O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

sexta-feira, 5 de março de 2010

1747) Homens inteligentes traem menos...(e são liberais e ateus...)

Também acho que Darwin concordaria com isto; bem, seria contra um dos seus princípios, que é o de disseminar a espécie dos mais capazes (mas também concordo com Stephen Jay Gould em que a evolução, atualmente, é essencialmente cultural e guiada conscientemente pela espécie humana, talvez alguns nem tão concientes quanto seria desejável...).
Também concordo com isto aqui:
De acordo com o estudo, o ateísmo e o liberalismo político também são características de homens mais inteligentes.
No que me concerne, porém, eu não sou ateu; sou apenas irreligioso...
Paulo Roberto de Almeida (5.03.2010)

Recebido pela internet: acredite se quiser...
Homens que traem as esposas e namoradas tendem a ter QI mais baixo e ser menos inteligentes, segundo um estudo publicado na revista especializada Social Psychology Quarterly.
De acordo com o autor do estudo, o especialista em psicologia evolutiva da London School of Economics, Satoshi Kanazawa, "homens inteligentes estão mais propensos a valorizar a exclusividade sexual do que homens menos inteligentes"

Kanazawa analisou duas grandes pesquisas americanas a National Longitudinal Study of Adolescent Health e a General Social Surveys, que mediam atitudes sociais e QI de milhares de adolescentes e adultos.
Ao cruzar os dados das duas pesquisas, o autor concluiu que as pessoas que acreditam na importância da fidelidade sexual para uma relação demonstraram QI mais alto.

De acordo com o estudo, o ateísmo e o liberalismo político também são características de homens mais inteligentes.

Evolução
Kanazawa foi mais longe e disse que outra conclusão do estudo é que o comportamento "fiel" do homem mais inteligente seria um sinal da evolução da espécie.
Sua teoria é baseada no conceito de que, ao longo da história evolucionária, os homens sempre foram "relativamente polígamos", e que isso está mudando.
Para Kanazawa, assumir uma relação de exclusividade sexual teria se tornado então uma "novidade evolucionária" e pessoas mais inteligentes estariam mais inclinadas a adotar novas práticas em termos evolucionários - ou seja, a se tornar "mais evoluídas".
Para o autor, isso se deve ao fato de pessoas mais inteligentes serem mais "abertas" a novas ideias e questionarem mais os dogmas.
Mas segundo Kanazawa, a exclusividade sexual não significa maior QI entre as mulheres, já que elas sempre foram relativamente monogâmicas e isso não representaria uma evolução.

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(Parbleu: a monogamia não é uma evolução?! Onde vamos parar?...)

quinta-feira, 4 de março de 2010

1746) Le Bresil, a 11 euros...


Hoje uma livraria francesa me ofereceu um livro meu, em condições muito facilitadas. Quase me vi tentado a comprar:

Une histoire du Brésil. Pour comprendre le Brésil contemporain
Fiche produit:
Une histoire du Brésil. Pour comprendre le Brésil contempora..
Paulo-Roberto de Almeida

Le Brésil a fêté en 2000 ses cinq premiers siècles d'existence...

* Livraison gratuite
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11,59 euros
(5% remise)

Le Brésil a fêté en 2000 ses cinq premiers siècles d'existence.
Il arrive à une certaine maturité économique : la puissance et la diversification de son industrie et la compétitivité de son agribusiness, en sont des signes manifestes.
La stabilité démocratique a été confirmée par l'éviction d'un président, en 1992, en conformité avec les règles constitutionnelles.
Le pays rencontre néanmoins des problèmes sociaux dont les origines plongent, pour certains, leurs racines dans le passé colonial et esclavagiste.
Ce livre présente l'itinéraire de 500 ans de formation et d'évolution de la société brésilienne.
Le contexte régional ainsi que la politique internationale du Brésil sont aussi mis en évidence dans ce texte fluide et vif, signé par deux des spécialistes connus de l'histoire et de la diplomatie brésiliennes.
Caractéristiques Une histoire du Brésil. Pour comprendre le Brésil contemporain

* ISBN : 2-7475-1453-6
* Collection : Horizons Amériques Latines
* Format : Broché
* Auteur : Paulo-Roberto de Almeida
* Editeur : L'Harmattan
* Etat : Neuf
* Date de parution : 2002-07-22
* Langue : Français

1745) O Estado brasileiro é o principal fora-da-lei...

Isso eu já sabia, tanto que comecei uma série, que parou por falta de tempo, mas que pretendo retomar, como indico ao final.
Quando se fala de Estado, na verdade, se está falando de governo, e de homens no governo, ou que são muito ignorantes (e não dispõem de assessoria adequada), ou agem de má-fé (o que é mais provável), na base do "se colar, colou": ou seja, "vamos fazer o que queremos, e se ninguém chiar ou protestar, a coisa passa..."
Por essa e ourtas o STF está abarrotado de casos contra o governo, ou contra o Estado, como preferirem.
Vejamos esta matéria da revista Exame:

DE CADA 100 LEIS, 41 SÃO INCONSTITUCIONAIS
Márcio Chaer
Revista Exame, 22/10/2004

Estudo mostra que, de cada 100 leis que chegam ao Supremo, 41 são inconstitucionais

(Extrato da matéria)
EXAME Desrespeitar a Constituição Federal virou moda no Brasil. Prefeitos, deputados, governadores, o Congresso e até o presidente da República -- todos têm seu quinhão de culpa nesse terreno. Eis as conclusões de um levantamento feito por EXAME para avaliar o índice de inconstitucionalidade das leis brasileiras. São números de assombrar. De cada 100 leis analisadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), nada menos que 41 são consideradas inconstitucionais. Na Alemanha, apenas três entre 100 leis analisadas pela Corte Constitucional desrespeitam a Constituição.

Por que tantas leis inconstitucionais são criadas? Parte da explicação está na má-fé de alguns governantes. Ives Gandra Martins Filho, ministro do Tribunal Superior do Trabalho, lembra que o governo edita leis mesmo quando sabe que elas são inconstitucionais -- hábito recorrente no campo tributário. Como apenas uma pequena parte das pessoas procura a Justiça e as demais continuam arrecadando, o governo ganha. "Até que o Supremo julgue a Ação de Inconstitucionalidade que beneficie a todos, o governo já terminou", diz. "O esqueleto fica para a gestão seguinte."

Outra explicação para um volume tão elevado de leis inconstitucionais é a ignorância em relação ao que pode ser feito sem ferir a norma jurídica. "Há uma enorme incompetência de quem tem o dever de conhecer a Constituição", diz o secretário-geral da ONG Transparência Brasil, Cláudio Weber Abramo. "Não há atenuantes para a enorme freqüência com que os erros acontecem." O maior de todos os problemas, no entanto, é ela, a própria Constituição Federal. Com 250 artigos que regulam quase todos os aspectos da vida nacional, a Carta brasileira é enorme segundo qualquer parâmetro. Cumpri-la à risca é um desafio e tanto, mesmo para governantes honestos, bem-intencionados e competentes. Além de detalhista, analítico e prolixo, o texto contém artigos que se confrontam com outros, de tal sorte que obedecer a um deles implica necessariamente afrontar o outro. Para complicar, a Constituição está sempre mudando. Desde 1988, já foram aprovadas 44 reformas na Carta -- média de uma mudança a cada quatro meses. "Com uma Constituição dessas, são muito grandes as chances de existir conflitos", diz Gandra Martins Filho. "Se ela se limitasse a definir princípios gerais, como a Carta americana, efetivamente haveria maior liberdade de ação do legislador", afirma.

Um Brasil inconstitucional
De cada 100 leis analisadas pelo Supremo Tribunal Federal, 41 ferem a Constituição. Foram considerados inconstitucionais pela Justiça:
82% das leis municipais criadas no estado de São Paulo
77% das leis municipais criadas no estado de Minas Gerais
56% dos atos dos Tribunais em todo o país
51% das leis feitas pelos estados brasileiros
19% das leis saídas do Congresso e da Presidência

Fonte: Consultor Jurídico

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Falando em meus trabalhos sobre a questão, eles estão incompletos, mas pretendo retomar:

1829. “Autobiografia de um fora-da-lei: uma história do Estado brasileiro”, Brasília, 27 outubro 2007, 4 p. Esquema do ensaio histórico-político sobre o Estado brasileiro, narrado na primeira pessoa, em 58 capítulos. A ser desenvolvido gradualmente, de preferência um capítulo por semana, para Via Política.

1826. “Autobiografia de um fora-da-lei, 1: uma história do Estado brasileiro”, Brasília, 19 outubro 2007, 3 p. Revisão: 27.10.07. Introdução, sob forma de “prefácio”, a um ensaio histórico-político, que pode tornar-se um livro verdadeiro, sobre o Estado brasileiro, narrado na primeira pessoa. Via Política (29.10.2007). Espaço Acadêmico (ano 7, nr. 78; novembro 2007).

1831. “Autobiografia de um fora-da-lei, 2 (uma história do Estado brasileiro); Uma questão de método: como o Estado pode escrever sua própria biografia?”, Brasília, 27 outubro 2007, 4 p. Segundo capítulo do ensaio histórico-político sobre o Estado brasileiro, sobre a natureza do discurso e a identidade de quem escreve. Via Política (4.11.2007).

À suivre (cobrem-me...)

quarta-feira, 3 de março de 2010

1744) Terrorismo islamico: onde estao os lideres religiosos???

Eu me pergunto o que os líderes religiosos teriam a dizer de pessoas ou movimentos que, após atacar inocentes ou funcionários públicos e militares em diferentes locais, ainda concebem a ideia viciosa de acabar de matar os feridos e o pessoal dos serviços médicos no próprio hospital de atendimento de feridos.
Eu nunca leio, ouço, constato líderes religiosos condenando, em nome do Islã, esse tipo de ataque particularmente covarde...

Bombings kill 30 in Iraq
3.03.2010

Top story: A triple suicide bombing hit the Iraqi city of Baquba today, killing at least 30 people and raising tensions ahead of this weekend's elections. Two bombings hit government buildings this morning, then a third bomber rode in a ambulance to the city hospital where he blew himself up as wounded began to arrive, causing most of the casualties. No group has claimed responsibility but it is reminiscent of attacks by al Qaeda in Iraq.

1743) Soviet penetration of Brazil (é o caso de se dizer...)

Na verdade, se trata do trabalho de inteligência dos serviços de espionagem soviéticos envolvendo o Brasil, tal como pode ser lido neste livro, que revela apenas uma parte, pequena provavelmente, desse mundo obscuro.
Limito-me a transcrever a informação pertinene ao Brasil contida no livro, sem comentários no momento.

ANDREW, CHRISTOPHER & MITROKHIN, VASILI:
The World Was Going Our Way: The KGB and the Battle for the Third World
New York: Basic Books, 2005.

