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quarta-feira, 27 de março de 2019

'Nao considero um golpe', diz chanceler atual sobre 1964

Não foi golpe em 1964, e não houve ditadura militar. O pai do ministro acidental – que aliás deixou de extraditar um criminoso nazista para um dos quatro países que buscavam processá-lo por crimes contra a humanidade, portanto imprescritíveis – exerceu, por acaso, o cargo de censor chefe de um governo democrático, que só queria defender os brasileiros de influências nefastas trazidas por elementos comunistas pervertidos pela esquerda marxista cultural.
Vamos ter de reescrever os manuais de História do Brasil, inclusive ou sobretudo no Itamaraty.
Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 27 de março de 2019

'Não considero um golpe', diz ministro das Relações Exteriores sobre 1964

Durante a audiência, o ministro afirmou que a defesa da democracia é fundamental, mas se negou a responder se o País viveu um ditadura militar entre 1964 e 1985


postado em 27/03/2019 15:00 / atualizado em 27/03/2019 15:01O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, afirmou nesta quarta-feira, 27, na Comissão de Relações Exteriores e Defesa da Câmara dos Deputados, que a intervenção militar de 1964 não foi um golpe. Durante a audiência, o ministro afirmou que a defesa da democracia é fundamental, mas se negou a responder se o País viveu um ditadura militar entre 1964 e 1985. 

"Não considero (a intervenção militar) um golpe. Considero que foi um movimento necessário para que o País não virasse uma ditadura. Não tenho a menor dúvida em relação a isso", defendeu o ministro.

Questionado pelo deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) se o período posterior à intervenção em que os militares estiveram no poder - de 1964 a 1985 - poderia ser considerado uma ditadura, o ministro não respondeu. 

O jornal O Estado de S. Paulo mostrou no domingo que o presidente Jair Bolsonaro orientou os quartéis a comemorarem a "data histórica" do aniversário do dia 31 de março de 1964, quando um golpe militar derrubou o governo João Goulart e iniciou um regime ditatorial que durou 21 anos. Generais da reserva que integram o primeiro escalão do Executivo, porém, pediram cautela. 

Em um governo que reúne o maior número de militares na Esplanada dos Ministérios desde o período da ditadura (1964-1985) - o que já gerou insatisfação de parlamentares -, a comemoração da data deixou de ser uma agenda "proibida". Ainda que sem um decreto ou portaria para formalizá-la, a efeméride volta ao calendário de comemorações das Forças Armadas após oito anos. 

A determinação do presidente Jair Bolsonaro gerou repúdio de órgãos ligados à defesa dos direitos do cidadão e medidas para barrar os eventos na Justiça. Nesta terça, a Defensoria Pública da União anunciou que ajuizará ação civil pública para impedir que o 31 de Março, data de início do movimento golpista, seja comemorado nas unidades militares.

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