O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

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sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Triste Fim de Policarpo Stalin Quaresma - Merval Pereira

Os neostalinistas petralhas pretendem reescrever a História, assim como Stalin o fez, inclusive assassinando companheiros do partido e praticando toda espécie de crimes políticos, crimes comuns, crimes econômicos e sobretudo  escravizando todo um povo (e até outros povos) a partir de sua ideologia totalitária que jamais foi renegada pelos seu êmulis petralhas do Brasil.
No que depender deste blogueiro, de outros que também estão no quilombo de resistência intelectual e de alguns jornalistas dignos, os companheiros totalitários não conseguirão apagar a história de seus crimes, falcatruas, trapaças e mentiras. 
Paulo Roberto de Almeida 


Triste fim

 O episódio do mensalão marcará para sempre a história do país mesmo que seus principais personagens e a máquina partidária do PT busquem apagá-lo, como faziam os stalinistas com os expurgados do regime. No stalinismo, tiravam-se das fotografias os indesejáveis que caíam em desgraça. Na versão stalinista do petismo, busca-se expurgar a própria História para manter vivos, como heróis populares, os condenados pelo Superior Tribunal Federal (STF).
Há, no entanto, registrados em vídeos e depoimentos irrecusáveis, momentos que revelam a verdade sobre o mensalão admitida pelos principais protagonistas da trama, o que torna inútil qualquer tentativa de criar uma nova história.
O deputado do PSOL Chico Alencar, por exemplo, fez um corajoso depoimento na Tribuna da Câmara   sobre seu companheiro José Genoino, onde lembrou seu discurso na “dramática” reunião diretório nacional PT em que renunciou à presidência do partido: “(...) quando comecei a deixar o Parlamento para me candidatar ao governo (de SP) e depois assumi a presidência do partido, deixei também a política romântica, a política do embate de ideias e concepções, que tanto me fascina. Começava meu inferno...”.
Ele sabia, disse Alencar, que a ‘realpolitik’ que o PT assumia significava “a adesão a práticas e métodos que o partido, durante muito tempo, contestara... A vitória, a ocupação crescente de posições no aparato do Estado, o adaptacionismo, a opção pelas “alianças necessárias” significava financiamentos milionários de campanha, muitos dos quais ‘não contabilizados’, acordos com o alto empresariado e esquemas ‘não ortodoxos’, até com mercadores oportunistas”.
O deputado Chico Alencar utiliza a expressão de Marx “poder dissolvente do dinheiro” para explicar o episódio do mensalão, mas ressalva que esse não foi o problema de Genoino, mas “sua desventura foi aliar-se a expressões da mais genuína ‘cultura patrimonialista’ brasileira”.
Chico Alencar é o mesmo que no dia 12 de agosto de 2005, logo depois de o publicitário Duda Mendonça ter confessado na CPI dos Correios que recebera em uma conta num paraíso fiscal cerca de R$ 10 milhões como pagamento pela campanha eleitoral que elegeu Lula em 2002, chorou na Tribuna da Câmara juntamente com vários outros petistas, que viam ali o fim de um sonho político.
Nesse mesmo dia de agosto, o presidente Lula reuniu seu ministério na Granja do Torto e, em cadeia nacional de rádio e televisão, se disse “traído por práticas inaceitáveis das quais nunca tive conhecimento. Estou indignado pelas revelações que aparecem a cada dia, e que chocam o país”.
E Lula disse mais: “Se estivesse ao meu alcance, já teria identificado e punido exemplarmente os responsáveis por esta situação”. Pois o Ministério Público e a Polícia Federal investigaram, o Congresso fez CPIs e o Supremo Tribunal Federal julgou os acusados do mensalão, condenando a maioria, absolvendo alguns deles, inclusive o próprio Duda Mendonça, que pagou o que devia à Receita e acertou suas contas.
De todos os que estão na cadeia, e dos condenados que ainda aguardam a ordem de prisão, só dois tentam desmoralizar a Justiça e lutam por privilégios: José Dirceu, que apelou até para o estatuto do Idoso para ter prioridade na Vara de Execuções Penais, e José Genoino, que teve que renunciar ao mandato de deputado federal para não ser cassado por seus pares.
É por eles que o PT se bate publicamente, autodenominados “presos políticos” num rol de políticos presos que conta com parceiros como Roberto Jefferson, Valdemar Costa Neto, Pedro Henry, João Paulo Cunha e que tais. Uma lista que, se juntarmos Marcos Valério e outros a ela, desmoraliza a tentativa de politizar o que não passa de crime comum à serviço da má política.
Assim como Dirceu não conseguiu passar à frente de outros detentos para ter analisado seu pedido de trabalhar como gerente num hotel de Brasília, também o Ministério Público mandou acabar com os privilégios dos presos do mensalão no presídio da Papuda.
O juiz Vinicius Santos Silva, ao recusar passar Dirceu à frente, deu uma lição moral indireta ressaltando que propostas de emprego de outros presidiários são mais frágeis e que eles estão em desvantagem com outros concorrentes aos cargos, por serem, muitos deles, analfabetos.
A revelação de que o hotel que lhe daria emprego tem uma situação mal explicada no Panamá, só reforça a desconfiança de que o emprego seja apenas uma artimanha para que Dirceu tenha alguma liberdade durante o dia para continuar suas atividades. Já Genoino deve acabar mesmo em prisão domiciliar, onde já está, e com a aposentadoria da Câmara a que tem direito.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

A blogueira e os mercenarios, 11 (agora, sim, o final): mercenarios a soldo da...CIA

