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quinta-feira, 19 de outubro de 2023

Distinguindo os problemas do Oriente Médio - Paulo Roberto de Almeida

Distinguindo os problemas do Oriente Médio

  

Paulo Roberto de Almeida, diplomata, professor.

Nota sobre os problemas da região e o papel de Israel. 

 

O Oriente Médio tem muitos problemas, alguns enormes, e há muito tempo. 

Nenhum deles se chama Israel, que resultou de uma decisão votada na ONU, que prosperou, que introduziu muitas inovações tecnológicas e descobertas científicas, que domou o deserto e floresceu a agricultura em terras áridas, que se manteve democrático, a despeito dos seus integristas ortodoxos, que protesta contra o autoritarismo populista, e que não provocou deliberadamente nenhuma guerra, mas que foi atacado diversas vezes: 1948, no seu próprio nascimento, 1967, 1974, várias intifadas e ataques a partir do Líbano, da Síria, de milícias organizadas e armadas a partir de fora, como agora no caso do Hamas em Gaza. 

Os grandes problemas do Oriente Médio se chamam, desde sempre, antissemitismo, ditaduras familiares, corrupção, não educação, desigualdades persistentes, opressão das mulheres, e também, desde vários anos, ISIS, Hezbollah, Hamas, Jihad Islâmica, Irã teocrático e anti-Israel, Arábia Saudita fundamentalista, terrorismo desenfreado, etc. 

Os problemas dos palestinos não surgiram a partir de Israel, que era muito pequeno e que praticamente não tinha nenhum Exército em 1947-48, mas dos Estados árabes circundantes, que nunca aceitaram o Estado de Israel e tampouco um Estado palestino, e que também mantiveram um povo (feito de muçulmanos, mas também de cristãos) à margem de suas respectivas sociedades.

É muito difícil reconhecer isso?

 

Paulo Roberto de Almeida

Brasília, 4494, 19 outubro 2023, 1 p.


quinta-feira, 12 de outubro de 2023

Israel paga o preço do populismo - Yuval Noah Harari

A explicação real para a disfunção de Israel é o populismo

Yuval Harari, O Estado de São Paulo / The Washington Post (11-12/10/2023)

Os israelenses ainda estão com dificuldades para entender o que acaba de nos atingir. Primeiro nós comparamos o atual desastre à Guerra do Yom Kip pur, de 1973. Cinquenta anos atrás, os Exércitos do Egito e da Síria lançaram um ataque surpresa e infligiram a Israel uma série de derrotas militares, até que as Forças de Defesa de Israel se reagruparam, recuperaram a iniciativa e viraram a mesa.

Mas à medida que cada vez mais histórias e imagens horripilantes de massacres de comunidades emergem, nós vamos nos dando conta de que os acontecimentos do sábado recente não são de nenhuma maneira parecidos com a Guerra do Yom Kippur. Em jornais, nas redes sociais e nos lares as pessoas estão traçando comparações com os momentos mais obscuros do povo judeu — da mesma forma que os Einsatzgruppen, as unidades nazistas de extermínio móvel, cercavam e assassinavam judeus durante o Holocausto e que o Império Russo assassinava judeus nos pogroms.

Eu, pessoalmente, tenho parentes e amigos nos kibbutzim Be’eri e Kfar Aza — e ouvi muitas histórias horripilantes. O Hamas tomou controle total dessas duas comunidades por horas. Os terroristas foram de casa em casa, assassinando sistematicamente famílias inteiras, matando pais diante dos filhos e fazendo reféns, até bebês e avós. Sobreviventes apavorados trancaram-se dentro de armários e porões, telefonando para o Exército e a polícia em busca de uma ajuda que com frequência chegou tarde demais.

Meu tio, de 99 anos, e sua mulher, de 89, são membros da comunidade de Be’eri. Todo contato com eles foi cortado pouco após o Hamas tomar o kibbutz. Eles se esconderam em sua casa por horas, enquanto dezenas de terroristas destruíam e assassinavam. Eu fui informado de que eles sobreviveram. E conheço muita gente que acaba de receber a pior notícia de suas vidas.

Minha tia e meu tio são dois judeus durões — nascidos no Leste Europeu nos anos do entreguerras, eles já perderam um mundo no Holocausto.

