Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, em viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas.
O que é este blog?
Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;
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quinta-feira, 13 de setembro de 2012
Venezuela e direitos humanos: paralelas infinitas?
Venezuela: esquizofrenia cambial, loucuras politicas...
Paulo Roberto de Almeida
Economia e Negócios
Venezuela: Chávez descarta ajuste da taxa de câmbio oficial no país
- Na Venezuela vigora desde 2003 um duro controle do câmbio, que fixa o dólar em 4,3 bolívares, enquanto existe um mercado parapelo no qual a moeda americana é vendida a um preço muito maior, cujo valor é proibido difundir por lei.
“Nós não temos previsto nenhum ajuste do câmbio, acreditamos que as variáveis macroeconômicas estão bastante estabilizadas, a política cambiária está funcionando”, disse Chávezdurante coletiva.
Na Venezuela vigora desde 2003 um duro controle do câmbio, que fixa o dólar em 4,3 bolívares, enquanto existe um mercado parapelo no qual a moeda americana é vendida a um preço muito maior, cujo valor é proibido difundir por lei.
Questionado se as condições cambiárias atuais prejudicam a entrada da Venezuela no Mercosul – do qual também fazem parte Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai -, Chávez assegurou que o ingresso no bloco regional, que seu país formalizou no final de julho, “não depende de elementos” como esse.
“Nossa incorporação com êxito ao Mercosul, como estamos certos de que vai acontecer ou começou a acontecer, não depende de elementos tão específicos como este, depende do desenvolvimento real da economia”, que está “muito sólida”, afirmou.
Empresários venezuelanos afirmam que o controle cambiário é o grande entrave para as exportações e só beneficia as importações, majoritárias no modelo venezuelano, uma vez que o país importa, por exemplo, 70% dos alimentos que consome.
Esta situação, advertem, só beneficiaria os gigantes do bloco regional, como Brasil e Argentina.
Livro "Brasil-Venezuela"- Thiago Gehre Galvão
Mundorama, 12 Sep 2012
A Editora Fino Traço, o Centro de Estudos sobre o Pacífico e o Instituto de Relações Internacionais da Universidade de Brasília anunciam a publicação do livro ”Uma história de parceria: as relações entre Brasil e Venezuela (1810-2012)”, de Thiago Gehre Galvão, professor da Universidade Federal de Roraima.
Desde o início do século XIX, Venezuela e Brasil promoveram um gradual entrelaçamento político e diplomático concernente a acertos fronteiriços e comerciais, o que culminou em um modo de vida bilateral. A baixa profundidade dos contatos internacionais e as constantes flutuações conjunturais internas colocaram os dois vizinhos em um compasso de espera. Incompatibilidades ideológicas, crises diplomáticas e uma espécie de ressentimento adormecido, nas duas sociedades, e em suas chancelarias, faziam aflorar o caráter relutante do relacionamento bilateral. Da suspensão das relações diplomáticas, em 1964, sucedeu o entendimento, pela desconstrução de rivalidades e pelo florescimento das “forças econômicas”. A partir de 1979, duas ondas de adensamento redefiniram e atualizaram os parâmetros conceituais e práticos do eixo Brasília-Caracas e deram consistência à multidimensionalidade do relacionamento bilateral, sendo formalizada nos anos 1990 com o protocolo de La Guzmania. Nos anos 2000, a aproximação definitiva foiancorada em uma carteira de projetos infraestruturais e energéticos, amparados por um diálogo de alto nível, o que levou à constituição de uma “aliança estratégica” entre 2003 e 2006. Motivados, em grande medida, pelas críticas da opinião pública e dosParlamentos, assim como pela atuação construtiva do empresariado, os governos brasileiro e venezuelano efetuaram ajustes em suas relações bilaterais, entre 2007 e 2012, que serviram para confirmar o sentido estratégico da parceria.
Acesse aqui a apresentação e a introdução deste livro.
Este livro pode ser adquirido nas melhores livrarias, ou diretamente no site da Editora Fino Traço – clique aqui para comprá-lo.
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Venezuela: para que debate presidencial?
Elecciones Presidenciales 2012
Venezuela: Chávez rechaza el debate con Capriles y le tilda de “la nada”
Caracas, 11 de septiembre de 2012
- El presidente venezolano afirmó que "no hay debate posible con la nada, no hay argumentos", y señaló que Capriles debería debatir con sectores de la oposición que en los últimos días se han desmarcado de la propuesta que encabeza el exgobernador por un supuesto documento que demostraría un "paquetazo" económico oculto.
- Chávez también se refirió a la próxima salida de su vicepresidente ejecutivo, Elías Jaua, quien se presentará precisamente como candidato a la gobernación de Miranda, y dijo que está buscando alguien para reemplazarle, aunque no adelantó quién será.
