only in relation to the United States. In their view, other actors—whether friends or foes—possess no aspirations and no agency, except in reaction to U.S. policies and actions. Retrenchers ignore the fact that sometimes wars choose you rather than the other way around: only after the most devastating terrorist attack in history did the United States invade Afghanistan. 
In the “Come Home, America?” package, Jennifer Lind and Daryl Press argue in “Reality Check” that abandoning what they describe as Washington’s pursuit of primacy would quell China and Russia while providing opportunities for cooperation on issues of climate change, terrorism, and nuclear proliferation. And in “The Price of Primacy,” Stephen Wertheim asserts that a less threatening United States could “transform globalization into a governable and sustainable force” and bring about a reduction in jihadi terrorism, a less aggressive China, a curtailment of Russian interference, the cessation of Iran’s proxy wars, the termination of North Korea’s threat to U.S. and regional security and human rights, and even progress against the threat from climate change.
If these promises seem too good to be true, it’s because they are. Retrenchment hard-liners are confident in such claims because they assume that the United States has preponderant control over future global security and prosperity. In reality, adversaries have the power to act based on their own aspirations and goals: American behavior did not cause jihadi terrorism, Chinese economic aggression, Russian political subversion, or the hostility of Iran and North Korea. And U.S. disengagement would not attenuate those challenges or make them easier to overcome.

STRATEGIC EMPATHY

The movement in favor of retrenchment is in part a reaction to the overoptimism that animated U.S. foreign policy in the 1990s. When the Soviet Union collapsed and the Cold War ended, some thinkers and policymakers assumed that the process of democratization that was unfolding in eastern Europe would be replicable in Africa, Asia, and the Middle East. But they failed to give due consideration to local contexts and to political, social, cultural, and religious dynamics that make liberal democracy and the rule of law hard to reach. Similarly, after the United States’ lopsided military victory in the Gulf War, some assumed that future wars could be won quickly and decisively because U.S. technology had produced a “revolution in military affairs.” But this presumption ignored continuities in the nature of war, such as the enemy’s say in a war’s course of events and its political, human, and psychological complexities. Excessive optimism soon grew into hubris, setting the United States up for unanticipated difficulties in Afghanistan and Iraq.
The best antidote to such overconfidence, however, is not the excessive pessimism offered by retrenchers. Policymakers should instead adopt what the historian Zachary Shore calls “strategic empathy”: an understanding of the ideology, emotions, and aspirations that drive and constrain other actors. Strategic empathy might help at least some advocates of retrenchment qualify their adamant opposition to democracy promotion and human rights advocacy abroad and might allow them to accept that the United States cannot determine, but can influence, the evolution of a world in which free and open societies flourish. In recent years, protests against authoritarian rule and corruption have flared up all over the world. In Baghdad, Beirut, Caracas, Hong Kong, Khartoum, Moscow, and Tehran, people have made clear that they want a say in how they are governed. Support for those who strive for freedom is in the United States’ interest, because a world in which liberty, democracy, and the rule of law are strengthened will be safer and more prosperous. Disengagement from competitions overseas would cede influence to others, such as the Chinese Communist Party, which is already redoubling efforts to promote its authoritarian model. Retrenchment may hold emotional appeal for Americans tired of protracted military commitments abroad, but blind adherence to an orthodoxy based on emotion rather than reason would make Americans less safe and put the United States further in the red.

* H. R. MCMASTER is Fouad and Michelle Ajami Senior Fellow at the Hoover Institution and the author of Battlegrounds: The Fight to Defend the Free World. From 2017 to 2018, he served as U.S. National Security Adviser.
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sábado, 27 de junho de 2020

O Coronavirus e a segurança dos alimentos - Marcos Jank (OESP)

 O Coronavirus e a segurança dos alimentos

Jornal “O Estado de S. Paulo”, Opinião, 26/06/2020.

Marcos S. Jank*
    
Antigo conceito de ‘saúde única’ pode ser o caminho para a alimentação no pós-covid.

Causou grande apreensão no mundo alimentar a decisão do governo chinês, na semana passada, de suspender importações de carnes vindas de frigoríficos dos EUA (Tyson), Alemanha (Tönnies) e Noruega (Royal Salmon), alegando o risco de contaminação do produto pela covid-19.