Brazil: 89, 96, 104-107; 477
Brasilia KGB Residence: 105-106

p. 96: (1976):
“Among the DGI operations in Angola carried out to assist the KGB was a penetration of the Brazilian Embassy to obtain intelligence on its cipher system. A technical specialist from the Sixteenth (SIGINT, intelligence derived from interception and analysis of signals) Directorate flew out from Moscow with equipment which enabled a DGI agent to photograph the wiring of the embassy’s Swiss-made TS-803 cipher machine.”(33)
(Note 33, p. 519: “k-22, 150. The DGI carried out a similar operation , at the request of the KGB, aginast the Venezuelan Embassy in Havana.”)
[k stands for “k series: handwritten notebooks containing notes on individual KGB files”, p. 595, on Bibliography, 1. Mitrokhin Archive]

p. 105:
“For most of its existence, the military regime which held power from 1964 to 1985 made Brazil a relatively hostile environment for KGB operations. There was little prospect during the 1970s either of acquiring confidential contacts within government, as in Argentina and Peru, or of finding contacts with direct access to the President, as in Mexico. The KGB’s best intelligence on Brazil probably came from its increasing ability to intercept Brazil’s diplomatic traffic. By 1979 the radio-intercept post (codenamed KLEN) in the Brasilia residency was able to intercept 19,000 coded cables sent and received by the Foreign Ministry as well as approximately 2,000 other classified official communications”(67)
(Note 67, p. 520: “k-22, 128. “Since Mitrokhin had no access to the KGB Sixteenth (SIGINT) Directorate, he was unable to note the contents of any decrypts.”)

“SIGINT enabled the Center to monitor some of the activities of probably its most important Brazilian agent, codenamed IZOT, who was recruited while serving as Brazilian ambassador in the Soviet bloc.(68)
(Note 68, p. 521: “IZOT is the highest-ranking Brazilian agent identified in the files noted by Mitrokhin. He provided recruitment leads on three fellow diplomats, including the ambassador of a NATO country in Prague. IZOT had himself been talent-spotted for the KGB by another Brazilian ambassador, an agent codenamed ALEKS; k-22, 235-7”)

“As well as providing intelligence and recruitment leads to three other diplomats, IZOT also on occasion included in his reports information (probably disinformation) provided by the KGB. Assessed by the KGB as ‘adhering to na Anti-American line and liberal views concerning the development of a bourgeois society’, IZOT was a paid agent. His remuneration, however, took a variety of forms, including in 1976 a silver service valued by the Centre at 513 rubles. The Centre has increasing doubts about IZOT’s reliability. On one occasion it believed that he was guilty of ‘outright deception’, claiming to have passed on information provided by the KGB to his Fioreign Ministry when his decrypted cables showed that he had not done so.” (69)”
(Note 69, p. 521: “k-22, 235-7; k-8, 551.)
(...)

p. 106:
“Despite hard-line opposition, Figueiredo issued an amnesty for most of Brazil’s remaining political exiles, including Prestes and other leading Communists.”(72)
(Note 72, p. 521: "In May 1980 Prestes was succeded as a leader of the Brazilian Communist Party by Giocondo Dias. In December Dias sent his thanks to Moscow, via the Brasilia residency, for allowing him, likek his predecessor, to nominate Party members for free visits to Soviet sanatoria and holiday homes; k-26, 339”)

p. 106:
“In the spring of 1980 a Soviet parliamentary delegation headed by Edwrd Shevardnadze, then a candidate (non-voting) member of the Politburo, visited Brasilia. Unknown to their hosts, the plane (Special Flight L-62) carried new radio interception equipment to improve the performance of the residency’s SIGINT station, and took the old equipment with it when it left. (...) (74)
(Note 74, p. 521: “k-22, 1, 3”)

[End of transcriptions related to Brazil]

ANDREW, CHRISTOPHER & MITROKHIN, VASILI. The World Was Going Our Way: The KGB and the Battle for the Third World (New York: Basic Books, 2005).

See also, by the same authors: The Sword and the Shield: The Mitrokhin Archive and the Secret History of the KGB.

1742) Works by P.R. Almeida, in English, French and Spanish

A selection of works in English, in French, and Spanish
by Paulo Roberto de Almeida
Up to date: March 3rd, 2010

2060. “Brasil y su Política Exterior: una intervista periodistica”
Brasilia, 12 novembro 2009, 2 p. Respostas a questões da jornalista Carolina Pezoa Ascuí, La Nación, Chile - Sección Internacional. Postado no blog Diplomatizzando (03.03.2010).

2043. “Entretien sur le président Lula”
Brasília, 9 setembro 2009, 8 p. Respostas a questionário da revista de negócios francesa Décideurs. Versão completa colocada no Blog Textos PRA (17.09.2009; link: http://textospra.blogspot.com/2009/09/518-entrevista-revistda-francesa-sobre.html). Versão resumida publicada na revista Décideurs, reproduzida no Blog Diplomatizzando(17.09.2009). Entrevista publicada sob o título “Lula: orateur par excellence”, Décideurs: Stratégie Finance Droit (Paris: n. 109, octobre 2009, p. 13; ISSN: 1764-6774). Relação de Publicados n. 930.

2028. “The question of Ossetia and Russian intervention: a personal Brazilian view”
Brasília, July 23, 2009, 8 p. Answers to questions submitted by Yulia Netesova, European Bureau Chief of the Russian Journal. Divulgado no blog Diplomatizzando (22.11.2009).

2023. “Non-Intervention: a political concept, in a legal wrap: a historical and juridical appraisal of the Brazilian doctrine and practice”
Brasília, 8 Julho 2009, 17 p. (7.090 palavras). Ensaio sobre o conceito em causa, para informar escritório britânico de advocacia. Blog Textos PRA (03.03.2010).

2020. “Le Brésil à deux moments de la globalisation capitaliste et à un siècle de distance (1909-2009)”
Brasília, 30 junho 2009, 25 p. Trabalho apresentado para o International Symposium “Inequalities in the World System: Political Science, Philosophy, Law”; São Paulo, 3-6 de setembro de 2009; Cebrap. Blog Textos PRA (03.03.2010).

2008. “Financial Architecture of the Post-Crisis World: Efficiency of Solutions”
Brasília, 22 maio 2009, 7 p. Answers to questions presented by researcher from the Post-Crisis World Institute Foundation, Moscou (Michael Mizhinski). Blog Diplomatizzando (03.03.2010).

1999. “The share of the United States and Brazil in the modern civilization: A centennial homage to Joaquim Nabuco’s commencement speech of 1909”
Urbana, 23 abril 2009, 15 p. Paper presented at the Symposium: Nabuco and Madison: A Centennial Celebration (Madison, WI: University of Wisconsin, April 24-25, 2009); Available at link.

1996. “Brazil’s role in South America and in the global arena”
Urbana, Illinois, 13 abril 2009, 7 p. Answers to questions presented by a M.A. Candidate 2010 of the Latin American & Hemispheric Studies Elliott School of International Affairs - George Washington University. Blog Diplomatizzando (13.04.2009).

1983. “Mercosur-European Union Cooperation: A case study on the effects of EU activities and cooperation with Mercosur on regional democracy building”
Brasília, 2 fevereiro 2009, 26 p. Paper prepared for a Project of International IDEA to map out and analyze the perceptions on the European Union as an actor in democracy building, as seen from the EU's partner regions. Blog Textos PRA (03.03.2010).

1950. “Les Brics et l’économie brésilienne : Interview pour la Chaire des Amériques – Université Paris I”
Brasília, 11 novembro 2008, 6 p. Respostas a questionário colocado por Vincent Paes, assistente da Chaire Amériques-Université de Paris I, para divulgação online. Divulgado em 25.11.2008, nos seguintes links: (a) Brics; (b) Brésil.

1942. “La puissance américaine vue d'Amérique Latine”
Brasília, 21 outubro 2008, 2 p. Interview à Radio France Culture, journaliste Thierry Garcin (Paris: émission le 29.10.2008, à 7h15, 10 minutes).

1902. “Brazil in the world context, at the first decade of the 21th century: regional leadership and strategies for its integration into the world economy”
Rio de Janeiro, 26 junho 2008, 22 p. Essay for the volume edited by Joám Evans Pim (president IGESIP, Corunha; www.igesip.org; Editor Strategic Evaluation), on Brazilian Defense Policy: Current Trends and Regional Implications. In: Joam Evans (org.), Brazilian Defence Policies: Current Trends and Regional Implications (London: Dunkling Books, 2009, 251 p.; ISBN: 978-0-9563478-0-0; link to book), p. 11-26. Relação de Publicados n. 935.

1900. “Brazil: Mileposts to Responsible Stakeholdership”
Brasília-Tóquio, 24 junho 2008, 53 p. Joint text, written with Miguel Diaz, for the project “Mileposts to Responsible Stakeholdership” of the Stanley Foundation; presented by Miguel Diaz in a Washington meeting (July 8, 2008) and published at the website of the Project “Powers and Principles: International Leadership in a Shrinking World” (November 3rd, 2008), under the title: “Brazil's Candidacy for Major Power Status”, by Miguel Diaz and Paulo Roberto Almeida, with a reaction by Georges D. Landau (Muscatine, IA: The Stanley Foundation, Working Paper, November 2008, 24 p.; link). Published in book form as: “Brazil's Candidacy for Major Power Status”, with Miguel Diaz. In: Michael Schiffer and David Shorr (Eds.). Powers and Principles: International Leadership in a Shrinking World (Lanham, MD: Lexington Books, 2009, 328p.; Co-published with: The Stanley Foundation; ISBN Cloth: 978-0-7391-3543-3; $85.00; ISBN Paper: 978-0-7391-3544-0; $32.95; p. 225-250). Link. Relação de Publicados n. 897.

1890. “Brazil and the G8 Heiligendamm Process”
Brasília-Rio de Janeiro, 18 maio 2008, 31 p. Paper preparado em colaboração com Denise Gregory, Diretora Executiva do CEBRI para publicação do Centre for International Governance Innovation - CIGI, do Canadá. Publicado in Andrew F. Cooper and Agata Antkiewicz, Emerging Powers in Global Governance: Lessons from the Heiligendamm Process. Waterloo, Canada: Wilfrid Laurier University Press, Studies in International Governance Series, October 2008, p. 137-161; ISBN: 978-1-55458–057-6. © 2008 The Centre for International Governance Innovation (CIGI) and Wilfrid Laurier University Press; Available).

1871. “Convergence and divergence in historical perspective: Regions and countries and their differing paths and rhythms towards sustainable integration into the world economy”
Brasília, 15 março 2008, 15 p. Opening Lecture at the 8th World Congress of RSAI: Regional Science Association International. Feita na FEA-USP (São Paulo, 17 março 2008). Preparado PowerPoint com imagens.