Nós crescemos com histórias a respeito de judeus indefesos escondendo-se de nazistas em armários e porões sem ninguém acudir em sua ajuda. O Estado de Israel foi fundado para garantir que isso não jamais se repetisse.

Então, como isso foi acontecer? Como o Estado de Israel fracassou nessa sua missão?

Em um nível, os israelenses estão pagando o preço por anos de soberba, durante os quais nossos governos e muitos israelenses comuns sentiram que nós éramos muito mais fortes que os palestinos, que nós poderíamos simplesmente ignorá-los. Há muito o que criticar a respeito da maneira que Israel abandonou a tentativa de fazer paz com os palestinos e mantém há décadas milhões de palestinos sob ocupação.

Mas isso não justifica as atrocidades cometidas pelo Hamas, que de qualquer forma nunca contemplou nenhuma possibilidade de algum tratado de paz com Israel e fez tudo o que pôde para sabotar o processo de paz de Oslo. Qualquer um que queira a paz deve condenar e impor sanções contra o Hamas e exigir a libertação imediata de todos os reféns e o desarmamento completo do grupo.

Além disso, independentemente de quanta culpa seja possível atribuir a Israel, isso não explica a disfunção do Estado. A história não é uma anedota com lições de moral.

A explicação real para a disfunção de Israel é o populismo, não alguma suposta imoralidade. Por muitos anos, o país tem sido governado por um homem-forte populista, Binyamin Netanyahu, que é um gênio das relações públicas mas um primeiro-ministro incompetente. Ele deu preferência repetidamente aos seus interesses pessoais em detrimento do interesse nacional e construiu sua carreira dividindo a nação e fazendo-a voltar-se contra si mesma. Ele nomeou pessoas para ocupar posições importantes com base mais em lealdade do que em qualificação, assumiu o crédito por todos os sucessos mas nunca admitiu responsabilidade por fracassos e pareceu dar pouca importância tanto em falar quanto em escutar a verdade.

A atual coalizão de governo de Netanyahu é de longe a pior. É uma aliança entre fanáticos messiânicos e oportunistas desavergonhados que ignoraram os muitos problemas de Israel — incluindo a situação de segurança em deterioração — e colocaram foco, em vez disso, em concentrar poderes ilimitados para si mesmos. Na busca deste objetivo, eles adotaram políticas extremamente polarizadoras, disseminaram teorias conspiratórias ultrajantes a respeito de instituições de Estado que se opõem às suas políticas e rotularam elites do país como traidores a serviço do “Estado profundo”.

O governo foi alertado repetidamente por suas próprias forças de segurança e numerosos especialistas que suas políticas estavam colocando Israel em perigo e erodindo a dissuasão israelense em um momento de crescentes ameaças externas. Quando o chefe do Estado- Maior israelense solicitou uma reunião com Netanyahu para alertá-lo a respeito das implicações em segurança das políticas do governo, o primeiro-ministro recusou-se a recebê-lo. Quando o ministro da Defesa, Yoav Gallant, não obstante, levantou o alarme, Netanyahu o demitiu. Mas o premiê foi então forçado a restituí-lo no cargo, em razão da indignação pública. Comportamentos desse tipo ao longo de muitos anos possibilitaram à calamidade se abater sobre Israel.

Não importa o que alguém possa pensar a respeito de Israel e do conflito israelo-palestino, a maneira que o populismo corroeu o Estado de Israel deveria servir de alerta para outras democracias de todo o mundo.

Israel ainda pode se salvar da catástrofe. O país ainda conta com uma vantagem militar decisiva sobre o Hamas e seus muitos outros inimigos. A longa memória do sofrimento judaico está agora galvanizando a nação. As IDF e outros organismos de Estado estão se recuperando de seu choque inicial. A sociedade civil está se mobilizando como nunca, preenchendo muitas lacunas deixadas pela disfunção governamental. Os cidadãos estão formando longas filas para doar sangue, recebendo em suas casas refugiados das zonas de guerra e doando comida, roupas e outros itens básicos.

