quinta-feira, 24 de julho de 2025

A retórica e os limites do novo Brics: Entre a ambição do Sul Global e as contradições geopolíticas - Karine Stange Clandrin (Portal Interesse Nacional)

A retórica e os limites do novo Brics – Entre a ambição do Sul Global e as contradições geopolíticas
Karine Stange Clandrin
Portal Interesse Nacional, 21/07/2025
https://interessenacional.com.br/portal/a-retorica-e-os-limites-do-novo-brics-entre-a-ambicao-do-sul-global-e-as-contradicoes-geopoliticas/

Declaração da Cúpula do grupo revela uma seletividade que compromete o potencial do Brics como articulador legítimo de uma ordem internacional mais justa e arrisca transformar o grupo em um espelho invertido do Ocidente que critica: uma coalizão de conveniência disposta a defender “direitos” quando isso convém, mas indiferente quando os abusos partem de seus próprios aliados

A Declaração do Rio de Janeiro, resultado da XVII Cúpula dos BRICS realizada em julho de 2025, é extensa e ambiciosa. Intitulado Fortalecendo a Cooperação do Sul Global para uma Governança mais Inclusiva e Sustentável, o documento representa o esforço dos países do bloco em moldar uma nova narrativa sobre o papel do Sul Global no cenário internacional. No entanto, por trás da linguagem diplomática e dos compromissos retóricos, permanecem contradições estruturais e ambiguidades políticas que limitam o alcance prático das propostas.

A ampliação do Brics e a incorporação de novos países parceiros, como Indonésia, Belarus, Bolívia e Nigéria, é apresentada na Declaração do Rio de Janeiro como símbolo de um novo multilateralismo inclusivo, fundado na solidariedade Sul-Sul e na busca por uma ordem internacional mais representativa.

‘Trata-se de um bloco cuja identidade comum é marcada mais pela contestação da ordem vigente do que por uma agenda propositiva convergente’

Em tese, trata-se de uma tentativa de dar maior densidade política ao grupo, ampliando sua legitimidade e capacidade de articulação perante os fóruns multilaterais. No entanto, esse processo de expansão, longe de consolidar um polo de coesão geoestratégica, acentua a já conhecida heterogeneidade do Brics. Trata-se de um bloco cuja identidade comum é marcada mais pela contestação da ordem vigente do que por uma agenda propositiva convergente.

A diversidade dos países-membros e parceiros vai além da geografia: inclui sistemas políticos que vão de democracias liberais a regimes autoritários consolidados, modelos econômicos centrados em alta tecnologia e inovação, como o da China, ao extrativismo de commodities, como no caso da Bolívia, além de prioridades geopolíticas que muitas vezes se chocam.

‘Em vez de um “núcleo duro” de interesses comuns, o Brics+ opera como uma colcha de retalhos de reivindicações nacionais’

A presença simultânea de países como Índia e China, rivais estratégicos na Ásia, e de Estados sob sanções internacionais, como Irã e Belarus, evidencia os limites do grupo enquanto instância de formulação de consensos robustos. Em vez de um “núcleo duro” de interesses comuns, o Brics+ opera como uma colcha de retalhos de reivindicações nacionais, muitas vezes desconectadas entre si.

Esse quadro evidencia uma das fragilidades centrais da narrativa multipolar promovida pelo Brics: a ausência de um projeto coerente de governança global alternativa.

A “multipolaridade” evocada no documento é mais um signo de resistência ao unilateralismo ocidental do que uma proposta estruturada de substituição da ordem vigente. Falta ao grupo uma arquitetura normativa própria, com regras, instituições e mecanismos que traduzam em práticas concretas os valores que proclama, como democracia, inclusão, desenvolvimento sustentável e justiça internacional.