1868. “Brazil’s Integration into Global Governance: The rise of the Outreach-5 countries to a G-8 (plus) status”
Brasília, 9 março 2008, 29 p. Versão em inglês, ampliada, em colaboração com Denise Gregory, Diretora Executiva do Cebri. Draft paper prepared for the project Dialogue on Global Governance with the “Outreach” countries - Konrad Adenauer Stiftung, para apresentação em seminário no Cebri, Rio de Janeiro, em 4 de abril. Publicado, como “Brazil”, no volume: Growth and Responsibility: The positioning of emerging powers in the global governance system (Berlin: Konrad Adenauer Stiftung, 2009, 126 p.; ISBN: 978-3-940955-45-6; p. 11-30; link). Trabalhos publicados n. 887.

1859. “Questionnaire on the G8 Summit Reform Process”
Brasília, 12 fevereiro 2008, 3 p. Answers and comments to a questionnaire on the Heiligendam Process (expansion of G-8 countries to the outreach 5) and global governance reform, presented by Prof. Colin I. Bradford, Jr. (Brookings Institution, Washington, and Centre for International Governance Innovation (CIGI), Waterloo, Canada).

1856. “Brazil and Global Governance”
Brasília, 30 janeiro 2008, 17 p. Colaboração a trabalho a ser apresentado pelo CEBRI para centro de estudos do Canadá (Centre for International Governance Innovation - CIGI).

1811. “The Foreign Policy of Brazil under Lula: Regional and global diplomatic strategies”
Brasília, 30 setembro 2007, 25 p. Published as “Lula’s Foreign Policy: Regional and Global Strategies”, chap. 9, In Werner Baer and Joseph Love (eds.), Brazil under Lula (New York: Palgrave-Macmillan, 2009, 326 p.; ISBN: 970-0-230-60816-0; p. 167-183; link). Publicados n. 811.

1748. “Brazil as a regional player and as an emerging global power: Foreign policy strategies and the impact on the new international order”
Versão reduzida em inglês para publicação pela FES-SWP, dia 7.07.07; publicado sob a forma de Briefing Paper, series Dialogue on Globalization (Berlin: Friedrich Ebert Stiftung, July 2007; link). Publicados n. 780bis.

(not complete...)

1741) Financial Architecture of the Post-Crisis World: PRAlmeida

Financial Architecture of the Post-Crisis World: Efficiency of Solutions
Paulo Roberto de Almeida

Post-Crisis World Institute Foundation
(http://eng.postcrisisworld.org/)
Research Director - Tatyana Overina
Coordinator - Michael Mizhinski

QUESTIONS TO EXPERT

Personal Information:
Full Name
Paulo Roberto de Almeida
Country
Brazil
Organization
Ministry of Foreign Affairs and University Center of Brasilia (UniCeub)
Position
Diplomat and Professor


1. How would you assess the results of the G-20 Summit that took place in London on April 1-2?
1.1. Were there any decisions made at G-20 Summit that can get the world economy out of crisis? Please specify if any.

The Global Plan for Recovery and Reform, signed by the G20 (financial) leaders in London, April 2nd, 2009, offers no recovery, and no reform at all. It’s just a political piece of rhetoric and wishful thinking.
The only and sole measure with practical effects was the raise in IMF’s resources to tackle emergency financial needs from some countries, which is, in fact, a post-crisis remedy, not a recovery structured plan. So much for the photo op.

1.2. What decisions taken at G-20 Summit can serve the interests of the new developing economies?

The most needed decision was not taken: resume multilateral trade negotiations and finish the Doha Round with real market access, and effective trade liberalization. Instead, we just had a vague promise of not increasing the already growing protectionism.
IMF extended resources do not serve developing countries interests: it’s just a support for moral hazard.

1.3. Would the decisions taken at G-20 Summit make the world financial system more transparent?

Not exactly: the promise to work on financial re-regulation has to be achieved through technical discussion at the appropriate forum or level: Financial Stability Forum and proper work by BIS committees.
Transparency is surely needed, but most probable is the creation of new bureaucratic regulations that will constrain the financial industry, diminishing opportunities for ‘good speculation’, so reducing prospects for growth and investment.

1.4 Would the decisions taken at G-20 Summit give the financial system a common clear set of rules?

No yet. Perhaps, this would come as a result from work in the appropriate fora, as stated above, but it’s unlikely that multilateral financial rules should emerge from that. Most probably, there will be only recommendations at international level, and implementation at national level by willing countries. In short, there will be no real progress on that chapter.

1.5. Are there any other results of the London Summit you would like to comment on?

The communiqué, in itself, is what the French would call a “voeux pieux”, that is, an ineffective wishful thinking. The tangible reality is the process of de-concentration of the world economy, with a consequent redistribution of power from the center towards emerging economies, but that is a reality that was already gaining ground without any crisis in perspective. Perhaps, the crisis will accelerate the trend, moving more financial muscles in the direction of the new actors. Already, among the top ten banks, are four big Chinese banks, which is new in the scenario.


2. How effective are the existing world institutions?
2.1. Today the world institutions evaluate various approaches in order to get the economy out of crisis. How would you assess the effectiveness of international institutions and discussion platforms where it concerns developing new approaches and ideas that may help to overcome the crisis and form a new world financial architecture (on the scale from 1 to 5):
UN 1
Davos Forum 2
G8 3
G20 3
EU 2
Other: OECD 2

2.2 How would you assess the possible contributions to overcoming the crisis and designing the future world system by some of the following institutions (on the scale from 1 to 5):

IMF 3
World Bank 2
Financial Stability Forum (FSF) 4
Bank for International Settlements (BIS) 4
Organization for Economic Co-operation and Development (OECD) 4
Other: Independent economic thin tanks in US and Europe 2

2.3. Can the IMF effectively dispose of the resources made available by G-20 (around USD 750 billions)?

Yes, she can, but that is a unwanted contribution to moral hazard. Even if she can’t, the central question is not availability of resources, but correction of unbalances and disequilibria, which should be assessed and tackled on market basis.

3. Please describe the current decision-making mechanism in the world financial system?
3.1. What [sic] countries have real means to promote their initiatives to change the global financial system?

Of course, the biggest economies, but the question, nowadays, is that small economies – let us say, like Belgium or Netherlands – have disproportionate decision making powers in IMF and World bank, and larger economies, emerging countries, have little. It is of course difficult to devise a new, more balanced approach to this matter, as world economy is a very dynamic system, with rapid changes in a five years time.


3.2. Please make a rating of three countries that have come up with interesting financial solutions? Are there any post Soviet countries that offer such solutions?

More flexible systems are desirable, and even if the USA has caused all this mess, I think that the American and British financial systems are most adapted to a modern economy. Crises are inevitable, and banks should be allowed to go bankrupt sometimes, to clear the mess and prepare the way for new entrants, more dynamic and innovative.
I don’t know enough about post Soviet countries to express an opinion on that.


3.3. Do you think that it is possible to come to breakthrough decisions in the world economy within G-20 format or such decisions will be developed and taken in some other formats?

Not really. Of course, G20 countries made up 80 per cent, or more, of the world economy, but it is unlikely that event those 20 countries could agree on a common platform to reform the current state of affairs, as this endeavor involves redistribution of power, and none of the leading countries would agree to their own rabaissement. Most probable, facts themselves should force the changes upon them.


3.4. Is there any need (by analogy with Breton-Wood where 45 countries have participated) to convene a new multi-state international conference that will have the authority to make key decisions?

No. Big conferences like Bretton Woods are only possible in moments of real and grave crises, with total disruption of existing mechanisms, like the depression of the 1930s and the WWII. There are no such events today, as the system continues to perform almost ‘normally’, with only a bigger crisis than the ‘usual’ crises of the system.


3.5. Please suggest some formats for designing a new financial architecture?

An ‘architecture’ is only possible if all players live and work under the same rules and patterns of financial activity, which is unlikely today. Multilateral financial institutions should only propose common standards for voluntary and gradual adherence by participants, like freedom for capital flows, absence of aggressive devaluations, fiscal responsibility and sound monetary policies. That will only be possible with growing integration of national economies. So the most reasonable recommendation should be an active promotion of globalization, in every sector of the world economy, but that is of course impossible, due to the huge unbalances and differing income levels among countries.
So, again, most developed partner should contribute to the elevation of standards of life of poor countries, not through development assistance as usual, but by trade liberalization, technical cooperation for educational investments, and some sanitation and health improvements in those countries. Of course, good governance is needed, and dictatorships and corrupt governments should be isolated and punished.


4. How do you see the world financial architecture of the future?
4.1. Is there a chance for the rise of the new financial centers in the world? What would be their scale? What are their regional, country and other niche specifics?

Of course, new financial center will emerge, of all kinds and geographical scopes. Some would be huge, as for instance in Sao Paulo, Brazil, in the future, some others will remain small in scope and trade, as in most African countries, but with the integration of the world economy, new centers will emerge to serve new peripheries, as the lore about the concentration in only a few markets is not tenable and realistic.


4.2. In your opinion, can the Russian Federation become one of those new financial centers? What is the potential for the Ruble’s international influence?

Perhaps, but it depends on the development of capitalism in Russia, as Lenin would say sometime ago. Nowadays, there is only a restricted and corrupted form of capitalism, with a strong, dirigiste, State, tending to autocratic or cesaristic leadership, which is of course a return to very old times. Russia has still to develop real capitalism and a proper functioning democratic system, not a façade of them. Ruble depends on a sound financial system, which is still wanting.

4.3. What other post soviet countries along with the Russian Federation can aspire to the financial center of the future status?

I’m not able to respond this question.


4.4. Please make a rating of three developing non-BRIC (Brazil, Russia, India, and China) countries that will have a bigger role in the world financial system. Are there any post soviet countries among them?

Perhaps Ukraine, but that will depend on its further integration into Europe and the world economy. Most probable Mexico, if it reforms itself, South Africa, and Indonesia, again with huge reforms in its financial and monetary policies. Among small countries, with limited impact on world economy, some of them already developed, I would count on Chile, Singapore, Taiwan and Abu Dabhi. South Korea is already a developed country.


5. Will there be any cardinal changes in the world currency system?
5.1. What are the perspectives of USD as the world reserve currency?

USD should continue to have an important role in the foreseeable future, but will have to share some role whit euro, yuan (already pound and yen), and perhaps the real, from Brazil. But that will take decades to unfold, more than fifty years…


5.2. What do you think would be the consequences of Yuan currency expansion in the world trade as China makes a move towards it?

Yuan will surely grow in strength and value itself vis-à-vis the USD, euro and other currencies. It will probably gain more value than the ruble, the rupie and the real, many times more. That is inevitable. With more power come more responsibilities: it should be made convertible, and China will be a lender to other countries, which it is already in a moderate way.


5.3. Kazakhstan, China, Russia and South Korea have called for the establishment of the new world currency. What do you think about such an idea?

