21/12/2011 - 11h58
Comissão do Senado aprova criação de 1.293 cargos para Itamaraty
MÁRCIO FALCÃO
DE BRASÍLIA
DE BRASÍLIA
A CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado aprovou nesta quarta-feira (21) projeto de lei que cria 1.293 cargos para o Itamaraty. Segundo a oposição, os novos postos vão ter um impacto de R$ 600 milhões.
A proposta ainda terá que ser analisada pelo plenário da Casa em regime de urgência. Pelo projeto, são 400 cargos de diplomata e 893 cargos oficial de chancelaria. Senadores oposicionistas e governistas divergiram sobre a criação dos cargos.
O líder do DEM, Demóstenes Torres (GO), disse que a criação dos cargos não está em sintonia com a política de responsabilidade fiscal defendida pelo governo. Ele lembrou que o Palácio do Planalto vetou reajuste salarial aos servidores em 2012.
"A presidente Dilma [Rousseff] não deve nem ter conhecimento de que isso está sendo votado nessa Comissão, se não ela impediria essa votação. Essa proposta tem muitas implicações, os gastos não são apenas com salários, mas também com diárias, passagem, aluguel. Não é fácil", disse.
A senadora Marta Suplicy (PT-SP) saiu em defesa da criação dos postos. Ela afirmou que a presidente tem ciência da votação e que, apesar dos ajustes e as restrições ao aumento dos servidores, esses postos são prioridade para o governo.
A petista lembrou que desde o governo Lula houve um aumento de representações do país e que isso faz parte da nova política externa brasileira. "Ela [presidente] não considera pouco importante [esse projeto]." A senadora afirmou ainda que o governo do PT, mesmo sob críticas da oposição, "não teve medo de colocar o Brasil onde sempre quis, mas nunca esteve".
O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), disse ainda que os cargos serão preenchidos por concursos.
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