‘A crescente complexidade do grupo tende a produzir mais declarações de intenção do que ações coordenadas’

Além disso, a ampliação do grupo não é acompanhada de um aprofundamento institucional correspondente. O Brics permanece com baixa densidade institucional, sem secretariado permanente, regras de decisão vinculantes ou mecanismos efetivos de resolução de disputas. A governança é guiada pelo consenso informal, o que, embora mantenha a coesão superficial, dificulta a operacionalização de políticas conjuntas e compromissos duradouros. Na prática, isso significa que a crescente complexidade do grupo tende a produzir mais declarações de intenção do que ações coordenadas.

O documento reitera a defesa da reforma das instituições de Bretton Woods e do Conselho de Segurança da ONU, pautas históricas do Brics desde sua criação, como forma de corrigir a sub-representação do Sul Global e democratizar as estruturas de governança global. Contudo, mais uma vez, esse compromisso aparece revestido de uma retórica protocolar, progressista no tom, mas frágil em conteúdo.

‘A Declaração evita enfrentar os reais bloqueios políticos à concretização dessas reformas’

A Declaração do Rio de Janeiro reafirma “aspirações legítimas” de maior participação de países como o Brasil e a Índia, mas evita enfrentar os reais bloqueios políticos à concretização dessas reformas, inclusive os que partem de dentro do próprio grupo.

É notório, por exemplo, o silêncio sobre a resistência da China em aceitar a ampliação dos assentos permanentes do Conselho de Segurança da ONU com direito a veto. Ao mesmo tempo, a Rússia, embora tenha reiterado seu apoio nominal à reivindicação brasileira e indiana, permanece alinhada à defesa do status quo que lhe garante poder privilegiado no sistema das Nações Unidas. Não há qualquer indício de que o país esteja disposto a abrir mão de prerrogativas estratégicas, como o veto no CSNU, ou a apoiar reformas que, mesmo indiretamente, possam diluir sua centralidade geopolítica. Em outras palavras, os dois membros permanentes do grupo tendem a instrumentalizar a defesa da reforma como ferramenta de soft power perante o Sul Global, ao mesmo tempo em que protegem zelosamente seus próprios privilégios institucionais.

‘O grupo permanece mais reativo do que propositivo frente à hegemonia financeira ocidental’

No caso das instituições financeiras de Bretton Woods, o padrão se repete. A demanda por maior representação dos países em desenvolvimento no FMI e no Banco Mundial é justa e urgente, mas novamente esbarra na falta de mecanismos políticos concretos para sua implementação. A ausência de um fundo próprio do Brics, ou de uma proposta de alternativa real ao dólar como moeda de reserva global, demonstra que o grupo permanece mais reativo do que propositivo frente à hegemonia financeira ocidental.

Além disso, o apoio do Brics à “transparência e meritocracia” nos processos de nomeação em organismos internacionais, embora desejável, torna-se contraditório quando se observa o comportamento de alguns membros do grupo, como a Rússia, que têm reiteradamente contestado ou obstruído instâncias multilaterais quando estas são desfavoráveis aos seus interesses, inclusive com acusações sistemáticas de viés político.

‘É na política internacional que a inconsistência do Brics se torna mais gritante’

É na política internacional que a inconsistência do Brics se torna mais gritante. A Declaração dedica longos parágrafos à condenação das ações de Israel em Gaza, ao apoio irrestrito à causa palestina e à denúncia das sanções unilaterais impostas pelos Estados Unidos e seus aliados. No entanto, a retórica de indignação é seletiva e reveladora: silencia quase completamente sobre as ações agressivas da Rússia na Ucrânia e se limita a expressar “profunda preocupação” com os ataques contra o Irã, país aliado da Rússia e da China.

A guerra da Ucrânia, que já dura mais de três anos, com extensa destruição de cidades, deportação de crianças e uso sistemático de ataques contra infraestrutura civil, é mencionada apenas no parágrafo 22 da Declaração, em linguagem diplomática estéril, sem qualquer condenação à Rússia. A menção à “Iniciativa Africana de Paz” e ao “diálogo” soa como uma cortina de fumaça para mascarar a conivência do grupo com a agressão russa. O país não é tratado como parte de um conflito violento e ilegal, mas como um ator legítimo na busca por uma solução.

