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domingo, 28 de fevereiro de 2021

Embaixador enfrenta o Itamaraty e desabafa: “Temos um MONSTRO disfarçado de presidente” - Diário do Centro do Mundo

Embaixador enfrenta o Itamaraty e desabafa: “Temos um MONSTRO disfarçado de presidente”
Diário do Centro do Mundo,
 
Paulo Roberto de Almeida diz que as retaliações que tem sofrido são uma forma de Ernesto Araújo intimidar outros diplomatas

O embaixador Paulo Roberto de Almeida, de 71 anos, foi às redes sociais, nesta sexta-feira (26), criticar o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) diante dos mais de 250 mil mortos pela Covid-19 e do negacionismo do governo.

“Não há mais nada a dizer sobre o estado de sanidade mental do MONSTRO que se disfarça de presidente para devastar a nação e assassinar brasileiros. Mas, e o estado de sanidade mental dos que o cercam? Vão continuar participando do GENOCÍDIO? Vão continuar servindo a um PSICOPATA?”, escreveu o diplomata.

Com 43 anos de carreira, Almeida denuncia estar sofrendo “retaliações financeiras” após ter começado a criticar publicamente o trabalho do chanceler bolsonarista Ernesto Araújo.

O diplomata foi demitido do cargo de diretor do Instituto de Pesquisa de Relações Internacionais (IPRI) em março de 2019 e acabou sendo alocado na Divisão de Comunicações e Arquivo, onde são exercidas funções de caráter burocrático.

Em setembro do mesmo ano, ele e outros colegas de vasta carreira no Itamaraty denunciaram que estavam no ostracismo por serem considerados desafetos de Ernesto Araújo.

Estima-se que ao menos dezesseis diplomatas estão na mesma situação, sendo que o custo desse desperdício de experiência é de cerca de 4,5 milhões de reais por ano.

Em 2020, Almeida deu entrada em uma ação na Justiça Federal do Distrito Federal para responsabilizar a União por ações de assédio moral e de perseguição no Ministério das Relações Exteriores.

Ele acusa o Itamaraty de lhe imputar “faltas injustificadas”, o que teria gerado uma redução no pagamento ao qual tem direito. Por exemplo, o embaixador recebeu apenas 210 reais de salário no mês de janeiro, quando teve um desconto de 99% na remuneração.

Na época, o Itamaraty alegou que ele teria de indenizar o órgão por 20 faltas injustificadas entre maio e agosto de 2019.

Almeida, por sua vez, afirma não ter sido informado que as faltas estavam sendo computadas e diz ainda que apresentou os motivos das ausências nas datas marcadas, entre elas: participações em bancas de mestrado e doutorado, programas de pós-graduação e eventos políticos e diplomáticos, incluindo um cerimonial do Comando Militar em que o próprio Ernesto Araújo estava presente.

A ação tutelar de urgência movida pelo diplomata tem o objetivo de impedir novos descontos sumários em sua folha salarial, anular as “faltas indevidamente imputadas” e, quando for o caso, “o ressarcimento dos respectivos descontos”.

Ele cobra ainda que o Itamaraty o transfira para um posto de acordo com seu grau hierárquico, além de exigir que a União arque com o pagamento de uma multa de 50 mil reais por danos morais.

 

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