Neste momento de necessidade, nós também conclamamos nossos amigos em todo mundo a ficar do nosso lado. Há muito o que criticar a respeito do comportamento de Israel no passado. O passado não pode ser mudado, mas uma vez que a vitória sobre o Hamas esteja assegurada, os israelenses não apenas acertarão as contas com o atual governo, mas também abandonarão conspirações populistas e fantasias messiânicas — e empreenderão um esforço verdadeiro para realizar os ideais fundadores de Israel, de ser uma democracia por dentro e pacífica no exterior.


Yuval Noah Harari é autor de “Sapiens,” “Homo Deus” e “Unstoppable Us” e professor da Universidade Hebraica de Jerusalém.

sexta-feira, 6 de outubro de 2023

Quatro líderes e um mundo virado ao revés Israel , EUA, Rússia e China - Thomas L. Friedman (NYT, Estadão)

 Quatro líderes e um mundo virado ao revés

Israel EUA, Rússia e China

Thomas L. Friedman
The New York Times É colunista e ganhador de três prêmios Pulitzer
O Estado de S. Paulo, 6/10/2023

Desde o dia em que aprendí que, em 1947, Walter Lippmann popularizou o termo Guerra Fria para definir o conflito que emergia entre EUA e União Soviética, achei que seria legal poder batizar um período histórico. Agora que o pós-Guerra Fria acabou, o pós-pós-Guerra em que entramos tem de ganhar um nome. Então, aqui vai: é a era do "Isso não estava nos planos".

Eu sei, não é uma expressão fácil de articular - e não espero que cole. Mas ela é certeira. Eu tropecei nela na minha viagem recente à Ucrânia. Estava conversando com uma mãe ucraniana que me contava que sua vida social tinha se reduzido a jantares ocasionais com amigos, festas de aniversário "e funerais".

Depois de digitar a citação na minha coluna, acrescentei meu próprio comentário: "Isso não estava nos planos". Antes do ano passado, jovens ucranianos vinham desfrutando de acesso facilitado à União Européia, entrando em startups de tecnologia, pensando sobre fazer faculdade e decidindo se passavam férias na Itália ou na Espanha. Então, como um meteoro, a invasão russa virou as vidas deles de ponta cabeça da noite para o dia.

Aquela ucraniana não está só. Muitos planos de muita gente - e de muitos países - saíram completamente dos trilhos. Entramos na era do pós-pós-Guerra Fria, que tem pouco a prometer em comparação à prosperidade, à previsibilidade e às novas possibilidades do período pós-Guerra Fria, que abrangeu os 30 anos desde a queda do Muro de Berlim.

Há muitas razões para isso, mas nenhuma é mais importante do que o trabalho de quatro líderes cruciais com uma coisa em comum: acreditam que sua liderança é indispensável e estão dispostos a adotar medidas extremas para se manter no poder o máximo que puderem.

PODER. Estou falando de Vladimir Putin, Xi Jinping, Donald Trump e Binyamin Netanyahu. Esses quatro - cada um à sua maneira - criaram perturbações dentro e fora de seus países com base em seu interesse particular, em vez dos interesses de seus povos, e dificultaram a capacidade de suas nações funcionarem normalmente no presente e se planejarem sabiamente para o futuro.

Veja Putin. Ele começou a carreira como um tipo de reformador que estabilizou a Rússia pós-Yeltsin e coordenou um boom econômico graças aos preços do petróleo em elevação. Mas a renda com o petróleo começou a cair e, conforme descreve o acadêmico russo Leon Aron em seu próximo livro, Ridingthe Tiger: Vladimir Putirís Rússia and the Uses ofWar, Putin deu uma grande virada no começo de seu terceiro mandato como presidente, em 2012, após os maiores protestos contra seu governo irromperem em 100 cidades russas e sua economia empacar.

A solução de Putin? "Mudar a fundação da legitimidade de seu regime do progresso econômico para o patriotismo militarizado", disse Aron, colocando a culpa de todas as dificuldades no Ocidente e na expansão da Otan. No processo, o presidente russo transformou seu país em um forte sitiado, que, em sua mentalidade e propaganda, somente Putin é capaz de defender. Ele ter invadido a Ucrânia para restaurar a mítica Mãe-Pátria russa foi inevitável.

