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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

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domingo, 9 de fevereiro de 2020

Por que suprimir livros? Paulo Roberto de Almeida


A batalha contra os livros e o legado do capitão

Paulo Roberto de Almeida
 [Objetivo: discussão sobre a governança no Brasil; finalidade: debate público]
  

O que terá levado dirigentes políticos e responsáveis setoriais da educação em Roraima a ordenar o recolhimento de “livros inadequados” Machado de Assis, Mario de Andrade, Euclides da Cunha à juventude estudantil do estado?
Seria apenas um simples caso de burrice estúpida (com perdão pela redundância), ou algo bem mais grave, estupidez conjugada ao fundamentalismo sectário (novas desculpas pelo sic), de gente que acha que todas essas leituras aparentadas a um vago progressismo à la Paulo Freire são nocivas à formação ideológica dos jovens?
Se for por qualquer uma dessas razões, sempre conjugadas à estupidez, seria bem mais grave, pois sabemos quem anda reclamando dessa literatura didática que “tem muita coisa escrita” e nem tem a bandeira e o hino nacional. Mas mesmo Machado, que vem do Império?
Por que o Brasil retrocede?
A promessa de certo dirigente, por uma “educação sem ideologia”, teria algo a ver com o zelo pedagógico de fiéis militantes da causa?
Esse zelo vai se manifestar na confecção dos próximos livros didáticos?
A educação brasileira vai finalmente se ver livre de todas as influências indevidas?
O capitão pensa que está empenhado na construção de um novo Brasil?
Sem dúvida: um Brasil mais estúpido, piegas, simplório, anacrônico.
O chefe do Executivo age motivado não por considerações institucionais, de respeito à Constituição, mas por preconceitos pessoais e motivações irracionais – vide essa briga insana com os governadores por causa do ICMS sobre a gasolina – que redundam em MPs INCONSTITUCIONAIS e diversas outras medidas que diminuem o grau de segurança no país e aumentam o número de mortos (cinto, controles nas estradas, carteira de habilitação, exames de toxicologia), agridem o meio ambiente (e prejudicam o agronegócio e o próprio Brasil), reincidem no protecionismo comercial (antidumping do leite em pó, bananas do Equador, subsídios a setores industriais, perdão de dívidas, etc.) e muitas outras medidas que revelam o alto grau de IRRACIONALIDADE e de inconsistência econômica e jurídica de seu governo.
Sinceramente, eu sou pela boa governança, e não creio que o capitão seja um bom exemplo nessa matéria. Assusta-me a adesão de vários militares graduados a um capitão francamente despreparado para o cargo que ocupa, e que está retrocedendo o Brasil, sobretudo na esfera diplomática e educacional.
Esse será o legado do capitão, e tem muita gente (especialmente em certas seitas religiosas) que acha que assim está bem e que assim deve continuar, inclusive um famoso ex-juiz, um economista “liberal”, militares e outros técnicos saídos das melhores universidades. Tem até um diplomata que finge concordar com o besteirol de certos gurus quanto a que o tal de globalismo — uma legítima e fantasmagórica conspiração de ricaços esquerdistas — seria um atraso monumental para o Brasil.
Será que o Brasil degringolou?
Eu sempre achei que, muito pior que o atraso material e social do Brasil, é o atraso mental de nossas elites.
Só posso reafirmar minha tristeza...

 Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 9 de fevereiro de 2020

terça-feira, 14 de maio de 2019

A Economist se engana quanto aos militares brasileiros - artigo sobre a AL

No seu editorial que precede este artigo de fundo (ver aqui), a Economist mostra desconfiança em relação ao um regime de direita (Bolsonaro) e um outro de esquerda (AMLO, no México), e sobre o Brasil escreve o editorialista o seguinte:

Mr Bolsonaro, who has spoken of his nostalgia for military rule, has eight generals in his cabinet of 22; AMLO is weakening competing centres of power, such as elected state governors. 

O editorialista se engana quanto às ameaças à democracia no Brasil. Elas não veem dos militares e sim dos aloprados – olavistas fanáticas e bolsonaristas aloprados – que conformam uma das bandas podres do governo (existem outras).
Mas, concordo em que populismo e polarização são duas ameaças à democracia na região.
Vão continuar sendo, por muito tempo ainda, seja de esquerda, seja de direita.
Paulo Roberto de Almeida


Populism and polarisation threaten Latin America

After dictatorships gave way to democracy trouble is brewing again

IT WAS ONE of the greatest waves of democratisation ever. In 1977 all but three of the 20 countries in Latin America were dictatorships of one kind or another. By 1990 only Mexico’s civilian one-party state and communist Cuba survived. Several things lay behind the rise of democracy in the region. One was the waning of the cold war. Another was the economic failure of most of the dictators. And democracy was contagious. One country after another in Latin America put down democratic roots as power changed hands between right and left through free elections.
The outlook is suddenly much darker. Nicolás Maduro in Venezuela, like Daniel Ortega in Nicaragua, is an originally elected autocrat ruling as a dictator. He clings to power with the support of Cuba at the cost of wrecking his country and destabilising its neighbours. At least 3.7m Venezuelans have fled economic collapse and repression; organised crime and Colombian guerrillas flourish there. The repressive family despotism into which Nicaragua has degenerated under Mr Ortega and his wife, Rosario Murillo, is almost as nasty.
These autocratic extremes would be less worrying were not elections across the region showing that there are clear signs of disenchantment with democracy elsewhere. Election rules are sometimes flouted and independent institutions undermined. Many voters are turning to populists with little commitment to restraints on power. Parties of the moderate centre are weakening or collapsing.

