O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;

Meu Twitter: https://twitter.com/PauloAlmeida53

Facebook: https://www.facebook.com/paulobooks

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Pausa para... humor economico (ou contos de fadas antecipando o Natal, para o ministro da deseconomia...)

O Ministro Mantega deve estar pedindo um PIBão, na sua meia de Natal, e espera que o Papai Noel, ou alguma fada distraída, lhe traga pelo menos um PIB de 2,5% de crescimento anual, de agora até o final do ano.
Não é uma gracinha?
Um grandalhão desses, um bobalhão econômico, melhor dito, acreditando em Papai Noel e contos de fadas.
Fica, em todo caso, registrado, nossa página de humor econômico da semana.
Nunca antes neste país se torceu tanto para uma inversão para cima do tal crescimento gradual, outra piada deste jornal mantido, financiado, escrito e a serviço do chefe da quadrilha, sim, ele mesmo, o Stalin Sem Gulag que curta sua "saison en enfer" da Papuda. O que é que vocês querem? O Stalin de verdade, o homem do Gulag, também enfrentou algum tempo de cadeia (por assaltar bancos) antes de ascender na escala do crime...
O nosso Stalin Sem Gulag fez mais do que assaltar bancos: expropriou contabilmente vários bancos, um procedimento mais limpo, mais seguro e muito mais eficaz. Bem, de vez em quando algo dá errado. Nem tudo é perfeito neste país.
De perfeito mesmo, só as projeções do pândego ministro Mantega.
Ele ficou contente com a revisão do IBGE, que corrigiu o fabuloso crescimento de 2012 de 0,9 para 1%, ou seja, um recuo de 0,5% no crescimento real per capita. Cada brasileiro ficou mais pobre em meio por cento, na média, com exceção dos amigos do rei, ou seja, os corruptos de sempre; estes continuam enriquecendo, a taxas que nem te conto...
Bem, chega de piada da semana, vamos ao que interessa...
Paulo Roberto de Almeida

Apesar da queda, Mantega ainda acredita em PIB a 2,5% este ano
Correio do Brasil, 3/12/2013
Por Redação - de Brasília e Rio de Janeiro

A economia brasileira está em trajetória de expansão gradual, que deve se manter nos próximos trimestres, avaliou o ministro da Fazenda, Guido Mantega, reconhecendo ainda que o desempenho da economia está abaixo do desejado.
– A recuperação talvez não seja na velocidade que gostaríamos – afirmou o ministro a jornalistas, acrescentando, no entanto, que ainda é possível que a economia avance 2,5% neste ano.
O Produto Interno Bruto (PIB) do país encolheu 0,5% no terceiro trimestre deste ano ante o segundo, primeiro resultado negativo e o pior em mais de quatro anos, afetado pela retração dos investimentos. Entre abril e junho passados, a atividade havia crescido 1,8%.
Sobre a dinâmica da expansão do PIB, o ministro avaliou que os investimentos estão acelerando e deverão registrar alta entre 6% e 7% neste ano em relação a 2012, apesar de terem encolhido 2,2% no trimestre passado sobre os três meses anteriores.
– O crescimento é gradual porque no mundo todo está sendo assim, e esse crescimento se dá principalmente em investimentos, bens de capital – disse Mantega a jornalistas, acrescentando que, por outro lado, vai demorar “mais alguns anos” para que a Formação Bruta de Capital Fixo – uma medida de investimento – corresponda a 24% do PIB.
O programa de concessões que está em curso, nos setores de infraestrutura e logística, vai ajudar a “elevar o crescimento potencial do país, de 4%”, afirmou ele. Mantega reconheceu que as sucessivas elevações na Selic tiveram impacto no crescimento da atividade neste ano. Em abril passado, o Banco Central iniciou um ciclo de aperto monetário que já levou a taxa básica de juros de 7,25% para o atual patamar de 10%, a fim de combater a inflação por meio do encarecimento do crédito e, consequentemente, do consumo.
O ministro afirmou que o consumo das famílias está sendo prejudicado pela falta de crédito, mas considera que com a queda da inadimplência e com o menor comprometimento da renda dos brasileiros, o consumo avançará. Mantega disse ainda que o crescimento baixo atrapalha o resultado fiscal, mas repetiu que o governo central – governo federal, BC e Previdência vão cumprir sua meta de superávit primário de R$ 73 bilhões neste ano.
Ele também citou o atual momento da economia mundial, que vem mostrando recuperação e será seguida pelo Brasil.

PIB fraco
A queda na base sequencial veio depois de uma expansão revisada de 1,8% do PIB no segundo trimestre ante o primeiro. Pesquisa da agência inglesa de notícias Reuters indicava que a economia brasileira teria contração de 0,2% nos três meses até setembro sobre o segundo trimestre e avançaria 2,5% na comparação anual, segundo a mediana das projeções e sem considerar a nova metodologia do IBGE para o PIB.
– Em linhas gerais, a despeito das mudanças metodológicas, temos a confirmação de PIB fraco. Olhando pela ótica da demanda, vemos claramente que está ficando mais evidente a questão da diferença entre oferta e demanda – afirmou o economista sênior do Espírito Santo Investment Bank, Flávio Serrano.
Para ele, o quarto trimestre começou fraco e o PIB deve encerrar este ano com expansão de 2,2% a 2,3%, pior do que sua previsão anterior de 2,5%. Segundo o IBGE, a Formação Bruta de Capital Fixo, uma medida de investimento, recuou 2,2% no terceiro trimestre sobre o período imediatamente anterior, no pior desempenho desde o primeiro trimestre de 2012 (-2,7%) e na primeira queda em um ano.
O governo da presidente Dilma Rousseff assumiu o discurso de que os investimentos serão o principal motor da economia brasileira, tendo como pano de fundo as concessões de infraestrutura e logística já feitas e programadas para o próximo ano.
– Vale destacar que uma das coisas que mais caiu foram os gastos de capital, que é o grande desafio do governo… O desafio é ver os investimentos se recuperarem mais e melhorar a situação das importações – afirmou o economista-chefe da Gradual Investimentos, André Perfeito, acrescentando que revisará as estimativas de crescimento do PIB em 2014 para entre 2,4% e 2,5%, ante 2,7%.
No trimestre passado, ainda segundo o IBGE, o setor de Agropecuária também encolheu, com retração de 3,5 por cento sobre abril a junho, enquanto os setores Industrial e de Serviços ficaram praticamente estáveis, com variação positiva de 0,1 por cento, após terem avançado 2,2 e 0,8 por cento, respectivamente, no segundo trimestre sobre o primeiro.
Já o consumo das famílias e do governo, no terceiro trimestre, tiveram expansão de 1 e de 1,2 por cento, respectivamente, sobre o segundo.

Revisão do IBGE
O IBGE também revisou os resultados do PIB de períodos anteriores por causa da nova metodologia. Pelos novos números apresentados, a economia cresceu 1% em 2012, ligeiramente acima do 0,9% divulgado inicialmente.
Os resultados trimestrais anteriores também mudaram. Além de ter revisado o PIB do segundo trimestre de alta de 1,5% para de 1,8% sobre janeiro a março, o IBGE informou agora que a economia no primeiro trimestre deste ano ficou estagnada, pior que o avanço de 0,6% divulgado inicialmente.
O IBGE passou a incorporar no cálculo do PIB sua nova pesquisa mensal de serviços, que começou a ser divulgada este ano e que, por enquanto, mede apenas a receita do setor. Grande parte dos especialistas ainda não tinha conseguido adequar suas projeções com os novos parâmetros.

