(na verdade, um quilombo da razão, mas solitário, individual, sem recursos)
Mais ou menos isso, ou não exatamente isso. Esta pequena aldeia de resistência aos invasores -- sim, considero os alienígenas do sistema político brasileiro que atualmente ocupam o poder como um punhado de invasores bárbaros de nossa institucionalidade, como os hunos e vândalos de outras épocas -- se vê obrigada a diminuir seu ritmo pelas razões que exponho abaixo.
Em respeito ao (aparentemente) grande número de "membros" (assim diz a coluna da direita) deste blog Diplomatizzando (mas não acredito que todos eles sejam leitores constantes) e às 728 pessoas (e organizações?, não sei, talvez o FSB, a CIA e o Mossad também) que me mantêm em seus "círculos" (como o Google+ designa essas vinculações unilaterais e aleatórias), gostaria de registrar, antecipadamente, que este distinto blog, que se mantém impávido desde meados de 2006 aproximadamente (mas ele teve várias encarnações anteriores, desde 2004 pelo menos, como registro na mesma coluna da direita, e nada a ver com orientações ideológicas, e sim com a organização do blog), gostaria de registrar, dizia eu, e de anunciar previamente que, tchan, tchan, tchan...
o Diplomatizzando vai hibernar por uns tempos...
Pois é, a despeito do seu relativo sucesso, com quase 4 milhões de acessos ao longo do período, como revelado nas estatísticas abaixo,
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o que significa mais ou menos, 35 mil acessos por mês, ou mais de mil acessos por dia (mas temos de descontar todos os acessos automáticos, e compulsórios, dos instrumentos de busca, e dos ditos serviços de informação, FSB, CIA, Mossad, e outros, que também são filhos de Deus e fazem o seu trabalho direitinho, menos a ABIN, que deveria ser fechada, por inoperante, ineficaz e castrada), e entendo que esse sucesso relativo se deva à variedade de matérias aqui postadas, como se pode também depreender da amostra abaixo (de várias épocas, embora a maior parte recente):
Entry
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Pageviews
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Sep 16, 2015,
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218
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Sep 15, 2015,
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98
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Sep 19, 2015,
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87
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Sep 13, 2015,
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83
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Mar 28, 2012,
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79
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Nov 20, 2011,
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77
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Sep 13, 2015,
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75
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May 24, 2012,
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74
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Sep 13, 2015,
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72
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Sep 13, 2015,
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69
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Ou seja, nenhum, a rigor, tem a ver com o outro, cada um se destina a um público diferente, e não há especialização nas postagens, a não ser uma, ou duas: a matéria precisa trazer algo de relevante, ou seja, o que está no debate público no momento, e representar um ponto de vista inteligente. Mesmo quando eu coloco uma matéria estúpida -- e tem muito disso também -- a intenção é a de manter um debate inteligente sobre problemas reais da nossa época e do nosso país (o mundo entra de rabeira).
Mas, a despeito de uma interação razoável com o público leitor -- o que constato pelas mensagens enviadas e pelas retransmissões via Google+, além de muitos acessos não identificados -- eu vou ter de diminuir o ritmo de postagens, e isto por uma razão muito simples: preciso parar de ficar no computador para começar a arrumar a imensa bagunça em que estão meus livros, papéis e outros objetos, num escritório em que nem mais entro, pois tem livro espalhado por todo canto. Vou ter de começar a arrumar todo esse caos, para preparar a mudança, em mais ou menos um mês, e a volta ao Brasil, e tudo isso vai exigir um triste e infeliz afastamento dos meios de comunicação e de informação.
Digo isto tendo consciência de minha própria relutância em deixar de lado, ainda que temporariamente, o que eu próprio chamei de "quilombo de resistência intelectual" ao que considero ser um verdadeiro afundamento do Brasil pelos companheiros mafiosos, uma obra de Grande Destruição que não encontra paralelos em nossa história. Tivemos vários presidentes incompetentes em nossa história -- e Goulart certamente foi um deles, e acredito que ele caiu mais por ser um completo inepto do que por "comunista" ou amigo de esquerdistas -- e alguns francamente fraudulentos -- o que foi objeto de impeachment certamente se enquadra -- mas não me lembro de nenhum empreendimento tão vasto de destruição do país por uma organização criminosa.
Vou continuar minha obra de denúncia, de esclarecimento, de debate público, mas a um ritmo diminuído a partir de agora.
Nunca deixarei de expor o que penso e o que sinto a respeito dos problemas do país, à margem e independentemente de quaisquer outras conveniências funcionais, burocráticas ou administrativas. Posso ser qualquer coisa no mundo profissional, mas como cidadão ninguém conseguirá me fazer deixar de pensar e de expressar o que penso, e o que tenho a dizer sobre essas questões.
Esta é a função deste espaço de liberdade, de informação e de reflexão (em qualquer ordem que se queira arrumar essas noções), e esta é a minha intenção intelectual, um pequeno espaço sem grande importância na vastidão dos meios de informação e de comunicação, mas que cumpre o seu papel: ser o vetor de resistência ao empreendimento bárbaro a que estamos submetidos temporariamente.
Paulo Roberto de Almeida
Hartford, 20 de setembro de 2015
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