Immoderate urges

An election marked by fraud in Honduras saw Juan Orlando Hernández, the conservative president, win a constitutionally dubious second term in 2017. In Guatemala, which will hold elections in June, the president recently ordered out a UN investigative body into organised crime and corruption which had helped to jail two of his predecessors. Evo Morales, a leftist who has been Bolivia’s president since 2006, will seek a fourth term in October—also on dodgy constitutional grounds. In the same month, Cristina Fernández de Kirchner, a populist former president of Argentina who abused institutions in partisan fashion and faces corruption charges, stands a chance of being returned to office.
And then there are Latin America’s two giants, Brazil and Mexico. Both have elected presidents who share a populist disregard for the norms, checks and balances, and toleration of critics that are necessary for lasting democracy.
The threat is more obvious in Brazil. Jair Bolsonaro, an army captain turned far-right politician, took over on January 1st. A seven-term congressman, Mr Bolsonaro is a political insider in Brazil but one nostalgic for military rule. Eight generals sit in his 22-strong cabinet and scores more officers occupy second- and third-tier posts. “Democracy and freedom only exist when the armed forces want them to,” he said in a speech in March at a military ceremony. This will be news to Costa Rica. Its decision to abolish its army in 1948 is widely regarded as having helped it stay free. He even ordered the armed forces to commemorate a military coup in 1964, which he calls a revolution. Evidence is emerging that appears to show ties between Mr Bolsonaro’s family and paramilitary militias that operate in the favelas of Rio de Janeiro.
Andrés Manuel López Obrador, a veteran populist of the left known as AMLO, has struck a more moderate tone in his first five months in office. Mexicans overwhelmingly approve of his promises to sweep away corruption and crime, as well as his modest way of life (he sits in economy on commercial flights around the country). But there are warning signs.
AMLO is not a fan of independent centres of power. He has named his own “co-ordinators” to supervise elected state governors, cut the salaries of judges and civil servants, named ill-qualified allies to regulatory bodies, and stopped giving public funds to NGOs. He has also shown deference to the armed forces, placing them in charge of a new National Guard, a paramilitary police force, despite the objection of the Senate. A proposed bill to pack the Supreme Court would end its independence. In March the tax agency threatened the owner of Reforma, a critical newspaper, with a tax investigation over the seemingly trivial matter of owing 12,000 pesos (around $630) from 2015.
These steps, though some are small-scale, all come from the populist handbook of disqualifying and intimidating opponents, building a political clientele and what Steven Levitsky and Daniel Ziblatt of Harvard University have called “capturing the referees” of democracy. The measures also hint at a return to what Enrique Krauze, a historian, calls Mexico’s “imperial presidency” of past one-party rule.
Not all of the region is under threat. Chile and Uruguay, among others, still enjoy stable democracy, and most governments remain committed to that goal. The region’s people are not so sure. In 2018 Latinobarómetro, a multi-country poll, found that only 48% of respondents saw themselves as convinced democrats, down from 61% in 2010. Just 24% pronounced themselves satisfied with democracy in their country, down from 44% in 2010 (see chart 1). How did democracy fall into such disrepute? How great is the threat to it? And how can democrats fight back?
The warning signs were clear. Take Eldorado, a sprawling suburb of São Paulo. In Brazil’s boom of 2005-13 it had hopes of becoming solidly middle class. A year ago, as the country’s election campaign got under way, people in Eldorado were fed up with rising crime, unemployment and a sense of official neglect. “When we go out we don’t know whether we will return alive,” lamented Cleber Souza, the president of Sítio Joaninha, a former favela. In what had been a stronghold of the left-wing Workers’ Party (PT), several people said they would consider voting for Mr Bolsonaro. “He’s a cry for justice from the society,” said Anderson Carignano, the owner of a large DIY shop. “People want a return to order.”
Behind the discontent lies a toxic cocktail of crime, corruption, poor public services and economic stagnation. With only 8% of the world’s population, Latin America suffers a third of its murders. In many countries, the rule of law remains weak.
In the 1980s, many of the new democratic governments inherited economies bankrupted by debt-financed statist protectionism. The adoption of market reforms known as the “Washington consensus” provided a modest boost to growth. The democratic governments gradually expanded social provision. After the turn of the century many economies benefited from a surge in exports of minerals, oil and foodstuffs thanks to the vast demand from China. Poverty fell dramatically, while income inequality declined steadily.