O contraste com o tratamento dado a Israel é evidente. A Declaração do Brics dedica seis parágrafos à condenação da atuação israelense em Gaza, referindo-se a ela como ocupação ilegal e fazendo referência explícita às medidas cautelares da Corte Internacional de Justiça (CIJ) no processo movido pela África do Sul, que acusa Israel de genocídio. Ainda que haja razões legítimas para críticas severas à condução da guerra por parte do governo israelense, o tom do documento não encontra paralelo na abordagem de outros conflitos com níveis de violência e desrespeito ao direito internacional igualmente graves.

‘O Brics adota um discurso seletivo dos direitos humanos, utilizado como instrumento de crítica à ordem liberal ocidental, mas sem compromisso universal com os princípios que dizem defender’

Essa assimetria moral revela uma estratégia política deliberada: o Brics adota um discurso seletivo dos direitos humanos, utilizado como instrumento de crítica à ordem liberal ocidental, mas sem compromisso universal com os princípios que dizem defender.

A omissão sobre os crimes de guerra cometidos pela Rússia, as violações sistemáticas de direitos humanos no Irã ou a perseguição política em Belarus, expõe a lógica de conveniência geopolítica por trás do discurso do “Sul Global”. Direitos humanos, neste enquadramento, não são valores universais, mas ferramentas táticas mobilizadas conforme o alinhamento ideológico e estratégico dos países envolvidos.

‘O Brasil assume nessa Declaração um papel ambíguo e desconfortável’

O Brasil, que historicamente buscou se projetar como mediador equidistante e defensor do direito internacional, assume nessa Declaração um papel ambíguo e desconfortável.

Ao endossar, sem reservas, a narrativa russa sobre a guerra na Ucrânia e ao silenciar sobre a repressão no Irã, o governo brasileiro arrisca sua credibilidade como ator normativo e afasta-se de sua tradição diplomática de defesa consistente do multilateralismo, da solução pacífica de controvérsias e dos direitos humanos como valores universais. Ao mesmo tempo, critica duramente Israel, com razão em muitos aspectos, mas sem oferecer qualquer autocrítica ou menção a atrocidades cometidas por outros atores, como o Hamas, cuja prática de ataques a civis também fere gravemente o direito humanitário internacional.

Essa seletividade compromete o potencial do Brics como articulador legítimo de uma ordem internacional mais justa. Ao invés de oferecer uma alternativa normativa aos vícios da ordem liberal liderada pelos EUA, muitas vezes hipócrita e pautada por interesses, o grupo apenas reproduz outra forma de cinismo geopolítico, agora travestido de solidariedade ao Sul Global. O risco, portanto, é o Brics transformar-se em um espelho invertido do Ocidente que critica: uma coalizão de conveniência, disposta a defender “direitos” quando isso convém, mas indiferente quando os abusos partem de seus próprios aliados.

‘O Brasil perde uma oportunidade histórica de afirmar uma política externa verdadeiramente autônoma, baseada em valores consistentes e comprometida com a universalização dos direitos’

O Brasil, ao se alinhar a essa lógica na Declaração do Rio de Janeiro, perde uma oportunidade histórica de afirmar uma política externa verdadeiramente autônoma, baseada em valores consistentes e comprometida com a universalização dos direitos. Ao evitar qualquer crítica à Rússia e ao Irã, ao mesmo tempo em que lidera os ataques verbais contra Israel e denuncia genericamente os “abusos do Ocidente”, o país dilui sua tradição diplomática e se subordina a uma agenda que não controla, e que muitas vezes contradiz seus próprios interesses e valores.

A Cúpula do Rio, portanto, marca mais uma oportunidade perdida. O Brics segue sendo um fórum de grande potencial simbólico, mas ainda incapaz de oferecer um projeto robusto, coeso e transformador para o Sistema Internacional.