Autoridades sanitárias de vários países informam que não há evidências científicas e de rastreabilidade que possam comprovar a transmissão do novo coronavírus pelo manuseio ou pela ingestão de alimentos. Mesmo se estiver presente na superfície dos alimentos ou nas embalagens, o vírus tem baixa capacidade de sobrevivência e será facilmente eliminado com a lavagem adequada e o cozimento dos produtos. O maior risco seria a transmissão interpessoal no momento da manipulação de alimentos – por exemplo, na sala de cortes do frigorífico ou nos pontos de venda. 

O ponto focal do novo surto chinês é novamente um mercado de alimentos frescos. O primeiro surto, reconhecido oficialmente, aconteceu em dezembro num mercado tradicional (wet market) da cidade de Wuhan. O novo surto surge agora no mercado de produtores de Xinfandi, em Pequim. Tudo indica que o vírus estava presente no ambiente desse mercado, mas não no interior dos alimentos. 

Autoridades chinesas disseram ter obtido 40 testes positivos de covid-19 para uma variante viral que passou por mutação na Europa, encontrada no ambiente. O vírus foi detectado nas tábuas de madeira utilizadas para filetar salmão importado da Noruega, mas não no filé do pescado. Sabe-se que peixes e animais domésticos como aves, suínos e bovinos não transmitem o vírus.

Apesar disso, o governo chinês decidiu retomar as restrições à circulação de pessoas na capital e intensificou os controles de fronteira nas importações de alimentos. Supermercados retiraram o salmão de suas prateleiras e os frigoríficos estrangeiros citados foram suspensos.

Tais decisões precipitadas viraram um prato cheio para redes sociais sensacionalistas que se alimentam de teorias conspiratórias. Imediatamente elas passaram a sugerir que a contaminação teria vindo do exterior, desviando a culpa em relação a uma segunda onda de origem doméstica. Num mundo cada vez mais dominado pelo medo, pela xenofobia e pelas fake news, não creio que essa novela vá terminar apenas no salmão norueguês.

Saúde humana, sanidade animal e risco de zoonoses serão temas de atenção permanente nos próximos anos. A expressão “segurança do alimento” (food safety, em inglês) fará parte do “novo normal” que virá após a pandemia. A humanidade descobriu a sua inimaginável fragilidade em tempos de globalização, tornando-se refém da falta de respiradores, testes e vacinas, o que vai criar a necessidade de reorganizar a saúde pública global.

Até a chegada desse vírus, os principais vetores de crescimento do setor agroalimentar eram produtividade e sustentabilidade. Basicamente produzir grandes volumes de commodities a preços competitivos, de forma sustentável. Lembrando que sustentabilidade compreende o difícil equilíbrio entre eficiência econômica, preservação ambiental e equidade social, um tema pelo qual o Brasil tem sido muito cobrado.

Acontece que o mundo pós-pandemia será dominado pela combinação de três "S" - Saúde, Sanidade e Sustentabilidade - que nada mais é que a repaginação de um antigo conceito chamado “saúde única”, popular no universo da ecologia e da veterinária.

A primeira tentativa sistemática reconhecida de estabelecer uma relação causal entre humanos, animais e meio ambiente foi feita pelo médico grego Hipócrates, ao redor de 400 a.C., em seu livro "Ares, Águas e Lugares". No final do século 19, ao estudar a relação entre doenças humanas e animais, o patologista alemão Rudolf Virchow criou o termo “zoonose”, afirmando que “entre as medicinas animal e a humana não há linhas divisórias – nem deveria haver”.

A expressão “saúde única” surgiu em 2004, propondo uma abordagem holística e transdisciplinar para lidar com a saúde da humanidade, dos animais e dos ecossistemas. O conceito amplo de saúde única abrange temas como risco de doenças zoonóticas, resistência antimicrobiana, sanidade, segurança do alimento, desmatamento, contaminação ambiental e outras ameaças à saúde, compartilhadas por pessoas, animais e meio ambiente.

No caso específico da sanidade animal, creio que o grande objetivo deveria ser reduzir a imensa heterogeneidade das cadeias alimentares no mundo, por meio da convergência regulatória dos sistemas de defesa sanitária – a refrigeração das cadeias de produtos perecíveis, o controle sanitário efetivo dos mercados tradicionais, o fim do comércio ilegal de animais silvestres, a criação confinada de animais domésticos e a melhoria dos sistemas verticais de integração entre agricultores e indústrias de insumos e processadoras.

O Brasil lidera as exportações mundiais de carne bovina e de aves e ocupa o quarto lugar em carne suína. É hora de assumir e comandar esse debate, evitando atitudes arbitrárias e não científicas, derrubando fake news e propondo uma estrutura sólida da saúde única para o mundo pós-covid.