Carnival’s over

The end of the commodity boom has brought a sharp correction. Taken as a whole, the region’s economies expanded at an average annual rate of 4.1% between 2003 and 2012; since 2013 that figure has shrunk to only 1%, taking income per head with it (see chart 2). Some countries, mainly on the Pacific seaboard, have done better. Others have done much worse. Brazil is barely recovering from a deep recession in 2015-16; Argentina is stuck in a long-term pattern of economic stop-go. Mexico has grown by only 2% annually for decades.
The underlying causes include low productivity, rigid regulation, a lack of incentives for small companies to expand or become more efficient, and corrupt political structures benefiting from the status quo. For a time an expanding labour force saw the region grow despite the problems. That demographic bonus is now mostly spent. In many countries the working-age population will start shrinking in the 2020s. As economies have faltered poverty has edged up and the decline in income inequality has slowed. This has exacerbated an existing crisis of political representation.
Against this bleak landscape, the worldwide ills of democracy have taken an acute form in Latin America. “There’s a kind of repudiation of the whole political class,” says Fernando Henrique Cardoso, a sociologist and former Brazilian president. Political structures “don’t correspond any more to the moment societies are living in,” he adds. That is partly a result of the digital-communications revolution in which social media have bypassed intermediaries. Political traditions also play a role.
Latin America has a long history of caudillos and populists, sometimes embodied in the same person, such as Argentina’s Juan Perón. The strongman tradition stemmed from long and bloody wars of independence two centuries ago, and from the difficulties of governing large territories, often with challenging terrains and ethnically diverse populations. Many countries were rich in natural resources. Latin American societies, partly because of the legacies of colonialism and slavery, were long scarred by extreme income inequality. That combination of natural wealth and inequality bred resentments that populists exploited.
But there is another political tradition in the region, one of middle-class democratic reformism, honed in the long struggle to turn the constitutionalism present at the birth of Latin American republics into a lasting reality. In various guises, this political current was in the ascendant in many countries for much of the past 40 years. Now the integrity and competence of the politicians that embodied it have been called into question.
Voters abandoned such dominant parties as Brazil’s PT and Mexico’s Institutional Revolutionary Party because “they were hypocritical in talking of the public interest while being inward-looking, self-serving and corrupt,” says Laurence Whitehead of Oxford University.
Corruption usually diminishes as countries get richer. Yet Latin American politics seem, for a mainly middle-income region, unusually grubby. The region’s states are marked by heavy-handed regulatory overkill mixed, in practice, with wide discretionary power for officials. The commodity boom meant more resources flowing into state coffers, and thus more money for politicians to steal.
The investigation known as Lava Jato (car wash), originating in Brazil into bribery by Odebrecht and other construction companies across Latin America, has exposed the scale of the corruption to the public, leading to a widespread perception that the region’s entire political class is corrupt. In fact the investigations are a sign of overdue change. The traditional impunity of the powerful in Latin America has been challenged by independent judiciaries and investigative journalism, both a product of democracy. Brazil has seen scores of politicians convicted on charges of corruption. In Peru four former presidents have been under investigation. One of them, Alan García, committed suicide last month as police arrived at his house in Lima to jail him for alleged corruption.

Off-centre

Ironically, populists have been relatively untouched by scandal, either because they control the judiciary and the media or because a halo of the saviour of the people surrounds them. It is often centrist parties that pay the political price. That is partly because they have struggled to practise good government. The reformist zeal of the early years of the democratic wave has fallen victim to two recent tendencies in politics: fragmentation and polarisation.
Brazil’s new Congress contains 30 parties, up from five in 1982. The 130 seats in Peru’s single-chamber parliament are divided among 11 groupings. In Colombia’s parliament, once dominated by Liberals and Conservatives, there are now 16 parties. Even Chile’s stable system is starting to splinter. One reason is Latin America’s unique—and awkward—combination of directly elected presidencies and legislatures chosen by proportional representation. Party switching carries a low cost.
In some countries politics has become a way of making money, or a brazen means to promote private business interests. In Peru, for example, such interests often buy their way into parties, undermining party solidity and the representative character of the country’s democracy, according to Alberto Vergara, a political scientist at Lima’s Pacifico University.
Another factor is that the old left-right divide is no longer the only cleavage. Evangelical conservatives are pushing back against liberal secularism on issues such as abortion and gay rights. In Costa Rica, which had a two-party system until the turn of the century, an evangelical Christian gospel singer of little previous political experience made it to a run-off presidential election last year (though he lost). As a consequence of fragmentation, governments often lack the majorities required to push through unpopular but necessary reforms.
Recent elections have seen a swing to the right in South America and to the left in Mexico and Central America. In both cases that has involved the alternation of power that is normal in democracies. But the switch has been accompanied by extreme political polarisation. That has been both cause and consequence of the collapse of the moderate reformist centre. And it risks making politics more unstable.
Yet there are some grounds for optimism. Latin American democracy is more resilient than outward appearances might suggest. Opinion polls suggest that only around a fifth to a quarter of Latin Americans might welcome authoritarian government. In some countries checks and balances provide safeguards. In Brazil, for example, Mr Bolsonaro’s government is a ramshackle assortment of generals, economic liberals and social conservatives. “Bolsonaro isn’t a party, he isn’t anything, he’s a momentary mood,” thinks Mr Cardoso, who trusts in the countervailing strength of the legislature, a free media and social organisations. “You have to be forever vigilant but I don’t think the institutions here are going to embark on an authoritarian line.”
In Mexico, where opposition to AMLO is weak and checks and balances on executive power are only incipient, there may be greater cause for concern. But the president’s popularity may decline as the economy weakens. And the centre is not dead everywhere.
Amid the dust from the collapse of old party systems, there are glimpses of democratic renewal, led by a new generation of activists. There’s “an ecosystem of new politics in Brazil,” explains Eduardo Mufarej, an investment banker who has set up Renova, a privately funded foundation to train young democratic leaders in politics, ethics and policy. In the 2018 elections, 120 of Renova’s graduates ran (for 22 different parties). Ten were elected to the federal Congress and seven to state legislatures. They are trying to convince the public that not all politicians are self-serving.
One was Tabata Amaral, a 25-year-old activist for better public education elected as a federal deputy for São Paulo. She mobilised 5,000 volunteers through social media; her campaign cost 1.25m reais ($320,000), raised through individual donations. To cut costs, she has teamed up with two other Renova graduates (in different parties) to share congressional staff. Her first brush with the old order was to find that the apartment assigned to her in Brasília by the Congress was illegally occupied by the son of a long-standing legislator, who refused to move.
Julio Guzmán tried to run for president in Peru in 2016. He was thwarted when the electoral authority barred his candidacy on a technicality. He has spent the time since travelling round the country building a new centrist party. He insists that he is engaged in “a different way of doing politics” in which all members are scrutinised and donations will be made public. His Morado party is aimed at “the new Peruvian, who looks to the future, is entrepreneurial and from the emerging middle classes”.