Not easy, or simpler said than done. A new world currency has to respond to the traditional roles of a national currency – measure of value, exchange and reserve functions – and enjoy trust and credibility. That is not easy for any national currency to perform, it depends on the success of a responsible economy, and none of current players are capable of that nowadays, not even the US (well, we act on the basis of the USD more for custom and inexistence of an alternative, than for the fact that US policies are responsible, which they are not).
A world currency – let us say, a SDR reformed – depends on the credibility of its issuer. The IMF has no real power to enforce a real currency, so the bigger countries should act with converging policies and objectives, which is very difficult to attain. Even the current financial G20 is not appropriate: it has to many countries, and some of them are not really monetary responsible. Perhaps a new G10 or G12 (at maximum) should embark on the future issuance of a new liquidity, but the precondition of this is total financial liberalization among them, convergent macroeconomic policies, and total trade liberalization (short of people free flows) among them and towards third countries. That is really difficult to attain, but it should a desirable outcome of a new financial architecture.


5.4. You forecast which course of development the world currency system will embark on:
• USD dominance;
• Emergence of regional currencies on the base of euro, Yuan and others;
• Emergence of a new type world reserve currency;
• Other scenarios (which ones)

A diminishing USD dominance (in the long run), a growing role for alternate reserve currencies (and Yuan is not yet of the club, but should embark in this adventure), a reformed SDR but with very limited functions (in redressing imbalances, for instance) and, of course, greater financial globalization, with free flow of capitals, and absence of restrictions in current transactions. As regards total freedom for capital flows, this will depend on the correction of the huge disparities in the world economy, and that will take some decades, if not more than a century to be achieved. Gradually, bigger economies should move towards greater macroeconomic convergence, but this, also, will take long to be attained (perhaps a half a century more).


6. Do you think that there is a need for renewal of the elites in the light of the world crisis?

Surely, current leaders are very mediocre, to say the least, with some notable exceptions.

Will there be any new names with the serious potential to become the world elite? Please name some candidates in the field of:
6.1. Economics

Some innovative economists, but I cannot name a single one, not the old Keynesians for sure. Perhaps some new ‘Austrian’ economists, who should combine humanities and philosophy with theoretical economics.


6.2. Politics (Prime-Ministers and Ministers level)

I cannot think about one single distinguished politician, who should combine a brilliant mind and a good technical preparation: perhaps Mr Obama grows in the role, but he has to learn a lot yet. As for the Europeans, we are in a real short supply. The Chinese are a special bunch of apparatchik technocrats, disposing of the Communist monopoly of power, and they cannot count as examples, even some are very capable on technical grounds. But China is a world in itself, and cannot offer any viable solution for the lack of leadership at world level nowadays. Some small countries could have very capable people, but they have no clout to play a bigger role on world stage. In Latin America, for instance, perhaps Chile could offer some positive examples on how running a country in a responsible manner, but for the rest of Latin America the scenario is very poor in capabilities and human resources, at least at political level. In fact, this continent is reversing course, going towards populist leaders who are destroying the possibility of having modern economies in the region: think about Bolivarian leaders, who area dismantling a market system in their own countries…

6.3. Other

Scientists, working on health and environmental issues, with political sensibilities, could offer new possibilities, but it is difficult to name some.
(...)

1740) Politica Exterior de Brasil: respuestas a periodista de La Nacion (Chile

Brasil y su Política Exterior: una entrevista periodística
Paulo Roberto de Almeida

1) No son pocos los países que le exigen a Brasil que tome, de una vez por todas, el liderazgo que le corresponde en Latinoamérica. ¿Es el mejor tiempo para hacerlo, teniendo en cuenta que se acercan las elecciones y Lula debe dejar el poder?
PRA: Uno no se presenta como líder con base en su propia voluntad. Hay que ser reconocido como líder por los demás países sobre la base de ciertos elementos objectivos y otro conjunto de percepciones externas. La primera condición es tener suficiente peso económico, ser abierto comercialmente para atraer otros países a sus mercados, prestar ayuda y cooperación unilateralmente, sin que sea necesario a otros pedir que se lo haga, y también asumir ciertos encargos multilaterales o regionales (incluso en materia de seguridad). O sea, hay que tener dos cosas muy sencillas: plata y soldados. Brasil tiene muy poco de los dos.
Pero las percepciones son muy importantes, en varios sentidos. Es necesario que los otros lo perciban como líder para que un país sea así reconocido. En la región, Argentina dificilmente acceptaría a Brasil como líder, igual que Colombia o Venezuela, o sea, los mas grandes, pero sobretodo Argentina (que ha sido por gran parte del siglo 20 mucho mas desarrollada que Brasil). Un líder también tiene que ser neutral, objectivo frente a los problemas de los otros países: Brasil actual ha tenido una política externa muy marcadamente partidaria, hecha de simpatias por los gobiernos progresistas o izquierdistas, con base a su partido (PT) de carácter socialista y antiimperialista. La actitud dura con respecto al gobierno de Colombia y el interino de Honduras es un ejemplo, frente a la actitud complaciente con respecto a Chávez, que representa una seria menaza a la democracia y a la estabilidad en la región.
Por ultimo, el Itamaraty, o sea, el cuerpo profesional de diplomáticos, no ha jamás proclamado una actitud de liderazgo, pues tiene consciencia que nuestros vecinos hispanos lo aceptarían. La voluntad de ser líder emana no mas que del presidente y de su partido y consejeros, no de los diplomáticos.

2) ¿Por qué el Presidente Lula habría decidido involucrarse en el conflicto de Medio Oriente y qué ha llevado a Israel a pedir su participación, independientemente de que el Mandatario iraní viaje próximamente a Brasil? ¿Se trata de mero formalismo o en verdad Lula tiene algo que podría ayudar a calmar la situación, aún cuando líderes internacionales con más renombre y poder no han podido?
PRA: No creo, personalmente, que Brasil tenga atributos capaces de influenciar decisivamente la resolución de los conflictos en Oriente Medio, basicamente la cuestión palestina, y la del Irán. Falta conocimiento preciso de las condiciones locales -- que se adquiere con extensa presencia diplomática, think tanks, centros universitarios dedicados a la región, etc., que Brasil no tiene -- y faltan los elementos "brutos" del poder: recursos financieros, presencia militar, capacidad real de influencia o presión. Brasil tiene al máximo la retórica del entendimiento, su ejemplo de sociedad integrada con base en muchos pueblos diferentes, sin conflictos internos de naturaleza étnica o religiosa. Todo esto puede ser motivo de orgullo nacional, pero no resuelve los problemas concretos del Medio Oriente. Así, su tentativa representa esta voluntad protagónica del presidente de se presentar como un gran líder mundial, de una manera mas bien voluntarista.

3) ¿Qué continuidad hay en la política exterior del Presidente Lula con los anteriores gobiernos brasileño?
La continuidad esta en el multilateralismo, la integración regional, el énfasis en el Mercosur, y varias otras tradiciones de nuestra diplomacia profesional. Las rupturas están en el excesivo tercer-mundismo, la partidarización de la política externa.
También es continuidad afirmar la voluntad de integrar el Consejo de Seguridad de las NU, pero ahora con verdadero ardor militante en esta causa. La conformación de un espacio económico integrado en America del Sur representa una otra continuidad, pero antes esto era visto como medio para alcanzar otros objetivos relevantes -- como el desarrollo material y la influencia regional e internacional -- ahora quizás sea un objectivo en si mismo.

Brasilia, 12.11.2009

1739) Jose Mindlin: minha homenagem

Conheci o Dr. José Mindlin em Washington, quando eu era ministro-conselheiro na Embaixada e ele foi fazer uma palestra na Library of Congress.
Eu já conhecia, então o livro dele, Entre Livros, e presenteei-o com o meu livro, editado em Paris, Vivendo com Livros, uma coletânea de escritos meus falando de livros e contendo diversas resenhas minhas.
Eu estava naquele momento engajado na tarefa de identificar, catalogar e se possível copiar os arquivos americanos sobre o Brasil: o Itamaraty nunca se manifestou, sequer respondeu aos meus telegramas pedindo alguma verba para pesquisas em arquivos dos EUA, sobretudo National Archives.
Foi Mindlin quem me concedeu, um subsídio de 20 mil dólares, atraves da Fundação Vitae, com o qual pude mobilizar algum auxilio, comprar um pequeno computador, e preparar o "Guia dos Arquivos Americanos sobre o Brasil".
Esse Guia aguarda até hoje edição pela Funag-MRE.

Mindlin era simplesmente cativante, de muito bom humor, como todos já disseram.
Sem duvida um grande homem.
Um amigo dos livros, e isso diz tudo.

terça-feira, 2 de março de 2010

1738) Ditaduras passam, mas o sofrimento de quem perde um ente querido é eterno

El costo del asesinato de Zapata Tamayo
por Carlos Alberto Montaner
1 de marzo de 2010

Carlos Alberto Montaner es periodista cubano residenciado en Madrid.

“Hoy, 25 de febrero, lo enterramos''. Lo gritaba Reyna, la madre desesperada. La cadena SER de Cataluña la entrevistaba. Era como una fiera herida. “Fue un asesinato premeditado'', gemía y denunciaba. Ella era una mujer negra y humilde, como su hijo, un simple albañil que quería ser libre. Reyna quiso llevar a su hijo en brazos hasta el cementerio, acompañada por unos cuantos amigos consternados, todos demócratas de la oposición. No pudo. La policía política lo impidió. Siempre la policía política intimidando, castigando, escarmentando a la sociedad para que obedezca en silencio. Son los perros que cuidan al rebaño.

¡Pobres madres! Hace unas semanas había muerto en Cuba otra como ella, pero más vieja y blanca, Gloria Amaya. Tuvo tres hijos presos. A uno de ellos, Ariel Sigler Amaya, lo están matando por rebelde, como le sucedió a Orlando Zapata Tamayo. Entró en la cárcel pesando 90 kilos. Hoy pesa 50 y está en una silla de ruedas. Me dice su hermano que le queda poco. A doña Gloria, que era una ancianita frágil y diminuta, la policía política le rompió dos costillas de una patada en el pecho. Había protestado porque maltrataban a su hijo, preso político, y casi la matan a ella. Desde el suelo, retorcida de dolor, siguió pidiendo por su hijo. Y dice Raúl Castro que en Cuba no se tortura. ¡Mentiroso!

La muerte de Zapata Tamayo tiene tres consecuencias internas graves para la dictadura de los hermanos Castro. Para los demócratas de la oposición, dentro del país, ese sacrificio refuerza el compromiso de lucha. Tal vez es un rasgo de nuestra cultura: la lealtad a los que dieron la vida no se traiciona nunca. Pero la sangre de Orlando tiene otro efecto interno. Avergüenza a los comunistas. Los desmoraliza y debilita. Los coloca en el bando de los asesinos. Hace unos años, cuando la policía política exterminó, ahogándolas, a 32 personas que intentaban huir del país a bordo de un barco llamado "13 de marzo", la mayor parte mujeres y niños, hubo muchos militantes que abandonaron el Partido llenos de asco. Eso era demasiado.