OMC: conferencia de Bali e facilitacao do comercio - Jeronim Capaldo (Tufts University)


Global Development And Environment Institute
at Tufts University
The Uncertain Gains from Trade Facilitation
Jeronim Capaldo
GDAE Policy Brief 13-02
December 2, 2013

Download the Policy Brief
  
On December 3, trade ministers from members of the World Trade Organization (WTO) will begin three days of meetings in Bali, Indonesia. Trade Facilitation, estimated to add $1 trillion to global income, features prominently in the negotiation agenda. However, official estimates depend on too many unjustifiable assumptions. Inaccuracy accumulates in several stages of the estimation process: in estimating the gains from trade facilitation for a sample of countries, in scaling up the gains to the global level and in estimating employment gains. This brief describes the estimation procedure and shows that the resulting figures are too uncertain to underpin any policy decisions.

Read more in The Uncertain Gains from Trade Facilitation

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Educacao em estagnacao, Brasil recua (alguma surpresa?); Enquanto isso, em Xangai...

Nenhuma: com a educação companheira, o Brasil só poderia recuar, absoluta e relativamente.
Paulo Roberto de Almeida 

Avaliação

Avanço do Brasil na educação perde fôlego, revela o Pisa

Especialistas divergem sobre razões da melhoria passada, mas concordam sobre o futuro: para acelerar, é preciso promover mudanças profundas. Confira ranking completo da mais importante avaliação do ensino mundial

Jadyr Pavão Júnior
Alunos do Centro de Ensino Médio Elefante Branco se preparam para um simulado às vésperas do Enem 2013
Alunos do Centro de Ensino Médio Elefante Branco se preparam para um simulado às vésperas do Enem 2013 (Wilson Dias/Agência Brasil)
Avaliar para mudar
O Pisa (Programme for International Student Assessment) é uma avaliação realizada a cada três anos pela OCDE, Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico. Participam estudantes com 15 anos de idade. A avaliação pretende aferir o quanto os alunos aprenderam em sala de aula, mas também se conseguem aplicar conhecimentos na solução de problemas reais. Outro objetivo da avaliação é fornecer subsídio para políticas de educação. Em 2012, 501.000 jovens de 65 países ou regiões econômicas delimitadas (caso de Xangai) aplicaram a prova. No Brasil, foram 19.877 estudantes, divididos em 837 escolas.
O ensino nas escolas públicas brasileiras é, em geral, muito ruim. Ponto. Resta saber se ele está melhorando. O relatório do Pisa, mais importante avaliação da educação internacional, publicado nesta terça-feira mostra que a formação oferecida nas escolas (públicas e privadas) do país vem avançando desde 2000, quando a primeira edição do levantamento foi lançada. Contudo, o movimento ascendente vem perdendo força muito antes de colocar o Brasil ao lado dos melhores ou até mesmo dos medianos. Isso faz com que especialistas sentenciem: para avançar mais, o país terá que promover reformas profundas. "Não cresceremos mais sem isso", diz Priscila Cruz, diretora-executiva do Todos pela Educação, ONG que atua ao mesmo tempo vigiando e propondo políticas públicas.
Comparadas as notas das avaliações de 2009 e 2012, o Brasil — 58º do novo ranking — caiu em leitura (412 pontos para 410), marcou passo em ciências (405) e registrou melhora em matemática (386 para 391). Praticamente estagnado na faixa dos 400 pontos, o país permanece distante dos líderes do levantamento — a província chinesa de Xangai, por exemplo, com média geral de 588 pontos — e se mantém na vizinhança de nações como Albânia, Tunísia. A pontuação não é decorativa. Continue a ler a reportagem
======
Shanghai students top of the class ... and the world
By Zhao We
Shanghai Daily,  December 4, 2013, Wednesday |  PRINT EDITION

Shanghai again ranked first for mathematics, science and reading in a three-yearly report on global education as students in Asia continued to outshine their Western counterparts.
They also spent more time doing homework than their peers in the 65 countries and regions which took part in the tests for the Paris-based Organization for Economic Cooperation and Development.
Its PISA report (Program for International Student Assessment) is the single largest study of global schooling.
It is highly influential, with participating countries and regions representing more than 80 percent of the global economy and often adapting policy in response to the findings.
The first PISA survey was carried out in 2000, and Shanghai joined in 2009, coming first in the three categories.
Around 6,400 students from 155 schools in Shanghai took part in the latest assessment in April last year. Globally, about half a million 15-year-olds took part.
The tests are based on a 1,000-point scale.
In mathematics, average scores ranged from 368 in Peru to 613 in Shanghai. The US average was 481, below the global average of 494. Singapore and Hong Kong took second and third with scores of 573 and 561.
In science, average scores ranged from 373 in Peru to 580 in Shanghai. The US scored 497. The global average was 501.
In reading, average scores ranged from 384 in Peru to 570 in Shanghai. The US scored 498, just above the global 496.
“The results are very inspiring. While it is good to see our students have performed so well, it is worth thinking if we really need so many students to be so good at mathematics,” said Zhang Minxuan, leader of the Shanghai PISA program and president of Shanghai Normal University.
Shanghai students reported an average of 13.8 hours every week doing school assignments, the highest and almost three times the average 4.9 hours.
Zhang said an analysis showed the optimal time for students to do homework is 11 hours per week including weekends. “We found that students who spent more than 11 hours on homework didn’t make significant progress, which deprived their time of discovering other talents.”
The mathematics test was divided into several parts to examine students’ skills to solve real-world questions using a knowledge of geometry, algebra, calculation and statistics. Shanghai students performed well in translating a real-world problem into a mathematics problem but were poorer at explaining the results.
Zhang attributed Shanghai’s students’ good performance in mathematics to more chances to learn the subject, personal ability and family background.
Boys and girls have a similar performance in mathematics but girls were more modest in assessing their ability.
“We should encourage girl students to think they can do math as good as boys and help them build confidence,” Zhang said.
In reading and science, the score gap between boys and girls in Shanghai has narrowed compared to 2009, Zhang said.
He said the results showed that Shanghai’s education was well-balanced as the gap between low proficiency and high proficiency was smaller than the average level.
Zhang said the PISA results had given thoughtful hints on how to provide a balanced education for students.

Schools are advised to give fewer after-school assignments and reduce homework so that students can have more time for individual development. For teachers, they should think about how to help students use mathematics skills to solve real problems instead of learning how to solve a math problem only. It is also suggested that parents not overburden their children with after-school tutoring.

Corrupcao avanca; Brasil recua (e poderia ser diferente?)

Com os companheiros no poder, todos os indicadores de comparações internacionais pioraram para o Brasil: corrupção, competitividade, comércio, democracia, direitos humanos, agilidade mental, etc...
Paulo Roberto de Almeida

