O que faz uma construtora doar quase 9 milhões de reais para um partido cujo candidato tem chances de chegar a presidente da República?
Isso é corrupção na veia, preventiva, sistemática, organizada, permanente, sempre suja.
Se trata de uma espécie de seguro para o futuro, pois o candidato eleito JAMAIS vai adotar uma atitude que prejudique essas empresas corruptas, como por exemplo abrir o mercado da construção civil no Brasil a concorrentes estrangeiros, para baixar os preços, aumentar a competição, disciplinar esses corruptos da construção civil.
E o que faz um político aceitar esse tipo de corrupção declarada?
Será que ninguém ousa dizer o nome da patifaria?
Paulo Roberto de Almeida
Com Aécio, PSDB arrecada 460% mais em ano pré-eleitoral
AGUIRRE TALENTO DE BRASÍLIA
17/05/2014 02h00
Com a definição antecipada da pré-candidatura presidencial do senador tucano Aécio Neves (MG), o PSDB conseguiu aumentar em cerca de 460% as doações para a legenda em 2013, véspera das eleições, em relação a 2009, que também antecedeu a eleição para presidente.
Em 2009, o candidato tucano ainda estava indefinido –acabou sendo José Serra. Naquele ano, o PSDB recebeu R$ 3,9 milhões em doações, valor corrigido pela inflação.
Em 2011, as doações foram ainda menores: R$ 2,6 milhões, em valores corrigidos. Em 2013, as contribuições saltaram para R$ 22 milhões.
Essa comparação é feita com os anos em que não houve eleições, porque normalmente as doações aos partidos crescem em anos eleitorais, já que podem ser redirecionadas para o pleito.
Os dados constam das prestações de contas da legenda entregues ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
As empresas do ramo da construção civil foram as principais doadoras ao PSDB, contribuindo com cerca de R$ 19 milhões, ou 86% do total angariado. A construtora Queiroz Galvão lidera o ranking, com R$ 8,7 milhões.
Houve também algumas poucas doações de pessoas físicas ao partido, mas todos empresários. O principal deles foi Cixares Libero Vargas, um dos fundadores do grupo paranaense Positivo, que atua nas áreas de educação e informática. Ele contribuiu com R$ 800 mil.
Apesar do salto nas doações, os tucanos obtiveram apenas 27% do que o PT recebeu em 2013, R$ 79,8 milhões, também bancado principalmente por construtoras.
No total, a receita do PSDB em 2013 foi de R$ 62 milhões, sendo a maior parte proveniente do fundo partidário (R$ 39 milhões).
O diretor de gestão da executiva nacional do partido, João Almeida, atribui o crescimento nas doações a Aécio, que assumiu a presidência da sigla no ano passado e aumentou a mobilização nos Estados com a realização de eventos e viagens pelo país.
As doações de empresas privadas são, ao lado dos recursos do Fundo Partidário, as principais fontes de financiamento dos partidos e, de modo geral, cresceram em 2013 em relação aos anos pré-eleitorais anteriores.
Atualmente, o STF (Supremo Tribunal Federal) decide se proíbe ou libera doações de empresas a campanhas eleitorais. Já há maioria favorável na corte para acabar com a prática –seis ministros votaram pelo fim dessas doações–, mas um pedido de vista do ministro Gilmar Mendes adiou o julgamento.
DÍVIDAS
O PSDB conseguiu reduzir em cerca de R$ 3 milhões as dívidas da campanha de 2010, mas ainda tem cerca de R$ 4 milhões pendentes. A principal credora dos tucanos é a Campanhas Comunicação, empresa do jornalista Luiz González, que foi à Justiça para obter o pagamento do débito de R$ 4,2 milhões.
Outras dívidas menores, com empresas de outros ramos, como gráficas e transportadoras, foram quitadas.
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