Fuera del país, este nuevo crimen galvaniza a los exiliados tras una causa justa. El día en que murió Orlando, la noticia de mayor divulgación en Twitter fue esa. Una ola de cólera y solidaridad recorrió a una comunidad dispersa que, descendientes incluidos, se acerca a los tres millones. Los periódicos del mundo entero le dieron las primeras páginas a la triste información llegada de La Habana. Muchos telediarios comenzaron sus transmisiones contando, consternados, lo que había sucedido. La imagen de la dictadura cayó por los suelos estrepitosamente y ese estruendo, claro, tuvo una honda repercusión política: se espera que el canciller español Miguel Angel Moratinos le ponga fin a su absurda campaña dedicada a tratar de demoler la posición común de la Unión Europea frente a la dictadura cubana. Jamás se ha visto mayor terquedad en la defensa de una causa innoble que la de Moratinos por beneficiar a la tiranía de los Castro.

El aparato cubano de difamación, por supuesto, ya prepara su contraataque. Uno de sus peones menores comenzó por decir que quienes condenaban esta muerte horrenda vertían lágrimas de cocodrilo. Otros dirán que Zapata Tamayo era un delincuente o un terrorista al servicio de la CIA. Carecen del menor vestigio de decencia. Dicen cualquier cosa. Pero la verdad inocultable es otra: como gritó, llorando, su madre Reyna, a Orlando lo asesinaron premeditadamente por pedir libertad para él y para su pueblo. Su ejemplo gravitará mucho tiempo en la historia de Cuba.

Artículo de Firmas Press
© Todos los derechos reservados. Para mayor información dirigirse a: www.firmaspress.com

1737) Meus pesames antecipados: Cidade Administrativa Tancredo Neves, BH-MG

O governador de Minas, Aécio Neves está inaugurando, nesta quinta-feira, 4 de março, o novo centro administrativo do estado de Minas Gerais em Belo Horizonte, a chamada Cidade Administrativa Presidente Tancredo Neves, projeto concebido e desenhado pelo arquiteto Oscar Niemayer.

Bem, não querendo ser ave de mau agouro, mas sendo, desejo, desde já, formular meus votos de mais sentida condolência, profundos pêsames, a todos aqueles que terão o dissabor, eu diria até a desgraça, de serem obrigados a trabalhar, ou até a frequentar, uma obra que, sem ver, sem conhecer, eu já reputo como desumana, horrivel esteticamente e funcionalmente desastrosa.
Sinto muito, isso é azar demais...

Paulo Roberto de Almeida (2.03.2010)

1736) Amigo é para essas coisas...

Caso Zapata
Fidel elogia silêncio de Lula

Agencias, 2/03/2010

Postura de Lula no caso do prisioneiro político Orlando Zapata, que morreu após 85 dias de greve de fome, é defendida pelo ex-presidente de Cuba.

Fidel Castro afirmou que o presidente brasileiro, que vem sendo acusado de ignorar o episódio durante sua recente visita a Havana, “sabe há muitos anos que em nosso país [Cuba] jamais houve tortura, jamais houve ordens para assassinatos de adversários, jamais mentimos ao povo. Sabe que a verdade é companheira inseparável de seus amigos cubanos”.

Lula afirmou que “um cidadão que entra em greve de fome está fazendo uma opção. Na minha opinião, uma opção equivocada”, ressaltando ainda que já recorreu a esse tipo de protesto no passado, mas que jamais o faria de novo. Os elogios de Fidel a Lula foram divulgados em um artigo publicado pela imprensa oficial de Cuba.

Leia mais:
Agrava-se a repressão em Cuba no enterro de Zapata

1735) Manual de diplomacia pratica: continuidade do exercicio

Manual de diplomacia prática, 6: prioridades
Por Paulo Roberto de Almeida
Via Política, 1/03/2010

Prioridades, normalmente, estão no topo da atuação diplomática dos Estados que possuem uma visão clara de seus objetivos nacionais, com respeito aos benefícios que se espera retirar de uma determinada relação bilateral ou de um empreendimento qualquer no plano regional ou multilateral. Uma velha regra de senso comum pretende que quando existem muitas prioridades, não existe nenhuma prioridade bem estabelecida. Isso justifica a conveniência de que a lista de prioridades seja relativamente reduzida, de forma a se atribuir a importância devida ao que é realmente importante, não multiplicar as frentes de trabalho ao sabor das viagens diplomáticas de alto nível.

Prioridades nas relações exteriores
É da natureza humana, ou da ordem natural das coisas que pessoas e sociedades desejem sempre retirar bem mais de uma relação do que o investimento realizado em contrapartida. Por isso mesmo, o que se busca, normalmente, é elevar ao máximo a qualidade da interação, de maneira a ter uma alta taxa de retorno. Em outros termos, e de modo bem direto, quanto mais assimétrica for a relação, melhor para a parte supostamente “atrasada”, uma vez que a transferência direta e indireta terá um grau máximo de aproveitamento, nas duas direções, aliás, já que sempre haverá “compensações” comensuráveis que a parte reconhecidamente avançada pode retirar de seu parceiro “inferior”, mesmo que seja o menor custo de bens, serviços e mão-de-obra. Inversamente, uma prioridade colocada numa relação pretensamente “simétrica” pode redundar em ganhos marginais para ambas as partes, já que o potencial de transferências será necessariamente menor.

Mesmo numa situação “multilateral”, sem a possibilidade da barganha direta que ocorre no relacionamento dito “assimétrico”, as apostas devem sempre ser colocadas no plano de maior desafio no desempenho comportamental, uma vez que todo país, desejoso de elevar-se na escala do desenvolvimento econômico-tecnológico, deve sempre visar mais alto do que o seu benchmark aferido. O critério de escolha das prioridades nacionais, necessariamente seletivas e restritas, deve, portanto, obedecer aos princípios da maior eficiência e do maior retorno, o que recomenda um número limitado de “apostas”, uma vez que estas demandarão concentração de recursos que são, por definição, escassos.

Por isso, “simpatias” em virtude de afinidades – de quaisquer tipos – não são, via de regra, as melhores escolhas a serem feitas. Em conclusão, as prioridades, em número limitado, são mais o resultado de um estudo detalhado das complementaridades recíprocas que podem ser estabelecidas com algum parceiro verdadeiramente estratégico – e este sempre será, por definição, mais capaz do que o próprio país no terreno visado para a cooperação – do que o resultado de algum impulso subjetivo com base em suposta afinidade de interesses. Esses interesses não precisam ser absolutamente simétricos para que o caráter estratégico da relação possa ser concretizado – ao contrário: eles podem ser relativamente assimétricos – desde que o objetivo principal visado pelo propositor da relação estratégica esteja contemplado na gama reduzida de prioridades nacionais realmente “prioritárias” e que o foco da relação se situe mais no atingimento de fins do que na definição de meios. Com efeito, pode-se eventualmente extrair mais de uma relação construída com base nas diferenças do que nas semelhanças, já que complementaridades e vantagens comparativas têm esse exato suporte na realidade.

27/2/2010
Fonte: ViaPolítica/O autor

Avançando na publicação do “Manual de diplomacia prática”, esta é o sexto capítulo do artigo dividido pelo autor em 10 edições. Leia a primeira parte aqui, a segunda aqui, a terceira parte aqui, a quarta aqui e a quinta aqui.

http://diplomatizzando.blogspot.com/
www.pralmeida.org
Paulo Roberto de Almeida é Doutor em Ciências Sociais e diplomata de carreira.
Mais sobre Paulo Roberto de Almeida

1734) A cooperacao internacional para... o terrorismo

Juez español: cooperacíon de Venezuela a la alianza FARC-ETA
Yoldi
El País, 2.03.2010

La Audiencia Nacional tiene indicios de que hubo una “cooperación gubernamental venezolana en la ilícita colaboración entre las FARC (Fuerzas Armadas Revolucionarias de Colombia) y ETA”, especialmente por medio del etarra Arturo Cubillas Fontán, responsable del colectivo de ETA en esa zona de América y que en 2005 fue nombrado director adscrito a la Oficina de Administración y Servicios del Ministerio de Agricultura y Tierras de Venezuela. Así consta en el auto del juez Eloy Velasco, que ha procesado por tenencia de explosivos, colaboración con banda terrorista y conspiración para cometer homicidios terroristas a seis presuntos miembros de ETA y siete de las FARC.

ETA se comprometió a localizar objetivos terroristas para las FARC en España

El magistrado ha remitido su resolución a los ministerios de Asuntos Exteriores y de Interior españoles para que realicen gestiones ante las autoridades cubanas y, especialmente, ante las venezolanas, para que éstas cooperen y procedan a la extradición de algunos de los procesados, en especial Cubillas, “pues obran diligencias en este procedimiento que ponen de manifiesto la cooperación gubernamental venezolana en la ilícita colaboración entre las FARC y ETA”.

Ayer mismo, el ministro Miguel Ángel Moratinos llamó a Chávez para pedir explicaciones sobre esta cuestión.

Cubillas, responsable del colectivo de ETA en Venezuela, participó de forma decisiva, según el auto, en la intensificación de contactos entre ETA y las FARC. Por un lado, varios miembros de ETA recibieron cursos de adiestramiento militar en campamentos de las FARC en la selva colombiana y, como contrapartida, ETA se comprometió a la localización en España de objetivos de acción terrorista por parte de los colombianos. Así, entre los citados objetivos figuraban el ex presidente colombiano Andrés Pastrana; la ex embajadora en España Noemí Sanín Posada; el ex candidato presidencial y dos veces alcalde de Bogotá Antanas Mockus; el vicepresidente Francisco Santos y otros cargos políticos y militares colombianos contra los que iban a atentar durante su estancia en España. Más adelante, a la lista añadieron el periodista y ex guerrillero del Ejército Popular de Liberación ya fallecido Bernardo Gutiérrez; el senador Carlos Ardile e incluso en la última etapa, al propio presidente colombiano, Álvaro Uribe.

Entre marzo y septiembre de 2000, el miembro de las FARC Victor Ramón Vargas Salazar, Chato, siguiendo instrucciones del dirigente de la organización terrorista Edgar Gustavo Navarro Morales, El Mocho, viajó a España en dos ocasiones para realizar vigilancias de la Embajada colombiana en Madrid y para controlar los itinerarios de Pastrana.

El auto del juez Eloy Velasco destaca que dos etarras, Ignacio Domínguez Achalandabaso, Txomin, y otro apodado Martín Capa, impartieron un cursillo terrorista en la selva venezolana, en una finca cercana a Guadalito, en el Estado de Apure. Fueron unos 20 días en jornadas de dos horas a 13 miembros de las FARC y a otros siete del FLB, todo bajo la dirección del comandante Pizarro, sobre técnicas avanzadas de manejo del explosivo C4, un plástico de mayor capacidad destructiva que la dinamita, pero de menor volumen, de fácil adquisición en Venezuela. Domínguez se encargó del adiestramiento de la iniciación de los explosivos por medio de teléfonos móviles.