A CIA é mesmo uma companhia maléfica, perversa, mal intencionada, mentirosa, enganadora, embusteira, falastrona, gozadora, e brincalhona: pois não é que ela enganou até os companheiros do PCdoB (os mais sizudos no seu stalinismo tupiniquim), os companheiros do PT (os mais trapalhões, nas suas receitas simplórias) e várias tribos de trogloditas que pensavam estar lutando bravamente contra a CIA, quando na verdade, eles estavam é trabalhando para ela?!?!?!
Esse Embaixador cubano só pode ser um agente da CIA, escondido há muito tempo no governo cubano e no seu serviço diplomático. Esses agentes da Secretaria Geral dos Trapalhões só podem ser da CIA, ao montar toda essa operação carnavalesca contra uma... agente da CIA.
Essa CIA é impagável: de vez em quando ela quer rir do trapalhões, tirar um sarro dos pcdobistas (assim que se escreve?)
A CIA, aproveitando que sua agente cubana número 008 estava de malas prontas para este país de piratas trapalhões e de stalinistas rocambolescos, montou uma operação só de brincadeira para ver se os companheiros caiam nela. E não é que cairam?
Nunca o regime cubano foi tão desconstruído quanto nesta semana memorável! Nem que a CIA fizesse propaganda contra durante todo um ano não alcançaria o sucesso estrondoso de contra-propaganda que os companheiros fizeram contra a sua ilha tão querida.
E mais risível, ainda, isso não custou nada, nadicas de peteberbas à CIA. Tudo saiu de graça.
Até a passagem da sua agente especial foi paga por ONGs europeias e voluntários brasileiros.
Nunca antes neste país a CIA riu tão tanto, sem pagar um centavo por isso.
Ela precisa mandar um cartão para os companheiros, com as suas congratulations...
Paulo Roberto de Almeida 

‘A CIA agradece’
Ricardo Noblat
O Globo, 25/02/2013

Digamos que proceda a desconfiança disseminada pelo governo cubano de que a blogueira Yoani Sánchez é, sim, agente da CIA, a agência de espionagem americana. Por sinal, estão em cartaz dois filmes, merecedores do Oscar, que destacam a eficiência da CIA: “A hora mais escura”, sobre a captura e morte de Bin Laden, e “Argo”, que trata do resgate de um grupo de americanos reféns do regime iraniano.

O que a CIA esperava da passagem de Yoani pelo Brasil? Que ela tivesse oportunidades para falar mal de Cuba, há mais de 50 anos sob o controle dos irmãos Castro (Fidel e Raul). E que a imprensa, ocupada com os assuntos internos do país, dedicasse à blogueira um mínimo de atenção. Ela viajou ao Brasil a convite do jornal O Estado de S. Paulo. Ali, certamente, teria espaço garantido.

Com o que a CIA não contava? Com a adesão entusiástica aos seus planos dos partidos brasileiros de esquerda. Por toda sua vida, a esquerda batalhou para chegar ao poder. E a CIA, e os serviços de espionagem que a antecederam, sempre atrapalharam. A esquerda tentou chegar pela primeira vez em 1935 ao deflagrar a Intentona Comunista. O movimento fracassou em menos de 72 horas. Um vexame.

A renúncia em 1961 de Jânio Quadros permitiu que o vice João Goulart ascendesse à presidência da República. A esquerda imaginou que se o manobrasse com apuro e arte, o poder acabaria ao alcance de suas mãos. Os militares derrubaram Goulart e empolgaram o poder durante 21 anos. Depois se passaram três eleições para que na quarta, cavalgando o ex-metalúrgico Lula, a esquerda finalmente chegasse lá.

Uma esquerda dócil, é bem verdade, que renunciara à maioria dos seus dogmas. A esquerda possível, haja vista que seu principal líder nunca foi de esquerda. Embora atraente devido às suas miçangas, o penoso exercício do poder desfigurou a esquerda por completo, a ponto de forçá-la a sentar no banco dos réus. Nem por isso se pensou que pudesse tê-la despojado de inteligência. Foi o que aconteceu.

Faltará ao governo cubano a energia do passado? Não me refiro ao “paredón” como instrumento de castigo para os que contrariam os interesses do regime. O “paredon” saiu de moda. Mas, entre ele e uma reles admoestação, deve haver um meio termo para se punir o desastrado embaixador que pediu a ajuda de ativistas políticos tão espertos quanto ele. Resultado: transformaram a vilegiatura de Yoani em um baita sucesso de audiência.

Não o debitem, porém, apenas à ignorância das seções juvenis de partidos e de organizações que ainda pregam a implantação do comunismo no país. Por que as direções de partidos como o PT e o PC B não desautorizaram os atos de hostilidade dos seus militantes contra a blogueira cubana? Ora, porque estavam de acordo com eles. Sabiam quem os encomendara. Calaram por conveniência.

Nem assim conseguiram esconder suas impressões digitais deixadas em cada um dos atos. Yoani foi à Câmara falar em uma comissão técnica. Deputados do PT, em desespero, convenceram Henrique Alves (PMDB-RN), presidente da Câmara, a convocar uma sessão extraordinária. Evitariam assim que a TV Câmara transmitisse a exposição de Yoani. Realizou-se a sessão. Mas Yoani foi até lá confraternizar com seus algozes. Ou seus cúmplices.

A semana que passou não teve para ninguém ─ nem para Dilma, lançada candidata à reeleição, nem para Lula, que a lançou, nem para Aécio, que discursou no Senado. Só deu Yoani. Comovida, a CIA agradece aos seus agentes voluntários.