Sem enfrentar suas próprias contradições, o bloco arrisca-se a tornar-se irrelevante como alternativa real à ordem global existente. Pior: pode se tornar apenas mais um instrumento geopolítico a serviço de potências revisionistas, com retórica emancipatória, mas prática seletiva e inconsequente. O desafio do Brics, hoje, não é apenas o de ganhar espaço no sistema internacional é o de merecê-lo.

Karina Stange Calandrin é colunista da Interesse Nacional, professora de relações internacionais no Ibmec-SP e na Uniso, pesquisadora de pós-doutorado do Instituto de Relações Internacionais da USP e doutora em relações internacionais pelo PPGRI San Tiago Dantas (Unesp, Unicamp e PUC-SP).

Artigos e comentários de autores convidados não refletem, necessariamente, a opinião da revista Interesse Nacional

 

Vidas Paralelas: Rubens Ricupero e Celso Lafer nas relações internacionais do Brasil - livro de Paulo Roberto de Almeida (Rio de Janeiro: Ateliê de Humanidades, 2025)

Próximo livro: quase pronto para impressão:


Vidas Paralelas: Rubens Ricupero e Celso Lafer nas relações internacionais do Brasil
(Rio de Janeiro: Ateliê de Humanidades, 2025)
Sumário
PREFÁCIO – Fernando de Mello Barreto
A TÍTULO DE APRESENTAÇÃO: UMA NOTA PESSOAL SOBRE MINHAS AFINIDADES ELETIVAS
1. UMA HISTÓRIA INTELECTUAL: PARALELAS QUE SE CRUZAM
Por que uma história intelectual paralela?
Por que vidas paralelas numa história intelectual?
Quão “paralelos” são Rubens Ricupero e Celso Lafer?
A importância de Ricupero e de Lafer nas relações
internacionais do Brasil
O sentido ético de uma vida dedicada à construção do Brasil
2. RUBENS RICUPERO: UM PROJETO PARA O BRASIL NO MUNDO
Do Brás italiano para o Rio de Janeiro cosmopolita
Um começo desconcertante na vida diplomática
Uma carreira progressivamente ascendente, pela via amazônica
Afinidades eletivas com base no estudo do Brasil e no conhecimento do mundo
Professor de diplomatas e de universitários, no Instituto Rio Branco e na UnB
O assessor internacional e o Diário de Bordo da viagem de Tancredo Neves
O Brasil no sistema multilateral de comércio
O mais importante plano de estabilização da história econômica brasileira
UNCTAD: a batalha pela redução das desigualdades globais
Um pensador internacionalista, o George Kennan brasileiro
A figura incontornável de Rio Branco, o paradigma da ação diplomática
Brasil: um futuro pior que o passado?
O Brasil foi construído pela sua diplomacia? De certo modo, sim
Quais as grandes leituras de Rubens Ricupero?
3. CELSO LAFER: UM DOS PAIS FUNDADORES DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS NO BRASIL
A abertura de asas de um intelectual promissor
A tese de Cornell sobre o Plano de Metas de JK
Irredutível liberal: ensaios e desafios
As relações econômicas internacionais: reciprocidade de interesses
A trajetória de Celso Lafer nas relações internacionais do Brasil
Direitos humanos: a dimensão moral do trabalho intelectual
Um diálogo permanente com Hannah Arendt
Norberto Bobbio: afinidades eletivas com o sábio italiano
A aventura da revista Política Externa e seu papel no cenário editorial
A diplomacia na prática: a primeira experiência na chancelaria, 1992
A diplomacia na prática: a segunda experiência na chancelaria, 2001-2002
No templo dos imortais: “intelectual militante” e “observador participante”
O judaísmo laico de Lafer e a unidade espiritual do mundo de Zweig
Uma coletânea dos mais importantes artigos num amplo espectro intelectual
4. PARALELAS CONVERGENTES: CONSIDERAÇÕES FINAIS
Bildung pessoal nas relações internacionais do Brasil
A dupla dimensão das vidas paralelas
Dois “professores” e não só de política externa
A République des Lettres do Itamaraty e dois dos seus representantes
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ADB relança o projeto ‘Prata da Casa’: minha história nesse capítulo - Paulo Roberto de Almeida

ADB relança o projeto ‘Prata da Casa’: minha história nesse capítulo

Paulo Roberto de Almeida, diplomata, professor.
Comentário a projeto recém-lançado pela ADB, no sentido de retomar o projeto Prata da Casa, provavelmente em novas bases.