Corrupção: Brasil cai três posições em ranking internacional
O Globo, 2/12/2013

País, que em 2012 ocupava a 69ª posição na tabela da ONG Transparência Internacional, que inclui 177 países, agora está em 72º lugar
O Brasil caiu três posições no ranking dos países considerados mais limpos ou livres da corrupção. A tabela será divulgada nesta terça-feira pela ONG Transparência Internacional, com sede em Berlim, Alemanha. O país, que em 2012 ocupava a 69ª posição na tabela que inclui 177 países, agora está em 72º lugar — bem atrás de vizinhos como Uruguai, na 19ª posição, ou o Chile, na 22ª.
O ranking é feito pela ONG por meio de pesquisas com entidades da sociedade civil, agências de risco, empresários e investidores. Pergunta-se qual a percepção que se tem sobre a transparência do poder público. Depois, a tabela é elaborada através de uma pontuação que vai de 100 (menos corrupto) a zero (mais corrupto).
O Brasil obteve 42 pontos, o mesmo que Bósnia-Hezergóvina, São Tomé e Príncipe, Sérvia e África do Sul, países que, no ranking, ficam atrás de outros como Botsuana (30ª posição), Costa Rica (49ª), Ruanda (49ª) ou Turquia (53ª).
— O país não está nem no topo e nem no fim da tabela, está lá pelo meio, mas mesmo assim tirou menos de 50, ou seja, foi reprovado — diz Alejandro Salas, diretor de Américas da Transparência Internacional, para quem o Brasil não está fazendo o seu dever de casa para combater o problema da corrupção.
Além do mais, segundo ele, “a corrupção não condiz com a importância econômica que o país tem, e nem com suas intenções de ser uma liderança mundial”.
Em ano de Copa do Mundo e eleições, Salas acredita que o problema da corrupção será amplamente debatido em 2014 no Brasil. E acha que o país avança, porém, se retrai em muitos aspectos.
— Certamente, fatores como o julgamento do mensalão diminuíram a percepção da corrupção em 2013. Mas o que ocorreu não foi suficiente em meio a outros escândalos graves que o Brasil enfrenta, como a máfia dos fiscais ou os escândalos dos trens em São Paulo. Ou seja, o país está estagnado neste quesito — comenta o analista.
Há surpresas na lista, como uma recuperação da transparência, em relação a 2012, da Grécia, atualmente em 80º lugar e uma queda da Espanha, para o 40º lugar. Segundo Salas, os dois países, apesar de enfrentarem uma crise econômica profunda, estão adotando diferentes estratégias para sanear as contas e combater a corrupção.
A estabilidade das democracias também parecem influenciar o ranking. Países que enfrentam conflitos, como a Síria, o Afeganistão ou a Somália estão no fim da tabela, em 168º e 175º (os dois últimos empatados). Ditaduras como a Coreia do Norte também, em 175º lugar. Países onde há “governos centrais fortes, que controlam várias instituições, como a Venezuela (160ª posição), também apresentam queda vertiginosa”, afirma Salas.
— Mais um motivo para o Brasil, uma democracia cada vez mais instituída e pulsante, melhorar sua posição — recomenda o analista.
Os países menos corruptos:
1º lugar: Dinamarca e Nova Zelândia
3º lugar: Finlândia e Suécia
5 º lugar: Noruega e Cingapura
Os países mais corruptos:
172º lugar: Líbia
173 º lugar: Sudão do Sul
174 º lugar: Sudão
175 º lugar: Afeganistão, Coréia do Norte e Somália
Os países latinos:
19º lugar: Uruguai
22º lugar: Chile
49º lugar: Costa Rica
63º lugar: Cuba

72º lugar: Brasil

83º lugar: Peru
94º lugar: Colômbia
102º lugar: Equador
106º lugar: Argentina, Bolívia e México
150º lugar: Paraguai
160º lugar: Venezuela
163º lugar: Haiti



O yuan (China) supera o euro como moeda de comercio internacional

E, por acaso, a Alemanha é o único país da zona do euro a ter saldos positivos no comércio  bilateral com a China.
Paulo Roberto de Almeida 
El yuan se ha convertido en la segunda moneda más usada en el comercio mundial por delante del euro, según los datos actualizados hasta el pasado mes de octubre por la organización de servicios a las transacciones financeras SWIFT. El adelanto ha tenido lugar gracias a lanueva política del Gobierno de Pekín, que ha tomado medidas para potenciar la internacionalización de su divisa.
En concreto, el uso de la moneda china alcanzó en octubre una cuota de mercado del 8,66%, muy por encima del 1,89% registrado en enero de 2012, frente al del 6,64% del euro, que ha visto como su uso ha caído desde enero del año pasado, cuando representaba el 7,87% del total.
Los cinco países con mayor uso del yuan durante el pasado mes de octubre fueron China, Hong Kong, Singapur, Alemania y Australia, precisó la organización.
"El yuan es claramente una monedatop en los intercambios financieros globales y aún más en Asia", destacó Franck de Praetere, responsable de pagos y mercados comerciales para Asia Pecífico de SWIFT. No obstante, el uso del yuan aún está lejos de amenazar el dominio del dólar, cuya cuota de mercado se situó en octubre en el 81,08%, según los datos aportados por SWIFT.
Por otro lado, en cuanto al volumen de pagos en yuanes, la moneda china se mantuvo estable en octubre en decimosegunda posición con una ligera caída de la actividad al 0,84% del total, frente al 0,86% de de septiembre.
Sin embargo, durante el mismo periodo los pagos en yuanes aumentaron su valor un 1,5%, mientras que el crecimiento para el conjunto de monedas fue del 4,6%.

A arte da biografia, num pais livre (EUA) e num secreta e abertamente reprimido, o Brasil, claro...

Tudo isso a propósito de uma biografia de um dos maiores ícones da cuktura americana: Norman Rockwell. Creio que não vou encontrar essa biografopia na proxima vez que visitar o seu museu, em Stockbridge...
Paulo Roberto de Almeida 

Rockwell Biography Angers His Family

The family of Norman Rockwell is waging a fierce campaign against a new biography of him, bristling at the book’s suggestions that Rockwell, artist of small-town Americana, could have been secretly gay or harbored pedophilic impulses.

Associated Press

Norman Rockwell in his studio in 1969

Arts Twitter Logo.

Connect With Us on Twitter

Follow@nytimesarts for arts and entertainment news.

Arts Twitter List: Critics, Reporters and Editors

Arts & Entertainment Guide

A sortable calendar of noteworthy cultural events in the New York region, selected by Times critics.

Christian Oth

Deborah Solomon, author of “American Mirror.”

“American Mirror,” by Deborah Solomon, a 493-page account of the life and work of Rockwell, an illustrator for The Saturday Evening Post for nearly 50 years, was published last month by Farrar, Straus and Giroux.

In the book, Ms. Solomon raises the question of whether Rockwell was gay, writing that he “demonstrated an intense need for emotional and physical closeness with men,” and that his marriages may have been a strategy for “controlling his homoerotic desires.” She described a camping trip in Quebec that Rockwell took with his male assistant, during which the men swam and played cards together late into the night, and Rockwell noted in his diaries that his assistant looked “most fetching in his long flannels.” There is nothing, Ms. Solomon cautioned in the book, “to suggest that he had sex with men.”

Later in the book, Ms. Solomon writes that “we are made to wonder whether Rockwell’s complicated interest in the depiction of preadolescent boys was shadowed by pedophilic impulses.” She again added a disclaimer: “There is no evidence that he acted on his impulses or behaved in a way that was inappropriate for its time.”

But the mere insinuations have infuriated members of the Rockwell family intent on protecting his legacy. Two family members, who spoke in an interview on Monday, said that they regarded Ms. Solomon’s book as “shocking.”

“The bottom line is that’s it’s astonishing,” said Abigail Rockwell, a granddaughter of the painter, who said he was heterosexual and “not remotely a repressed man.”

“She layers the whole biography with these innuendos,” Ms. Rockwell added. “These things she’s writing about Norman Rockwell are simply not true.”

Thomas Rockwell, the second of Rockwell’s three sons, said the family fully cooperated with the biography. “We were perfectly open” with Ms. Solomon, he said, “because we liked her.”

The family plans to release a statement on Tuesday saying that Ms. Solomon’s purpose in writing the book was “publicity and financial gain and self-aggrandizement.”

The Rockwell family’s statements have drawn a sudden spotlight to portions of the book that, until now, had not been the center of discussions of the book in the press.

Reviewing the book in The New York Times, John Wilmerding made brief mention of the question of whether Rockwell was a “repressed homosexual,” but spent most of the review discussing Ms. Solomon’s broader account of his life and artistic accomplishments. The book, he wrote, “takes shape through compact vignettes of people and events, appropriate to Rockwell’s self-contained aphoristic depictions and often silhouetted figure groupings.”

Ms. Solomon, when told of the Rockwell family’s statements, said that the discussion of Rockwell’s sexuality was “a tiny part” of the book.