El plan B de Chávez
“¿Un debate con quién?, con la nada, ¿qué se va a debatir? No hay debate posible”, dijo Chávez, al ser preguntado por la propuesta lanzada por el candidato opositor el pasado viernes.
“Yo reto al Gobierno, en cualquier rincón del país, vamos a debatir nuestras propuestas de Gobierno”, dijo el viernes Capriles, abogado de 40 años y exgobernador del céntrico estado Miranda, al asegurar que el único debate que propone Chávez es el de los “insultos”.
El presidente venezolano afirmó que “no hay debate posible con la nada, no hay argumentos”, y señaló que Capriles debería debatir con sectores de la oposición que en los últimos días se han desmarcado de la propuesta que encabeza el exgobernador por un supuesto documento que demostraría un “paquetazo” económico oculto.
“El debate que deberían dar es con esos que están pidiendo un debate”, añadió Chávez, en alusión a una petición de un diputado opositor que reclamó conversar sobre esa supuesta propuesta económica oculta, reiteradamente desmentida por Capriles.
El candidato opositor ha asegurado que ese supuesto “paquetazo” es un documento “forjado” y respondería a una estrategia de “guerra sucia” por parte del Gobierno.
Chávez volvió a asegurar que el próximo 7 de octubre ganará a Capriles por “nocaut” y reiteró que aspira a llegar al 70 % de los votos, para asegurarse un cuarto mandato para el periodo 2013-2019.
De nuevo volvió a defender que la opción que encabeza representa la tranquilidad y la estabilidad y llamó a las clases pudientes a que le respalden en las urnas para que puedan seguir haciendo negocios con un clima de normalidad.
Lo que “tendrían que votar es por Chávez por la tranquilidad del país”, dijo.
Insistió en que “si alguien pretende desmontar” las políticas públicas de apoyo a las clases desfavorecidas del país pudiera hacer volver “a atrás” al país “y generar en Venezuela un proceso de desestabilización”.
Chávez también se refirió a la próxima salida de su vicepresidente ejecutivo, Elías Jaua, quien se presentará precisamente como candidato a la gobernación de Miranda, y dijo que está buscando alguien para reemplazarle, aunque no adelantó quién será.
Igualmente confirmó a Nicolás Maduro como canciller.
Livro “Economia e Politica das Relacoes Internacionais” - Eiiti Sato
Guerra do Paraguai: novas abordagens - livro publicado
Se trata da verdadeira Guerra do Paraguai, como abaixo.
Paulo Roberto de Almeida
quarta-feira, 12 de setembro de 2012
Memorias de um economista centenario - Alexandre Schwartsman
O ciclo de juros baixos dos países avançados vai terminar, e eles vão ter de aumentar os juros em algum momento; aí eu prevejo - vejam como eu sou "experto" - calotes em série no Brasil e aumento geral da inadimplência, retração dos investimentos em carteira, eventual fuga de capitais, enfim, desvalorização e quebra de alguns "ispertos".
Também sei prever que a Argentina, pela "enésima" vez -- mas esta previsão é ainda mais fácil -- vai ter uma crise cambial, fuga de capitais, desvalorização, pobreza, manifestações, violência política, enfim, essas coisas que eles já conheceram cinco ou seis vezes nos últimos 70 ou 80 anos.
Também sei prever que os governos vão continuar irresponsáveis, emitindo dinheiro ou fazendo dívida pública, e depois produzindo um pouco de inflação para "honrar seus compromissos", pagando em moeda desvalorizada.
Eu sei prever um monte de coisas, mas obviamente tudo isso é chute, pois eu não tenho as virtudes de economista do articulista abaixo.
Paulo Roberto de Almeida
Leia mais em:
Diplomatas e engenheiros: um depoimento sobre o Paraguai - Coriolando Beraldo
Diplomacia e diplomatas
Coriolando BeraldoMonitor Digital, 11/09/2012 - 20:22:29
Desde a guerra da Tríplice Aliança e depois que o Paraguai preferiu construir em parceria com o Brasil a Usina Hidrelétrica de Itaipu, postergando a hipótese de construir com a Argentina a usina de Yaciretá Apipê e até mesmo participar da usina de Corpus, nosso governo não toma uma atitude tão equivocada como essa.
Nossas relações com o Paraguai, com a parceria para construção da Usina Hidrelétrica de Itaipu, foram reconstruídas desde as negociações do tratado que permitiu a execução do gigantesco projeto através um processo de competência diplomática, determinação dos nossos governantes e dedicação dos nossos negociadores.
Pouco ou quase nada se escreveu até agora sobre Itaipu. Muito se fala sobre a monumental usina geradora de energia elétrica. Mas sobre o ente binacional constituído para tornar viável jurídica e fisicamente a usina há um incompreensível silêncio oficial e da própria imprensa.
