"INDÚSTRIA PRECISA ESTAR NUMA CADEIA GLOBAL DE PRODUÇÃO PARA SER COMPETITIVA"!
(La Nacion, 05) 1. Carlos Magarinos, ex-diretor da ONU para o Desenvolvimento Industrial, disse que as empresas nacionais que passam a atuar em nível internacional, o fazem através de cadeias globais de valor. "O iPad é um bom exemplo. Os norte americanos desenvolveram e têm os royalties, mas os subcomponentes são fabricados na China e na América Central", explica. "Isso funciona assim no mundo todo". No mundo todo..., menos em alguns países da América Latina, onde se impulsiona a indústria nacional ainda naqueles produtos onde o país não é especialista ou não tem vantagens sobre seus concorrentes, como em celulares, eletrodomésticos e roupas, entre outros.
2. Magarinos disse que a política de substituição de importações na década de 70 e 80 foi projetada para controlar a saída excessiva de divisas, pela queda nos termos de intercâmbio. "Mas hoje não é assim, porque as classes médias na China e na Índia empurram o preço de nossas matérias-primas. As commodities agrícolas são altas e os bens industriais perdem valor, por isso a lógica hoje é ficar em uma cadeia global de produção", opina ele. Parte da América Latina, no entanto, parece estar iniciando um caminho inverso.
(Da coluna diária do ex-prefeito Cesar Maia)
Se ouso acrescentar alguma coisa é que já venho dizendo há mais tempo, há muito tempo: não somos tão atrasados materialmente (já que sempre se pode importar gadgets, tecnologia, know-how), mas sim somo atrasados mentalmente, e muito...
Paulo Roberto de Almeida
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