(*) Marcos Sawaya Jank é professor de agronegócio global do Insper.

ESTUDOS
Impactos da Covid-19 no Agronegócio e o Papel do BrasilParte 1 | Cadeias Produtivas e Segurança Alimentar
Parte 2 | Saúde Única, Zoonoses e Segurança do Alimento, que traz uma análise completa do tema do artigo de hoje.

BOLETINS: passamos a divulgar mensalmente o “Boletim Especial Covid-19” com informações e análises sobre o impacto da pandemia de Covid-19 no agronegócio mundial.
Boletim N.º 1 | Junho de 2020

LIVRO
China-Brazil Partnership on Agriculture and Food Security, lançado em junho de 2020 pela Esalq-USP e pela China Agricultural University (CAU), com parceria institucional do centro.


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Marcadores: coronavirus, Marcos S. Jank, segurança alimentar

sexta-feira, 26 de junho de 2020

O Brasil sem política externa-Dawisson Lopes (O Globo)

Que o Brasil não tenha política externa, isso eu já sabia, e denunciei, desde AGOSTO DE 2018, quando foi divulgado o MEDÍOCRE programa do candidato Bolsonaro. Tornou-se EVIDENTE desde 1 e 2 de JANEIRO DE 2019, na posse de JB e fo chanceler acidental; denunciei isso em meu livro “Miséria da diplomacia” (livremente disponivel no Diplomatizzando) e novamente neste novo livro, “O Itamaraty num labirinto de sombras” (Kindle), e em dezenas de postagens nesse ano e meio. Dawisson Lopes confirma que o chanceler acidental (na verdade catastrófico para o Itamaraty) só aderiu ao olavismo mais delirante e que se submeteu aos interesses eleitoreiros do presidente e de sua família. Triste, patético, lamentável.
Paulo Roberto de Almeida

Artigo: Política externa ou campanha eleitoral por outros meios?

Inserção internacional do Brasil é, hoje, subproduto da conveniência eleitoral de Jair Bolsonaro
Dawisson Belém Lopes e Thales Carvalho*
26/06/2020 - 09:00 / Atualizado em 26/06/2020 - 09:25

Presidente Jair Bolsonaro e chanceler Ernesto Araujo no Fórum de Investimentos no WTC Foto: Edilson Dantas / Agência O Globo / 10-10-2019
Presidente Jair Bolsonaro e chanceler Ernesto Araujo no Fórum de Investimentos no WTC Foto: Edilson Dantas / Agência O Globo / 10-10-2019