Poles apart

Polarisation in Colombia’s election last year led to a run-off between Iván Duque, the conservative victor, and Gustavo Petro, a leftist who until recently was a fan of Venezuela’s Hugo Chávez. But there, too, is a demand for a new politics, thinks Claudia López, the vice-presidential candidate of the centrist Green Party (which narrowly failed to make the run-off). The task, she says, is to restore the trust of citizens in politicians. That partly involves competing in the emotional terrain occupied by populists. But it also means a different approach. “Nobody is interested in being a member of a hierarchical political organisation anymore,” she says. “Those of us in parties have to adapt to citizen causes or we’re dead.”
These are green shoots in a forest of dead wood. But they are a sign of the dynamism of Latin American societies—democracy’s greatest asset. Latin America remains the third most-democratic region in the world according to the Democracy Index compiled by the Economist Intelligence Unit. The past four decades have created a culture of citizen rights and political participation. But democracy’s defences in Latin America are relatively frail, as Venezuela shows. All the evidence is that citizens want a new political order, in which politicians are more concerned with public services, security and the rule of law rather than lining their pockets. And they want it now.

This article appeared in the Briefing section of the print edition under the headline "The 40-year itch"

domingo, 3 de março de 2019

O fracasso das elites politicas no Brasil trouxe a volta dos militares ao governo - Estadao

A matéria é importante, mas apenas enquanto reflete uma realidade. 
O governo, o Estado, as instituições estão sendo lotados com militares de carreira, da ativa e da reserva.
Eu, pessoalmente, insuspeito de qualquer simpatia pelos militares – passei sete anos em autoexílio durante a ditadura militar – recebo com muita satisfação essa situação nova.
As FFAA no Brasil atual são a corporação mais preparada, a mais democrática, a mais confiável de que possa dispor o país para tentar encaminhar seus mais graves problemas. 
Não será fácil, pois entre eles não temos grandes economistas, ou grandes cientistas políticos. Mas temos grandes "tecnocratas", devotados às causas nacionais, extremamente bem preparados do ponto de vista técnico, e em princípio os mais honestos mandarins do Estado.
Vamos observar o seu desempenho, avaliar sua gestão, e ser absolutamente honestos quanto aos resultados: aplaudiremos as medidas corretas, apontaremos o que acharmos indevido ou equivocado, e distribuiremos notas finais quanto ao desempenho. Por enquanto eles estão com MS, vamos ver se sobem a SS, ou se caem a MM, ou menos.
Estarei atento...
Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 3 de março de 2019


Militarização atinge 2º e 3º escalões do governo Bolsonaro
Após a indicação para o comando de oito ministérios, presidente expande presença de integrantes das Forças Armadas; já são pelo menos 103 em diversos postos
Tânia Monteiro, Adriana Ferraz, Carla Bridi, Matheus Lara e Tulio Kruse, O Estado de S.Paulo, 03 de março de 2019

O governo de Jair Bolsonaro vai ampliar a militarização na máquina pública federal, com a entrega para a Marinha de postos de comando nas superintendências de portos, no Ibama e no Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMbio). Após a nomeação para ministérios importantes, os militares agora são chamados a ocupar também cargos no segundo e terceiro escalões. Veja aqui o mapa completo de onde estão os militares no governo.
Trata-se de uma nova fase do movimento crescente de escolha de oficiais da reserva das Forças Armadas para posições estratégicas e setores historicamente envolvidos em denúncias de corrupção. Levantamento feito pelo Estado contabiliza pelo menos 103 militares na lista dos cargos comissionados de ministérios, bancos federais, autarquias, institutos e estatais, entre elas a Petrobrás.

Militarização atinge 2º e 3º escalões do governo Bolsonaro
Militarização atinge 2º e 3º escalões do governo Bolsonaro  Foto: Fábio Motta/Estadão