“The discussion is really about his work,” she said. “I feel like this is really the first book that convincingly makes the case for Rockwell’s artistic importance, and I would hope to keep the discussion on that subject.”

Asked whether she believes Rockwell was gay, she said, “I’m a biographer, I am not a psychiatrist. I would never presume to say that someone is gay. But I do feel entitled as an art critic and an art historian to analyze works of art. And I do think a case can be made that some of Rockwell’s paintings display homoerotic tendencies. He specialized in affectionate portrayals of the male figure and lamented many times that he could never paint a sexy woman. And nowhere in the book do I say that he is gay.”

Ms. Solomon said that she had not heard directly from any members of the family about the book.

Farrar, Straus and Giroux, which published the book on Nov. 5, said in a statement, “We have complete confidence in Deborah Solomon as a biographer and art historian and in the importance of her new book on Norman Rockwell, which argues strongly and in fresh ways for his achievements as an American master.”

Jeff Seroy, a spokesman for Farrar, Straus, said that 15,942 copies are in print. More than 2,600 copies have been sold in hardcover and almost 500 copies in e-book format.

On Wednesday, an auction of three of Rockwell’s most popular paintings will take place at Sotheby’s, works that could bring more than $30 million.

Asked why the family members waited weeks after publication to raise objections to the book, Ms. Rockwell said that they have debated whether to speak out but were spurred forward when the book received positive media attention, and Ms. Solomon began to be treated as “a Norman Rockwell authority.” Ms. Solomon, the author of biographies of Jackson Pollock and Joseph Cornell, is also a frequent contributor to The Times and a former columnist for The New York Times Magazine.

“We’ve asked ourselves over and over again, should we come forward or let this thing die?” Ms. Rockwell said. “People are now starting to refer to Pop,” she added, using her grandfather’s nickname, “as a closeted homosexual. This is dangerously becoming fact.”

Israelis, Saudis and the Iranian Agreement - George Friedman (Stratfor)

Israelis, Saudis and the Iranian Agreement
By George Friedman
Stratfor, Tuesday, November 26, 2013

A deal between Iran and the P-5+1 (the five permanent members of the U.N. Security Council plus Germany) was reached Saturday night. The Iranians agreed to certain limitations on their nuclear program while the P-5+1 agreed to remove certain economic sanctions. The next negotiation, scheduled for six months from now depending on both sides' adherence to the current agreement, will seek a more permanent resolution. The key players in this were the United States and Iran. The mere fact that the U.S. secretary of state would meet openly with the Iranian foreign minister would have been difficult to imagine a few months ago, and unthinkable at the beginning of the Islamic republic. 
The U.S. goal is to eliminate Iran's nuclear weapons before they are built, without the United States having to take military action to eliminate them. While it is commonly assumed that the United States could eliminate the Iranian nuclear program at will with airstrikes, as with most military actions, doing so would be more difficult and riskier than it might appear at first glance. The United States in effect has now traded a risky and unpredictable air campaign for some controls over the Iranian nuclear program. 
The Iranians' primary goal is regime preservation. While Tehran managed the Green Revolution in 2009 because the protesters lacked broad public support, Western sanctions have dramatically increased the economic pressure on Iran and have affected a wide swath of the Iranian public. It isn't clear that public unhappiness has reached a breaking point, but were the public to be facing years of economic dysfunction, the future would be unpredictable. The election of President Hassan Rouhani to replace Mahmoud Ahmadinejad after the latter's two terms was a sign of unhappiness. Supreme Leader Ali Khamenei clearly noted this, displaying a willingness to trade a nuclear program that had not yet produced a weapon for the elimination of some sanctions. 
The logic here suggests a process leading to the elimination of all sanctions in exchange for the supervision of Iran's nuclear activities to prevent it from developing a weapon. Unless this is an Iranian trick to somehow buy time to complete a weapon and test it, I would think that the deal could be done in six months. An Iranian ploy to create cover for building a weapon would also demand a reliable missile and a launch pad invisible to surveillance satellites and the CIA, National Security Agency, Mossad, MI6 and other intelligence agencies. The Iranians would likely fail at this, triggering airstrikes however risky they might be and putting Iran back where it started economically. While this is a possibility, the scenario is not likely when analyzed closely.
While the unfolding deal involves the United States, Britain, France, China, Russia and Germany, two countries intensely oppose it: Israel and Saudi Arabia. Though not powers on the order of the P-5+1, they are still significant. There is a bit of irony in Israel and Saudi Arabia being allied on this issue, but only on the surface. Both have been intense enemies of Iran, and close allies of the United States; each sees this act as a betrayal of its relationship with Washington.

The View from Saudi Arabia
In a way, this marks a deeper shift in relations with Saudi Arabia than with Israel. Saudi Arabia has been under British and later American protection since its creation after World War I. Under the leadership of the Sauds, it became a critical player in the global system for a single reason: It was a massive producer of oil. It was also the protector of Mecca and Medina, two Muslim holy cities, giving the Saudis an added influence in the Islamic world on top of their extraordinary wealth. 
It was in British and American interests to protect Saudi Arabia from its enemies, most of which were part of the Muslim world. The United States protected the Saudis from radical Arab socialists who threatened to overthrow the monarchies of the Arabian Peninsula. It later protected Saudi Arabia from Saddam Hussein after he invaded Kuwait. But it also protected Saudi Arabia from Iran.
Absent the United States in the Persian Gulf, Iran would have been the most powerful regional military power. In addition, the Saudis have a substantial Shiite minority concentrated in the country's oil-rich east. The Iranians, also Shia, had a potential affinity with them, and thereby the power to cause unrest in Saudi Arabia. 
Until this agreement with Iran, the United States had an unhedged commitment to protect Saudi Arabia from the Iranians. Given the recent deal, and potential follow-on deals, this commitment becomes increasingly hedged. The problem from the Saudi point of view is that while there was a wide ideological gulf between the United States and Iran, there was little in the way of substantial issues separating Washington from Tehran. The United States did not want Iran to develop nuclear weapons. The Iranians didn't want the United States hindering Iran's economic development. The fact was that getting a nuclear weapon was not a fundamental Iranian interest, and crippling Iran's economy was not a fundamental interest to the United States absent an Iranian nuclear program.
If the United States and Iran can agree on this quid pro quo, the basic issues are settled. And there is something drawing them together. The Iranians want investment in their oil sector and other parts of their economy. American oil companies would love to invest in Iran, as would other U.S. businesses. As the core issue separating the two countries dissolves, and economic relations open up -- a step that almost by definition will form part of a final agreement -- mutual interests will appear.
There are other significant political issues that can't be publicly addressed. The United States wants Iran to temper its support for Hezbollah's militancy, and guarantee it will not support terrorism. The Iranians want guarantees that Iraq will not develop an anti-Iranian government, and that the United States will work to prevent this. (Iran's memories of its war with Iraq run deep.) The Iranians will also want American guarantees that Washington will not support anti-Iranian forces based in Iraq. 
From the Saudi point of view, Iranian demands regarding Iraq will be of greatest concern. Agreements or not, it does not want a pro-Iranian Shiite state on its northern border. Riyadh has been funding Sunni fighters throughout the region against Shiite fighters in a proxy war with Iran. Any agreement by the Americans to respect Iranian interests in Iraq would represent a threat to Saudi Arabia.