O Brasil, pela primeira vez em quase 200 anos, não tem uma política externa. Não é força de expressão: como a jangada de pedra de Saramago, estamos à deriva, deslocando-nos sabe-se lá para onde, sem nenhuma orientação estratégica. A inserção internacional do país é, hoje em dia, um mero subproduto da conveniência eleitoral de Jair Bolsonaro.
Explica-se: uma política exterior racionalmente concebida precisa avaliar os meios disponíveis e adequá-los aos fins nacionais pretendidos, com base em princípios predeterminados. Essa coesão entre princípios, meios e fins é a coluna que sustenta um plano coerente de ação. O atual chanceler , contudo, joga fora a cartilha universal e arroga-se o inventor da roda. Alega refundar a nação e o Itamaraty quando, na verdade, apenas encampa o cálculo político do presidente da República.
Duas citações a Bolsonaro : Em livro de Bolton, Brasil é coadjuvante em aventuras hemisféricas dos EUA
A adoração a Donald Trump e a sinofobia , traços exibidos desde a campanha de Bolsonaro ao Planalto, são importantes para entender o fenômeno em voga, mas não revelam tudo. Se cavamos mais fundamente, deparamo-nos com verdade factual surpreendente: ao contrário do que se poderia imaginar, não houve incorporação evidente do liberalismo à la Paulo Guedes ou do realismo militarista de Hamilton Mourão na vertente institucional da política externa brasileira. O discurso odioso sobre o meio ambiente ainda não se converteu em denúncia de pactos internacionais. Os alvos preferenciais da investida bolsonarista nos fóruns globais têm sido os direitos humanos e, destacadamente, o Oriente Médio.
Outrora um empreendedor de normas como igualdade civil em uniões homoafetivas e defesa da multiculturalidade, o Brasil uniu-se a líderes de Hungria e Polônia, além do próprio Trump, para formar a “Parceria pelas Famílias”. O país mudou seus votos sobre temas de gênero no Conselho de Direitos Humanos da ONU e acompanhou o governo dos Estados Unidos em resoluções ligadas ao conflito israelo-palestino . Depois de aproximar-se do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e ameaçar transferir a embaixada brasileira de Tel Aviv para Jerusalém, Bolsonaro rompeu com o tradicional apoio à Palestina. O alinhamento entre Brasil e Israel-EUA nas Nações Unidas aumentou aproximadamente em 40% no ano de 2019. Para se ter uma ideia, o voto brasileiro foi revisado em nove tópicos da agenda a respeito da questão israelo-palestina – sempre em favor de Israel. Umaguinada incomum , considerado nosso histórico diplomático.
Na ONU : Governo Bolsonaro vota contra condenar Israel por violações da lei internacional em territórios ocupados
O que estaria por trás dessa reversão dramática de posicionamento em direitos humanos e, particularmente, nos assuntos que envolvem árabes e judeus? Dado que Brasília não passou, da noite para o dia, a influenciar nem a ser parte diretamente interessada na configuração geopolítica do Oriente Médio, a resposta só pode ser uma: a “guerra cultural” e sua potencial rentabilidade eleitoral. Dá-se a instrumentalização, como nunca antes se viu, da política externa para atender às demandas domésticas de grupos de interesse e lobby religioso, permitindo a Bolsonaro acenos ecumênicos a financiadores e lideranças conservadoras e cristãs da sua base.
Diplomatas, cumpridores de seus deveres, continuam a operar inercialmente a máquina, especialmente se a matéria não for captada pelo radar populista de Bolsonaro. Mas não há, na percepção dos burocratas do Itamaraty, uma leitura de interesse nacional que esteja inoculada e faça sentido operacional. Este “novo Brasil”, com retórica moralista, ineditamente fomentador de clivagens étnicas e religiosas, amigável a Trump e contrário ao establishment global, navega sem rumo pelas relações internacionais. Não faz política externa na verdadeira acepção do termo; apenas militância personalista e sectária.
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*Dawisson Belém Lopes é professor de política internacional na UFMG e autor de “Política Externa e Democracia no Brasil” (Unesp, 2013) e “Política Externa na Nova República” (UFMG, 2017).
Thales Carvalho é doutorando em ciência política na UFMG.
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Uma reflexão...

Recomendações aos cientistas, Karl Popper:
Extratos (adaptados) de Ciência: problemas, objetivos e responsabilidades (Popper falando a biólogos, em 1963, em plena Guerra Fria):
"A tarefa mais importante de um cientista é certamente contribuir para o avanço de sua área de conhecimento. A segunda tarefa mais importante é escapar da visão estreita de uma especialização excessiva, interessando-se ativamente por outros campos em busca do aperfeiçoamento pelo saber que é a missão cultural da ciência. A terceira tarefa é estender aos demais a compreensão de seus conhecimentos, reduzindo ao mínimo o jargão científico, do qual muitos de nós temos orgulho. Um orgulho desse tipo é compreensível. Mas ele é um erro. Deveria ser nosso orgulho ensinar a nós mesmos, da melhor forma possível, a sempre falar tão simplesmente, claramente e despretensiosamente quanto possível, evitando como uma praga a sugestão de que estamos de posse de um conhecimento que é muito profundo para ser expresso de maneira clara e simples.
Esta, é, eu acredito, uma das maiores e mais urgentes responsabilidades sociais dos cientistas. Talvez a maior. Porque esta tarefa está intimamente ligada à sobrevivência da sociedade aberta e da democracia.
Uma sociedade aberta (isto é, uma sociedade baseada na idéia de não apenas tolerar opiniões dissidentes mas de respeitá-las) e uma democracia (isto é, uma forma de governo devotado à proteção de uma sociedade aberta) não podem florescer se a ciência torna-se a propriedade exclusiva de um conjunto fechado de cientistas.
Eu acredito que o hábito de sempre declarar tão claramente quanto possível nosso problema, assim como o estado atual de discussão desse problema, faria muito em favor da tarefa importante de fazer a ciência -- isto é, as idéias científicas -- ser melhor e mais amplamente compreendida."

Karl R. Popper: The Myth of the Framework (in defence of science and rationality). Edited by M. A. Notturno. (London: Routledge, 1994), p. 109.

Uma recomendação...

Hayek recomenda aos mais jovens:
“Por favor, não se tornem hayekianos, pois cheguei à conclusão que os keynesianos são muito piores que Keynes e os marxistas bem piores que Marx”.
(Recomendação feita a jovens estudantes de economia, admiradores de sua obra, num jantar em Londres, em 1985)

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