No dia 24 de julho de 2025, fui surpreendido com uma nota da ADB, Associação (e Sindicato) dos Diplomatas Brasileiros, cujo teor está transcrito in fine, após a minha própria resposta aos novos colegas da ADB (da qual já fui Vice-Presidente, em tempos outros). Creio que minha explanação, abaixo, é autoexplicativa, mas recomendo, em todo caso, uma leitura prévia da nota da ADB dando notícia do início de um novo projeto da Associação.
"Caros colegas,
Durante praticamente 20 anos eu mantive, praticamente sozinho, uma seção, no antigo Boletim, depois Revista da ADB, chamada justamente Prata da Casa, que consistia, por necessidade de concisão, dado o espaço alocado às demais matérias, de “mini-resenhas” de quase todos os livros publicados pelos diplomatas, ou que pelo menos chegavam as minhas mãos, a maior parte teses de CAE ou outras publicações da Funag, ou seja, realmente “Prata da Casa”, mas alguns outros livros, romances, poesias ou livros de história ou política, publicados por editoras comerciais.
Foi uma relativamente enorme sucessão de miniresenhas, algumas centenas delas. Depois, a Funag me convidou para publicar todo esse material num livro de quase 600 páginas, prefaciado pelo então presidente da Funag. Ocorreu, porém, dados os sacrossantos dogmas da hierarquia e disciplina, que quiseram censurar ou retirar uma ou duas resenhas – se bem me lembro sobre o Mercosul, já andando de lado nos anos 2010 – e eu simplesmente objetei a que isso fosse feito. Pois bem, a Funag não publicou esse livro compêndio de resenhas, e eu mesmo decidi colocar todo o material à disposição dos interessados, num livro digital incorporado à minha página na plataforma Academia.edu (coloco abaixo os links apropriados).
Pouco tempo depois ocorreu uma outra censura contra um dos livros resenhados, por acaso um livro meu, pois também tenho o direito, acredito, de escrever e de ser lido como um autor “prata da Casa”. Não concordei com a medida, pois se tratava de um livro sobre diplomacia (e nem era o meu “Nunca Antes na Diplomacia”, 2014), se bem lembro o “Contra a Corrente: ensaios contrarianistas sobre as relações internacionais do Brasil” (2019).
Por isso, meus cumprimentos pela iniciativa da ADB de reviver o projeto Prata da Casa, pois acredito que os diplomatas merecem ser lido, se não os livros inteiros, pelo menos resenhas e apresentações.
Que seja um projeto bem conduzido. Vou colaborar, se e quando convidado pelos responsáveis.
Abaixo, uma pequena relação de meus livros digitais sobre os livros dos diplomatas, na verdade começou por resenhas mais amplas, como dos livros do meu colega Fernando Mello Barreto (Os Sucessores do Barão), e depois pelo Prata da Casa, como seção do Boletim ADB. Os dois primeiros foram estes, mas dispenso-me de transcrever as dezenas de outros, durante mais de 18 anos:
1440. Prata da Casa – Boletim ADB, Abril-Junho 2005”, Brasília, 7 jun. 2005, 2 p. Apresentação dos livros: (a) José Flávio Sombra Saraiva e Amado Luís Cervo (orgs.): O crescimento das relações internacionais no Brasil (Brasília: Instituto Brasileiro de Relações Internacionais, 2005; 308 p.); (b) Paulo Roberto de Almeida: Formação da Diplomacia Econômica no Brasil: as relações econômicas internacionais no Império (2. edição. São Paulo: Editora Senac; Brasília: Funag, 2005; 680 p.). Publicado no Boletim ADB (Brasília: ADB, a. 13, n. 49, abr./jun. 2005, p. 25). Relação de Publicados n. 566.