Segundo analistas, fatores como o desgaste da classe política e uma estrutura partidária ainda frágil do presidente Jair Bolsonaro permitem o avanço dos militares na burocracia federal. 
Na última semana, foram escolhidos os almirantes da reserva da Marinha Francisco Antônio Laranjeiras e Elis Triedler Öberg para comandarem os portos do Rio de Janeiro e do Rio Grande do Norte, respectivamente. Para o cargo de diretor-presidente da Companhia Docas de São Paulo, que controla o Porto de Santos, o governo nomeou o engenheiro naval civil Casemiro Tércio Carvalho. Ele, no entanto, terá a seu lado um militar da Marinha para “sanear” o órgão e acabar com “entraves” burocráticos. 
Em defesa desse movimento do governo, um oficial do Alto Comando das Forças Armadas disse que a escolha de militares para cargos de confiança tem por objetivo conferir credibilidade aos postos com base em “um modo eficiente de administrar”, com “zelo pelo dinheiro público”. Deputados que procuram o governo para pedir cargos nos Estados relatam que recebem de ministros um pedido: “Você tem um militar para indicar?”
 Estudioso da relação entre as Forças Armadas e a sociedade brasileira, o cientista político Eliézer Rizzo de Oliveira afirmou que a participação de dezenas de militares em um governo eleito democraticamente é uma situação inédita no Brasil. E é resultado, segundo ele, da combinação entre a descrença que abateu a classe política e a inexperiência administrativa do novo presidente.
“É natural que ele queira se apoiar em pessoas da área dele e que respondam a essa espécie de ‘regime civil com governo verde-oliva’ que se instaurou no poder e tomou conta da máquina pública”, afirmou.
Ainda assim, para Oliveira, o movimento atual não pode ser comparado a um aparelhamento da máquina pública, a exemplo do que ocorreu nos governos do PT. A intenção agora, diz, não seria a preservação do poder sindical ou partidário, mas a gestão do governo. “O risco, neste caso, é o desprestígio das Forças Armadas em caso de insucesso.”
“Falar em aparelhamento me parece prematuro. O partido do presidente não possui uma estrutura orgânica e coesa. Há escassez de quadros. E, como o presidente não quer nomear gente apadrinhada pelo sistema político, é legitimo, nesse contexto, se servir de profissionais oriundos das Forças Armadas”, afirmou o cientista político Hussein Kalout, que atuou no governo de Michel Temer.
As nomeações nos portos aumentaram a presença militar na pasta da Infraestrutura. Até agora, o ministro Tarcísio Gomes de Freitas, um ex-capitão do Exército, nomeou dez militares da reserva, incluindo a chefia do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). Com histórico de irregularidades e denúncias de corrupção, o órgão foi entregue ao general Antonio Leite dos Santos Filho.
Desde a redemocratização nos anos 1980, a área portuária sempre foi controlada pelo MDB. O ex-presidente Michel Temer enfrenta acusação por ter editado um decreto que teria beneficiado uma empresa no Porto de Santos. Ele nega.
Do quadro de reservas da Marinha também sairá o novo superintendente do Ibama no Rio de Janeiro. O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, escolheu o almirante Alexandre Dias para a vaga. O maior número de militares está no Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações – 13 no total. O ministro Marcos Pontes se cercou de brigadeiros no seu gabinete e também escolheu nomes da reserva da Aeronáutica para chefiar as secretarias de Políticas Digitais e de Tecnologias Aplicadas.
Os militares abocanharam ainda cargos em pastas sem conexão com a caserna. No Turismo, o ex-deputado Marcelo Álvaro Antonio, do PSL, foi orientado pelo Planalto a nomear um militar da Marinha para o posto de corregedor e um coronel do Exército para o Departamento de Política e Ações Integradas.
Na gestão Bolsonaro, oficiais terão como desafio gerir áreas que vão além daquelas mais associadas a eles, como infraestrutura, ciência, tecnologia, mineração e energia. Terão, por exemplo, de administrar de uma estatal responsável por prestar serviços médicos ao Conselho Nacional de Educação, órgão que atua na formulação e avaliação da política educacional. 
Na prática, a lógica dos quartéis será testada no serviço público na atual administração federal.

Ministros 'convocam' oficiais da reserva
Como não dispõem de um banco de dados de servidores para ocupar os cargos de confiança, entre eles os chamados DAS (Direção e Assessoramento Superior), a solução inicial encontrada pelo governo foi buscar militares na reserva das Forças Armadas. “Quando precisamos substituir inúmeras pessoas e trazer gente confiável, com capacidade técnica, carreira ilibada é muito difícil”, afirmou o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles. 
Outra razão para a escolha dos militares, segundo o ministro, é a dificuldade de atrair profissionais da iniciativa privada, com a mesma qualificação, dispostos a receber salários que variam de R$ 2,7 mil e R$ 16,9 mil, valores considerados baixos em comparação aos pagos em cargos de direção. 
Os militares da reserva já têm um salário base e, no caso de voltarem a trabalhar, recebem apenas uma complementação salarial. “É bom pra eles e é bom pra nós”, observou Salles.
O ministro nega que os militares estejam loteando o governo. “Somos nós que pedimos as indicações e que eles venham. Não são eles se impondo”, afirmou. “Há uma gama enorme de cargos de confiança, muito mal preenchidos, muitos deles aparelhados, ou com grau de comportamento questionável.” 
O número poderá ser ampliado com a aprovação da reforma da Previdência. Como revelou o Estado, o texto permite aos militares da reserva exercerem atividades civis em qualquer órgão, mediante gratificação ou abono. Hoje, só podem ser aproveitados em funções militares ou ocupar cargos de confiança, o que limita o remanejamento.
Se as mudanças forem aprovadas, eles poderão exercer funções na administração federal sem ter de passar por concurso público. Isso aumentaria ainda mais o contingente de militares dentro do governo – além do presidente Bolsonaro e do vice-presidente Hamilton Mourão, há também oito ministros com formação militar. Uma fonte da ala militar confirma que existe no governo a intenção de ampliar o aproveitamento desse contingente de mais de 150 mil reservistas. 
O governo não fecha as portas para os civis, mas busca neste grupo características que enxerga nos militares, como conduta ética e capacidade técnica. “Preenchendo os requisitos não tenho problema em receber indicações de governador, deputado, senador”, disse o ministro do Meio Ambiente. Em dezembro, a Justiça condenou Salles por improbidade administrativa quando foi secretário estadual de São Paulo. O ministro nega as acusações. 
Em recente entrevista ao Estado, o general Carlos Alberto dos Santos Cruz, ministro-chefe da Secretaria de Governo, disse ser contra dividir o governo entre civis e militares. “A sociedade quer que você governe para ela de maneira limpa, sem corrupção e que entregue o benefício no serviço público que ela precisa. Quem está dirigindo, para ela não interessa. Interessa a prestação do serviço público de qualidade e de maneira honesta”, observou. 
Para o ministro, “a sociedade aceita perfeitamente bem” a presença dos militares no governo. “Quem faz essa discriminação é alguém interessado politicamente em fazer. Se a gente evitar viver aqueles dez anos de escândalos diários é isso o que o pessoal quer. A sociedade quer um governo limpo, transparente”, disse.

Três perguntas para Hussein Kalout, cientista político e ex-secretário de Assuntos Estratégicos
1. A oposição atacou os governos do PT por “aparelhar” a máquina pública. Essa critica também vale para o governo Bolsonaro? Existe um “aparelhamento militar” do governo?