Os acontecimentos na China também têm se desdobrado de maneira bastante inesperada. Depois de se abrir e afrouxar controles internos constantemente desde 1978, tornando-se mais previsível, estável e próspera que em qualquer outro momento da história moderna, a China experimentou uma virada de quase 180 graus sob o presidente Xi: ele suprimiu o limite de mandatos - respeitado por seus antecessores para evitar a ascensão de um novo Mao Tsé-tung - e fez-se presidente indefinidamente.

Xi, aparentemente, acreditou que o Partido Comunista estava perdendo o controle e, portanto, reafirmou seu poder em todos os níveis sociais e empresariais ao mesmo tempo, o que eliminou qualquer rival.

Isso tomou a China um país mais fechado do que em qualquer momento desde os dias de Mao e desencadeou comentários de que o mundo pode já ter visto o auge da China em relação a potencial econômico, o que equivalería a um terremoto na economia global.

Certamente não estava nos meus planos acabar escrevendo, depois de quase uma vida inteira acompanhando conflitos de Israel com inimigos externos, que a maior ameaça à democracia judaica hoje é um inimigo interno - um golpe no Judiciário liderado por Netanyahu que está fragmentando a sociedade e as Forças Armadas de Israel.

O ex-diretor-geral do ministério israelense da Defesa Dan Harel afirmou, em um comício pró-democracia em Tel-Aviv, na semana passada: "Eu nunca vi nossa segurança nacional num estado tão ruim" e houve "dano às unidades da reserva de formações essenciais das Forças Armadas, o que reduziu prontidão e capacidade operacional".

E este problema não é pequeno para os EUA. Ao longo dos últimos 50 anos, o Estado de Israel tem sido tanto um aliado crucial quanto, de fato, uma base avançada na região em que Washington projetou poder sem usar tropas americanas.

Israel destruiu tentativas incipientes de Iraque e Síria se tornarem potências nucleares e é o maior contrapeso atualmente à expansão do poder do Irã sobre toda a região. Mas, se tivermos mais três anos desse governo extremista de Netanyahu, com sua pretensão de anexar a Cisjordânia e governar os palestinos que habitam o território com um sistema à la apartheid, o Estado judaico poderá se tornar uma grande fonte de instabilidade, não de estabilidade.

E por quê? Em um recente perfil de Bibi no Times, Ruth Margalit citou Ze'ev Elkin, um ex-ministro do gabinete de Netanyahu, do Likud, descrevendo o primeiro-ministro da seguinte forma: "Ele começou com uma visão de mundo que dizia: 'Eu sou o melhor líder para Israel neste momento', que gradualmente se transformou numa visão de mundo que diz: 'A pior coisa que pode acontecer para Israel é eu parar de liderar o país, e portanto minha sobrevivência justifica qualquer coisa'."

PILAR. Nem é preciso dizer, depois de testemunhar o esforço de Trump para reverter a eleição de 2020 inspirando uma turba a invadir o Capitólio e ver esse mesmo homem se tomar o principal pré-candidato republicano à presidência em 2024, que a nossa próxima eleição será uma das mais importantes de todos os tempos - para que não seja a última. Isso não estava nos planos.

O denominador comum que une esses quatro líderes é que todos eles quebraram as regras do jogo em seus países por uma razão bastante familiar: permanecer no poder. Putin também iniciou uma guerra no exterior com o mesmo objetivo. E seus sistemas locais - a elite russa, o Partido Comunista Chinês, o eleitorado israelense e o Partido Republicano - não foram capazes de refreá-los.

Mas também existem diferenças importantes entre eles. Netanyahu e Trump enfrentam resistência em suas democracias, onde os eleitores ainda podem expulsar ou impedir ambos - e nenhum deles começou uma guerra.

Xi é um autocrata, mas tem uma agenda para melhorar a vida de seu povo e planeja dominar grandes indústrias do século 21, da biotecnologia à inteligência artificial. Mas seu governo, cada vez mais linha-dura, poderá ser exatamente o que impedirá a China de chegar lá, principalmente porque esse punho de ferro ocasiona fuga de cérebros.

Putin não passa de um chefão mafioso disfarçado de presidente. Ele será lembrado por transformar a Rússia da potência científica, que colocou o primeiro satélite em órbita, em 1957, em um país incapaz de fabricar um carro, um relógio ou uma torradeira que qualquer pessoa fora do país compraria. Putin teve de recorrer à Coréia do Norte para mendigar ajuda para seu Exército arrasado na Ucrânia.

