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segunda-feira, 25 de março de 2019

Ricardo Bergamini coloca o dedo na ferida: governo à deriva...

Ricardo Bergamini escreve: 

Aos vazios de ideias e argumentos não vale acusar a oposição (calada), nem a imprensa, nem o IBOPE. O debate tem que ser maduro.

É pública e notória a confusão do governo Bolsonaro. Os seus filhos vão arruinar esse governo. 

Aprovação de Bolsonaro cai 15 pontos e é a pior da série histórica do Ibope

Pesquisa aponta 34% de avaliação positiva, menos que FHC, Lula e Dilma em primeiro mandato

  

'CAUSA PERPLEXIDADE A QUANTIDADE DE CRISES CRIADAS PELO PRÓPRIO BOLSONARO', CRITICA BANQUEIRO

Ricardo Lacerda, sócio fundador do BR Partners e ex-presidente do Goldman Sachs no Brasil, criticou postura do presidente e se disse pessimista sobre futuro da reforma da Previdência

25/03/2019 - 06:00 - Época


Ricardo Lacerda votou nulo, mas, no começo do governo, se dizia otimista com a reforma da Previdência 

Sócio fundador e presidente do banco de investimento BR Partners e ex-presidente do Goldman Sachs no Brasil e do Citigroup na América Latina, Ricardo Lacerda se disse perplexo com a "quantidade de crises criadas pelo próprio Bolsonaro", pelo polemista Olavo de Carvalho e pelos filhos do presidente. Em conversa com a coluna no fim da semana passada, Lacerda disse não ver mais chances de que haja uma reforma da Previdência ambiciosa.

”É normal um certo nível de desarticulação no início do governo. Mas causa perplexidade a quantidade de crises criadas pelo próprio Bolsonaro, bem como o protagonismo de atores como Olavo de Carvalho e os filhos do presidente", criticou Lacerda, elogiando, contudo, a performance do time comandado por Paulo Guedes.

”A equipe econômica tem se mostrado incrivelmente coesa, coerente no discurso e trabalhando duro pra fazer o que realmente precisa ser feito: aprovar a reforma e reduzir o tamanho do estado", afagou.

E faz um alerta a Bolsonaro, cobrando-o tal qual fez Rodrigo Maia:

”A grande dúvida que o mercado vai monitorar daqui pra frente é o quanto isso faz parte da agenda do próprio presidente da República. Se Bolsonaro não se engajar pessoalmente nesses temas veremos um ajuste significativo nos preços dos ativos".

Sobre a reforma da Previdência, foi pessimista:

"Cenário de reforma da Previdência forte não existe mais. Agora é uma reforma fraca ou nenhuma reforma".

Ricardo Bergamini

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