4686. “A diplomacia como pilar da ordem internacional: Reflexões e desafios da nova ordem mundial e sua integração regional e global”, Brasília, 16 junho 2024, 15 p.; revisão em 19/06, 16 p. Notas para palestra online a convite do Instituto Simula Model United Nations. Divulgado em Academia.edu (link: https://www.academia.edu/122758145/4686_A_diplomacia_como_pilar_da_ordem_internacional_Reflexões_e_desafios_da_nova_ordem_mundial_e_sua_integração_regional_e_global_2024_).
A diplomacia como pilar da ordem internacional
Reflexões e desafios da nova ordem mundial e sua integração regional e global
Paulo Roberto de Almeida, diplomata, professor.
Notas para palestra online a convite do Instituto Simula Model United Nations.
Sumário:
1. A ordem internacional e suas alavancas primordiais
2. Atores relevantes da ordem internacional
3. A maneira moderna de fazer diplomacia
4. Desafios das relações internacionais na globalização e na desglobalização
5. Mudanças recentes, e preocupantes, na geopolítica e na geoeconomia mundiais
6. Apocalipse now?
1. A ordem internacional e suas alavancas primordiais
A diplomacia constitui, sem dúvida alguma, um dos pilares da ordem internacional, pelo seu papel apaziguador das tensões entre os Estados nacionais, e como um relevante componente operacional das relações internacionais, ao lado das Forças Armadas nacionais, do substrato econômico de cada país e da influência de natureza política ou propriamente diplomática dos Estados participantes da política internacional. Mas ela não é, nem pode ser, o pilar exclusivo, na medida em que constitui, essencialmente, um método, uma ferramenta, à disposição dos governos nacionais para regular suas relações recíprocas, suas interações econômicas, culturais, humanas, de preferência de modo pacífico, ou então para prevenir conflitos ou remediar situações de controvérsias graves que poderiam redundar, no limite, em enfrentamentos armados entre dois ou mais Estados soberanos.
O outro pilar da ordem internacional, este sim, decisivo, é representado pelo poder puro dos Estados, em primeiro lugar o poder ofensivo das grandes potências econômicas e militares, ao lado do poder dissuasório de coalizões eventuais de potências médias, ou mesmo grandes, em torno de blocos ou alianças político-militares formalmente constituídas. Um outro pilar, também de natureza diplomática, está representado, complementarmente, pelos organismos multilaterais existentes nos planos internacional e regionais, ressalvando-se que essas entidades, na verdade, só possuem os poderes que lhes são expressamente delegados pelos Estados membros (sendo que, muitas vezes são ignoradas pelos mais poderosos).
(...)
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