El curso fue repetido a miembros del denominado Bloque Caribe de las FARC y al mismo, según la resolución del juez Velasco, “acudieron viajando por tierra vía Maracaibo, con el conocimiento y la compañía de una persona que vestía chaleco con escudo de la DIM (Dirección de Inteligencia Militar, de Venezuela) y de un vehículo escolta con militares venezolanos”. El curso fue gestionado y organizado por Arturo Cubillas, por parte de ETA, y Remedios García Albert, La Médica, miembro de la comisión de las FARC que despachaba con el comandante Luciano Martín Arango, Iván Márquez, y Omar Arturo Zabala, Lucas Gualdrón.

Los etarras Carlos, identificado como José María Zaldúa Corta, Aitona, y otro apodado Schumacher, cuya identidad no ha sido establecida todavía, también impartieron cursos a miembros de las FARC sobre la aplicación de técnicas de guerrilla urbana, uso de explosivos y la confección de artefactos activados por movimiento o mediante móviles.

En 2003, los cursos fueron impartidos por guerrilleros de las FARC a cuatro integrantes de ETA sobre fabricación y utilización de morteros tipo JOTAKE.

Gran parte de la información se ha obtenido de los documentos intervenidos al jefe de las FARC Raúl Reyes, muerto en enfrentamiento con el ejército colombiano el 1 de marzo de 2008 en un campamento en la frontera con Ecuador.

Los procesados, para los que se ha ordenado la prisión y busca y captura internacional, son: Arturo Cubillas Fontán, José Ignacio Echarte Urbieta, José Ángel Urtiaga Martínez, José Miguel Arrugaeta San Emeterio, Ignacio Domínguez Achalandabaso y José María Zaldúa Corta, por parte de ETA; y Emiro del Carmen Ropero Suárez, Rodrigo Granda Escobar, Víctor Ramón Vargas Salazar, Edgar Gustavo Navarro Morales, Luciano Martín Arango y Omar Arturo Zabala Padilla, por parte de las FARC. Remedios García Albert, que reside en España, ha sido citada a declarar el próximo 24 de marzo.

1733) Meu proximo celular sera um iPhone...

Com desculpas pela propaganda indevida...

Valor lança aplicativo para iPhone
Valor Econômico, 01/03/2010

SÃO PAULO - O Valor Econômico lança nesta segunda-feira seu aplicativo para iPhone. Com ele, o leitor poderá acompanhar no celular da Apple os principais acontecimentos do dia, preços de ações, cotações de moedas e indicadores econômicos, além de acompanhar sua carteira e salvar as notícias de seu interesse em uma pasta de favoritas.

O dispositivo, criado em parceria com a empresa de soluções para aparelhos móveis Mobimarket, nasce como o primeiro aplicativo brasileiro especializado em conteúdo de economia, finanças e negócios. Também é o primeiro aplicativo nacional de notícias integrado com o Twitter. É possível compartilhar o link da notícia e um comentário, e a publicação na rede de microblogs é feita diretamente da ferramenta.

Na tela inicial, o leitor já encontra as informações mais relevantes do momento - as notícias de destaque e cotações rápidas do dólar e do Ibovespa. O noticiário indispensável do dia está no canal Notícias, cujo conteúdo é organizado por editorias semelhantes às do jornal e do website do Valor. O leitor tem acesso ao texto integral e pode guardar as matérias preferidas em uma área de favoritos. Para compartilhá-las, basta escolher entre publicar no Twitter ou encaminhar o texto para um amigo, por email.

Outro canal é o Ações, que traz cotações dos papéis negociados na BM & FBovespa. O usuário pode acompanhar as oscilações de preço, pesquisar os ativos pelo nome ou pela sigla correspondente e, ainda, montar e salvar sua carteira de ações. As informações sobre os papéis são completas: preço, variação, volume negociado, cotações máximas e mínimas do dia, e a evolução do ativo em gráfico que pode abranger 1 dia, 5 dias ou 1 mês, conforme a escolha.

Para completar o pacote de informações indispensáveis ao usuário interessado em economia e investimentos, o aplicativo tem uma área de índices. Nele estão disponíveis cotações de moedas estrangeiras e indicadores macroeconômicos (como inflação e taxas de juros), com a mesma frequência de atualização do website.

Apesar de a campanha de lançamento começar nesta segunda, o programa já está disponível para download gratuito na loja da Apple. Mesmo antes do início da divulgação, o Valor já ocupa os primeiros lugares na lista de aplicativos de notícias disponíveis na App Store Brasil. O link para baixar o programa encontra-se em http://www.valoronline.com.br/Mobile/Default.aspx .

O aplicativo para iPhone é mais uma alternativa para acompanhar o Valor em dispositivos móveis. Os donos de smartphones podem acessar o site móvel do jornal pelo link m.valor.com.br e receber, além das últimas notícias e cotações, as principais reportagens e resumos das colunas do jornal impresso. Ao mesmo tempo em que trabalhou no lançamento do aplicativo para iPhone, o Valor remodelou seu site móvel, tornando a navegação mais amigável e o layout, mais atraente. Cotações e indicadores também passaram a fazer parte do conteúdo do site para smartphones.

A mobilidade vem se juntar às iniciativas da plataforma digital do Valor, que já oferece ao leitor as oportunidades de acompanhar as notícias no Twitter, em sua página personalizada no iGoogle, em newsletters e em dois formatos na web - em texto e no jornal digital - uma cópia eletrônica fiel das páginas impressas, que podem ser " folheadas " como se faz com o papel. O aplicativo também faz parte das novidades planejadas pela empresa para 2010, quando o jornal completa dez anos de existência.

Leia mais: http://www.valoronline.com.br/?online/geral/228/6130139/valor-lanca-aplicativo-para-iphone&utm_source=newsletter&utm_medium=tarde_01032010&utm_campaign=informativo#ixzz0gzabCpSM

1732) O racismo em construção (vamos inverter a coisa...)

Recebo, em minha caixa de correspondência da UnB, a seguinte mensagem-convite:

ABERTAS INSCRIÇÕES PARA O CURSO
PENSAMENTO NEGRO CONTEMPORÂNEO

O Decanato de Extensão (DEX) informa que estarão abertas de 3 a 12 de março, as inscrições para o Curso Pensamento Negro Contemporâneo - 1/2010, promovido pelo Núcleo de Promoção da Igualdade Racial (NPIR/DEX).

(...)
O conteúdo programático abrange temas como racismo, representação social, resistência negra no Brasil, cultura e identidade negra, políticas de ações afirmativas, entre outros temas de reflexão sobre as relações étnico-raciais brasileiras.
Com início previsto a partir de 8 de março, o curso é gratuito e tem carga horária de 60 horas-aula.

(...)
Local de Inscrição e Informações:
Núcleo de Promoção da Igualdade Racial (NPIR/DEX) –Decanato de Extensão - Prédio da Reitoria - Telefone: 3307-2610 r/ 24 , com Fabiana Gomes e Gardênia Nogueira, de 3/3 (quarta-feira ) a 12/03/10 (sexta-feira), das 8h30 às 11h40 e das 14h30 às 17h30
Saiba mais
O curso nasceu de um pedido feito por representantes do movimento EnegreSer, que vinha discutindo essa estratégia de curso para fortalecimento da temática e sentia a necessidade de institucionalizá-la, o que foi acatado pelo Decanato de Extensão (DEX), em seu compromisso de ampliar o trabalho de ação afirmativa desenvolvido pela universidade nos últimos anos,...


Transcrevi seletivamente, as partes que me pareceram mais significativas.
Não vou escrever nada contra essa manifestação de racismo explícito.
Vou apenas inverter os termos do problema, à la Ionesco, teatro do absurdo...

ABERTAS INSCRIÇÕES PARA O CURSO
PENSAMENTO BRANCO CONTEMPORÂNEO
O Decanato de Extensão (DEX) informa que estarão abertas de 3 a 12 de março, as inscrições para o Curso Pensamento Branco Contemporâneo - 1/2010, promovido pelo Núcleo de Promoção da Desigualdade Racial
(...)
O conteúdo programático abrange temas como inferioridade racial e desigualdades natas entre raças, representação social da elite majoritária, resistência branca no Brasil contra a mistura de raças, cultura e identidade ariana, políticas de ações defensivas contra a miscigenação racial, entre outros temas de reflexão sobre as relações étnico-raciais brasileiras.
Com início previsto a partir de 8 de março, o curso é exclusivo para a raça branca...
(...)
O curso nasceu de um pedido feito por representantes do movimento Supremacia Branca, que vinha discutindo essa estratégia de curso para fortalecimento da temática da separação racial e do Apartheid no Brasil e sentia a necessidade de institucionalizá-la, o que foi acatado pelo Decanato de Extensão (DEX), em seu compromisso de ampliar o trabalho de ação defensiva desenvolvida pela universidade nos últimos anos em prol da separação de raças,...

It's crazy, n'est-ce-pas?

segunda-feira, 1 de março de 2010

1731) Ainda o Conselho de Politica Externa para o MRE

Como o barão enfrentará a turba?
Alexandre Barros
O Estado de S. Paulo, 01/03/2010

O governo Lula ensaiou criar um poder paralelo ao Itamaraty na política externa. Nomeou um "quadro partidário" para a Assessoria Especial da Presidência da República para Relações Internacionais. O PT gostou da experiência e vai propor um Conselho Nacional de Política Externa, oficial, para pressionar e fiscalizar a política externa.

Burocracias são regidas pela inércia: difíceis de pôr em movimento, de parar e de mudar de rumo. Os mais marcantes mastodontes burocráticos na administração pública brasileira são os militares e os diplomatas.

Os militares entraram em movimento em 1922 e não pararam até 1964. Davam-se o direito de aprovar ou mudar os governos. Em 64 tomaram o poder e de lá só saíram em 1985. Desde então tentamos resolver os problemas da supremacia civil no Brasil. Não tem sido fácil. Não ajudou nem a sequência de ministros da Defesa desprestigiados, até o que acha que a melhor maneira de controlar os militares é se fantasiar de milico.

O Itamaraty nunca dominou o Brasil - mas é o Ministério que tem maior capilaridade no governo, mantendo diplomatas em todos os Ministérios e outros órgãos acessórios. Porém sempre fez o possível, sem tanques nem canhões, para manter sua autonomia e fazer mais ou menos o que bem entendia, independentemente do governo da hora.

De vez em quando era preciso dar os anéis para não perder os dedos. Deu os anéis durante o regime militar, mas conseguiu não ter nenhum coronel "lá dentro", nem na Divisão de Segurança e Informações. Preferiu sacrificar diplomatas para fazerem as coisas de que ninguém gostava a deixar entrar um militar. Expulsou Vinicius de Moraes e cortou a carreira de um estudante aprovado no concurso do Instituto Rio Branco antes mesmo de ele começar o curso.

