O que deveria pautar o debate político na próxima campanha presidencial?
Paulo Roberto de Almeida
Existem pessoas que acham que seus preferidos não podem ser atacados, só os demais.
Pois eu acho que todos devem ser levados ao moedor analítico.
Salvadores da pátria pela pretensão, corruptos confirmados pelo que já fizeram, mas psicopatas certificados já estão excluídos de ofício.
Sobram os propositores: podem ser poucos, podem ser muitos, mas estes têm de passar também!
O moedor não pode ser apenas feito desses showzinhos da mídia televisiva nos quais os candidatos podem ser superficiais e mentir à vontade.
Tem de ser um escrutínio severo por parte de especialistas em cada área: o que pretende fazer? Quanto vai custar? De onde saem os recursos? Quem vai ser beneficiado? Quais são os efeitos sobre outros setores?
Em primeiro lugar alguém tem de dizer o que se pretende fazer para reparar o descalabro financeiro que está sendo deixado pelo desgoverno do capitão: violação do teto de gastos, desmonte da Lei de Responsabilidade Fiscal, estupro orçamentário legalizado…
Cabe identificar toda a deterioração institucional na máquina do Estado, a começar pela própria presidência, passando pelos órgãos de desinteligência, a PF, PGR, AGU e todos os demais.
Cabe reverter o terremoto ético que se abateu em todas as demais instâncias de poder, a destruição educacional pela ignorância fundamentalista dos seus responsáveis, o rebaixamento cultural dos mentecaptos do setor.
Vai ter de se reconstruir a imagem externa do país, depois de tanto descalabro perpetrado contra padrões aceitáveis de postura diplomática no plano global.
É preciso reinserir o país no comércio internacional e voltar a ser uma economia atrativa para fluxos continuos de investimentos estrangeiros diretos.
Numa palavra: os pretendentes precisam dizer o que pretendem fazer para reconstruir o país no plano institucional e para restaurar a nação no plano moral.
Menos do que isso não passa no meu moedor analítico…
Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 28/11/2021
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