1459. “Prata da Casa”, Brasília, 17 ago. 2005, 4 p. Notas sobre os livros Felipe Fortuna: Em Seu Lugar: Poemas Reunidos(Rio de Janeiro: Barléu Edições, 2005, 248 p.); José Vicente Lessa: O auto-engano coletivo: uma crítica do ideário nacional brasileiro (São Paulo: Edições Inteligentes, 2005, 238 p.); Alberto da Costa e Silva: Das mãos do oleiro: aproximações (Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2005, 240 p.) e Centro de História e Documentação Diplomática: A Missão Varnhagen nas Repúblicas do Pacífico: 1863 a 1867 (Rio de Janeiro: CHDD; Brasília: FUNAG, 2005. v. 1: 1863 a 1865. 592 p.; v. 2: 1866 a 1867, 508 p.). Publicadas no Boletim ADB (Brasília: a. XII, n. 50, jul./set. 2005, p. 24-25). Relação de Publicados n. 586.
Estes são os livros, depois que a Funag renunciou, ou foi renunciada, a publicar a coletânea (informo primeiro sobre o projeto, em duas fichas de registro):
2525. “Prata da Casa: obras publicadas de diplomatas”, Brasília, 27 outubro 2013, 9 p. Projeto de livro para ser editado pela Funag com todas as mini-resenhas, constante de Prefácio; Introdução; Prata da Casa: os livros escritos pelos diplomatas (compilação); outras resenhas de livros de diplomatas; Índice alfabético de autores e livros; Livros de Paulo Roberto de Almeida. Aceito pela Funag. Obstado pelo novo presidente, segundo comunicação telefônica do presidente anterior, a propósito de trechos sobre Mercosul; decisão de não publicar pela Funag, e de tornar um livro eletrônico livremente disponível, em nova edição com ajustes posteriores no Prefácio e na Introdução (em 2014).
2528. “Prata da Casa: os livros dos diplomatas”, Hartford, 8 novembro 2013, 50 p. Índice alfabético de autores e livros para o volume compilando todas as mini-resenhas preparadas para o Boletim da ADB, seção Prata da Casa, muitas resenhas de livros de diplomatas, inéditas ou publicadas em revistas diversas, e várias outras resenhas de livros de terceiros, interessando os diplomatas e acadêmicos; consolidado em arquivo de expediente, com Prefácio e Introdução. Encaminhado à Funag.
2533. Prata da Casa: os livros dos diplomatas, Hartford, 11 novembro 2013, 691 p. Compilação das resenhas mais importantes de livros de diplomatas e acadêmicos de livros da área, com Prefácio, Introdução, Índice Alfabético de Autores e Livros e demais informações de expediente. Enviado à Funag, para o setor de publicações. Correspondência para [presidente da Funag] com sugestão de Prefácio (livro de Novembro 2013; disponível nestes links: 1) Research Gate: https://www.researchgate.net/.../258499134...; divulgado neste link: http://diplomatizzando.blogspot.com/.../prata-da-casa-os...); 2) Academia.edu; https://www.academia.edu/.../2533_Prata_da_Casa_os_livros...). Restruturado em duas alternativas, em função de dimensões exageradas na versão diagramada (1.200 p.), e oferecido em versão reduzido, apenas com escritores brasileiros, e em versão de edições nacionais, incluindo autores estrangeiros com livros publicados no Brasil, de dimensões médias; selecionada esta última versão (dihttp://diplomatizzando.blogspot.com/2014/07/prata-da-casa-os-livros-dos-diplomatas.html/download_file). Revisto em 16 de julho de 20https://www.academia.edu/5763121/Prata_da_Casa_os_livros_dos_diplomatas_Edicao_de_Autor_2014_lomatizzando.blogspot.com/2014/07/prata-da-casahttps://www.academia.edu/attachments/34209509/download_file?s=work_strip&ct=MTQwNzAwODExOCwxNDA3MDExMjI5LDc4NTEwNjYa_Casa_os_livros_doshttps://www.researchgate.net/publication/269701236_Prata_da_Casa_os_livros_dos_diplomatas?ev=prf_pub.edu/attachments/34209509/download_file?s=work_strip&ct=MTQwNzAwODExOCwxNDA3MDExMjI5LDc4NTEwNjY; Researchgate.net: https://www.researchgate.net/.../269701236_Prata_da_Casa...; DOI: 10.13140/2.1.4908.9601). Relação de Publicados n. 1136.