O ângulo dessa comparação precisa ser analisado sob um escopo mais abrangente. O PT ficou 13 anos no poder e o governo Bolsonaro está há apenas dois meses no poder. Portanto, a comparação não me parece justa. Falar em aparelhamento me parece prematuro. O partido do presidente não possui uma estrutura orgânica e coesa. Há escassez de quadros. E, como o presidente não quer nomear gente apadrinhada pelo sistema político, é legitimo, nesse contexto, se servir de profissionais oriundos das Forças Armadas, provenientes de algumas das melhores instituições de ensino e pesquisa do País.
A chave dessa equação reside em duas avaliações, uma quantitativa e a outra qualitativa. Primeiro, do universo dos servidores nomeados, qual é a proporção de militares indicados? Não creio que seja assim tão expressivo. E, segundo, as pessoas indicadas possuem a formação, a competência e as qualificações necessárias? Temos que julgar as pessoas pela sua capacidade e pelo seus resultados.

2. Em que medida a indicação dos militares serve ao propósito de recuperar a imagem das Forças Armadas junto à população? 

A instituição Forças Armadas já era bem avaliada pela população antes do presidente Bolsonaro ser eleito. No fundo, é o presidente que está se servindo da competência e do prestígio da instituição. É importante lembrar que de Sarney à Dilma, o sistema político brasileiro tomou a deliberada decisão de enfraquecer a instituição militar tracionando uma falsa narrativa de que isso estava a serviço do fortalecimento da democracia e do estado de direito.
Nos EUA, na Rússia e na China é comum indicar profissionais egressos das forças armadas para posições estratégicas. Nós, no Brasil, precisamos quebrar esse estigma.

3. O sentido de disciplina e pragmatismo dos militares será suficiente para vencer a enorme burocracia que costuma emperrar da máquina pública no Brasil? 

É histórica a dificuldade de ministros de “transformar em realidade” boa parte das suas ordens. O Estado foi capturado pelo corporativismo e pelas corporações sindicais. Enquanto isso não for desmantelado, não há como melhorar a gestão pública.
Melhorar a eficiência da máquina e racionalizar o seu funcionamento requer um esforço coletivo e reformas estruturais. Enquanto o interesse político se sobrepuser aos interesses do Estado, aí não há como materializar nada.


Imagem: https://arte.estadao.com.br/uva/content/drafts/yAnJGQ/15/uploads/MilitaresPresidenciaWEB-col-3.png


Mapa dos militares: onde estão os representantes das Forças Armadas no governo Bolsonaro
Representantes do Exército são maioria no governo. Militarização chega aos cargos de terceiro escalão e órgãos vinculados aos ministérios

PRESIDENTE
Jair Bolsonaro
VICE-PRESIDENTE
Hamilton Mourão
PORTA-VOZ
Otávio Santana do Rêgo Barros
ASSESSOR DO PORTA-VOZ
Coronel Peregrino