The View from Israel
From the Israeli point of view, there are two threats from Iran. One is the nuclear program. The other is Iranian support not only for Hezbollah but also for Hamas and other groups in the region. Iran is far from Israel and poses no conventional military threat. The Israelis would be delighted if Iran gave up its nuclear program in some verifiable way, simply because they themselves have no reliable means to destroy that program militarily. What the Israelis don't want to see is the United States and Iran making deals on their side issues, especially the political ones that really matter to Israel.
The Israelis have more room to maneuver than the Saudis do. Israel can live with a pro-Iranian Iraq. The Saudis can't; from their point of view, it is only a matter of time before Iranian power starts to encroach on their sphere of influence. The Saudis can't live with an Iranian-supported Hezbollah. The Israelis can and have, but don't want to; the issue is less fundamental to the Israelis than Iraq is to the Saudis.
But in the end, this is not the problem that the Saudis and Israelis have. Their problem is that both depend on the United States for their national security. Neither country can permanently exist in a region filled with dangers without the United States as a guarantor. Israel needs access to American military equipment that it can't build itself, like fighter aircraft. Saudi Arabia needs to have American troops available as the ultimate guarantor of their security, as they were in 1990. Israel and Saudi Arabia have been the two countries with the greatest influence in Washington. As this agreement shows, that is no longer the case. Both together weren't strong enough to block this agreement. What frightens them the most about this agreement is that fact. If the foundation of their national security is the American commitment to them, then the inability to influence Washington is a threat to their national security.
There are no other guarantors available. Israeli Prime Minister Benjamin Netanyahu went to Moscow, clearly trying to get the Russians to block the agreement. He failed. But even if he had succeeded, he would have alienated the United States, and would have gotten instead a patron incapable of supplying the type of equipment Israel might need when Israel might need it. The fact is that neither the Saudis nor the Israelis have a potential patron other than the United States.

U.S. Regional Policy
The United States is not abandoning either Israel or Saudi Arabia. A regional policy based solely on the Iranians would be irrational. What the United States wants to do is retain its relationship with Israel and Saudi Arabia, but on modified terms. The modification is that U.S. support will come in the context of a balance of power, particularly between Iran and Saudi Arabia. While the United States is prepared to support the Saudis in that context, it will not simply support them absolutely. The Saudis and Israelis will have to live with things that they have not had to live with before -- namely, an American concern for a reasonably strong and stable Iran regardless of its ideology.
The American strategy is built on experience in Iraq and Afghanistan. Washington has learned that it has interests in the region, but that the direct use of American force cannot achieve those goals, partly because imposing solutions takes more force than the United States has and partly because the more force it uses, the more resistance it generates. Therefore, the United States needs a means of minimizing its interests, and pursuing those it has without direct force.
With its interests being limited, the United States' strategy is a balance of power. The most natural balance of power is Sunni versus Shia, the Arabs against the Iranians. The goal is not war, but sufficient force on each side to paralyze the other. In that sense, a stable Iran and a more self-reliant Saudi Arabia are needed. Saudi Arabia is not abandoned, but nor is it the sole interest of the United States.
In the same sense, the United States is committed to the survival of Israel. If Iranian nuclear weapons are prevented, the United States has fulfilled that commitment, since there are no current threats that could conceivably threaten Israeli survival. Israel's other interests, such as building settlements in the West Bank, do not require American support. If the United States determines that they do not serve American interests (for example, because they radicalize the region and threaten the survival of Jordan), then the United States will force Israel to abandon the settlements by threatening to change its relationship with Israel. If the settlements do not threaten American interests, then they are Israel's problem.
Israel has outgrown its dependence on the United States. It is not clear that Israel is comfortable with its own maturation, but the United States has entered a new period where what America wants is a mature Israel that can pursue its interests without recourse to the United States. And if Israel finds it cannot have what it wants without American support, Israel may not get that support, unless Israel's survival is at stake. 
In the same sense, the perpetual Saudi inability to create an armed force capable of effectively defending itself has led the United States to send troops on occasion -- and contractors always -- to deal with the problem. Under the new strategy, the expectation is that Saudi soldiers will fight Saudi Arabia's wars -- with American assistance as needed, but not as an alternative force. 
With this opening to Iran, the United States will no longer be bound by its Israeli and Saudi relationships. They will not be abandoned, but the United States has broader interests than those relationships, and at the same time few interests that rise to the level of prompting it to directly involve U.S. troops. The Saudis will have to exert themselves to balance the Iranians, and Israel will have to wend its way in a world where it has no strategic threats, but only strategic problems, like everyone else has. It is not a world in which Israeli or Saudi rigidity can sustain itself.


Programa nuclear iraniano: desafios difíceis à frente - David Albright (ISIS Reports)

ISIS Reports
The Rocky Path to a Long-Term Settlement with Iran
by David Albright
The Washington Post, November 25, 2013

David Albright is president of the Institute for Science and International Security.

In the short run, the deal agreed to by Western powers and Iran over the weekend accomplishes a great deal. In the long run, however, many key issues still must be settled.
Iran has pledged, for six months, to halt advances in major parts of its gas centrifuge program, to stop essential construction of the Arak plutonium-producing reactor and to eliminate its most dangerous stock of low-enriched uranium — that near 20 percent — through dilution or conversion into oxide form. Iran promised not to install or stockpile centrifuges during that period and has said it will not enrich in any of its already installed advanced centrifuges, which can enrich three to five times faster than its first-generation (IR-1) centrifuges. It has agreed not to build any more centrifuge plants. The International Atomic Energy Agency (IAEA) will have greater access to Iran’s nuclear sites and information; overall transparency stands to increase significantly. All these conditions mean that, in the short term, Iran’s nuclear program will pose fewer risks.
Under these conditions, Iran’s nuclear “breakout” time would lengthen for the first time since its capability began approaching dangerous levels in the past year. If Iran used all of its installed centrifuges, the time it would need to produce a weapon would expand to at least 1.9 to 2.2 months, up from at least 1 month to 1.6 months. With IAEA monitors checking at Natanz and Fordow every day, this increase would allow the United States and its allies time to respond before Iran produces enough weapons-grade uranium for a bomb.
Iran will also be delayed in reaching the point where it has sufficient centrifuges and enriched uranium to produce, undetected, enough weapons-grade uranium for a bomb. The Institute for Science and International Security estimated in July that, absent a deal, Iran could achieve this critical capability in mid-2014. The interim deal will delay Iran from achieving this destabilizing threshold, even if the deal’s constraints end after six months.
The interim plan aims to resolve two key issues before a comprehensive deal can be finalized. U.S. officials have said that all IAEA concerns about Iran’s past, and possibly ongoing, work on nuclear weapons and other alleged military nuclear activities must be satisfied. Iran has stalled on this for years. Iran is also expected to address satisfactorily all provisions of U.N. Security Council resolutions. Normally, this would mean that Iran would also need to suspend its centrifuge program for some period. Alternatively, it could mean that if Iran accomplishes enough tangible steps to alleviate concerns about its nuclear program and a suspension is seen as unnecessary to satisfy these resolutions, the United States might support undoing the resolutions at the Security Council.
Despite all the potential progress, tough issues remain. The Geneva agreement does not grant Iran the right to enrich uranium, but it accepts that in a comprehensive agreement Iran will maintain a mutually defined centrifuge program with mutually agreed parameters. Iran conceded that for a not-yet determined period any such program would be subject to limitations on the number of centrifuges, the location of any centrifuge plants, the level of enrichment and the size of stocks of enriched uranium.
Important questions remain about the limitations in a final deal: What would be the exact limits on the size and scope of Iran’s centrifuge program? Iran has 18,000 to 19,000 installed centrifuges. Under a final deal, would Iran have, say, 5,000 to 10,000 IR-1 centrifuges and a breakout time closer to six months? How long would these limits last? Would the enrichment plant at Fordow, buried deep in a mountain, close?
The interim deal froze essential work at the Arak reactor, but its fate remains unsettled. Will that reactor be shut down or converted into a light-water reactor? If it operates as a heavy-water reactor, one day Iran could secretly separate weapons-grade plutonium produced there for nuclear weapons.
To be credible and justify significant sanctions relief, any long-term deal would need to ensure that Iran’s centrifuge capacity is highly limited and that these limits will further increase breakout times, preferably toward six months. It should be limited to one enrichment site, which means Fordow should be closed. These limitations should last for more than a decade. Stocks of domestically produced enriched uranium should be minimized, particularly since Iran would be able to buy enriched uranium fuel commercially far cheaper than it could make it. The Arak reactor will need to close or be converted to a more benign reactor.
Iran will also need to accept greater IAEA inspections to ensure that it is not cheating on a long-term agreement.

