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quinta-feira, 14 de abril de 2022

Lançamento do livro de Paulo Fernando Pinheiro Machado sobre o Visconde do Uruguai: um dos fundadores da diplomacia brasileira: 2/05/2022, 17hs

 Terei a honra de participar no próximo dia 2 de maio, em minha qualidade de prefaciador do livro, do lançamento desta obra do meu colega e amigo Paulo Fernando Pinheiro Machado. Eis a ficha do trabalho: 

“A construção da diplomacia brasileira por um de seus pais fundadores”, Prefácio ao livro de Paulo Fernando Pinheiro Machado: Ideias e diplomacia: O Visconde do Uruguai e o nascimento da política externa brasileira– 1849-1853 (Lisboa: Lisbon International, 2022, p. 15-29).

Sumário e apresentação abaixo.

Convido a todos.

Paulo Roberto de Almeida



IDEIAS E DIPLOMACIA: 

O Visconde do Uruguai e o nascimento da política externa brasileira – 1849-1853 

Paulo Fernando Pinheiro Machado 

 

Resumo: 

Esta obra busca compreender o quadro de ideias que prevaleceu e orientou a construção da diplomacia brasileira em seu momento formativo. Nesse contexto, busca-se, sobretudo, descortinar a visão de mundo que prevalecera entre os estadistas do Império sobre nossa diplomacia, mantida no período republicano. Compreender, em suma, como as ideias de em grupo específico – o chamado “núcleo duro do Partido Conservador” – haviam contribuído para manter a unidade territorial do Brasil, que, ao contrário da América Espanhola, não se desintegrou em inúmeras repúblicas menores. Essa obra de centralização política e administrativa foi fruto de uma política consciente, concebida e executada pelos estadistas do Partido Conservador durante o segundo reinado e reafirmada pela diplomacia nobiliárquica da casa de Bragança. Nesse sentido, O Visconde do Uruguai, prócer do Partido Conservador, foi quem pela primeira vez praticou uma política externa no Brasil, consolidando visões antes dispersas sobre uma série de temas. Ao assumir a chancelaria pela segunda vez, em 1849, o Visconde dá um rumo para a diplomacia do Império, organizando o tratamento de assuntos como limites, tráfico de escravos, relacionamento com os vizinhos e com as potências, intervenção, comércio, entre outros. Este estudo procura, assim, desenvolver uma análise de policy change, isto é, procura explicar uma mudança de orientação política (variável dependente) a partir das ideias de um ator privilegiado (variável independente). O presente trabalho buscou, então, estudar a influência que as disposições e as ideias do Visconde do Uruguai tiveram nessa organização inicial da agenda diplomática brasileira e como essas mesmas ideias se solidificaram na tradição diplomática do Brasil, reafirmada pelos sucessores do Visconde.

 

 

SUMÁRIO 

INTRODUÇÃO .............. 10 

 

1 O PAPEL DAS IDÉIAS NA POLÍTICA ............... 17 

1.1 CATEGORIAS DE IDÉIAS .................. 19 

1.2 O IMPACTO DAS IDÉIAS NA POLÍTICA ........ 20 

 

2 O CONTEXTO: O MUNDO RESTAURADO PÓS-GUERRAS NAPOLEÔNICAS.. 23 

2.1 PAX BRITANNICA................ 23 

2.2 AS POTÊNCIAS DO CONCERTO EUROPEU ................. 26 

2.3 A AMÉRICA ESPANHOLA E O RIO DA PRATA ........... 29 

2.4 A POSIÇÃO DO BRASIL ...... 33 

 

3 ORIGENS E GESTAÇÃO DO PENSAMENTO DIPLOMÁTICO DO VISCONDE DO URUGUAI . 38 

3.1 ORIGENS FAMILIARES ....... 38 

3.2 EDUCAÇÃO FORMAL ......... 40 

3.3 RELAÇÕES SOCIAIS ............ 42 

3.4 EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL ......... 44 

 

4 O PENSAMENTO POLÍTICO E DIPLOMÁTICO DO VISCONDE DO URUGUAI .. 48 

4.1 O PENSAMENTO CONSERVADOR ................. 48 

4.2 O PENSAMENTO POLÍTICO DO VISCONDE DO URUGUAI ..... 50 

4.3 URUGUAI E O IMPÉRIO ...... 53 

 

5 A DIPLOMACIA COMERCIAL ............ 56 

5.1 OS TRATADOS DESIGUAIS ............... 56 

5.2 A REAÇÃO AO SISTEMA DE TRATADOS ..... 58 

 

6 A DIPLOMACIA FINANCEIRA ........... 63 

6.1 A SITUAÇÃO FINANCEIRA NO PRATA EM MEADOS DA DÉCADA DE 1840 .... 64 

6.2 A DIPLOMACIA FINANCEIRA DO VISCONDE DO URUGUAI ................ 65 

 

7 LIMITES: A GRANDE POLÍTICA AMERICANISTA .................. 69 

7.1 A SITUAÇÃO NO MOMENTO DA INDEPENDÊNCIA ................. 69 

7.2 A IDÉIA DE NACIONALIDADE NO BRASIL ................. 71 

7.3 A POLÍTICA DE LIMITES ANTES DA GESTÃO DO VISCONDE DO URUGUAI . 72 

7.4 A POSIÇÃO DO VISCONDE DO URUGUAI .... 74 

7.5 A POSIÇÃO DOS SUCESSORES DO VISCONDE ...........79 

 

8 AS RELAÇÕES COM A INGLATERRA: DO CONFLITO À PACIFICAÇÃO ... 82 

8.1 UMA RELAÇÃO CONFLITUOSA: AS MÁGOAS DA INDEPENDÊNCIA .........82

8.2 A POSIÇÃO DO VISCONDE DO URUGUAI ....88 

8.3 PRECURSORES E SEGUIDORES DA POLÍTICA DO VISCONDE ..............94

 

9 O PRATA: DA NEUTRALIDADE À INTERVENÇÃO ................. 96 

9.1 O CONTEXTO GEOPOLÍTICO DA REGIÃO ..................96 

9.2 A POLÍTICA DO IMPÉRIO PARA O PRATA ATÉ 1849: ABAETÉ E A DOUTRINA DA NEUTRALIDADE 102 

9.3 A POLÍTICA DO VISCONDE DO URUGUAI: A DOUTRINA DA INTERVENÇÃO .. 103 

9.4 A POLÍTICA PARA O PRATA DEPOIS DO VISCONDE ............ 111 

 

CONCLUSÕES ............ 114 

REFERÊNCIAS ........... 122

 

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