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sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

1924) Avioes militares: nada como ser rico...

É samba, é ginga, é dinheiro que voa
Coluna Carlos Brickmann, 7 de fevereiro de 2010

É Brasil brasileiro, terra de samba e pandeiro. Fale de nós quem quiser falar, mas com os Rafale o ministro Jobim e o presidente Lula estão pertinho do céu.

Comprando os caças supersônicos franceses, os mais caros que participaram de nossa concorrência internacional, o Brasil mostrou uma série de virtudes:

1 - É soberano. Escolheu sozinho. Os Rafale são caros mas são nossos. E só nossos: nenhum outro país quis comprá-lo da França.

2 - Está com a economia em ordem. Países menos afortunados, como a Índia, anunciam ter recebido ofertas do Rafale por bem menos do que o Brasil pagou, e até agora o recusaram, por achá-lo caro. Aqui não se faz economia de tostões.

3 - O Brasil faz sua parte na luta contra a crise internacional. A fabricante do Rafale, que andou tendo problemas, agora respira tranquila. Além disso, o Brasil salvou alguns milhares de empregos na França, nossa aliada.

4 - O Brasil, caso raro entre os países latino-americanos, demonstra o predomínio dos civis sobre os militares. Não deu a menor bola para o relatório da Aeronáutica sobre a concorrência, que colocou o Rafale em terceiro lugar e o sueco Grippen em primeiro; militar, aqui, obedece às ordens do ministro civil, mesmo que o ministro adore vestir uma farda camuflada tamanho GG - XL, certamente fabricada sob medida, para acomodar tanta musculatura.

E, se o Brasil comprou da França um porta-aviões que, em dez anos de operação, passou quatro no estaleiro, por que iria reclamar dos supersônicos?

Brickmann & Associados Comunicação - B&A - 05/02/2010

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