Given its track record, Iran can be expected to resist these limitations, but U.S. officials must remain firm. The Geneva deal should be lauded for the strong limitations it places on Iran’s nuclear capabilities for the next several months. But if there is to be a genuine, final settlement of the Iran nuclear issue, the real struggle is just beginning.

This op-ed is available here.

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Politica comercial e industrial do PT: uma analise correta de economistas e uma materia distorcida de jornalista

Leiam a matéria abaixo, mas aviso que é melhor buscar a fonte original do relatório do CINDES.
Os economistas, descritos como tendo um viés oposicionista pelo jornalista, são o contrário disso. Eles são a FAVOR do Brasil.
Quem está CONTRA O BRASIL É A POLÍTICA DELIRANTE DO PT.
Isto é tão evidente que nem precisaria corrigir o jornalista para ele perceber que o que escreveu é completamente equivocado: basta olhar os números, os indicadores, os critérios de comparação internacional para ver que a política esquizofrênica do PT prejudicou o Brasil, levou-nos a déficits constantes e a perdas para a indústria e o comércio exterior.
Ele continua equivocado ao escrever que "os autores chamam de “isolamento do Brasil em relação aos movimentos de integração nas cadeias produtivas globais”", pois é evidente que isso ocorreu, basta verificar os resultados do stalinismo industrial do governo. Os números desmentem o jornalista, que deveria ter vergonha do que escreveu.
Ou seja, melhor esquecer a matéria abaixo e ler o relatório no site do Cindes: http://www.cindesbrasil.org/
Paulo Roberto de Almeida

Uma visão crítica da política industrial e comercial do PT
Fernando Dantas
O Estado de S. Paulo (Blog Fernando Dantas), 2/12/2013

O Centro de Estudos de Integração e Desenvolvimento (Cindes) acaba de publicar um relatório extremamente crítico à política industrial e comercial na era petista, à qual os autores atribuem a atual “estagflação”.

A análise é nitidamente oposicionista, e o grupo de trabalho por detrás do documento teve origem num seminário organizado pelo Instituto Teotônio Vilela (ITV), ligado ao PSDB. Na introdução, está escrito que a motivação foi a “percepção de que os resultados dessas políticas nos governos do PT são medíocres: a taxa de investimento da indústria não tem aumentado, sua capacidade de inovação não tem avançado e o Brasil continua a perder posições nos rankings internacionais de competitividade”.

O grupo é composto pelos economistas Edmar Bacha, José Tavares, Lia Valls Pereira, Pedro da Motta Veiga, Regis Bonelli e Sandra Polônia Rios.

Apesar do assumido viés, o relatório é rico de informações e apresenta uma visão crítica das ações do PT do governo que pode repercutir na campanha eleitoral do próximo ano.

Na primeira parte, é descrito o movimento de mudança na política comercial brasileira na fase de abertura iniciada no final dos anos 80, com a extinção da Cacex em 1990, os compromissos de consolidação tarifária assumidos pelo Brasil no GATT, as reduções tarifárias unilaterais no governo Collor, a criação do Mercosul e as negociações da Alca e do Mercosul com a União Europeia. O documento observa que a tarifa média nominal de importações brasileira caiu de 57,5% em 1987 para 32,1% em 1989 e 11,2% em 1994.

O documento nota que essa fase está longe de ter sido de abertura sem ambiguidades. Manteve-se a hegemonia dos interesses de setores que concorriam com as importações, criaram-se sistemas de incentivos a segmentos altamente protegidos, como o regime automotivo, e o Mercosul já apresentava problemas de perda de dinamismo no final da década de 90.

Mas o que os autores chamam de “isolamento do Brasil em relação aos movimentos de integração nas cadeias produtivas globais” ganha novo fôlego a partir do primeiro governo Lula, que o documento considera que trouxe de volta o nacional-desenvolvimentismo.

O relatório nota que Lula, na política comercial, torpedeou as negociações da Alca, reduziu a prioridade das negociações com a UE e privilegiou as iniciativas “Sul-Sul”, isto é, com outras economias emergentes. Mas, para o grupo, o resultado foi o esvaziamento da agenda comercial e a irrelevância dos acordos que o Brasil efetivamente conseguiu firmar. Assim, há “acordos de livre comércio com três parceiros pouco relevantes – Egito, Israel e Palestina – e acordos irrelevantes de alcance parcial com dois parceiros potencialmente muito relevantes – Índia e África do Sul”.

Na área de política industrial, o relatório menciona diversas iniciativas do governo Lula, como a Política Industrial, Tecnológica e de Comércio Exterior (Pitce), de 2004; o Programa de Desenvolvimento da Produção (PDP), de 2008; e o reforço do BNDES (por meio dos empréstimos do Tesouro), que tentou a política de consolidação de “campeões” nacionais e o aumento da taxa de investimento da economia.

O grupo conclui que quase nenhum objetivo do governo foi cumprido, já que a taxa de investimentos não cresceu, não houve aumento de investimento em pesquisa nem do número de empresas exportadoras, o BNDES renunciou à política dos campeões e os empréstimos do Tesouro ainda legaram ao País um aumento expressivo da dívida bruta. As exportações brasileiras cresceram como proporção das mundiais, mas o relatório atribui isto mais “aos aumentos exógenos dos preços de exportação” do que ao “resultado das ações de política econômica”.

O grupo de economistas observa que houve uma multiplicação de setores na mira da política industrial, o que, de certa forma, diluiu o que poderia ser uma mais aceitável “reestruturação industrial muito seletiva”.

Em relação ao governo Dilma, o título da seção do relatório já diz tudo: “Do nacional-desenvolvimentismo à estagflação”. Com o aumento das importações e a perda de participação dos manufaturados nas exportações, cresceu a demanda por proteção. Uma nova política industrial, o Plano Brasil Maior (PBM), foi lançada, com ênfase na discriminação em favor da produção doméstica. Ganharam força as políticas de conteúdo nacional. Foi a fase também das desonerações e de “uma miríade de programas desenhados para setores específicos”. O viés protecionista cresceu, com a autorização aos parceiros do Mercosul de aumentarem tarifas de 100 produtos. Por outro lado, a atuação agressiva do BNDES prosseguiu.

Avanços na inovação
Para o grupo de economistas, apesar de todos esses esforços, houve continuidade das tendências que mais preocupam os desenvolvimentistas: primarização da pauta de exportações, aumento do coeficiente de importações, estagnação da indústria e piora da balança comercial.

Eles citam também rankings globais de produtividade e competitividade em que o Brasil figura mal, como o “Doing Business” e o “Global Competitiviness Report”.

Os economistas reconhecem avanços “inequívocos” no cardápio de políticas públicas de inovação, como incentivos fiscais, linhas de crédito, capital semente, etc. Mas notam, por outro lado, que o ambiente anticompetitivo faz com que as empresas não se interessem em utilizar esses instrumentos.

Na conclusão, a reduzida participação do comércio exterior na economia nacional é colocada como um fator negligenciado da “doença brasileira”, e que não recebe a mesma atenção que o baixo investimento, a alta carga tributária e a educação precária. “Vivemos num dos países mais fechados ao comércio exterior do mundo”, escrevem os autores, acrescentando que “a evidência do pós-guerra sugere não haver caminho para o pleno desenvolvimento fora da integração com o resto da comunidade internacional”.