Trump, em última instância, é o mais perigoso - e por uma simples razão: quando o mundo fica tão caótico assim e países tão importantes contrariam os planos, o restante depende dos EUA para assumir a liderança, conter os problemas e opor-se aos causadores de problemas. Mas Trump prefere ignorar problemas e louvar os criadores de problemas. É isso que torna a perspectiva de outra presidência sua tão assustadora, insensata e inconcebível.

Porque os EUA ainda são o pilar do mundo. Nem sempre fazem isso sabiamente, mas se parar completamente de fazê-lo, cuidado. Dado o que já está acontecendo nesses três outros importantes países, se os EUA vacilarem, nascerá um mundo no qual ninguém será capaz de fazer nenhum plano. Haverá um nome fácil para esse período: "Era da Desordem".

TRADUÇÃO DE GUILHERME RUSSO

Se os EUA vacilarem, nascerá um mundo incapaz de fazer planos. Será a 'Era da desordem'

segunda-feira, 1 de maio de 2023

Ataques misteriosos contra o Irã: Israel, EUA, Ucrânia? - Chris Snow (Medium)

 Um notícia de janeiro, que tinha me passado despercebida...

Air strikes in Iran: The military facility in Isfahan was hit by a drone attack. A refinery was also set ablaze

Iran has been providing Shaheed 136 and Shaheed 131 drones to Russia. These drone deliveries were heavily condemned by the West. Iran was threatened with sanctions and other consequences to encourage the regime to discontinue these deliveries.

The Iranian regime has recently cracked down very hard on its own people. After the protests against the regime going on since mid-September, have since then taken a turn towards a revolution. The people of Iran do not just want change from this government. They want the regime gone entirely.

Another horrible mistake that the Iranian Mullah regime made was providing Russia with arms or rather terrror weapons in its war against Ukraine. Now, a drone factory was hit. However, it is unclear who is behind these attacks.

The geo-political chess game just got a lot trickier since these recent strikes last night

“An explosion has occurred in one of the military centers affiliated to the Ministry of Defense,” the deputy head of security for Isfahan governorate Mohammad Reza Jan-Nesari told the semi-official Fars News Agency.

The West has often criticized this decision and warned Iran of possible consequences of such actions. The regime in Teheran obviously didn’t heed these warnings. However, who is behind these attacks is still shrouded in mystery.

What we do know is that among other strikes there is also a huge fire reported in Azarsharhr in an East Azerbaijan province, the attack seem to be well coordinated and have been targeted against military and industrial facilities all across the country. The strikes are still ongoing as new strikes are reported against an IRGC base in Mahabad.

These attacks are a major escalation in the increasingly violent struggle of the Iranian peopel against their own government

Iranian sources reported that explosions were heard in Hamedan and Karaj

The Azerbaijani Ministry of Foreign Affairs will evacuate their embassy staff and members of their families from Iran today. We must keep in mind that the Israeli Airforce has been granted access to an airfield on the territory of Aszerbaidschan in close proximity to the Iranian border. US officials have been rather unhappy with this arrangement.

U.S. intelligence officials are worried that Israel’s military involvement in Azerbaijan would make it more difficult for the U.S. to reduce Israeli-Iranian tensions. Apparently now, military planners must prepare for a war scenario that would also involve the Caucasus.

“We’re watching what Iran does closely,” said a U.S. intelligence officer involved in assessing the consequences of a potential Israeli strike on Iran. “But we’re now watching what Israel is doing in Azerbaijan. And we’re not happy about it.”

These attacks and the news about them are still very fresh. We find ourselves in a stone-cold whodunnit scenario

Note: From here on out, this is an opinion piece.

The current regime has lost its legimitacy with its people, while many Western media outlets wish to present the case as “civil unrest” or “protests” that couldn’t be further from the truth.

The Iranian regime has started to kill people, torture them, and imprison them in mass.

The Iranian people do not want reforms from the regime, they want the regime gone, they want to take care of their own affairs without some morality police telling them how to live or a security guard eavesdropping on their conversations. These aren’t protests. This is a revolution made by the people and for the people to remove the Mullah dictatorship from power.