O tratado celebrado entre Brasil e Paraguai que regulou e regula, com todas as alterações já inseridas, os procedimentos legais observados pelos dois países em relação à obra e à empresa constituída para gerir e operar a usina, discutido durante anos, constitui um dos mais importantes documentos já negociados pela diplomacia brasileira.
Mario Gibson Barbosa, Expedito Rezende, João Hermes Araujo são nomes da diplomacia brasileira presentes na história da construção dessa estrutura pioneira no Brasil, a empresa binacional, destinada a conduzir a gigantesca obra da usina hidrelétrica de Itaipu.
Naquele tempo, se discutia os interesses do Brasil. Ante o Paraguai, parceiro na obra, e ante a Argentina, que tudo fez para evitar que a obra se viabilizasse, a diplomacia brasileira empregou toda a sua inteligência e competência nas negociações do tratado, documento fundamental para tornar possível a conciliação dos interesses dos dois países.
Naquele tempo a diplomacia brasileira não estava atrelada a um processo de governo voltado para a defesa de ideologias sem compromisso com o país. Não havia esse simulacro de união regional chamado de Mercosul, associação esdrúxula em que Argentina e Venezuela se juntaram para estimular outros integrantes a explorarem o Brasil.
A fragilidade dos princípios patrióticos presentes nos métodos de governar da safra de políticos que ascendeu com Lula só não é maior que a irresponsabilidade com que governam. O populismo impregnado em suas ações, a desastrosa confrontação das regras legais com o cinismo da oferta de soluções para problemas sociais imediatos e a facilidade com que se carreia caminhões de dinheiro público para os bolsos de ladrões, impunemente, autorizam os vizinhos a quererem participar do butim.
No caminho das obras de Itaipu avançavam as discussões sobre os aspectos relacionados à utilização da energia gerada e todas a atenções se voltaram para o fato de que a frequência da corrente elétrica era diferente no Brasil e no Paraguai.
O problema era sério e a hora de soluciona-lo havia chegado. O governo paraguaio, na época Alfredo Stroessner era o presidente, na mesa de negociações, tentou obter do governo brasileiro, Ernesto Geisel era o presidente, um empréstimo de muitos, mas muitos milhões de dólares, para modificar a ciclagem no Paraguai, algo absolutamente impensável.
Geisel foi duro, negou-se a admitir a hipótese e, após estudar as alternativas que lhe foram submetidas por Costa Cavalcanti, diretor geral da empresa binacional, decidiu que a energia para o Paraguai seria entregue pela usina na frequência do país vizinho, solução tecnicamente viável.
Como a frequência no Paraguai era de 50hz e no Brasil, de 60hz, e pelo tratado cada um dos parceiros tinha direito a metade da energia gerada, assegurada ao Brasil a aquisição preferencial da energia que não fosse utilizada pelo Paraguai, a decisão do governo brasileiro foi no sentido de que a Itaipu binacional gerasse em 50hz com metade dos seu geradores e em 60hz a outra metade.
Assim, em vez de transferir para o Paraguai algo em torno de US$ 400 milhões, o governo brasileiro, através da Eletrobras e de Furnas, investiu na construção do chamado linhão de 500kv, em corrente contínua, entre Foz do Iguaçu (Paraná) e Ibiuna (São Paulo), garantindo empregos, impostos, fornecedores, indústria e comercio nacionais.
Como naquele tempo homens responsáveis pela gestão de recursos públicos, no Brasil, se davam o respeito, a solução dada pelo governo brasileiro afinal foi aceita pelo governo paraguaio sem que tivesse sido necessário enviar a Assunção o chanceler brasileiro para convencer Alfredo Stroessner ou o Congresso paraguaio.
Brasileiros e paraguaios sentaram-se à mesa de negociações durante meses, muitos meses, até que se conhecessem o bastante para confiar uns nos outros, quando foi constituída a Itaipu binacional, e passaram a se reunir regularmente seus diretores, assessores e demais integrantes da grande estrutura que foi montada.
Era curioso ver brasileiros falando portunhol e paraguaios sem nada entender tentando se fazer entender falando espanhês, guarani e uma terceira língua usada por ambas as partes que misturava português, espanholguaio auxiliado por sinais, tudo meio índio.
Em algum tempo, entre diretores e assessores os entendimentos começaram a fluir, e os trabalhos foram se tornando mais fáceis. Em alguns momentos a convergência de idéias se tornava quase impossível. Nesses momentos, se havia impasse, o assunto era submetido aos representantes dos ministérios das Relações Exteriores de ambos os países, que o examinavam à luz dos interesses nacionais de ambos os lados. No entanto, sempre foi encontrada solução para as dúvidas suscitadas.