Entre as recomendações finais do relatório, está uma agenda de liberalização unilateral, algo que ainda aparece como muito distante e mesmo oposto à estratégia do atual governo.


Os companheiros dos companheiros... na Colombia...


DESMOBILIZADOS DAS FARC CONTAM TODA A VERDADE!
El País, 01/12/2013

Medardo Maturana, de 53 anos, era um intelectual, um tipo educado que se ocupava do trabalho com as comunidades campesinas, um homem valioso e conhecido, com responsabilidade na mobilização de massas. “Eu saí da guerrilha sem um arranhão. Os comandos nunca me arriscaram em combate”.
        
Em duas décadas na guerrilha viu um “discurso ideológico desfigurado”. Conta que viu um alcoolismo generalizado nos comandos, abusos às guerrilheiras, acordos com os criminosos para transportar a coca. “As FARC se converteram em  protetores da coca”, assegura, e controlam zonas inteiras onde só eles podem acessar a produção. “Compram ao camponês o quilo por 2 milhões de pesos e o vendem por 2,5 milhões” aos narcos.

O Brasil nao sabe o que quer em sua politica comercial - Sergio Leo (Valor)

Apenas transcrevendo, sem meus comentários, que seriam provavelmente corrosivos -- não contra o autor do artigo, que faz um resumo honesto e objetivo, mas não completo, dos problemas da política econômica externa, da comercial em especial -- sobre os grandes retrocessos que o Brasil vem experimentando com os companheiros no comando desta e e de outras políticas setoriais, sempre em detrimento de nossos interesses de médio e longo prazo, e de olho (eles, os companheiros) em objetivos políticos não apenas de curto prazo, mas absolutamente míopes, equivocados e distorcidos. Pronto, disse que seria sem comentários, e foi sem comentários, pelo menos sobre a substância dos assuntos. É que o volume de equívocos nessas (e em outras) áreas é tamanho que seria preciso um manual de 150 páginas para detalhar a enorme lista de bobagens cometidas ao longo da última década, por vezes sem arrependimentos ou remorsos pelos fracassos acumulados...
Paulo Roberto de Almeida

Demandas da política de comércio 
Sergio Leo
Valor Econômico, 2/12/2013

A definição sobre como o Brasil pressionará os Estados Unidos para mudar os subsídios ilegais aos produtores americanos de algodão não foi a única decisão suspensa com o adiamento da reunião da Câmara de Comércio Exterior (Camex), na semana passada.
Empresários ligados ao setor externo queixam-se do acúmulo de processos na Camex, o colegiado de ministros responsável por decisões como medidas de defesa comercial, corte de tarifas de importação e iniciativas de política econômica com reflexo no comércio exterior.
A Camex decidiria medidas de retaliação, inclusive aumento da tarifa de importação do trigo, para pressionar o Congresso dos EUA a cortar subsídios ao algodão e votar compensações aos produtores brasileiros. É possível, porém, que o Congresso, lá, entre em recesso antes de alguma decisão por aqui, e demore um bom tempo para tomar conhecimento da pressão brasileira.
Empresários ligados ao setor exportador reclamam do que consideram uma perda de prioridade da política comercial nas ações do governo. Exemplo disso seria o adiamento da Camex, para que seu presidente, o ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, acompanhasse a presidente Dilma Rousseff em inaugurações de obras, doação de máquinas a prefeituras e outras medidas em ritmo de eleições. A Camex tem tomado decisões "ad referendum" dos ministros, mas nem todas medidas de comércio exterior podem ser decididas dessa forma.
Seria injusto, porém, atribuir a um ministro as mazelas da Camex. Há um problema estrutural na política comercial brasileira, e não é recente, como aponta a edição de dezembro da "Revista Brasileira de Comércio Exterior", editada pela Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior (Funcex), em uma coleção de artigos de especialistas com intensa participação no setor.
Os artigos, com provocações ao debate bem fundamentadas, coincidem com a decisão da presidente Dilma de reavaliar e criar um programa coordenado para sua política externa.
Embora o tema da revista seja "diplomacia econômica", os artigos pendem para a questão comercial - são mencionados marginalmente temas como o papel do país nas discussões sobre o mercado financeiro global e a participação do Brasil no G-20, grupo das economias mais influentes no mundo. Já a Camex é um dos pontos centrais do debate, que divide diplomatas (ou ex-diplomatas), como Mário Villalva e Sérgio Amaral, e especialistas como Pedro Camargo Neto, Henrique Rzezinski e Diogo Bonomo.
Todos concordam, porém, que aumentou, e muito, o número de agentes na política comercial, antes a cargo quase exclusivamente do Itamaraty, e coincidem com a necessidade de coordenação. Mas enquanto Villalva defende o comando dos diplomatas na coordenação de ações de comércio exterior, lembrando que os interesses do país vão além do interesse imediato das empresas, os outros especialistas criticam o que consideram ser excessiva interferência política sobre as decisões voltadas à expansão dos interesses comerciais do país.
Para Camargo Neto, ex-dirigente de associação de exportadores de carne, com grande experiência no Ministério da Agricultura e nas negociações internacionais, só a ascensão da Camex a ministério poderá dar ao colegiado um poder de dar direção mais clara à política comercial.
Sérgio Amaral defende que a localização institucional não é tão importante quanto uma reforma, para dar à Camex mais competência para antecipar e planejar decisões no setor. Ele sugere reduzir o número de ministérios permanentes e criação de mecanismos para avaliar resultados e evitar duplicidade de esforços, como vê hoje entre a Apex e o Itamaraty, na promoção comercial.
A falta de ligação orgânica entre as atividades de promoção comercial e as ações de política e diplomacia comercial é apontada também por Bonomo, gerente-executivo de comércio exterior da CNI, que, num artigo instigante, lista fatores estruturais para o protecionismo brasileiro, que mostra ele, independe do partido no poder.
Entre esses fatores, Bonomo aponta a supremacia dos objetivos de política externa, no sentido mais amplo, sobre os comerciais - não iniciada com o governo Lula, embora ampliada com ele. Ele descreve como a forma adotada na relação entre governo e setor privado tende a dar maior peso, nas decisões de Estado, aos setores que querem proteção de mercado, em relação aos que apostam na abertura comercial.
A China é outro desafio a merecer um capítulo no futuro "livro branco" da política externa. Para Marcos Caramuru, que chefiou o consulado brasileiro em Xangai, um dos polos mais dinâmicos da economia chinesa, será preciso um esforço maior de coordenação das embaixadas do Brasil na Ásia e de formação de diplomatas com conhecimento sobre o setor privado brasileiro para superar a falta de interesse das empresas no Brasil em realizar os esforços necessários para entrar no crescente mercado asiático.
Nos artigos da revista são flagrantes os consensos sobre a necessidade de modernizar a mentalidade da diplomacia em relação à promoção dos interesses comerciais do Brasil no mundo, com exigência de maior especialização e coordenação. E a urgência em reformular a indispensável estratégia de divulgação da "marca Brasil", para evitar descontinuidade de esforços e falta de foco.
Outro consenso, que mostra o difícil trabalho dos diplomatas encarregados de formular a nova estratégia de política externa para o país: a política comercial brasileira para o exterior está estreitamente vinculada à política econômica interna.

Não há como promover lá fora indústrias que não tenham êxito aqui dentro, nem como conquistar boa imagem e fatias de mercado sem superar os problemas de qualidade e competitividade, que geram críticas entre os próprios brasileiros.

Sergio Leo é jornalista e especialista em relações internacionais pela UnB. Escreve às segundas-feiras.

India: nosso parceiro estrategico no IBAS, no BRICS, no G20 comercial, aliado bilateral dos companheiros, etc...