Presidentes podiam nomear o ministro que quisessem, diplomata ou não, mas se era "de fora" a burocracia "da casa" sempre tratava de lhe impor limites com punhos de renda. Quando o ministro não era "da carreira", sapecavam-lhe um secretário-geral cuja principal tarefa era não deixar que "saísse da linha". Os oficiais de gabinete que cercavam o ministro cuidavam de tornar sua estada agradável, prazerosa e quase sempre inócua. Quando o ministro era "da casa", não era necessário gente forte nos cargos de baixo. Linhagens familiares perpetuavam-se no Itamaraty: filhos, netos, bisnetos.

O governo Lula trouxe uma mudança curiosa: a combinação de um ministro da casa que gostava de fazer as mesmas coisas que o presidente, dando a impressão de que havia uma grande discrepância entre a política do Ministério e a do governo. Não havia. A maioria dos diplomatas apoiava a política porque em burocracias fechadas (a única porta de entrada é o concurso de admissão, sem entrada lateral) a primeira regra que os novos aprendem é que manda quem pode e obedece quem tem juízo.

O PT gostou dessa festa da coincidência entre os gostos do ministro e os desejos do presidente e resolveu tentar institucionalizar esse esquema, criando um Conselho Nacional de Política Externa (oficial, repita-se) para assessorar e pressionar o Itamaraty.

Se você gosta da política externa, pode tirar o cavalo da chuva. Se esse conselho for criado, ela vai piorar muito. Se você não gosta, aí, então, nem se fala.

Política externa, mal ou bem, tem de ter alguma continuidade e alguma previsibilidade. No momento em que se coloca a possibilidade da turba mandando em política externa, estamos em maus lençóis. Pode ser que agora apareça uma coisa que eu pensei que tivesse desaparecido durante o governo Lula: a militância externa.

Achei que Lula tinha acabado com a máquina petista, mas não. Ela estava só dormente porque não conseguia competir com o carisma e a liderança pessoal de Lula. No momento em que Lula não mais poderá continuar, sentado que está na cadeira terminal de presidente em segundo mandato, a máquina partidária começa suas tentativas de se apoderar do poder - e o tal conselho é um caminho perigoso para isso.

Numa democracia liberal (e ainda estamos nela) é perfeitamente legítimo os governantes presumirem que, se alguém não expressa o seu interesse, esse alguém não tem interesse. E um dos fatos mais marcantes da política externa brasileira foi que o quase-monopólio que o Itamaraty manobrou com muita competência (às vezes maior, às vezes menor) conseguiu impedir a criação de grupos fortes interessados em política externa. Era muito difícil influenciar o Itamaraty no sentido de defender interesses particulares, mesmo quando estes coincidiam com os interesses do País.

Em outras palavras: o empresariado brasileiro acomodou-se, indo sempre a reboque da política do Itamaraty. Nunca tentou seriamente criar mecanismos de influenciação para que uma parte da política externa pudesse ser feita profissionalmente e outra pudesse ser feita a partir de interesses legítimos de grupos que exportam, investem e atuam internacionalmente.

Nunca tivemos no Brasil uma instituição como o Council on Foreign Relations, que expressa, com toda a cortesia que se espera, é claro, os interesses da elite norte-americana em matéria de política externa.

Ainda não é tarde demais. O conselho do PT ainda não foi criado, mas ou quem tem interesses faz alguma coisa ou esta rodada será perdida, e com grandes prejuízos.

Será que o barão vai ter de enfrentar a turba sozinho?

P. S.: Se você quiser se aprofundar mais sobre o assunto, pode ler o meu artigo Política exterior brasileña y el mito del barón, na revista Foro Internacional, 93 (vol. XXIV, número 1, Julio-Septiembre 1983, pp. 1-20): México, DF, México.

1730) Um mundo sem dissidentes é muito melhor...

Por vezes, as palavras traem o que o subconsciente realmente acredita.
Por exemplo, o assessor especial da Presidência da República, que em relação à situação dos direitos humanos em Cuba -- com a morte de um "dissidente" -- tinha dito que "problemas de direitos humanos existem no mundo todo", tentou consertar sua má frase, com uma pior ainda...

Segundo matéria do jornal O Estado de S.Paulo da sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010, ele defendeu a conduta do governo Lula em matéria de direitos humanos

"Segundo Marco Aurélio, existem problemas de direitos humanos em diversos países e o governo Lula tem postura semelhante para todos os casos, preferindo discutir essas questões com os organismos internacionais."

"Declarações contra direitos humanos muitas vezes pode piorar a situação", afirmou Marco Aurélio Garcia. "Uma declaração tonitruante é muito bom para a plateia, mas para o País pode piorar a situação", disse o assessor, citando como exemplo o Sudão, onde depois das críticas à violação dos direitos humanos no país, o governo tomou atitude radical, expulsando organizações não governamentais e organismos internacionais. Marco Aurélio disse que a postura do governo Lula é a mesma do governo anterior. Ele admitiu que a morte do dissidente cubano, Orlando Zapata "é uma situação que incomoda". "Preferia que não tivessem dissidentes", afirmou.

Pois é, como o mundo seria melhor se não tivesse dissidentes, sobretudo em certos países.
Esses dissidentes são um incômodo...

1729) Mont Pelerin Society - Hayek contest

From: Mont Pelerin Society [mailto:mps@heritage.org]
Date: Friday, February 26 2010 14:52
Subject: Mont Pelerin Society-Hayek Essay Contest

Dear MPS Members:

As you know, the MPS 2010 General Meeting in Sydney, Australia is quickly approaching. I anticipate a wonderful program, and hope that you are beginning to make your travel plans. Along with the General Meeting comes the Friedrich A. Hayek Essay Contest. The essay contest will officially be announced on March 1st, although preliminary information can now be found on the website. Again, this year we are asking our members to help get the word out about the Hayek Essay.

I have attached a flyer with all pertinent information. I ask that you present this at your university campus, around your place of business, or to specific individuals that you think display the promise of writing a winning essay! I encourage you to promote the essay contest in your home country, as the contest is open to all young adults around the world. If you have any questions about the contest, please email mps@heritage.org.

Also, while I have your attention, we are making an effort to update our membership directory with correct and complete contact information. At this time, if you could send your email “signature”, business card, or other contact information that you would like in the directory, it would really help us out!

Regards,
Deepak Lal
President

The Board of Directors of the Mont Pelerin Society Announces
Friedrich A. Hayek Fellowships
for the 2010 GENERAL MEETING OF THE MONT PELERIN SOCIETY
(Sydney, Australia – October 10-15, 2010)

ESSAY CONTEST
Examine whether authoritarian capitalism is a viable alternative to its Western liberal version, to promote long term economic growth and development.
First prize: $2500 cash award + travel grant*
Second prize: $1500 cash award + travel grant*
Third prize: $1000 cash award + travel grant*
Visit www.montpelerin.org for more information on the Hayek Essay contest
Visit www.mps2010.org for more information on the Mont Pelerin Society General Meeting

The Hayek Essay Contest is open to all individuals 35 years old or younger.
Entrants should write a 5,000 word (maximum) essay. Essays are due on May 31, 2010 and the winners will be announced on July 15, 2010. Essays should be submitted in English only. Electronic versions should be sent to:
mps@heritage.org.
Prizes are given to the top three essays and include a Hayek Fellow cash award plus a travel grant* to our Society’s next General Meeting in Sydney on October 10-15, 2010. The essays will be judged by an international panel of three senior members of the Society.
*Travel grant includes coach class airfare, registration fee, and some meals. Hotel, food, and other expenses will be the responsibility of the attendee.
Made possible by a generous gift from the Aequus Institute

1728) Diplomacia brasileira em discussao

Tática de ocas
Editorial O Globo - 27/02/2010

Na montagem do governo Lula, coube a grupos de esquerda o controle do Ministério do Desenvolvimento Agrário e do Incra, para atender ao MST com generosos repasses de dinheiro público; e, ainda, um canal de influência na política externa, com a criação de uma espécie de Itamaraty do B, cujo controle está nas mãos do assessor especial da presidência Marco Aurélio Garcia, próximo de Hugo Chávez. Com isso, Lula pôde seguir uma política econômica minimamente sensata, sem maiores problemas a não ser algum fogo amigo de tempos em tempos.

A aproximação com o Irã atende ao antiamericanismo, traço marcante desse bloco existente no governo.

A passividade diante da morte de mais um dissidente cubano nos cárceres dos irmãos Castro, quando Lula e comitiva desembarcavam em Havana, ilustra este posicionamento da política externa do Itamaraty do B. Quer dizer, em tese, a defesa dos direitos humanos é importante, menos quando se trata dos compañeros ideológicos, como os Castro e Hugo Chávez.

É constrangedor ver Lula ao lado de Raúl Castro quando o presidente cubano afirmou que, "em meio século, não assassinamos ninguém. Aqui ninguém foi torturado. Aqui não houve execução extrajudicial".

Com a aproximação das eleições, entende-se que Lula procure fazer acenos a este lado da geografia ideológica, a fim de manter a tropa unida em torno da candidatura Dilma Rousseff, também a ser apoiada pelo PMDB fisiológico e sublegendas.

Mas a possibilidade de o Brasil assinar um acordo nuclear com o Irã vai além de qualquer limite. A hipótese, negada pelo governo, se dá num momento crucial em que países de peso, como Estados Unidos, França, Inglaterra e até a Rússia, juntam forças para pressionar o regime ditatorial e teocrático de Ahmadinejad a abandonar o projeto de desenvolvimento de armas atômicas. E o Brasil, em nome de uma suposta afirmação na política internacional, se descredencia aos olhos do mundo ao se tornar um dos legitimadores do programa nuclear iraniano. Pois, mesmo se a hipótese do acordo não se confirmar, é veloz a aproximação entre Brasília e Teerã, coerente com a política externa ideológica do Itamaraty do B. O presidente Lula visitará o Irã em maio.

Dos 15 países que atualmente compõem o Conselho de Segurança da ONU, cinco são tidos como relutantes à adoção de novas sanções contra o Irã: China (membro permanente), Brasil, Turquia, Líbano e Bósnia (membros rotativos).

São necessários nove votos — e, claro, nenhum veto — para que uma resolução com novas sanções seja aprovada. Não por acaso, a secretária de Estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton, estará em Brasília na semana que vem e deverá pressionar o governo brasileiro a apoiar a comunidade internacional contra o Irã.

Não pode passar despercebido, também, que há no governo autoridades, como o atual ministro de Assuntos Estratégicos, o ex-embaixador Samuel Pinheiro Guimarães, que defendem abertamente o descumprimento do Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP), do qual o Brasil é signatário, e que estará em rediscussão em maio.

Aliar-se ao que existe de pior na comunidade internacional, em decorrência do antiamericanismo militante existente no governo e por tática eleitoreira, é grave desserviço ao Estado brasileiro, que é perene, ao contrário dos governos.

1727) Cronica das mentiras ordinarias (e como...)