A verdade é que os integrantes da diretoria e do conselho de administração, tanto os brasileiros como os paraguaios, eram homens determinados a fazerem o projeto avançar, tornar-se realidade. José Costa Cavalcanti, diretor geral, pelo Brasil, e Enzo Debernardi, diretor geral adjunto, pelo Paraguai, se respeitavam e logo passaram a confiar um no outro. Daí em diante tudo passou a avançar com menos dificuldade.
Cavalcanti e Debernardi foram as mais acertadas escolhas dos respectivos governos para capitanear a execução da monumental obra. Ambos preparados, obstinados, respeitados, experientes, homens de larga folha de serviços prestados aos respectivos países.
O sucesso de Itaipu repousa na inteligência dos que a construíram e no respeito recíproco observado por brasileiros e paraguaios às características de cada um, às regras legais de cada Estado e aos negócios internos de cada governo. Aí está o resultado desse sucesso iluminando a sua casa, assegurando o desenvolvimento do seu país.
Coriolando Beraldo
Foi consultor jurídico e primeiro secretário do Conselho de Administração e da Diretoria Executiva da Itaipu Binacional.
terça-feira, 11 de setembro de 2012
Republica Federativa da Embromacao (ou da enrolation...) - Editorial OESP
O governo acha que somos idiotas, ou o idiota é outro?
Da mesma forma, esses anúncios picadinho, aqui e ali, podem ser tudo, até uma colcha de retalho e um bazar turco, mas política econômica eu garanto que não é...
La nave va... até encontrar seu iceberg, no nosso caso, um banco de areia...
Paulo Roberto de Almeida
Luz, gasolina e embromação
O governo acertará quando reduzir o peso fiscal sobre as contas de eletricidade e baratear o uso da energia tanto para empresas como para as famílias. A produção brasileira ficará um pouco mais competitiva e, ao mesmo tempo, os consumidores ganharão uma pequena folga no orçamento. Essa decisão contribuirá para o desenvolvimento do setor produtivo, para a preservação de empregos, ou até para sua criação, e para o aumento do bem-estar dos brasileiros. Não será, no entanto, exceto por um equívoco notável, parte de uma política anti-inflacionária.
O governo acertará, também, se deixar a Petrobrás adotar uma política de preços realista e compatível com suas necessidades econômicas e financeiras. Se for necessário um aumento de preços de combustíveis, será esse o procedimento correto. Manter o subsídio ao consumo apenas servirá para disfarçar a inflação, causará desajustes nos preços relativos (prejudicando, por exemplo, a produção de etanol) e privará a Petrobrás de recursos importantes para seus investimentos. Mais do que nunca, a empresa precisa de uma forte geração de caixa, para elevar a produção no curto prazo e avançar na caríssima e complexa exploração das reservas do pré-sal.
O prejuízo da empresa no último trimestre, seus indisfarçáveis problemas de produção e os erros cometidos em seus planos de investimento evidenciam os males de uma administração subordinada a interesses políticos dos governantes, de seus partidos e de seus aliados nacionais e estrangeiros. A correção desses erros, adiada por muito tempo, é agora urgentíssima e sua oportunidade independe do corte de tarifas da energia elétrica.
Mesmo quando acerta, o governo se mostra incapaz de formular com clareza uma boa estratégia de crescimento, com uma ampla e bem articulada bateria de medidas para tornar a economia nacional mais produtiva, menos sujeita a desajustes e mais preparada para a competição global. As novas iniciativas acabam prejudicadas pela confusão de objetivos e pela vocação do governo para as políticas de remendos. Sem disposição para reformar seriamente o sistema tributário, as autoridades preferem remendá-lo. Essa preferência é explicável tanto pelas dificuldades políticas de uma reforma genuína quanto pela incapacidade de cortar despesas e de racionalizar a administração.
A confusão de objetivos acaba resvalando para a mistificação. Disfarçar a inflação é politicamente mais lucrativo e muito menos trabalhoso do que executar uma séria política anti-inflacionária. Com uma política séria, é possível atenuar os efeitos de choques de preços, limitando sua transmissão e, em certos casos, intervindo no mercado com a venda de estoques de segurança. Atenuar, no entanto, é muito diferente de disfarçar.
Uma política honesta e competente cuidará de baixar as contas de eletricidade, de ajustar os preços dos combustíveis e de controlar a inflação sem misturar os objetivos próprios e os processos de cada linha de ação. Se cada parte for bem executada, o resultado geral será uma economia mais eficiente, mais próspera e mais compatível com o bem-estar. Discutir como ficará o índice oficial de inflação, no fim do próximo ano, se houver este ou aquele corte nas tarifas de energia elétrica, é mais que um equívoco. É uma vergonhosa embromação.