2693. Polindo a Prata da Casa: mini-resenhas de livros de diplomatas, Hartford, 16 outubro 2014, 124 p. Nova edição resumida do Prata da Casa, restruturada em partes e contando apenas as mini-resenhas preparadas para o Boletim ADB. Serviu de base para publicação em formato Kindle (Amazon Digital Services: Kindle edition, 2014, 151 p. 484 KB; ASIN: B00OL05KYG; DOI: 10.13140/2.1.4630.4325; disponível na Amazon; link: http://www.amazon.com/dp/B00OL05KYG; e na plataforma Academia.edu; link: https://www.academia.edu/.../23_Polindo_a_Prata_da_Casa...). Prefácio e Sumário disponíveis no blog Diplomatizzando (link: http://diplomatizzando.blogspot.com/.../mini-resenhas-de...). Relação de Publicados n. 1146.
2707. Codex Diplomaticus Brasiliensis: livros de diplomatas brasileiros, Hartford, 2 novembro 2014, 326 p. Livro digital, em edição de autor, composto de resenhas de livros de diplomatas, já publicadas no Prata da Casa. Tornado disponível na plataforma Academia.edu (link: https://www.academia.edu/.../24_Codex_Diplomaticus...) e em formato Kindle (1118 KB; 444 p.; ASIN: B00P6261X2; link: http://www.amazon.com/dp/B00P6261X2); Researchgate.net (DOI: 10.13140/2.1.2008.9927). Relação de Publicados n. 1148.
2710. Rompendo Fronteiras: a Academia pensa a Diplomacia, Hartford, 4 novembro 2014, 414 p. Livro de resenhas de não-diplomatas, completando os dois anteriores na série de três derivados do Prata da Casa. Editado em formato Kindle (1202 KB, ASIN: B00P8JHT8Y; link: http://www.amazon.com/dp/B00P8JHT8Y). Disponibilizado na plataforma Academia.edu (link: https://www.academia.edu/.../25_Rompendo_Fronteiras_a...). Researchgate.net (DOI: 10.13140/2.1.4106.1447). Informado no blog Diplomatizzando (link: http://diplomatizzando.blogspot.com/.../rompendo...). Relação de publicados n. 1149.
Finalmente, e encerro, estas foram minhas DUAS ÚLTIMAS RESENHAS, na seção Prata da Casa da então Revista da ABD. A segunda, como podem ver, tinha uma minha resenha de um livro meu, objeto de censura. Deixei então de colaborar com a seção e com a Revista:
3380. “Mini-resenhas para o Prata da Casa”, Brasília, 19 dezembro 2018, 4 p. Notas sobre os seguintes livros: 1) Raffaelli, Marcelo: Guerras europeias, revoluções americanas: Europa, Estados Unidos e a independência do Brasil e da América Espanhola (São Paulo: Três Estrelas, 2018; 380 p.; ISBN: 978-85-68493-54-0); 2) Lima, Sergio Eduardo Moreira; Farias; Rogério de Souza (orgs.): A palavra dos chanceleres na Escola Superior de Guerra (1952-2012) (Brasília: Funag, 2018; 738 p.; ISBN: 978-85-7631-780-7; coleção Política externa brasileira); 3) Barbosa, Rubens: Um diplomata a serviço do Estado: na defesa do interesse nacional: depoimento ao Cpdoc(Rio de Janeiro: FGV Editora, 2018; 300 p.; ISBN: 978-85-225-2078-7) [revisar e incluir no Prata da Casa]