Acredito que Moisés Naím foi inclusive leniente com dirigentes que, mais que mentir, pensam que somos idiotas, e que não sabemos julgar as atitudes desprezíveis que adotam com respeito aos direitos humanos...

Los derechos humanos en Cuba
Tramposos, hipócritas y mentirosos

MOISÉS NAÍM
El País, 28/02/2010

Estamos acostumbrados a que los políticos nos mientan. O que nos digan una cosa y hagan otra. En algunos países los gobernantes no parecen incurrir en mayores costes cuando mienten, o cuando prometen lo que todos saben que no se cumplirá o describen la realidad de maneras que nada tienen que ver con lo que de verdad sucede. Estas son tendencias universales y son excepcionales los países en los cuales esto no ocurre. Pero es peligroso acostumbrarse tanto. Esta tolerancia ha hecho que en algunos países la complacencia del público con las flagrantes mentiras de los gobernantes o con la hipocresía de los políticos alcanza niveles insólitos. Nos hemos acostumbrado tanto a que nos mientan que ya no nos importa; es parte de un juego en el que todos participamos. Los gobernantes mentirosos saben que sabemos que nos están mintiendo y que, o no nos importa, o no hay nada que podamos hacer al respecto. Cuentan también con el hecho de que la mayor parte de la población no presta mucha atención a lo que dicen, y que quienes sí prestan atención tiene la memoria corta.
En todo esto juegan un rol crítico los medios de comunicación y la buena noticia es que las nuevas tecnologías como Google o YouTube facilitan el recuento de las promesas incumplidas, las mentiras y las contradictorias posiciones de gobernantes y políticos. Siempre y cuando, claro está, esos líderes no tengan el control de los medios, incluyendo Internet. O que a la población le importe que le mientan.

Los ejemplos sobran y en cada país -y continente- se pueden hacer largas listas de las mentiras gubernamentales o de los políticos que engañan haciendo trampas con el idioma. América Latina, por ejemplo, es una fuente inagotable de hipocresía gubernamental.

Hace poco, en Cancún, los presidentes latinoamericanos crearon una nueva organización que quizás se llame Comunidad de Estados Latinoamericanos y Caribeños. Sus integrantes son todos los países del hemisferio menos Estados Unidos, Canadá y... Honduras. ¿Por qué no Honduras? Porque su nuevo Gobierno, elegido en un proceso que nadie objeta, es el sucesor de un Gobierno que derrocó a un presidente democráticamente electo. Pequeño detalle: Cuba, ese bastión de la democracia, es miembro de la nueva Comunidad de Estados Latinoamericanos. Cuba sí; Honduras, no. ¿No les da vergüenza? Otro pequeño detalle: esa reunión, convocada con el nombre de la Cumbre de la Unidad (¿será por eso que no se invitó a Estados Unidos?) incluyó violentos intercambios de insultos entre los presidentes de Colombia y Venezuela y mostró claramente que hay más unidad entre muchos países de la región con Estados Unidos que entre ellos mismos.

La nueva organización incluye entre sus principios fundacionales "promover el respeto al derecho internacional". Este sagrado principio fue aclamado por los mismos presidentes que no dijeron absolutamente nada cuando uno de ellos, Hugo Chávez, un día decidió prohibir, arbitraria y unilateralmente y en contra de todas las normas del derecho internacional, el comercio entre su país y Colombia. El embargo aún se mantiene y las empresas brasileñas lo han aprovechado para quitarle el mercado venezolano a los exportadores colombianos. ¡Viva la unidad!

En las reuniones del Grupo de los 20, la presidenta Argentina, Cristina Fernández de Kirchner, truena contra las manipulaciones y la falta de transparencia del sistema financiero internacional. Tiene razón. Pero que esto venga de una presidenta cuyo país ha caído al foso de la lista de los países más corruptos del mundo compilada por la organización Transparencia Internacional es una deliciosa ironía que no parece importarle. Para ella esta contradicción no tiene consecuencias.

"No se puede juzgar a un país o la actitud de un gobernante en función de la actitud de un ciudadano que decide empezar una huelga de hambre", dijo el presidente brasileño Lula da Silva minimizando la muerte del cubano Orlando Zapata, fallecido en la cárcel después de un prolongado ayuno en protesta contra las torturas y maltratos que allí sufrió. Lula aceptó que en su época de líder sindical había hecho huelgas de hambre, pero que "jamás" lo volvería a hacer. Sobre esto último estoy seguro de que es absolutamente sincero.

Sobre el tema de la sinceridad vale la pena recordar a George Orwell: "La gran enemiga de la claridad en el lenguaje es la insinceridad... El lenguaje político está diseñado para hacer que las mentiras parezcan verdades y que el asesinato parezca respetable...".

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Os outros 25 Zapatas
O GLOBO, 26 Fevereiro 2010

Famílias temem pela sorte de presos políticos que estão com a saúde mais deteriorada

O homem na cadeira de rodas que desde 2008 vive de hospital em hospital penitenciário lembra muito pouco o boxeador que foi campeão na categoria dos pesos-pesados pela província de Matanzas, em Cuba. Ariel Sigler Amaya, de 44 anos, que foi presidente do Movimento Independente Opção Alternativa (de direitos humanos), é "um dos 75", os presos detidos na onda repressora de 2003. Com a saúde deteriorada, sua família teme que tenha o mesmo destino que Orlando Zapata Tamayo e pede por sua libertação para tratamento.

Dos 200 presos políticos cubanos, de 20 a 25 estão com a saúde muito deteriorada, contam os dissidentes. No caso de Sigler, a lista de doenças é longa e começa com uma polineuropatia, um distúrbio neurológico em que nervos periféricos por todo o corpo começam a não funcionar corretamente. E passa por desnutrição, problema nos rins, garganta e estômago, que o irmão, Juan Francisco, acredita serem agravados pelas condições na prisão.

- Ele era um homem forte, atlético, quando começou esta tragédia - diz Juan Francisco, por telefone. - Se demorarem mais dois ou três anos, todos os presos vão morrer

Sigler não é um caso isolado. Alida Viso, uma das Damas de Branco, conta que o marido, o jornalista Ricardo González Alfonso do Repórteres sem Fronteiras, está perdendo a visão, vítima de um glaucoma que não consegue tratar adequadamente na prisão.

- As condições são terríveis. A comida é ruim e às vezes está estragada. Há ratos, baratas e mosquitos. Meu marido fica numa cela pequena, sem ventilação artificial ou janela e tem que se proteger das goteiras com uma capa de nylon - conta. - Não pedimos só a libertação dos presos políticos doentes, mas de todos. Mesmo os mais jovens não resistem a essas condições - diz Alida.(Cristina Azevedo)

De homem do ano a errante na ilha
'El País' condena a atitude de Lula em Havana

Apesar da responsabilidade do regime de Cuba, a morte do dissidente Orlando Zapata Tamayo acabou arrastando o presidente brasileiro aos holofotes internacionais. O jornal espanhol "El País" - que no ano passado elegeu Lula a personalidade de 2009 - criticou duramente o silêncio do presidente, que se limitou a lamentar o episódio.

"A morte de Zapata é uma acusação adicional e motivo de condenação enérgica contra a mais longa ditadura da América Latina. É um desafio para a comunidade internacional e principalmente para Lula, que tem nas mãos o papel de porta-voz da condenação à repressão política, tanto por seu lugar de potência emergente como pela coincidência de sua visita à ilha", diz um trecho do editorial.

"A ida a Havana foi uma chance perdida de mostrar que é possível uma opção de esquerda capaz de oferecer progresso e bem-estar pelo fortalecimento da democracia. O trato com Havana e o mito que a revolução castrista representa para partes da esquerda latina colocam todos os dirigentes da região numa situação difícil, principalmente o presidente brasileiro", afirma outro trecho.

No "El Mundo", a jornalista e escritora cubana Gina Montaner classificou o abraço de Lula ao líder Fidel Castro como "o abraço da morte". Na Flórida, o diário "Miami Herald" destacou que Zapata "não precisava morrer, mas sucumbiu diante do consentimento silencioso de líderes democráticos".

Enquanto no hemisfério norte, imprensa e governos reagiram em uníssono, criticando o regime dos Castro, na América do Sul, apesar da avalanche de condenações na imprensa, o presidente eleito do Chile, Sebastián Piñera, foi o único líder da região a "condenar energicamente" a morte de Zapata e defender a democracia no bastião comunista.

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Exilados cubanos ocupam consulado do Brasil em Miami
Agencia EFE, 26 Fevereiro 2010

Miami, 26 fev (EFE).- Um grupo de exilados cubanos ocupou hoje pacificamente durante uma hora o consulado do Brasil em Miami para denunciar a "cumplicidade" do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no "assassinato" do prisioneiro político Orlando Zapata Tamayo.
Cerca de 15 pessoas da Assembleia da Resistência, entre ex-presos políticos cubanos e membros de organizações do exílio, entraram nas instalações do consulado do Brasil e ocuparam uma das salas enquanto exclamavam: "Lula, cúmplice!", "Vergonha para Lula!" e "Viva Orlando Zapata Tamayo!".
"Lula é cúmplice da ditadura castrista e do assassinato de Orlando Zapata", expressou à Agência Efe Orlando Gutiérrez, diretor do Diretório Democrático Cubano, que liderava o grupo que entrou no consulado brasileiro.
Gutiérrez ressaltou que o objetivo da ocupação era pôr em evidência a "vergonha que representa para o Brasil Lula aparecer abraçado aos irmãos Castro no momento em que estão assassinando um homem pelo mero fato de discordar".
O presidente brasileiro se reuniu na quarta-feira passada com seu colega cubano, Raúl Castro, e com seu irmão Fidel, no dia seguinte da divulgação da morte de Orlando como consequência de uma greve de fome de 85 dias.
O grupo de exilados, pertencentes a organizações como Plantados e Madres y Mujeres Antirepresión por Cuba (MAR), entregou ao cônsul brasileiro, Luiz Augusto de Araújo Castro, uma foto na qual aparece Lula se abraçando a Fidel Castro com a imagem de Zapata Tamayo impressa no meio.
No verso da fotografia se lê: "Fidel Castro, assassino; Lula, cúmplice".
Essa fotografia, que pediram ao cônsul para entregar ao presidente, "deve envergonhar Lula".
"Não há melhor documento que o rosto do prisioneiro político que ia ser assassinado pelo regime castrista", disse a presidente da MAR, Sylvia Iriondo.
"O caso de Orlando é uma mostra da trajetória e história de crimes e violações perpetradas pelo castrismo", disse.
Sylvia denunciou que "ainda restam muitos presos políticos cubanos em condições críticas", ao mesmo tempo em que pediu à comunidade internacional para que não tolere a "impunidade e falta de vergonha" do regime de Havana.
Gutiérrez explicou que a ação realizada hoje é o "começo de uma campanha para alertar o povo brasileiro que as ações de Lula são prejudiciais para o povo cubano".
EFE