Let’s try to answer the question: Who could be behind these attacks?

“Freedom is never given voluntarily by the oppressor; it must be demanded by the oppressed.” You must demand it, for it will not be given freely. Dr. Martin Luther King

Semper sic tyrannis
  1. Mossad Special Operation

My first guess would be that the Mossad smuggled in a dozen or so foreign-made drones to one of the insurgent or anti-regime groups and provided coordinates of some lightly-defended, highly-flammable targets.

Iran has been executing peaceful civilians for a while now, so the now still peaceful protestors may soon join the ranks of the more violent arm of the revolution as they may be ready to move to a less peaceful approach.

That explanation is possible, although as widespread and coordinated as it seems at this moment, I’d guess there is some level of professionalism that goes beyond the capacity of local insurgent groups.

I really doubt this is a Mossad led insurgency on the ground type of operation. Even though it would probably be the best-case scenario, if the attack was executed by anti-regime groups rather than a foreign power.

Likelihood: 3/10

Option 2: The USA did it

Israel has a lot of agents and cells in Iran.This was totally something they could set in motion. The way the Mossad works in Iran is absolutely master class. I highly doubt this was the US, though. The US does not like doing anything kinetic in Iran these days.

Except that the computer virus that the US and Israel sent towards Iran, which was pretty gangster. Autocratic regimes all around the world love to blame everything on the US. Don’t be shocked as the accusations are going to come in pretty soon.

Likelihood: 1/10

Option 3: China

Maybe it was Xi. But if you thought the US and Russia both had their problems with the Middle East, I am deeply skeptical of what would the Chinese COIN operations look like. That’s assuming the Chinese military is even bothered by trying to understand the local culture/religion.

Their best option would be to try to establish mass surveillance to run facial recognition and whack the folks who seem to be doing suspicious stuff or disappear off of the grid for hours/days at a time. But first they need to get the cameras up and running when the insurgents are probably going to suspect something is up with the Chinese trying to install cameras in every house, apartment elevators/hallways, alleyway, streetlight and so on.

Likelihood: 2/10

Option 4: Ukraine is sending their regards with the kind support of the Israeli Air Force and Western intelligence

The CIA director is in Israel right now. The US did say they would “work to distrust the supply of weapons and drones to Russia”. Ukraine has warned Iran as well about the continuation of this close relationship. Israel was less than happy about Iranian drone deliveries as well. Iran is using Russia as a proxy for their own fight against Israel. Russia really fell very low by becoming a proxy of Iran in this geo-political chess game. Also, recent remarks about giving nukes to Iran by Russia’s propaganda machine could have triggered a reaction by Israel.

It could also be a false flag operation by the revolutionary guard to distract us all from the revolution. Potentially, that could backfire, though. What is for sure: The Israelis are on edge and geared up because a Palestinian just killed 7 people outside of a synagogue in east Jerusalem.

So, I think it’s more likely the CIA is in Tel Aviv to try and keep the Israelis calm than they are trying to organize covert strikes rather than to discuss secret strikes against Iran.

Still, this scenario has some credibility to it. This might be a message by the West delivered by a close ally Israel. The message is going out to Teheran but also towards Moscow: Stop these drone attacks and deliveries. Otherwise, none of these factories will be left standing. The scenario of an Israeli drone strike seems to be the most credible and most likely explanation here.

Likelihood: 8/10

Summary and Conclusion:

Probably all of that is another sad comedy of incompetence with some warcrimes sprinkled in. The Iranian regime has made many mistakes lately. Sending these drones to Russia was one of them. Acting with such brutality and violence against the Iranian people is another one. Iran is just one of many geo-political players who have underestimated the strength of the West and the strength of people unwilling to bow to tyranny.

I have ultimately no answer for you who is behind these strikes. Time will tell, but feel free to share your opinion with me in the comments as to what you think? Who is behind these strikes?

No nation deserves freedom or can long retain it, which does not win it for itself. Revolutions must be made by the people and for the people. Giuseppe Mazzini

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30+ year old History Professor and educator. MA in Business Ethics and Modern European History. History has much to teach, but it doesn't find enough students