EXÉRCITO: VErde
AERONÁUTICA: Amarelo
CIVIL: CINZA
MARINHA: AZUL
2º ESCALÃO1º ESCALÃO
Augusto César Barbosa Vareda
Secretaria de governo
José de Castro Barreto Júnior
CHEFE DE GABINETE
SECRETÁRIO
EXECUTIVO ADJUNTO
Carlos Alberto dos Santos Cruz
Alexandre Araújo Mota
MINISTRO
CHEFE DA ASSESSORIA ESPECIAL
Nilson Kazumi Nodiri
ASSESSOR ESPECIAL
Gabinete
de Segurança Institucional
(GSI)
Denis Raimundo de Quadros Soares
ASSESSOR ESPECIAL
Marco Antonio de F. Coutinho
Augusto Heleno
MINISTRO
DIRETOR DE RELAÇÕES POLÍTICO-SOCIAIS
Roberto Severo Ramos
Secretaria-
Geral da Presidência
SECRETÁRIO EXECUTIVO
Lauro Luis Pires da Silva
Floriano Peixoto Vieira
ADJUNTO DA SAE
MINISTRO
Walter Félix Cardoso Junior
ASSESSOR ESPECIAL
Gilberto Barbosa Moreira
Secretaria de
Comunicação da Presidência
Alexandre de Lara
SECRETÁRIO DE IMPRENSA
Denis Raimundo de Quadro Soares
ASSESSOR ESPECIAL
Marco Antonio de Freitas Coutinho
DIRETOR DO DEPARTAMENTO DE RELAÇÕES POLÍTICO-SOCIAIS
Maynard de Santa Rosa
Ministério da Transparência e CGU
SECRETÁRIO DE ASSUNTOS ESTRATÉGICOS
Wagner Rosário
MINISTRO
Mozart de Oliveira Farias
ASSESSORIA DA PRESIDÊNCIA DA CAIXA
Ministério
da Economia
Eduardo
Bacellar
Ferreira
Alfredo Menezes
SUPERINTENDENTE DA SUFRAMA
ÓRGÃOS VINCULADOS À PASTA
PRESIDENTE
DO CONSELHO DE ADMIN. DA PETROBRAS
Carlos Victor Guerra Naguem
Antonino Santos Guerra
GERENTE EXECUTIVO DE INTELIGÊNCIA E SEGURANÇA CORPORATIVA DA PETROBRÁS
DIRETOR DE OPERAÇÕES DA SESPRO
Marcos Perdigão Bernardes
ASSESSOR
Almir Alves Junior
ASSESSOR
José Orlando Ribeiro Cardoso
DIRETOR ADMINISTRATIVO-
FINANCEIRO
Ministério
da Justiça
Guilherme
Teophilo
SECRETARIA DE SEGURANÇA
PÚBLICA
ÓRGÃOS VINCULADOS À PASTA
Freibergue do Nascimento
COORDENADOR-GERAL DE ESTRATÉGIA DA SENASP
Alexandre Oliveira
Fernandes
José Arnon dos Santos Guerra
COORDENADOR-GERAL DE POLÍTICAS DA SENASP
ASSESSOR TÉCNICO
Ministério
da Defesa
Almir Garnier Santos
SECRETÁRIO-GERAL
Fernando Azevedo e Silva
MINISTRO
Edson Leal Pujol
COMANDANTE DO EXÉRCITO
Ilques Barbosa Júnior
COMANDANTE DA MARINHA
Antonio Carlos Moretti
COMANDANTE DA AERONÁUTICA
Eduardo
Miranda Freire
de Melo
Ministério
da Educação
Eduardo Miranda Freire de Melo
SECRETÁRIO-
EXECUTIVO
SECRETÁRIO EXECUTIVO ADJUNTO
ÓRGÃOS VINCULADOS À PASTA
Luiz Tadeu
Vilela
Francisco Mamede de Brito Filho
Eduardo Wallier Vianna
DIRETOR DE PROGRAMA
CHEFE DE GABINETE DO INEP
DIRETOR DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
Paulo Roberto Costa e Silva
Marcos Heleno Guerson de Oliveira Júnior
SECRETÁRIO-EXECUTIVO DO CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO
DIRETOR DE POLÍTICA REGULATÓRIA
Ministério da Saúde
Ayrton Pereira Rippel
CHEFE DE GABINETE ADJUNTO
ÓRGÃOS VINCULADOS À PASTA
Robson Santos da Silva
Oswaldo de Jesus Ferreira
ASSESSOR ESPECIAL
PRESIDENTE DA EMPRESA BRASILEIRA DE SERVIÇOS HOSPITALARES (EBSERH)
Ricardo Roquetti
Paulo Sérgio Sadauskas
DIRETOR DE PROGRAMAS DA SECRETARIA-EXECUTIVA DO MEC
DIRETOR DA ANVISA
Ministério da Infraestrutura
Jamil Megid Júnior
SECRETÁRIO DE TRANSPORTES
TERRESTRES
Evandro da Silva Soares
Tarcísio Gomes
de Freitas
CHEFE DE GABINETE DA
SECRETARIA NACIONAL DE TRANSPORTES TERRESTRE E AQUAVIÁRIO
MINISTRO
ÓRGÃOS VINCULADOS À PASTA
Francisco Antônio de Magalhães Laranjeira
Antônio Leite dos Santos Filho
DIRETOR-GERAL DO DNIT
PRESIDENTE DA COMPANHIA DOCAS DO RIO DE JANEIRO
Washington Gultenberg de M. Luke
GERENTE DE PROJETOS DO DNIT
Elis Treidler Öberg
André Kuhn
CHEFE DE OPERAÇÕES DA COMPANHIA DOCAS RIO GRANDE DO NORTE
DIRETOR EXECUTIVO DO DNIT
André Luiz Fonseca e Silva
DIRETOR DE OPERAÇÕES E SERVIÇOS TÉCNICOS DA INFRAERO
José Roberto Bueno Júnior
CHEFE DE GABINETE
Cláudio Xavier Pereira
COORDENADOR GERAL DE ORÇAMENTO E FINANÇAS
Ministério de Minas e Energia
Helio Mourinho Garcia Júnior
SUBSECRETÁRIO DE PLANEJA- MENTO, ORÇAMENTO E ADMIN.
Bento Costa de Albuquerque Jr.
Almirante Garcia
MINISTRO
ASSESSOR
Capitão de mar e guerra Klein
ÓRGÃOS VINCULADOS À PASTA
ASSESSOR
Eduardo Bacellar
Capitão de mar e guerra Litaiff
PRES. DO CONS. DE ADM. DA PETROBRÁS
Carlos Freire Moreira
ASSESSOR
PRESIDENTE INB
Coronel Alan
Carlos Henrique Silva Seixas
ASSESSOR
PRESIDENTE DA NUCLEP
Hugo Oliveira
ASSESSOR
General Silva e Luna
PRESIDENTE DA NUCLEP
Sérgio Lopes
ASSESSOR
Mauricio Pazini Brandão
Ministério
da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações
SECRETÁRIO DE TECNOLOGIAS APLICADAS
Antonio Franciscangelis
Neto
Marcos Pontes
MINISTRO
SECRETÁRIO DE
PLANEJAMENTO
ÓRGÃOS VINCULADOS À PASTA
Waldemar Barroso Magno Neto
Elifas Gurgel Chaves do
Amaral
PRESIDENTE FINEP
João Miguel Souza Aguiar
SECRETÁRIO DE RADIODIFUSÃO
OUVIDOR DO INCRA
Waldemar Barroso Magno Neto
Carlos Alberto Flora
Baptistucci
PRESIDENTE DO FINEP
Juarez Aparecido de Paula Cunha
Celestino Todesco
PRESIDENTE DOS CORREIOS
SECRETÁRIO-
EXECUTIVO ADJUNTO
CHEFE DE GABINETE
Waldemar Gonçalves Ortunho Jr.
PRESIDENTE DA TELEBRAS
Juarez Aparecido de Paula Cunha
Carlos Freire Moreira
PRESIDENTE CORREIOS
PRESIDENTE INB
Gerson Nogueira Machado de Oliveira
Carlos Henrique Silva Seixas
PRESIDENTE NUCLEP
ASSESSOR ESPECIAL
DO MINISTRO
Rogério Troidl Bonato
DIRETOR DO DEPARTAMENTO
DE SERVIÇOS DE TELECOMUNICAÇÕES
Nader Motta
SECRETÁRIO DE ORÇAMENTO E FINANÇAS
Ministério do Meio Ambiente
ÓRGÃOS VINCULADOS À PASTA
Brigadeiro Camerini
Coronel Mendes
SECRETÁRIO DE BIODIVERSIDADE
(AINDA VAI
ASSUMIR)
CORREGEDOR DO ICMBIO
Coronel Mário
General Eudes
ASSESSOR
CORREGEDOR DO IBAMA
Coronel Mendes
Almirante Dias
CORREGEDOR DO ICMBIO
DIRETOR DO IBAMA NO RIO DE JANEIRO
Coronel Sappi
CORREGEDOR
Coronel Araujo
ASSESSOR
Coronel Maniscalco
Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos
ASSESSOR
Franklinberg
de Freitas
PRESIDENTE DA FUNAI
ÓRGÃOS VINCULADOS À PASTA
Jesus Corrêa
PRESIDENTE DO INCRA
Juarez Aparecido de Paula Cunha
PRESIDENTE DOS CORREIOS
André Luis Vieira
ASSESSOR ESPECIAL DO PRESIDENTE DOS CORREIOS
Ministério da Agricultura
ÓRGÃOS VINCULADOS À PASTA
Jesus Corrêa
PRESIDENTE DO INCRA
Ministério da Cidadania
Marco Aurélio
Vieira
SECRETÁRIO DE ESPORTE
Nilton Carlos
Jacintho Pereira
CORREGEDOR DA SECRETARIA EXECUTIVA ADJUNTA
Ministério do Turismo
Luciano Puchalski
DIRETOR DO DEPARTAMENTO DE POLÍTICA E AÇÕES INTEGRADAS