Tudo isso e mais um pouco..., que ingenuidade pouca é bobagem...
Nota: quando se fala de G20, neste contexto (em outras matérias que não nesta), não tem NADA a ver com o G20 financeiro; este G20 comercial, que não se sabe ao certo quantos países o compõem (tantas foram e tantas são as mudanças de composição), foi formado na ministerial da OMC de Cancun, quando o Brasil, e o G20 comercial, deram, segundo as palavras do guia genial dos povos e reformador da ordem mundial, um "truco" nos países ricos, a versão passando pela história oficial nas palavras e na propaganda da mídia companheira, obviamente sem qualquer conexão com a realidade.
Mais uma vez, a Índia ameaça prejudicar os interesses comerciais, e nacionais (menos para os companheiros) do Brasil, e ainda assim é considerada "parceiro estratégico" (um conceito mais que abusado) e aliado preferencial.
Santa ingenuidade dos companheiros...
Paulo Roberto de Almeida

Destino de acordo na OMC depende da Índia
Por Assis Moreira | De Bali (Indonésia)
Valor Econômico, 2/12/2013

Pressão da Índia é como 'tsunami' para o acordo comercial de Bali

Um embaixador mostra em seu celular a foto que tirou em uma praia em Bali, capital e principal destino turístico da Indonésia: um grande pôster avisa que, em caso de tsunami, a pessoa deve correr para o segundo andar do prédio mais próximo.
Na véspera da conferência ministerial da Organização Mundial do Comércio (OMC) em Bali, que tem na agenda o que poderia ser o primeiro acordo comercial global em quase duas décadas, o verdadeiro temor é o de um tsunami diplomático provocado pela Índia. O país concentra as atenções de outras 159 nações e de toda a comunidade empresarial.
O encontro começa amanhã e segue até a próxima sexta-feira, 6 de dezembro. Importantes negociadores concordam que o resultado de Bali depende da Índia e da 'cláusula de paz', ou seja, de autorização para países em desenvolvimento com programas de segurança alimentar darem subsídios acima do permitido para seus agricultores. O objetivo dessa medida é a formação de estoques de commodities.
Na verdade, a Índia colocou-se numa 'sinuca de bico', como resume um negociador. Se agir apenas com a lógica eleitoral pode derrubar de vez um acordo na OMC e enfurecer países em desenvolvimento que esperam ganhar com o entendimento. Por outro lado, se optar por flexibilizar e aceitar o acordo precisará saber vender muito bem ao eleitorado que vai às urnas no ano que vem na Índia que o país conseguiu algo importante e, assim, evitar perder votos na área rural.
"Tudo está nas mãos da Índia", diz um importante negociador em Bali. Os dez textos da negociação estão praticamente fechados. O documento sobre facilitação de comércio tem colchetes, significando divergências, mas elas podem ser logo resolvidas, dizem outros negociadores.
Acontece que a Índia vem a Bali com exigências consideradas impossíveis de serem atendidas por países exportadores agrícolas. Nova Déli quer que, após o prazo de quatro anos, a 'cláusula de paz' seja mantida até que uma solução permanente seja alcançada na OMC sobre segurança alimentar. Para vários países, porém, a Índia poderá sempre argumentar que não aceita as propostas dos parceiros. Nesse caso, os quatro anos se transformariam em cláusula perpétua para a concessão de subsídios maiores.
O que a Índia vem fazendo agora é o que fez nos últimos tempos na OMC. Aproveita qualquer oportunidade para reabrir o acordo agrícola. A diferença é que, ao contrário de vários outros países, os indianos querem recuar e dar margem para mais subvenções no setor, alegando que têm centenas de milhões de pobres no campo.
As regras sobre segurança alimentar da OMC autorizam governos a comprar alimentos a preços de mercado e depois vender os estoques a preços subsidiados para os consumidores. Ocorre que o programa indiano de US$ 20 bilhões a mais por ano é visto como encorajamento ao excesso de produção. Mais tarde essa prática poderia derrubar os preços globais, algo similar às montanhas de manteiga e vinho produzidos até recentemente pela União Europeia (UE). A Índia já se tornou, por exemplo, o maior exportador de arroz em 2012, superando Tailândia e Vietnã. Suas exportações aumentaram 120% em relação a 2011.
O ministro de comércio da Índia, Anand Sharma, deverá constatar que a dinâmica na OMC mudou. Não dá mais para argumentar que a defesa de interesses de países em desenvolvimento tem poder para bloquear negociações. Em Bali, contam-se nos dedos os apoiadores das exigências de Nova Déli: Argentina, África do Sul e países da Aliança Bolivariana para as Américas (Alba), formada por Cuba, Venezuela, Bolívia, Equador e Nicarágua.
O G-33, grupo da Índia na questão de segurança alimentar, quer o acordo que foi esboçado em Genebra, a começar pela Indonésia, anfitriã da conferência ministerial e ansiosa por um resultado positivo. Países em desenvolvimento também se uniram na sexta-feira em apoio ao diretor-geral da OMC, Roberto Azevêdo, para buscar um acordo.
Liderando o G-20 nas negociações, o Brasil tem papel relevante nas conversas. Um dos pontos em que há caminho aberto para acordo é a facilitação de comércio, por meio da qual países se comprometem a harmonizar procedimentos aduaneiros, baixado custos de transações no comércio exterior. Cálculos da Confederação Nacional da Indústria (CNI) apontam que há um potencial de redução de 14%, para produtos manufaturados, dos custos aduaneiros no Brasil.
Um comunicado mistura vários países desenvolvidos, como grupos do Asean (asiáticos), com países mais pobres da África, Caribe e Pacífico (ACP), além dos grupos africano e árabe.
Países mais pobres esperam contar com ajuda financeira para tentar melhorar suas condições de exportação. Somente a União Europeia prometeu € 400 milhões em cinco anos, a partir do momento em que o acordo de facilitação de comércio (simplificação de regras e procedimentos aduaneiros) for assinado.
O comportamento da Índia pode resultar na perda potencial de centenas de bilhões de dólares em negócios, além de causar o enterro final da Rodada Doha e aumentar o risco de irrelevância da OMC, incapaz mesmo de fazer acordos modestos. Sobre o futuro da entidade, um negociador lembra um personagem de Ernest Hemingway que uma vez foi indagado: 'Como você faliu?' Sua resposta foi: 'De duas maneiras. Gradualmente, depois subitamente'."

Nuclear Obama: An Idiot's Guide - Foreign Policy

How Obama went nuclear
 David Kenner
Foreign Policy, December 2, 2013

 "In the wintry days of January 2009, as Barack Obama prepared for his inauguration, he was briefed on how to unleash the weapons that could destroy the planet many times over. Vice Chairman of the Joint Chiefs of Staff Gen. James Cartwright conducted the briefing on the 'nuclear football,' the 45-pound briefcase containing the codes that allow the president to launch America's arsenal of over 5,000 nuclear weapons. In the tumult before the inauguration - not to mention a global economy heading toward meltdown - Obama wasn't certain he would remember each step to launch the world's most dangerous weapons. Shortly after taking office as the 44th president, he contacted his defense secretary, Robert Gates. 'You know that guy who scared the shit out of me?' he said, according to James Mann's The Obamians. 'Can I talk to him again?'

Almost five years later, non-proliferation has emerged as the centerpiece of Obama's agenda in the Middle East. In Syria, he signed off on a Russia-brokered agreement for President Bashar al-Assad to gradually destroy his chemical weapons. In Iran, he inked a controversial agreement that will see the Islamic Republic stall its nuclear program for six months, in exchange for roughly $6 billion in sanctions relief. Such steps represent significant victories for the president's non-proliferation agenda -- but have also disappointed those who wonder if they come at the cost of America's other interests in the world." 

More here.