3482. “Prata da Casa, março a junho de 2019”, Brasília, 26 junho 2019; Catalão, 4 novembro 2019, 4 p.; Notas sobre os seguintes livros: (1) Lampreia, Luiz Felipe: Diplomacia brasileira: palavras, contextos e razões (Rio de Janeiro: Lacerda, 1999, 420 p.; ISBN: 85-7384-043-0); (2) Amorim, Celso: Breves narrativas diplomáticas (São Paulo: Benvirá, 2013, 168 p.; ISBN: 978-85-8240-025-8); (3) Amorim, Celso: Discursos, palestras e artigos do chanceler Celso Amorim, 2003-2010 (Brasília: Ministério das Relações Exteriores, 2011, 2 vols.; 316 p. e 260 p.; ISBN: 978-85-60123-01-8); (4) Amorim, Celso: Teerã, Ramalá e Doha: memórias da política externa ativa e altiva (São Paulo: Benvirá, 2015, 520 p.; ISBN: 978-85-8240-171-2); (5) Danese, Sérgio: A escola da liderança: ensaios sobre a política externa e a inserção internacional do Brasil (Rio de Janeiro: Record, 2009, 278 p.; ISBN: 978-85-01-08595-5); (6) Lafer, Celso: Relações internacionais, política externa e diplomacia brasileira: pensamento e ação (Brasília: Funag, 2018, 2 vols., 1437 p.; 1º. vol., ISBN: 978-85-7631-787-6; 762 p.; 2o. vol., ISBN: 978-85-7631-788-3, 675 p.); (7) Almeida, Paulo Roberto de: Contra a corrente: Ensaios contrarianistas sobre as relações internacionais do Brasil (2014-2018) (Curitiba: Appris, 2019, 247 p.; ISBN: 978-85-473-2798-9); 8) Almeida, Paulo Roberto de:Miséria da diplomacia: a destruição da inteligência no Itamaraty (Boa Vista: Editora da UFRR, 2019, 165 p., ISBN: 978-85-8288-201-6: livro impresso; ISBN: 978-85-8288-202-3: livro eletrônico). Postado antecipadamente no blog pessoal, Diplomatizzando (link: https://diplomatizzando.blogspot.com/.../prata-da-casa...). Publicado (menos as resenhas 7 e 8, na Revista da ADB (Brasília: Associação dos Diplomatas Brasileiros, ano XXVI, n. 100, julho a dezembro de 2019, p. 46-48; ISSN: 0104-8503)]. Divulgada no blog Diplomatizzando (20/12/2019; link: https://diplomatizzando.blogspot.com/.../prata-da-casa...). Relação de Publicados n. 1324.
Esta é toda a minha história nesse capítulo “Prata da Casa”, um canal pelo qual divulguei CENTENAS de obras dos diplomatas, sempre ilustradas pelas capas dos livros, que eu mesmo fazia em jpg e enviava à ADB.
Saúdo os novos colegas no empreendimento e desejo pleno sucesso.
O abraço do
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Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 5005, 24 julho 2025, 4 p.
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Em 24 de jul. de 2025, à(s) 15:56, ADB Sindical escreveu:
A ADB Sindical tem o prazer de lançar o Prata da Casa, um projeto criado para valorizar a criatividade e o talento artístico das pessoas da carreira diplomática. A iniciativa tem como objetivo divulgar produções autorais de diplomatas filiados e filiadas, em atividade ou aposentados e aposentadas, nas mais diversas expressões culturais.
Se você possui trabalhos autorais em áreas como literatura, artes plásticas, ilustração ou ensaios reflexivos, esta é a chance de mostrar o seu talento para toda a comunidade!
Para participar, envie a obra a ser publicada para o e-mail xxxxx. A entidade entrará em contato com os interessados para alinhar a divulgação do material.

Postagem em destaque

Livro Marxismo e Socialismo finalmente disponível - Paulo Roberto de Almeida

Meu mais recente livro – que não tem nada a ver com o governo atual ou com sua diplomacia esquizofrênica, já vou logo avisando – ficou final...