Dos 22 ministros, veja a qualificação profissional:
EMPRESÁRIO - 1
MILITAR - 8
DIREITO - 5
MEDICINA - 3
ECONOMIA - 2
ENGENHARIA - 2
PROFESSOR - 1
DIPLOMATA - 1
8
Apuração: Adriana Ferraz, Carla Bridi, Matheus Lara, Tânia Monteiro e Tulio Kruse - Infográfico: Gisele Oliveira
Fonte: Governo Federal


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Comentários de leitores: 


Um tio meu, já falecido, era Coronel-Aviador reformado quando FHC assumiu. Ele me disse: "Esse comunista disfarçado vai fazer muito mal para as Forças Armadas." Eu não dei crédito na época. Quando Lula assumiu meu tio disse: "O PT vai perseguir as Forças Armadas por vingança e vão destruir o Brasil." Fiquei assustado achando exagero do velho. Logo criaram a "Comissão da Vingança". Pouco tempo depois ele disse: "Um piloto de elevador no Congresso ganha mais que um piloto de um caça que custa milhões e carrega bombas". Meu velho tio foi um profeta! Alguém contesta?
21 mil pessoas foram indenizadas na comissão da verdade ao custo de 40 bilhões de reais, vem aí a CPI da comissão da verdade. Está entre os indenizados: jornalistas, auto-exilados políticos, falsos perseguidos alinhados ao PT, milicianos de esquerda que assaltavam bancos e explodiam bombas em prédios públicos e todo tipo de escória comunistas.

Quem vcs acham que o presidente deveria indicar para esses cargos? Jornalistas?Ouso dizer que a descrença dos jornalistas se iguala a dos políticos! Faça uma pesquisa como a que foi feita, onde os militares estão entre os mais respeitados pela população! Quando nas passeatas apareciam as faixas Militares Já, não era menção à Ditadura era sim à Probidade, honestidade, Segurança! quem pregou a Ditadura do Proletariado, entre outros, foram jornalistas expoentes hoje, que pegaram em armas. A Democracia precisa da Imprensa Livre. A Imprensa hoje desinforma e cria confusão!


Mais uma reportagem com título tendencioso e depreciativo, hoje o Presidente nomeia pessoas sabidamente qualificadas para a função e é acusado de aparelhamento. Onde estava você ESTADÃO nos anos de PT? Estava hibernando ou mancomunados com o PTismo?


Perfeito o presidente. Sabe que no meio militar não tem santo, tambem tem aqueles que pisam na bola, com a diferença de que uma vez descoberto, dança. O mesmo nao ocorria na era petista. onde o erro era cobrado com promoções. Alguem se lembra de qualquer punição ao pessoal do mst que causaram inumeros danos a propriedades particulares e ate mesmo publicas.


Coloca um militar no SUS, o SUS está distribuindo cartilha para criança acima de dez anos que ensina a criança como se cuidar no caso de gravidez., Como pode falar de gravidez para criança de dez anos? quero militar em todos os órgãos do governo.


Se a intenção era criticar para colocar a população contra,mais uma vez o tiro saiu pela culatra
Perfeito Adilson!

E uma noticia maravilhosa, devia colocar muito mais militares, presidente Bolsonaro realmente está respondendo real anseio do povo, com todos generais, vamos instalar Comissão da Verdade avesso aos petistas, e a guerrilheira vai ver sol nacer quadrado, e mandar no lugar de um soldade e cabo, um batalhão das Forças Armadas na porta do STF para acabar com "reino de deus"


E que continue assim. Brasil avante com honra e respeito às instituições democráticas.


Ok, ótimo!E sobre a volta dos empregos, o que vai ser feito?


Sai o vermelho entra o verde oliva!!! Parabéns Brasil!